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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Principais aviões militares do Brasil
Aviões militares do Brasil: Você conhece as principais aeronaves de combate das forças armadas brasileiras? O nosso post de hoje vai mostrar que possuímos aviões e helicópteros para serem utilizados nas mais variadas circunstâncias.
E não é só a Força Aérea Brasileira que possui aviões militares. A Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro também possuem aeronaves militares com mísseis, metralhadoras e foguetes. Afinal, vigiar um extensão territorial de 8,5 milhões de km2 e 7.500 km de litoral e fronteiras com 10 países não é tarefa fácil.
10 aviões militares do Brasil
Os aviões militares do Brasil estão equipados e possuem funções e desempenhos diferentes para as possíveis ameaças que surgem pelo céu, no mar ou na terra.
1. Aviões militares do Brasil – AF-1
O AF-1 – denominação brasileira para o McDonnel Douglas A-4 Skyhawk – é um modelo da Marinha do Brasil. Temos 23 unidades compradas em 1998 do Kuwait. Há uma versão modernizada pela Embraer em 2015, o AF-1M. O modelo lança bombas de queda livre e o míssil brasileiro MAA-1 Piranha.
2. Aviões militares do Brasil – F-5M
O modelo de aeronave F-5M é a principal aeronave da FAB. São 50 aviões F-5M que podem alcançar cerca de 1.700 km/h. O modelo pode lançar foguetes e bombas de queda livre ou guiadas por laser e GPS e tem como principais armas um canhão de 20 mm; os mísseis de curto alcance Python III e IV, que são orientados por infravermelhos e o Derby, guiado por radar e de médio alcance.
3. Aviões militares do Brasil – A-1 (AMX)
A Aeronáutica possui 56 jatos A-1. A aeronave é equipada com dois canhões DEFA de 30 mm, dois mísseis de curto alcance nas pontas das asas. Já nas asas é possível ter bombas de queda livre ou guiadas a laser, mísseis ar-superfície e lançadores de foguetes.
4. Aviões militares do Brasil – Super Tucano
O Super Tucano é um avião leve que foi fabricado pela Embraer. São 99 aviões que podem alcnaçar 590 km/h e ser armado com metralhadoras, bombas, canhões, mísseis orientados po infravermelho, foguetes. Serve para missões de ataque ao solo, reconhecimento armado a até como caça no abatimento de aviões de baixo desempenho.
5. Aviões militares do Brasil – P-3AM Orion
Há 12 aviões disponíveis na Aeronáutica do Brasil. Serve para patrulhamento marítimo e vigilância da Amazônia Legal. Em seu compartimento interno há bombas de queda livre e mísseis anti-navio. O P-3 Orion possui também equipamentos para identificar submarinos.
6. Aviões militares do Brasil – P-95BM Bandeirulha
Curiosidade: no nariz da aeronave tem um radar de busca marítima para identificar embarcações a quase 200 km e ainda pode acompanhar 200 objetos ao mesmo tempo. Faz também mapeamentos terrenos e vigia outras aeronaves. Ele pode ser amrmado com foguetes guiados.
7. Helicópteros militares do Brasil – Fennec
Aeronave do Exército Brasileiro que pode ser armado com duas metralhadoras .50 ou dois lançadores de foguetes. São 16 helicópteros Fennec e que servem para missões de ataque ao solo.
8. Helicópteros militares do Brasil – MH-16 Seahawk
Super avançado e a serviço da FAB, do EB e da MB do Brasil. Serve para missões de busca e destruição de submarinos e navios de superfície. Tem radar de varredura 360º e um sonar usado em voo ou na água. Pode lançar misseis orientados por radar e sistema de mira de laser e também torpedos.
9. Helicópteros militares do Brasil – Super Lynx
São 12 unidades a serviço da Marinha do Brasil. A aeronave pode lançar mísseis ar-superfície e anti-navio. Para combater submarinos tem os torpedos de busca acústica e cargas de profundidade. Utilizado para transporte e patrulha e combate.
