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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Como nasceu a indústria do transporte aéreo


Na década de 1990, surgiu nos Estados Unidos e depois na Europa um novo conceito de companhia aérea. O modelo low cost (baixo custo) e low fare (baixa tarifa) revolucionou a indústria, democratizando o acesso ao transporte aéreo e transformando a experiência de viagem no mundo inteiro. Mas como funcionam essas empresas? Como conseguem oferecer tarifas tão baixas? É seguro viajar numa companhia aérea low cost? Vale a pena? Quais as principais empresas em operação hoje? Como encontrar tarifas super baratas? Respondemos essas e outras perguntas nesse post exclusivo, com dicas para você saber quando deve ou não optar por uma empresa de baixo custo e baixa tarifa em sua viagem.

O modelo low cost (para simplificar, vou chamá-las assim nesse post, mas considerando low cost empresas que não apenas operem com baixo custo, mas também ofereçam tarifas muito baixas) se expandiu em grande parte do mundo, especialmente na Europa, Estados Unidos e Ásia. No Brasil, infelizmente, ainda não decolou. Hoje não contamos com nenhuma verdadeira low cost operando voos dentro país.

Talvez você não lembre, mas já tivemos uma legítima low cost nacional. Era a Webjet! Ela não só vendia passagens baratas, mas obrigava as concorrentes a derrubarem suas tarifas nas rotas onde operava. A empresa operou durante alguns anos, mas em 2011 foi comprada pela GOL.

É bom lembrar que as principais companhias aéreas brasileiras adotam algumas, ou até muitas das práticas das companhias aéreas low cost, mas não praticam o modelo de baixa tarifa em larga escala. Por isso, a expectativa pela chegada de uma genuína low cost e low fare no Brasil é grande, especialmente após a desregulamentação da franquia de bagagens, a permissão de capital estrangeiro nas companhias aéreas, e a saída de operação da Avianca Brasil.

Em 2018, começaram a surgir empresas de baixo custo e tarifa interessadas em operar voos internacionais para o Brasil. É o caso das chilenas Sky Airline e JetSmart, a norueguesa Norwegian e a argentina Flybondi. Porém, nesses três casos, uma coisa em comum: as altas taxas de embarque no Brasil, Argentina, Chile e Inglaterra. São países que tem os maiores custos aeroportuários do mundo, um verdadeiro entrave para que os preços finais cheguem ao consumidor tão baixos como estamos acostumados a ver na União Européia, por exemplo.

Recentemente a companhia aérea espanhola Air Nostrum apresentou um pedido para operar voos domésticos no Brasil. Mas ainda é cedo para afirmar se o pedido vai ou não sair do papel, já que tivemos o caso do grupo Globalia, que em 2019 chegou a iniciar o processo de certificação, mas depois vendeu sua operação aérea para a Iberia.

Como as companhias aéreas low cost conseguem tarifas tão baixas?

Alguns fatores são decisivos para que as empresas low cost consigam oferecer tarifas muito baixas e, ainda assim, operar com lucro. Confira os dez principais:

1) Venda de tarifas que incluem apenas o direito de viajar

As empresas retiram do preço da passagem tudo o que possa ser cobrado separadamente, para chegar ao menor valor possível. Por conta disso, qualquer serviço adicional costuma ser cobrado. Qualquer mesmo! Por exemplo, quer marcar assento? Tem que pagar. Despachar bagagem? Tem que pagar! Fazer o check-in no balcão do aeroporto? Só pagando! Comer ou beber a bordo? Também! Levar mala como bagagem de mão ou com peso acima do permitido? Idem! Antecipar o voo ou remarcar passagem? Fones de ouvido? Já sabe a resposta… É a cultura do pague o que usar. Parece bem chato e inconveniente no início, mas aprendendo as regras e praticando o desapego dá para economizar, e muito!


2) Receita com a venda de serviços acessórios e com publicidade

É comum essas empresas terem receita extra oferecendo reserva de hotéis, aluguel de carros e ingressos para seus clientes durante ou depois da compra da passagem. Geralmente, o cliente fica com algum desconto e a empresa com a comissão do que foi vendido. Para se ter uma ideia, até raspadinha e bilhetes de loteria são comercializados nos voos da Ryanair, por exemplo.

