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terça-feira, 30 de abril de 2024

Brasil: Como são feitos helicópteros na maior fabricante da América Latina?… - Veja mais em https://economia.uol.com.br/colunas/todos-a-bordo/2024/03/25/helibras-fabricante-helicoptero-itajuba-airbus-esquilo-h125-h225.htm?cmpid=copiaecola


O Brasil é um dos poucos países do mundo com uma indústria aeronáutica avançada. Uma das principais representantes desse setor é a Helibras, localizada em Itajubá (MG).


A fabricante de helicópteros é a maior da América Latina. Praticamente, também é a única no hemisfério sul hoje em dia. Isso porque muitas empresas do ramo apenas montam as peças enviadas de outros países ou estão com a produção parada, como é o caso da sul-africana Denel.

Como funciona a linha de montagem de um helicóptero?


Helicópteros na linha da montagem da Helibras, em Itajuba (MG)


Imagem: Alexandre Saconi

Na Helibras, os principais helicópteros fabricados são os H125 Esquilo, H130 e H225. Cerca de metade dos componentes são fabricados no Brasil, enquanto outras partes são importadas.


Essa prática é comum no setor. A própria Airbus, sediada na França, tem seus aviões que são montados no país com componentes oriundos da Espanha, Inglaterra, Alemanha e EUA, por exemplo.


Os corpos dos helicópteros ficam lado a lado, e são montados parte a parte pelos funcionários da empresa. Até os cabeamentos são confeccionados em uma oficina específica da empresa.


Aos poucos, peça a peça, o helicóptero ganha vida. Entre as últimas partes a serem colocadas estão o motor e suas pás.


Após uma série de testes estáticos, ou seja, ainda no solo, a aeronave parte para um primeiro voo. Se tudo estiver em ordem, ela é entregue para o cliente, que pode treinar na própria Helibras como voar na máquina.


No caso de aeronaves militares, a empresa ainda conta com um laboratório avançado, onde pode realizar testes antes da montagem final. É o caso de testes com sistemas de câmeras, vigilância, armamentos, entre outros, que seriam inviáveis ou muito caros de serem testados apenas após a montagem.


Sigilo





Helicópteros na linha da montagem da Helibras, em Itajuba (MG)

Imagem: Alexandre Saconi

Como a empresa trabalha com projetos militares, o sigilo é um requisito fundamental. Em alguns setores, nem mesmo o próprio presidente da empresa é autorizado a entrar devido às exigências das empresas envolvidas.


Embora pareça estranho, justamente a maior autoridade da companhia não ter esse acesso, isso faz sentido. Como ele não é o responsável pelo desenvolvimento de determinados projetos que envolvem a segurança nacional, não faz sentido ele entrar em salas e departamentos onde os engenheiros estão elaborando adaptações ou trabalhando em projetos militares.


Isso visa diminuir o risco de vazamento de informações e, até mesmo, espionagem. A exigência, inclusive, faz parte de acordos militares que devem ser seguidos à risca.


Nasceu nas mãos do estado



Helicóptero do Exército sendo modernizado na fábrica da Helibras

Imagem: Alexandre Saconi

A Helibras nasceu em 1978, como uma parceria entre o governo de Minas Gerais e a antiga fabricante francesa Aérospatiale. Em 1980 se instalou definitivamente em Itajubá.


O primeiro helicóptero a ser produzido pela empresa foi o H125 Esquilo (denominado AS350 antigamente). Foram seis unidades para a Marinha. Esse é o principal helicóptero das forças públicas do país, usado entre outros pela Polícia Militar do estado de São Paulo.


Ainda na década de 1980, fechou contrato para a entrega de 41 Esquilos e outros 10 Super Pumas para a FAB (Força Aérea Brasileira). Em seus 45 anos de história, foram mais de 850 helicópteros entregues.


No ano de 2008, os governos brasileiro e francês fecharam um acordo para o fornecimento de 50 helicópteros H225 para as Forças Armadas do Brasil. Foi um forte movimento de transferência de tecnologia para o país, que levou as aeronaves a terem quase metade de suas peças nacionalizadas.


A empresa ainda se especializou em prestar serviços de modernização de helicópteros já em uso. É o caso dos Fennecs e dos Panteras, que voam na aviação do Exército atualmente.


Na década de 1990, a divisão de helicópteros da Airbus (então Eurocopter) começou a fazer parte do esquema acionário da empresa. Em 2023, o governo de MG vendeu as últimas ações da empresa, que passou a ter controle total do grupo europeu.


Participação no mercado

Helicóptero na linha da montagem da Helibras, em Itajuba (MG)

Imagem: Alexandre Saconi

A Helibras emprega hoje cerca de 500 funcionários diretamente, além de gerar outros milhares de empregos indiretos em ao menos 36 empresas fornecedoras e colaboradoras. Hoje, toda a diretoria da companhia é formada por brasileiros.