10. Helicópteros militares do Brasil – AH-2 Sabre
Poderoso e utilizado para proteção na região da Amazônia. Podem ser utilizados em ataques ao solo, abate de aeronaves de baixo desempenho, interceptação e capacidade anti-tanque com a utilização de foguetes e o míssil Ataka, orientado por rádio. São 12 helicópteros que podem ser armados com metralhadoras, canhões e bombas
A ajuda quem vem do céu: Patrulha
A ajuda quem vem do céu: Patrulha
“Os tubarões danificaram meu barco e não posso mais seguir viagem…”, “Há 20 tubarões aqui… eu contei”, “Na minha frente há uma aeronave do Brasil…”. Essa é a descrição do holandês Ebrahim Hemmantnia enquanto gravava um vídeo no meio do Oceano Atlântico, à deriva e cercado por tubarões. Ebrahim foi encontrado pela tripulação de uma aeronave P-3AM do Esquadrão Orungan (1º/7º GAv), às 17h45 do dia 30 de janeiro de 2015. Ele é mais um exemplo da importância do trabalho de Busca e Salvamento realizado pela Força Aérea Brasileira, numa área de 22 milhões de quilômetros quadrados. No post de hoje, veja o vídeo do Ebrahim e conheça os detalhes do Projeto que fortalece essa rede de Busca e Salvamento, o P-3BR. Vem com a gente!
A história você já sabe. Confira agora o vídeo – com legenda – do Ebrahim Hemmantnia, um velejador/ciclista que tenta cruzar o mundo com seu veículo anfíbio (chamado de boardbike), tem o leme danificado por tubarões, fica sem controle da embarcação e é encontrado pelos militares do Orungan, no fim de janeiro, a 800 quilômetros de Fortaleza.
A aeronave que aparece no vídeo é o P-3 ORION que achou a embarcação. Na lista de missões cumpridas pelo avião: Antisubmarino, Patrulha Marítima, Busca e Salvamento e Controle Aéreo Avançado. #Traduzindo: o ORION tem capacidade de detectar, localizar, identificar e neutralizar objetivos navais inimigos, sejam eles de superfície ou submarinos, além de executar vigilância de área marítima, utilizando-se de uma variada gama de armamentos.
Foi de olho na sua capacidade operacional e na participação indispensável do ORION no cumprimento das missões da Força Aérea que surgiu o Projeto P-3BR. Processo de reaparelhamento iniciado em 2000, o Projeto previa a aquisição e a modernização de nove aeronaves, frota já entregue até o fim de 2014.
Adquiridas dos EUA, as aeronaves passaram por um processo de modernização na fábrica da Airbus Military, em Sevilha, na Espanha: os sistemas foram atualizados e integrados em um sistema tático de missão, operado por uma tripulação de até 12 militares.
#NosDetalhes O projeto contemplou o desenvolvimento e o fornecimento de um Treinador de Missão e Treinador Tático (MT/TAT), o treinamento das tripulações e profissionais de manutenção, o apoio logístico e a assistência técnica às aeronaves, o fornecimento de peças de reposição e equipamentos de apoio ao solo e as devidas publicações associadas.
Com autonomia superior a 16 horas e equipadas com modernos sensores eletrônicos embarcados, essas aeronaves colocam a Aviação de Patrulha entre as mais bem equipadas no mundo, o que confere à Força Aérea Brasileira uma capacidade estratégica de vigilância a longa distância.
#Bônus Se você quiser saber todos os detalhes do resgate do Ebrahim Hemmantnia, a revista Aerovisão desse mês traz uma reportagem especial. É só clicar aí embaixo:
Esquadrões
A FAB conta com três esquadrões de aviação de patrulha. Você sabia?
Tudo que você precisa saber sobre Reabastecimento em voo
Tudo que você precisa saber sobre Reabastecimento em voo
Já viu um avião entrar em contato com outro durante o voo? Isso é reabastecimento em voo, ou, simplesmente, REVO!