Aviões adesivados com propagandas, comerciais e ações de marketing durante o voo também são comuns. Em algumas empresas, os comissários aproveitam para vender duty free (produtos livres de imposto) e descolar um complemento de salário com as comissões.

3) Frota padronizada e com alta densidade de assentos

As companhias aéreas low cost costumam ter aeronaves de um mesmo modelo, porque isso ajuda a reduzir os custos com manutenção e com o treinamento de pilotos, tripulantes e demais funcionários. Além disso, comprando mais aviões de um mesmo fabricante, negociam descontos maiores.

Na hora de configurar suas aeronaves, as companhias aéreas low cost optam pela maior densidade possível. Isso significa um espaço menor entre os assentos e em poltronas que não reclinam. Nos equipamentos mais novos, os fabricantes têm reduzido a quantidade de banheiros e o espaço das galleys (cozinha do avião) para colocar mais assentos e aumentar a capacidade das aeronaves. 

4) Maior aproveitamento das aeronaves

Avião parado é sinônimo de prejuízo para qualquer companhia aérea. Por isso, as empresas low cost trabalham com um planejamento de frota que maximiza o uso dos aviões. O resultado são voos durante toda a madrugada, no comecinho da manhã, e em qualquer hora do dia ou da noite. O tempo que as aeronaves ficam em solo também é reduzido. Tudo é feito para que o avião possa decolar novamente o mais rápido possível, e assim transportar mais passageiros no fim do dia.

5) Operação em aeroportos e terminais secundários

É comum as empresas low cost operarem em aeroportos secundários, nas cidades que possuem mais de uma opção, além de utilizar terminais e posições de estacionamento de aeronaves mais distantes. Tudo isso para reduzir as taxas que são cobradas pelos aeroportos para a operação dos voos.

Em alguns casos, cidades e até países se mobilizam para oferecer condições diferenciadas ou subsídios para companhias aéreas low cost, tamanho o impacto e o retorno dessas operações nos preços das passagens aéreas, no turismo e na economia.

No Brasil, essa dinâmica é um pouco mais complicada, já que boa parte dos aeroportos nas áreas metropolitanas e no interior não dispõem de ligações com transporte público de massa. Além disso, muitos terminais são administrados por estatais, como a Infraero, ou por órgãos estaduais, sendo bem engessados para negociar acordos agressivos com empresas privadas.

6) Menor despesa com combustível

Ligar o ar condicionado no máximo enquanto o avião estiver em solo? Nem pensar! Acelerar o avião para compensar algum atraso do voo? Esquece! Tudo que puder ser feito para poupar combustível ou reduzir custo, sem colocar em risco a segurança do voo, será feito! Isso inclui manter as aeronaves o mais leve possível. Até diminuir a quantidade de água nos reservatórios dos banheiros é uma medida adotada que ajuda a reduzir o peso do avião e, consequentemente, o consumo de combustível. Entendeu porque essas empresas são tão rigorosas com o peso das bagagens e dos volumes de mão?

7) Menor despesa com pessoal

As companhias aéreas low cost trabalham com uma equipe enxuta, especialmente nos aeroportos. Usam a tecnologia para reduzir custos com pessoal, automatizando todos os processos possíveis. Geralmente você consegue fazer quase tudo sem precisar de um funcionário humano, exceto dentro do avião, onde existem os comissários e o piloto para auxiliar (pelo menos por enquanto, pois no futuro é provável que automatizem tudo). Os funcionários também costumam receber salários-base abaixo da média de mercado e realizam tarefas diversas. Por exemplo, os comissários realizam a limpeza da aeronave entre uma etapa e outra. Já as equipes do check-in também costumam trabalhar nos portões de embarque, dando mais flexibilidade para a companhia e reduzindo o efetivo necessário.

8) Venda direta ao consumidor através da internet

A maioria das low cost trabalha apenas com venda direta de passagens em seus próprios sites, sem lojas físicas, ou central de atendimento. Também ignoram os sistemas globais de distribuição de passagens (GDS) utilizados pelas agências de viagem. Por isso, é comum não encontrar voos de algumas empresas low cost nas agências, mesmo as online.