A participação da empresa no mercado brasileiro é de 47%, segundo a fabricante, totalizando 699 helicópteros. No segmento governamental, que inclui polícias, bombeiros, casa civis entre outros órgãos públicos, essa fatia sobe para 82%. Já no ramo militar, a empresa tem 152 aeronaves nas Forças Armadas, uma parcela de 76% do setor de asas rotativas.

Em 2023, a Helibras faturou R$ 1 bilhão, e a previsão é que este valor suba para R$ 1,5 bilhão em 2024. Enquanto ano passado foram 25 helicópteros entregues, a expectativa é que até dezembro sejam feitas 32 entregas.


Aproximadamente 15% do faturamento é ligado à exportação para países como Chile, Argentina, Equador, Bolívia e Paraguai. A guerra na Ucrânia e os ataques de Israel a Gaza impactam negativamente na cadeia produtiva, com peças e insumos demorando mais para serem entregues.


Hoje, o nível da engenharia da empresa permite que ela elabore e fabrique peças para qualquer local do mundo, incluindo a matriz da Airbus. Esse desenvolvimento ocorreu graças à transferência de tecnologia das últimas décadas, que transformou a companhia em uma indústria de ponta, sendo reconhecida, além da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), 

A fábrica, além de ter mudado a economia da região de Itajubá, coloca o país ao lado de outros países como Rússia, China, Alemanha, França e EUA, que são os principais desenvolvedores de helicópteros do mundo. Um exemplo da capacidade da engenharia brasileira é a adaptação de mísseis Exocet, uma das principais armas antinavio do mundo. Os H225 da Marinha foram adaptados para receber o armamento, e todo o projeto foi feito no Brasil.


Importância para o país

Helicóptero H125 Esquilo na linha de produção da Helibras, em Itajubá (MG)

Imagem: Alexandre Saconi

Para o presidente da empresa, Alberto Duek, é importante existir uma indústria de ponta como a do setor aeroespacial para o desenvolvimento do país. "Eu fiquei muito contente quando eu vi que o governo lançou um novo plano para a indústria brasileira, e a gente se insere nele. Aqui é uma indústria de altíssima tecnologia, e muitas delas têm utilidade tanto para o setor civil como para o militar", diz o executivo.


Ao mesmo tempo que um engenheiro da empresa desenvolve os equipamentos fabricados na empresa, ele também cria capacidade produzir coisas novas, inovações, desenvolvimento e tecnologia. Um exemplo foi durante a pandemia, onde a equipe da Helibras desenvolveu uma maca capaz de transportar portadores de Covid sem oferecer risco aos tripulantes das aeronaves, por meio de uma maca de pressão negativa, na qual o ar contaminado não se misturava com o de fora.


Nós temos que aproveitar essa tecnologia que foi transferida para cá, manter o nosso engenheiro motivado e dentro do país para que o Brasil continue a ser o único produtor de helicópteros do hemisfério sul", afirma Duek… 


Raio-X da empresa

Nome: Helibras

Ano de fundação: 1978

Empregos gerados: 500 diretos e mais de outros milhares indiretos

Helicópteros entregues: Mais de 850

Unidades: Itajubá (MG) -- Sede e fábrica; Brasília (DF) -- Escritório de representação; Atibaia (SP) -- Centro de suporte ao cliente e estoque de peças e componentes; Rio de Janeiro -- Simuladores; São Paulo -- Centro de manutenção e escritório comercial.

Fatia de mercado brasileiro: 47%, sendo uma porção de 82% dos helicópteros em setores governamentais e 76% dos helicópteros militares do país

O voo seguro da Helibras

 À espera da decolagem do mercado helicópteros, a fabricante brasileira aposta na ampliação da rede de serviços e em contratos internacionais para garantir estabilidade financeira.

Para garantir um voo seguro, é essencial manter a estabilidade do equipamento. Isso vale para o piloto de uma aeronave tanto quanto para quem comanda uma empresa como a Helibras, subsidiária da gigante europeia Airbus e única fabricante de helicópteros a turbina na América Latina. Para compensar a queda de encomendas de novas unidades em 2020, a direção fez um ajuste na rota. Serviços de manutenção e contratos internacionais foram incorporados ao plano de voo. “Estamos trabalhando para diversificar a nossa atividade e criar ciclos de negócios que permitam equilibrar as quedas do mercado nacional”, disse à DINHEIRO o presidente da Helibras Jean-Luc Alfonsi.

No ano passado, a empresa comercializou dez helicópteros. Em 2019 haviam sido 17. “Nada tão catastrófico”, afirmou o executivo. Em um ano bom, a empresa vende entre 15 e 20 unidades. Apesar da redução nos pedidos, entende que o mercado privado se comportou de “maneira satisfatória” diante da brusca redução de voos comerciais causada pela Covid-19. “Os aviões privados e os helicópteros conseguiram, de certa forma, compensar uma necessidade do mercado”, disse Alfonsi. Paradoxalmente, o número menor de encomendas não significou perda de faturamento. Pelo contrário. Foram R$ 927 milhões em 2020, alta de 32% na comparação com 2019. A previsão para este ano é que outros dez equipamentos sejam negociados.