Já tentou abastecer um carro em movimento?!?! Imagina abastecer uma aeronave, com adversidades como o tempo. E você deve estar se perguntando: Por que abastecer em voo?
Quer saber como acontece? Quais aeronaves são capazes de fazer isso? Se liga!!
Primeiramente, você deve saber porque ocorre o reabastecimento em voo, já que uma aeronave pode abastecer em terra. Não é tão simples... Aeronaves do tipo caça, em determinadas ocasiões, necessitam de uma autonomia maior de voo, e nem sempre podem pousar para abastecer. Deu para entender? Basicamente, o REVO é necessário para que aeronaves possam voar por mais tempo continuamente e cumpram suas missões. Talvez você ainda não tenha se atentado ao fato de que o reabastecimento em voo é uma forma de criar maior raio de mobilidade a aeronave.Que tal um exemplo? Vamos supor que um F-5 saia do Pará e tenha o objetivo de cruzar a fronteira e chegar ao Peru: isso jamais seria possível sem que ocorresse alguns reabastecimentos em voo.
Deu para notar um pouco da dificuldade do REVO nesse vídeo. No momento do reabastecimento, é importante que o piloto tenha em mente que deve manter controle de si mesmo e de sua aeronave. A situação é mais difícil do que em outras missões, pois os reflexos desenvolvidos durante a sua formação de Piloto de Caça podem agir contra ele, colocando-o em situações delicadas, caso falhe em controlá-los. Os pilotos são condicionados a nunca colidir em voo, treinamento feito em voos de formaturas básicas, por exemplo, onde duas ou mais aeronaves fazem acrobacias muito próximas umas das outras. Já no Reabastecimento em Voo, o piloto deve tocar o probe de abastecimento da sua aeronave na cesta da aeronave tanque.
Probe de abastecimento? Hããã?? Oii?
Calminha, vamos apresentar algumas partes essenciais para que você entenda como funciona o reabastecimento em voo.
No momento do reabastecimento, a aeronave abastecedora solta a mangueira, que tem 12 metros; essa mangueira vai transferir o combustível e tem uma cesta na ponta que conecta ao probe. O probe é a haste que recebe o combustível. Quando os caças se aproximam da aeronave reabastecedora, reduzem a velocidade. Pense num momento de concentração e apreensão... Esse momento é a conexão do pobre com a cesta, pois a cesta balança muito por causa de vento, turbulência etc. Então, em determinadas situações, o piloto leva um tempo a mais para conectar. Em algumas ocasiões, ela fica bem parada e estável, facilitando muito a missão. Quando o piloto do caça aproxima e conecta o probe na cesta, roletes móveis prendem por pressão ambos os mecanismos. Não existe qualquer outro sistema de conexão que não seja a pressão.
Na FAB, as aeronaves capazes de fazer reabastecimento em voo são o C-130 Hércules e, futuramente, o KC-390; são os aviões tanques que carregam o combustível. Por outro lado, as aeronaves que carregam o pobre e tem capacidade de receber combustível no ar são o A-1 AMX, o F-5 e o H-36 CARACAL. FAB recebeu o primeiro H-36 Caracal capaz de ser reabastecido em voo
Neste vídeo, os pilotos contam um pouco da dificuldade de realizar o reabastecimento em voo.
Durante a missão de reabastecimento em voo, quem comanda todas as ações é um dos pilotos do avião tanque. Os caças só podem conectar para abastecer, ou mudar suas posições, mediante comando da aeronave tanque. Além disso, é este que faz todas as coordenações com o controle de tráfego aéreo durante a missão.
Além de importante para o aumento da capacidade de emprego estratégico para a Força Aérea, a missão de Reabastecimento em Voo é complexa e exige muito estudo e treinamento. Por isso o REVO sempre está presente nos treinamentos operacionais da aviação de caça!
