O F-39 Gripen moderniza a defesa aérea do Brasil com tecnologia avançada e produção local, enquanto o Mirage 2000-5F, agora na Ucrânia, demonstra eficácia em combate, mostrando legados distintos e capacidades estratégica

F-39 Gripen: A Nova Era da Defesa Aérea Brasileira
Origem e Fabricação
O F-39 Gripen, também conhecido como Gripen E, é um caça multifuncional de quarta geração e meia desenvolvido pela Saab, uma empresa aeroespacial e de defesa sueca. O desenvolvimento do Gripen teve início em 1982, com o objetivo de substituir os caças Saab 35 Draken e 37 Viggen na Força Aérea Sueca (Flygvapnet). A versão F-39 Gripen foi adaptada para atender às necessidades específicas da Força Aérea Brasileira (FAB), com a produção de componentes também ocorrendo no Brasil, por meio da Saab Aeronáutica Montagens, fortalecendo a indústria local.
Especificações Técnicas
- Comprimento: 15,2 metros
- Envergadura: 8,6 metros
- Peso Máximo de Decolagem: 16,5 toneladas
- Velocidade Máxima: Mach 2,0
- Autonomia: Superior a 4.000 km
- Radar: AESA (Active Electronically Scanned Array)
- Sensores: IRST (InfraRed Search and Track), guerra eletrônica, Link-BR2
- Armamentos: Meteor, MICA, bombas guiadas
O F-39 Gripen é projetado para operar em ambientes extremos, com capacidade de decolagem e pouso em pistas curtas e não preparadas, como rodovias, o que aumenta sua flexibilidade operacional.
Histórico Operacional
Desde sua chegada ao Brasil em 2020, o F-39 Gripen tem sido integrado à Força Aérea Brasileira, com o 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) em Anápolis sendo o principal operador. A produção de componentes também ocorre no Brasil, por meio da Saab Aeronáutica Montagens, fortalecendo a indústria local.

Mirage 2000-5F: Legado de Potência e Versatilidade
Origem e Fabricação
O Mirage 2000-5F é uma variante modernizada do Mirage 2000C, um caça monomotor multifuncional de quarta geração desenvolvido pela Dassault Aviation, uma empresa francesa. O Mirage 2000 foi projetado no final da década de 1970 como um caça leve para substituir o Mirage III na Força Aérea Francesa (Armée de l’air). O Mirage 2000-5F foi desenvolvido para atender às necessidades específicas da França, com melhorias em radar, sistemas de armas e capacidade de combate ar-ar.
Especificações Técnicas
- Comprimento: 14,36 metros
- Envergadura: 9,13 metros
- Peso Máximo de Decolagem: 17 toneladas
- Velocidade Máxima: Mach 2,3
- Autonomia: Aproximadamente 2.000 km
- Radar: RDY-2 (Radar Doppler de varredura eletrônica)
- Sensores: RWR Serval (Radar Warning Receiver)
- Armamentos: MICA EM/IR, GBU-12/16
O Mirage 2000-5F é projetado para operar em uma variedade de cenários de combate, com capacidade de realizar missões de superioridade aérea, ataque ao solo e interdição.
Histórico Operacional
O Mirage 2000-5F foi retirado do serviço ativo da Força Aérea Brasileira, mas continua a desempenhar um papel significativo em conflitos internacionais. Em fevereiro de 2025, a França anunciou a entrega de caças Mirage 2000-5F à Ucrânia, com o primeiro uso em combate registrado em março de 2025, quando interceptaram com sucesso um míssil de cruzeiro russo Kh-101 durante um ataque em larga escala.

Comparativo Técnico: F-39 Gripen vs. Mirage 2000-5F
| Característica | F-39 Gripen | Mirage 2000-5F |
|---|---|---|
| Fabricante | Saab (Suécia) | Dassault Aviation (França) |
| Comprimento | 15,2 m | 14,36 m |
| Envergadura | 8,6 m | 9,13 m |
| Peso Máximo de Decolagem | 16,5 toneladas | 17 toneladas |
| Velocidade Máxima | Mach 2,0 | Mach 2,3 |
| Autonomia | > 4.000 km | ~ 2.000 km |
| Radar | AESA | RDY-2 |
| Sensores | IRST, guerra eletrônica, Link-BR2 | RWR Serval |
| Armamentos | Meteor, MICA, bombas guiadas | MICA EM/IR, GBU-12/16 |
| Custo Operacional | Baixo (projeto de alta disponibilidade) | Médio (manutenção mais intensiva) |
Escolha Estratégica para a Defesa Brasileira
A aquisição do F-39 Gripen pelo Brasil representa um avanço significativo na modernização da força aérea nacional. Com tecnologias de ponta, capacidade de operar em ambientes extremos e produção local, o Gripen oferece vantagens estratégicas em termos de interoperabilidade e sustentabilidade. Embora o Mirage 2000-5F tenha sido uma plataforma eficaz em sua época, o Gripen proporciona uma base sólida para enfrentar os desafios da defesa aérea no século XXI.
Além disso, a experiência operacional do Mirage 2000-5F na Ucrânia demonstra sua eficácia em cenários de combate contemporâneos, reforçando a importância de plataformas versáteis e adaptáveis. A transição para o Gripen, portanto, não apenas moderniza a frota de caças, mas também fortalece a posição do Brasil como um ator estratégico na defesa aérea global.
Fontes: informações públicas da FAB, Saab, Dassault e portais especializados em defesa.
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