9) Padronização e simplicidade

As poltronas são padronizadas, sem classe executiva, primeira classe ou qualquer diferenciação de cabine. Além disso, a tarifação das passagens é simplificada. Quem compra com antecedência vai conseguir as menores tarifas. Quem compra mais próximo da data do voo vai pagar mais caro, conforme a lotação do avião e a rota em questão.

10) Milhas? O que é isso?

A maioria das companhias aéreas low cost não possuem programa de fidelidade. Isso não é uma regra absoluta, mas não é comum voos de baixo custo acumularem milhas aéreas.

Talvez você tenha sentido falta de um item com tarifas não reembolsáveis e não remarcáveis. Mas hoje isso é tão comum nas companhias aéreas tradicionais que nem considero mais como um diferencial de uma companhia aérea low cost.

Quais as principais companhias aéreas low cost em operação no mundo?

Confira as principais companhias aéreas low cost e low fare do mundo:

Europa: Ryanair, Easyjet, Norwegian, Vueling, Volotea, Aer Lingus, Wizz Air, Eurowings, Level, airBaltic, Pobeda e Flybe.

Estados Unidos: Spirit, Frontier, Southwest Airlines, Westjet, Sun, Allegiant e Jetblue.

Ásia e Austrália: Air Asia, Tigerair, Scoot, Jetstar, Nok Air, Lion Air, Malindo, IndiGo, Peach, Citilink West Air, Spring.

América do Sul: Sky, Viva Colombia, Flybondi, Jetsmart ou Norwegian.

México: Volaris e Viva Aerobus.

África: FastJet, Mambo, Kulula e Jamojet.

Existem outras. As listas não são exaustivas e incluem apenas as maiores empresas. 

 

É seguro voar com companhias aéreas low cost?

É seguro. As empresas low cost utilizam as mesmas aeronaves que as companhias aéreas tradicionais. Além disso, são igualmente obrigadas a cumprir todas as normas de segurança, passando pelos mesmos processos de auditoria e certificação.

 

Vale a pena viajar em companhias aéreas low cost?

Depende! Para saber se vai valer a pena no seu caso, é importante comparar o preço da passagem incluindo todos os serviços que vai utilizar, como despacho de bagagem, marcação de assento, serviço de bordo etc. No processo competitivo, é possível que as companhias aéreas tradicionais ofereçam um pacote completo com uma tarifa final menor do que uma low cost, ou vice-versa, especialmente para quem tem benefícios dos programas de fidelidade para passageiros frequentes. Mas, para quem viaja apenas com bagagem e mão e não se importa com serviços adicionais, geralmente uma low cost oferece um preço imbatível.

Também é importante colocar na conta um eventual custo adicional de tempo e dinheiro que você terá com transporte até o aeroporto, se seu voo for por uma opção secundária. Antes de comprar, veja se há ônibus da companhia, ou transporte público no horário que você vai precisar. Se não tiver, confira quanto vai custar uma outra alternativa de transporte. A economia pode não ser real, ou não compensar o transtorno.

A dica é sempre pesquisar se alguma companhia aérea low cost opera o trecho que você precisa, especialmente dentro da Europa, Ásia e dos Estados Unidos, onde se concentram grande parte dessas empresas.

 


Air Dolomiti, do Grupo Lufthansa, quer mais aeronaves da Embraer



A Embraer enfrentou um revés em uma licitação para seleção de jatos do Grupo Lufthansa quando o E195-E2 perdeu para o A220 da Airbus. Apesar disso, a Lufthansa mantém as portas abertas para futuras colaborações com a Embraer, pelo menos com a Air Dolomiti.

A unidade italiana do Grupo Lufthansa, Air Dolomiti, já operando uma frota significativa de jatos Embraer, planeja expandir sua frota de E-Jets de 20 para potencialmente 26 até o início de 2025, utilizando aeronaves transferidas de outras subsidiárias do grupo Lufthansa que no total utilizam 43 E-Jets.