#Saibamais
O reabastecimento simultâneo é comum e faz com que a missão seja otimizada, de forma que seja possível o reabastecimento de uma maior quantidade de caças.
Quando o piloto está conectado recebendo o combustível, deve ficar atento para o correto posicionamento da aeronave, sem margem de erro, principalmente por estar muito próximo da cauda do reabastecedor.
A alta pressão de transmissão do combustível faz com que seja possível a transferência de até 2.200 litros de combustível por minuto, somando-se a capacidade de cada mangueira! O reabastecimento rápido é importante para dar fluência e possibilitar o curto tempo de espera de outros caças que, por ventura, estejam aguardando para abastecer.
#Saibamais
Se às vezes parece impossível se conectar de dia, à noite a dificuldade se multiplica!!
A aeronave de caça possui um farol específico para o reabastecimento em voo durante o período noturno.
O farol é suficiente para iluminar a cesta, porém a aeronave tanque é possível de ser vista por causa das suas próprias luzes que ajudam os caçadores na localização e posicionamento.
Base Aérea de Anápolis: o destino dos caças Gripen da FAB
Você sabia que possuímos uma base aérea estrategicamente instalada no coração do Brasil? E que essa base comporta esquadrões com nobres missões de defesa aérea e reconhecimento?
Base Aérea de Anápolis (BAAN), esse é o seu nome. Por ser relativamente jovem, possui uma história ainda curta. Vamos conhecê-la de uma forma diferente, começando primeiro pelos dias de hoje?
No dia 05 de abril de 2014 a BAAN completou 42 anos de criação. Atualmente a Unidade dá suporte a duas unidades aéreas: o Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), que cumpre as missões de defesa aérea da Capital Federal e o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV, Esquadrão Guardião), o qual auxilia no projeto SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), dentre outras missões.
Nessa base também estão sediadas outras duas unidades: a Prefeitura de Aeronáutica de Anápolis (PAAN) e o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Anápolis (DTCEA-AN), que realiza o controle do espaço aéreo de Goiânia e Anápolis.
Está planejado para, nos próximos anos, a Base de Anápolis receber o 3º Grupo de Artilharia Antiaérea de Auto Defesa (3º GAAD), que irá capacitar os militares de infantaria a dar, em solo, todo o apoio às missões aéreas, tanto em tempos de paz, quanto em tempos de conflito.
Devido às particularidades do clima do interior do país, que chega a ficar sem chuvas por aproximadamente 7 meses do ano, a BAAN apresenta condições meteorológicas propícias para receber esquadrões de várias partes do País, que se deslocam para a realização de manobras. Em 2014 já estão confirmados 5 exercícios envolvendo esquadrões de todo o país.
Para tomar conta de seus 16 mil hectares de área patrimonial, a Base Aérea de Anápolis possui um efetivo de cerca de 1.500 pessoas, entre civis e militares. No cumprimento dessa missão, a exemplo da maioria das bases da Força, o efetivo divide-se em esquadrões, que são os responsáveis por todo o suporte administrativo e operacional. Nesse contexto, pode-se observar o Esquadrão de Saúde, que atende os militares da ativa e da reserva, além de seus dependentes; outra Organização é a Unidade Orgânica de Infantaria, que cumpre várias missões, destacando-se dentre elas a formação de soldados e a gerência das equipes de segurança da Base.
A BAAN também possui o Esquadrão de Suprimento e Manutenção, responsável por fornecer todo o suporte logístico às aeronaves dos dois esquadrões, atividade laboriosa e extremamente necessária desempenhada há 41 anos, desde a época dos antigos Mirages III, que voavam no 1º GDA, no cumprindo das missões de defesa aérea.
A Era dos Mirages e o 1º GDA
A Base Aérea de Anápolis, curiosamente, foi uma das únicas bases a ser construída em função do recebimento de um novo projeto. Tudo começou no ano de 1970, quando o então Ministro da Aeronáutica, Marechal-do-Ar Márcio de Souza e Mello anunciou a compra dos supersônicos Mirages F-103. Era o que a Força Aérea teria de mais moderno em questão de vetores.
