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quarta-feira, 15 de maio de 2024

AMX e o seu poder de fogo

 

O caça-bombardeiro AMX, um projeto desenvolvido por meio de um programa binacional entre o Brasil e a Itália nos anos 1980, resultou numa plataforma dedicada para as missões de ataque ao solo, apoio aéreo aproximado e reconhecimento tático com elevado poder de fogo, precisão na navegação e no ataque mesmo utilizando armamentos convencionais.

Além da letalidade, o AMX tem alcance para atingir alvos na profundidade do território inimigo e voltar em segurança para a sua base de origem mesmo tendo sofrido sérios danos estruturais.

Estando em operação na FAB desde 1989, talvez tenha sido a aeronave que mais teve armamentos e sensores integrados, alguns exclusivos, tornando-a única para o cumprimento desse tipo de missão especializada. Ao todo, o AMX pode transportar até 3,8 toneladas de carga em cinco pontos subalares e um ventral (desses, três podem ser equipados o “twin carrier pod”, um adaptador para levar duas cargas externas) e dois trilhos para mísseis na ponta das asas.

A foto abaixo mostra parte dos sistemas de armas integrados ao AMX.

Ar-ar

O AMX é um caça-bombardeiro e isso significa que a sua missão é concentrada no ataque ao solo. Porém, o seu projeto prevê o uso de até dois mísseis ar-ar de curto alcance, guiado por calor, para fazer a sua autoproteção.

A variante usada pela Itália emprega os mísseis ar-ar AIM-9L Sidewinder, o primeiro “all-aspect” da família que podia engajar alvos de qualquer direção, incluindo frontalmente, diferente das versões anteriores que precisavam enquadrar o inimigo pela parte de trás para que o buscador do míssil fosse orientado pelo calor do motor

O Brasil decidiu integrar o projeto nacional MAA-1 Piranha (1), da antiga Mectron, um tipo de terceira geração. Na foto, também aparece o AIM-9B Sidewinder (2).

Ar -solo

Esse é o segmento em que o AMX da FAB mais possui armamentos.

Dos tipos convencionais, emprega as bombas da família Mk (81, 82, 83 e 84), de 119kg, 227kg, 454kg e 907kg, ou os tipos nacionais BAFG (bomba de baixo arrasto de fins gerais) 120, 230, 460 e 920 (128kg, 248kg, 452kg e 970kg, respectivamente). Na foto, a bomba Mk 82 (3).

Nos tipos nacionais, a FAB utiliza as Bombas de Freio Aerodinâmico (BFA) BFA-230/1 que possui aletas de arrasto com paraquedas integrado; BFA-230/2 apenas com paraquedas; e BFA-460 com paraquedas. Esses armamentos possibilitam o ataque a baixíssima altura, mas permitindo ao avião se evadir sem ser atingido pelos estilhaços da própria bomba. Casulo SUU-25 (4) para o lançamento de até oito flares iluminativos (4).

Bomba incendiária BINC-300 (5); Bomba Lança Granadas BLG-252 (6) de 324kg com 248 submunições de 750g cada; Bomba de Penetração BPEN 500 (“anti-bunker”) de 506kg; BPEN 1000 de 910kg; kit de guiagem Lizard II (7) para a BAFG 230; e Lizard II para BAFG 460kg.

As variantes não modernizadas utilizavam Bomba Antipista (BAPI) e lançadores Equipaer EQ-LMF-70/19 para 19 foguetes de 70mm.

Canhão interno

Dois canhões Israel Military Industries (IMI) Mk 164 (8), de munição 30mm (9) com 150 tiros em cada canhão.

O IMI Mk 164 é a versão israelense do DEFA 554, construída sob licença no Brasil pela Bernardini.

Tanques de combustível

O AMX pode levar dois tanques subalares de combustível de 580 litros (10) ou dois de 1.100 litros.

Treinamento

Pod SUU-20 (11) para até seis BEX-11 (11,3kg) ou seis BDU-33 (12) e quatro foguetes de 70mm.

Sensores

Rafael Litening III (13) laser designation pod para missões de designação de alvos; Rafael Reccelite (14) reconnaissance pod para missões de reconhecimento tático; e Rafael Skyshield (15) pod, de interferência eletrônica.

Anteriormente, o AMX empregou os sistemas de reconhecimento tático Pallet 2, Pallet 3, Gespi Reconnaissance Training Pod (RTP), Vicon 57, Koop e Pallet Vinten.

Observações

16- Twin carrier pod

17- Lançadores de chaff

18- Alvo para treinamento de tiro ar-solo

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