“Cada aeronave que adicionamos é uma pequena empresa. Um jato Embraer precisa de 6 comandantes, 6 a 7 primeiros oficiais e 21 comissários de bordo. Mais 3-5 técnicos e mecânicos e 1-2 na administração. Resumindo, podemos dizer 40 pessoas, portanto pelo menos 240 a serem contratadas em 2024 para o aumento da frota”, disse o CEO da Air Dolimiti, Steffen Harbarth, em entrevista ao Corriere della Sera publicada em 28 de dezembro de 2023.

Este crescimento demonstra o sucesso da Air Dolomiti, que recentemente se tornou a segunda maior companhia aérea da Itália, depois da ITA Airways, em 2023. Com a atual frota da Embraer (17 Embraer E190-200LRs e 3 E190-100LRs) com uma média de 13 anos de serviço, uma potencial substituição poderá ocorrer nos próximos anos.

Harbarth pretende aproveitar o aumento do número de aviões para impulsionar os serviços regulares para Frankfurt e Munique, particularmente do Norte de Itália.

Em sua entrevista, Harbarth também disse que a companhia aérea estava vendo um forte retorno de passageiros dos Estados Unidos (EUA), Coreia do Sul e Japão após a pandemia de COVID-19.

“Posso afirmar que durante vários dias deste ano operamos voos para Florença, onde 80% dos passageiros a bordo vieram dos EUA”, afirmou o CEO.

Arábia Saudita deve substituir 42 Lockheed C-130 por 33 Embraer C-390



Há indicações de que a Arábia Saudita está considerando uma medida que pode não ser um bom presságio para o futuro do setor de defesa dos EUA, particularmente da Lockheed Martin. Fontes internas sugerem que Riad tem como objetivo comprar aeronaves de transporte brasileiras para a Real Força Aérea Saudita (RSAF).

O acordo envolve a aquisição de 33 aeronaves de transporte Embraer C-390 Millennium. A negociação por parte do reino é feita pelo fundo de investimento SAMI. O âmbito do acordo vai além da mera aquisição de aeronaves, uma vez que inclui também a criação de uma infra-estrutura abrangente na Arábia Saudita. Essa infraestrutura garantirá o treinamento completo do pessoal e proporcionará a manutenção adequada da aeronave.

As sugestões são de que estejam em andamento negociações sobre o estabelecimento de um centro de reparo e revisão (MRO) e uma linha de montagem final (FAL) para a aeronave de transporte Embraer C-390 Millennium na esfera pública saudita.

BRICS

Pela primeira vez, ficou claro que as negociações entre Brasil e Arábia Saudita ocorreram em novembro de 2023. Hoje, porém, fala-se delas novamente, especialmente depois que o reino saudita se tornou membro oficial do BRICS.

A organização intergovernamental BRICS é composta por dez países, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A criação do grupo ocorreu em 2010, quando a África do Sul se juntou ao grupo BRIC anteriormente existente, composto por Brasil, Rússia, Índia e China. Mais tarde, a aliança expandiu-se em 1 de janeiro de 2024, para acolher o Egito, a Etiópia, o Irã, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Compreendendo cerca de 30% do território terrestre do planeta e albergando 45% da população mundial, os países BRICS detêm uma influência global significativa. Entre estes, Brasil, Rússia, Índia e China destacam-se como algumas das nações líderes do mundo em termos de população, área territorial e PIB com base na Paridade de Poder de Compra (PPP).

Todos os cinco países fundadores são membros do G20, o que ilustra a sua potência econômica. Coletivamente, o seu PIB nominal é de quase 28 trilhões de dólares – aproximadamente 27% do produto bruto global. O seu PIB total, baseado em PPC, é de aproximadamente 57 trilhões de dólares, representando 33% do PIB PPC global. Em 2018, detinham em conjunto cerca de 4,5 trilhões de dólares em reservas estrangeiras.

Substituição

Relatos da mídia espanhola indicam que a compra planejada de aviões de transporte brasileiros tem como objetivo substituir a atual frota de aviões de transporte dos EUA.