Com a mudança da capital para Brasília e, com a certeza de que os Mirages seriam utilizados para protegê-la, buscou-se um local ideal para alocar os novos aviões. Um lugar estratégico, próximo à capital (160 km a oeste) mas, ao mesmo tempo, que não teria o espaço aéreo tão congestionado, facilitando o acesso rápido à Capital Federal.
Anápolis foi escolhida por sua localização e, principalmente, por todo o apoio oferecido pela cidade à Aeronáutica. Todos os terrenos, da base e das vilas, o sistema de iluminação e etc., tudo foi rapidamente orquestrado por cidadãos anapolinos, encantados com a ideia da instalação de uma base em sua cidade.
Em 1973 ocorreu o primeiro voo do Mirage III. A pista principal da BAAN já estava pronta e, desde então, a cidade sedia com orgulho uma base da Força Aérea Brasileira. O relacionamento da base com a cidade sempre foi profícua, tendo a presença maciça dos cidadãos em todos os eventos promovidos pela BAAN, inclusive com participação ativa nos projetos desenvolvidos pela Base Aérea.
A história do 1º GDA, também conhecido como Esquadrão Jaguar, está intimamente ligada à história da Base Aérea de Anápolis. No princípio as duas organizações eram apenas uma quando, em 1972, foi criada a 1ª Ala de Defesa Aérea (1ª ALADA) com a finalidade de receber as novas aeronaves da Força. Somente em 1979 a 1ª ALADA foi desativada quando, então, criou-se a Base Aérea de Anápolis e o 1º Grupo de Defesa Aérea.
Por 41 anos operando as aeronaves da francesa Dassault, os memoráveis Mirages, o 1º GDA cumpre a missão de defesa do espaço aéreo nacional, especialmente da capital do país. Desde o início o esquadrão deveria manter piloto e aeronave prontos para qualquer chamado, é o serviço de alerta. No momento, essa função está sendo mantida por diversos esquadrões da Força Aérea que, rotativamente, vêm à base para manter o alerta de defesa aérea.
Com o recente anúncio da escolha dos novos caças, Gripen, em substituição aos Mirages 200o, o Esquadrão aguarda a chegada do novo vetor com ansiedade. “A aquisição dos Gripens será um salto tecnológico e doutrinário não só para o esquadrão, mas para a toda a Força Aérea”, afirma o Comandante do 1º GDA, Major Cláucio Oliveira Marques, que completa: “os pilotos do 1º GDA estão fazendo cursos da aeronave F-5M e se preparando para receber as novas aeronaves.”
2º/6º GAV – Esquadrão Guardião
O Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação também desenvolve um trabalho estratégico para a manutenção da soberania aérea e ambiental.
O jovem Esquadrão Guardião foi criado em 1999 e é dividido em duas esquadrilhas. A Primeira Esquadrilha, que opera as aeronaves E-99, equipadas com o radar Erieye, de vigilância aérea. Realiza as missões de Controle e Alarme Aéreo Antecipado, que inclui vigilância radar, vetoração de interceptadores e controle de tráfego aéreo.
A Segunda Esquadrilha, que utiliza as aeronaves R-99 e realiza missões de Sensoriamento Remoto e Reconhecimento Aéreo em prol do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) e da Força Aérea Brasileira. O seu radar é de Abertura Sintética, que gera imagens do terreno, de dia ou de noite, independente das condições meteorológicas.
As duas esquadrilhas desempenham um singular papel em prol da proteção do nosso espaço aéreo e vigilância ambiental e terrestre. O E-99 cobre espaços onde os radares de solo não conseguem atingir e o R-99 promove a vigilância de desmatamentos, queimadas, inundações, derramamento de óleo, pistas de pouso irregulares e muito mais.
