Hoje, a Força Aérea Brasileira (FAB) celebra os 50 anos da incorporação do icônico caça Northrop F-5, uma aeronave que se tornou um dos pilares da defesa aérea nacional.
Desde a sua chegada ao Brasil em 1975, o F-5 tem desempenhado um papel fundamental na manutenção da soberania do espaço aéreo brasileiro, atravessando diversas modernizações e adaptações para continuar relevante em um cenário tecnológico e operacional em constante evolução
No início da década de 1970, o Brasil buscava modernizar sua aviação de caça, substituindo aeronaves como o Gloster Meteor e o F-80/T-33 pela nova geração de jatos supersônicos.
Em outubro de 1974, durante o governo Geisel, a FAB recebeu o sinal verde do Governo Gerald Ford dos EUA e encomendou à Northrop 42 caças Northrop F-5 (36 do modelo E, Tiger II e 6 do modelo B), ao preço na época de 72 milhões de dólares.
O Northrop F-5E Tiger II foi escolhido por sua confiabilidade, baixo custo operacional e boa capacidade de combate. Em em 28 de fevereiro de 1975, os primeiros exemplares do F-5E e F-5B (versão de treinamento) foram recebidos, sendo distribuídos principalmente entre os esquadrões Pampa, Jambock e Pif-Paf.
Os F-5 da FAB participaram de diversas operações e exercícios militares, garantindo a proteção do espaço aéreo brasileiro. Durante a Guerra das Falklands/Malvinas em 1982, interceptaram um bombardeiro Vulcan da Royal Air Force que se dirigia ao Rio de Janeiro para um pouso em emergência.
Durante eventos internacionais realizados no Brasil, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, os F-5 foram essenciais para a defesa do país contra possíveis ameaças aéreas. Além disso, a aeronave também teve papel importante em treinamentos conjuntos com outras forças aéreas, fortalecendo a interoperabilidade e o preparo dos pilotos brasileiros.
Modernização
No ano 2000, foi iniciado o programa de modernização F-5EM/FM, em parceria com a Embraer, para equipar as aeronaves com aviônicos modernos, radar Grifo-F, novos sistemas de comunicação e armamentos mais sofisticados. Essas melhorias aumentaram consideravelmente a capacidade do F-5, permitindo que ele permanecesse operacionalmente eficaz e competitivo frente a aeronaves mais modernas.
Com a chegada dos modernos caças Saab F-39 Gripen, o F-5 gradativamente será substituído, marcando o fim de uma era para a aviação de caça da FAB. No entanto, mesmo após meio século de serviço, o F-5 deixa um legado inegável de resiliência e eficiência operacional. Seu impacto na história da FAB permanecerá como um exemplo de como um vetor pode se manter relevante por décadas com investimentos adequados em modernização e treinamento.

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