A Força Aérea Real Saudita, atualmente, gerencia um esquadrão de 33 aeronaves de reabastecimento Lockheed Martin C-130H Hercules mais antigas e 7 KC-130H Hercules. Ao lado deles, há também dois Lockheed Martin KC-130J Super Hercules que atendem a dupla finalidade – transporte e reabastecimento em voo.

A proposta em questão envolve uma troca faseada de 42 aeronaves existentes, juntamente com 168 motores/hélices. Em seu lugar, seriam 33 aeronaves de última geração equipadas com 66 motores a jato. Estes motores, nomeadamente o turbofan IAE V2500-E5, são produzidos pela International Aero Engines AG e são uma escolha comum na aviação comercial global.

As vantagens do ‘brasileiro’

O C-390 Millennium, um produto de design e engenharia de aeronaves especializadas, é um novo concorrente nos céus que deixa o comparativamente antiquado quadrimotor C-130J para trás. Este avião brasileiro oferece valor superior e maior eficiência, além de exigir menos manutenção e, ao mesmo tempo, proporcionar maior tempo de operação em voo.

Quando comparadas com o C-130J, as métricas falam por si; o C-390 Millennium, desenvolvido no Brasil, pode transportar uma carga 37% mais pesada, ou impressionantes 15 toneladas. Além disso, ele consegue esse feito em uma distância 50% maior que seu concorrente, e 32% mais rápido para acionar. Apesar dessas estatísticas impressionantes, ele não economiza na versatilidade, mantendo a capacidade de alterar rapidamente os modos de missão, com reabastecimento em voo, carga e tropas entre suas operações cruciais.

São dignas de nota as múltiplas áreas em que o C-390 Millennium supera o C-130J Super Hercules. Seu alcance operacional, aceleração para a área de interesse, capacidade de sobrevivência, maior capacidade de carga útil e requisitos reduzidos de manutenção contribuem para um ciclo de vida geral melhorado. Em essência, o C-390 Millennium é uma melhoria robusta e eficiente do antigo modelo Super Hercules.

Lockheed C-130J Super Hercules.

Conforme descrito num documento oficial do Parlamento Holandês, que se baseia em propostas e relatórios da Real Força Aérea Holandesa, a aeronave C-390 Millennium demonstra uma diminuição substancial nas necessidades de manutenção. Especificamente, afirma que o C-390 Millennium pode atingir mais horas de voo por aeronave e requer menos manutenção em comparação com o Lockheed Martin C-130J Super Hercules.

Os menores requisitos de manutenção do C-390 podem ser atribuídos a vários fatores. Por exemplo, muitos de seus sistemas, como os aviônicos e motores da cabine de comando, são montados com materiais comerciais prontos para uso (COTS) e materiais modificados ou militares prontos para uso (MOTS). Isto não só garante que as peças de reposição estejam prontamente disponíveis, mas também reduz consideravelmente o custo, ao contrário dos materiais aeroespaciais militares exclusivos usados em aeronaves como o C-130 Hercules.

Também importante destacar que o alcance operacional do Embraer C-390 é impressionante. Ele pode voar distâncias de até 2.590 milhas náuticas com uma carga útil de 20.000 kg, e seu alcance de translado é de 5.290 milhas náuticas. Este longo alcance o torna uma aeronave versátil para diversas missões militares e humanitárias.

O Embraer C-390 está equipado com aviônicos de última geração. Possui sistema de controle fly-by-wire, que reduz a carga de trabalho do piloto e aumenta a segurança. O cockpit está equipado com um moderno glass cockpit com três displays multifuncionais e um head-up display para cada piloto.

Além disso, a aeronave está equipada com um sistema abrangente de autodefesa. Isso inclui receptores de alerta de radar, receptores de alerta a laser, sistemas de alerta de aproximação de mísseis e dispensadores de chaff e flare para combater ameaças que chegam. Também possui um avançado sistema de movimentação de carga que permite rápida carga e descarga de carga.

Além disso, o Embraer C-390 foi projetado com uma rampa traseira, que permite o lançamento aéreo de cargas e paraquedistas, além de permitir que a aeronave realize missões de evacuação médica. O design robusto e os sistemas avançados da aeronave tornam-na um recurso valioso para qualquer força aérea.