Se a natureza é a nossa riqueza, o Esquadrão Guardião é aquele vigia, dia e noite, o que temos de mais precioso.
Comprometimento
A Base Aérea de Anápolis se caracteriza por possuir, em sua história, diversos militares que escolheram trilhar a maior parte de sua carreira militar na organização, pela empatia positiva com a localidade ou por terem desenvolvido laços com a mesma. O Suboficial Paulo Henrique Dias de Carvalho, 46 anos, é um exemplo dessa tradição. Militar do Esquadrão de Suprimentos e Manutenção (ESM), completa, em 2014, 28 anos em Anápolis, sendo o militar da ativa há mais tempo na BAAN.
“Cheguei à Base com 17 anos, vim direto da Escola de Especialistas da Aeronáutica. Gostei muito daqui e, por isso, nunca quis mudar. A Base é bem operacional, com excelentes profissionais. Apesar de muitas horas sem dormir, de dedicar minha vida em prol do desenvolvimento do esquadrão, sou muito feliz aqui. Construí muitos amigos, uma família, tenho uma esposa maravilhosa, dois filhos, um deles está em Guaratinguetá/SP, seguindo os meus passos e o outro nasceu no Hospital aqui da Base. Meu serviço hoje é mais burocrático, mas sou muito orgulhoso de fazer parte da história dessa Base.”
Aeronave que atua na defesa da Amazônia é modernizada
Embraer moderniza plataforma de alerta aéreo antecipado que passa a ser designada como E-99M
E-99M no pátio sendo preparado para o primeiro voo
O primeiro E-99M realizou o primeiro voo após o processo de modernização ser iniciado pela Embraer. O voo marca a conclusão de mais uma etapa do projeto, que dará maiores capacidades a plataforma de alerta aéreo antecipado da força aérea.
O processo de modernização incluiu a completa desmontagem de todos os equipamentos e um redesenho da organização interna da aeronave, que recebeu um layout que permitirá uma nova configuração interna dos sistemas e consoles. A aeronave modernizada seguirá o padrão adotado pela FAB da inclusão da letra “m” após o nome, passando a ser oficialmente chamada de E-99M. “O voo concretiza o término de uma das fases da modernização, demonstrando que a aeronave está em condições de voo frente a todo esse complexo desenvolvimento”, explica Wilson Paulo Corrêa Marques, coronel aviador e gerente do projeto de modernização da aeronave.
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O E-99M será operado pelo Esquadrão Guardião (2°/6° GAv), na Ala 2, baseado em Anápolis, em Goiás.
“A modernização possibilitará uma melhor visualização dos tráfegos, que mais informações sejam captadas, um incremento na capacidade de atuação em um ambiente de guerra eletrônica, além de uma melhoria na coordenação dos sistemas embarcados”, destaca Felipe Francisco Espinha, tenente-coronel aviador e comandante do Esquadrão Guardião.
O E-99 foi concebido pela Embraer em conjunto com a Força Aérea Brasileira no final dos anos 1990, permitindo ampliar a capacidade de alerta e de gerenciamento do espaço aéreo brasileiro, completando o complexo programa de vigilância da Amazônia e de todo o território nacional. A aeronave baseada na plataforma do EMB-145 recebeu um radar multimissão, sendo capaz de detectar alvos aéreos e transmitir as informações para os centros de controle em terra, cumprindo ainda missões de controle e alarme em voo, com a participação de aeronaves de caça em voos de defesa aérea, de busca e salvamento e de vigilância e controle do espaço aéreo.
“O E-99M terá ampliada a sua capacidade de integração com as novas plataformas da FAB, como por exemplo o F-39 Gripen e o KC-390”, conclui o coronel Wilson.
A FAB espera poder integrar de forma completa todas suas aeronaves, mantendo assim a capacidade de defesa diante dos avanços militares que estão ocorrendo em todo o mundo.
Embraer lança primeiro avião próprio após criação da Boeing Brasi
Novo modelo militar é baseado no Praetor 600, oriundo da divisão de aviação executiva da empresa
O P600 AEW é o primeiro projeto independe da Embraer após venda da divisão comercial
A Embraer lançou durante o Paris Air Show seu primeiro avião militar após a venda da divisão comercial para a Boeing. Chamado de P600 AEW, o avião de alerta antecipado e inteligência é baseado na plataforma do Praetor 600.
O novo avião pode ser considerado um modelo compacto dentro da categoria de aeronaves AEW&C (Airborne Early Warning and Control). Embora seja baseado em uma aeronave de negócios da categoria super médio, o modelo se beneficia dos avanços da eletrônica embarcada, permitindo a instalação de uma completa estação de controle a bordo e de um radar de múltiplo emprego. A antena será montada em um casulo aerodinâmico sobre a fuselagem e não deverá exigir grandes mudanças de engenharia no projeto.
O Praetor 600 é a evolução do Legacy 500, com maior alcance e melhorias aerodinâmicas e de performance
O avião será produzido em parceria com a israelense Elta Systems, que fornecerá um amplo sistema eletrônico de 4ª geração, que inclui o radar de alerta antecipado ELM-2096, além de sensores de coleta de informações, vigilância e inteligência. A Embraer será responsável pela produção do avião, integração dos sistemas e fornecimento dos recursos de terra e os sistemas de comunicação. O acordo de cooperação abrange um compartilhamento de trabalho de 50:50.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O ELM-2096 usa módulos de transmissão e recepção de semicondutores de nitreto de gálio e pode fornecer um módulo de 240°, sem perda de potência nas bordas, o que permite seu pleno emprego vigilância aérea e marítima.
O sensor primário do P600 AEW é o radar AESA (Digital Active Scanned Array) com capacidade de IFF integrada, mas o modelo pode ser configurado com uma vasta gama de sistemas de sensores de controle para alerta antecipado, além de um radar AEW AESA Digital, IFF civil e militar, pode receber sistemas ESM/ELINT com capacidade de recepção de ameaças-radar, comando e controle, pacote de comunicação abrangente, incluindo redes de dados e links via satélite, além de um robusto sistema de autoproteção (SPS) que realiza a detecção de ameaças potenciais, ativando quaisquer medidas de suporte eletrônico necessárias.
O E-7 Wedgetail, baseado no 737-700, é um dos mais novos aviões AEW, que conta com dez operadores
O novo P600 AEW deverá contar com uma solução de comunicação abrangente, permitindo a capacidade de enlace de dados, comunicação por satélite para operações além da linha de visada e recurso de guerra centrada em rede (NCW).
A operação do sistema da Elta prevê três consoles, o que em aeronaves maiores em geral costuma contar com mais operadores. Todavia, a Embraer e a Elta afirmam que o novo modelo não será distante das capacidades de plataformas maiores. Entre outros graças ao sistema de comando e controle incorporar inteligência artificial e aprendizado de máquina, que ajuda a reduzir a carga de trabalho e o número total de pessoas envolvidas no processo.
Na década de 1990 a Embraer desenvolveu o E-99 baseado no EMB-145
“O P600 AEW pode atender ao crescente mercado de capacidades de inteligência, vigilância e reconhecimento nos países que exigem soluções economicamente viáveis”, comentou Jackson Schneider, presidente da Embraer Defesa e Segurança.
Embora o valor final ainda não tenha sido definido, além de depender da configuração final do cliente, a Embraer acredita em uma aeronave com valor inferior a modelos baseados em aeronaves maiores “ o preço será muito, muito competitivo”, afirma Schneider. O modelo civil, básico, do Praetor 600 tem valor de lista de US$ 21 milhões.
O Praetor 600 tem alcance máximo de 8.700 km, na configuração civil, mas deverá reduzir a capacidade na versão militar devido ao maior peso do sistema embarcado. Todavia, a autonomia prevista não será inferior às 4 horas.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
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