LINHA DE PRODUÇÃO Da fábrica da em Itajubá (MG) saem apenas os modelos H125 e H225. (Crédito:FELIPE CHRIST )

Segundo o presidente, o helicóptero é um produto singular. “A mesma plataforma pode ser utilizada para transportar passageiros, para ações de resgate, como ambulância, e até em ataque naval”, disse. No Brasil, a Helibras é responsável pela comercialização de sete modelos, dois deles produzidos na fábrica de Itajubá (MG). O H125 de capacidade para transportar um piloto e cinco passageiros. O H225 leva dois pilotos e até 19 pessoas. Os preços partem de US$ 4 milhões e podem alcançar US$ 50 milhões, dependendo da sofisticação. Em 43 anos de atividade no País, a empresa já entregou mais de 850 aeronaves, a maioria civil. O tempo médio de fabricação varia de 12 a 18 meses nos modelos menores e até 36 meses nos maiores.

O portfólio de serviços ganhou reforço na parceria recente com a Helisul, a maior operadora de helicópteros civis do País. O acordo, assinado em março, tem o objetivo de expandir a rede de atendimento, além de ampliar a presença regional da Helibras pelo Brasil. Inicialmente, são cinco novos postos: Rio de Janeiro, Curitiba, Foz do Iguaçu, Florianópolis e Brasília. Com 30 aeronaves em operação, a Helisul é a maior cliente civil da Helibras – que recentemente expandiu os serviços de manutenção para o exterior, com contratos na Europa, na Ásia e na Américas. “Estamos reconstruindo helicópteros da força naval da Argentina”, disse Alfonsi. Os valores dos contratos são sigilosos. No mercado militar brasileiro os investimentos estão condicionados à Lei Orçamentária federal. “Estamos finalizando a certificação de um modelo 225 naval de combate para ser entregue à Marinha”, afirmou o presidente da Helibras. “Será um helicóptero de ataque naval com dois mísseis. Fizemos tudo aqui no Brasil”, disse, adiantando que a empresa pretende exportar o modelo, que é único no mundo.

Seja para uso civil ou militar, o aumento das vendas está condicionado à retomada da atividade econômica. “Se isso se confirmar, alguns projetos contemplados por muitos anos pelas autoridades poderiam ser ativados. Tenho esperança”, disse o executivo. Globalmente, a Airbus Helicopters manteve a dianteira no mercado mundial em 2020, com 48% de participação no mercado. Foram entregues 300 aeronaves, além de a companhia ter recebido 268 novos pedidos. Os números apresentaram redução em relação a 2019 – 332 (-9%) e 369 (-27%), respectivamente. A companhia creditou o alto índice de entregas à gama de produtos. “Nossas equipes adaptaram as formas de trabalhar para estar ao lado dos clientes quando eles mais precisavam”, afirmou Bruno Even, CEO da Airbus Helicopters. “Nos esforçamos para ajudá-los a manter as suas missões essenciais em todo o mundo, fornecendo helicópteros e o suporte que necessitavam.” Além do Brasil, a empresa tem linhas de produção na França, Alemanha, Espanha, Romênia, Austrália, Estados Unidos, Coreia do Sul e China.


Helibras entrega dois helicópteros H225M em maio

 

H225M da FAB

H225M Exército

Exército e FAB recebem as primeiras das 4 unidades previstas 

A Helibras entregou dois novos H225M no mês de maio. As aeronaves que seguiram para o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são as primeiras unidades dentre as quatro previstas para entrega

O primeiro helicóptero, do Exército, é o quarto em configuração operacional, com sistemas exclusivos para as operações do Exército, e a nona aeronave do modelo recebida pela Força. O helicóptero ficará baseado em Taubaté, no 1º BAvEx.

Já o H225M da FAB, também o quarto em versão operacional para a Força, seguiu para a Base Aérea do Rio de Janeiro somando agora 10 helicópteros do modelo à disposição da Força Aérea.

Com essas duas unidades, a Helibras já contabiliza 28 H225M entregues do contrato de 50 unidades do programa H-XBR.

Ao todo, a empresa deverá entregar quatro unidades do H225M para as Forças Armadas . “Estamos cumprindo todas as etapas dentro dos prazos estipulados e confiantes no programa. Nossas equipes reúnem todo o conhecimento necessário para os trabalhos e estamos dentro do cronograma com todas as unidades das Forças”, disse o presidente da Helibras, Richard Marelli.

Os H225M das Forças Armadas são fabricados em Itajubá desde a inauguração da nova linha de produção da empresa, em 2012. Com o objetivo de atingir um importante nível de conteúdo nacional, a Helibras desenvolveu uma cadeia de suprimentos e fornecedores locais que atualmente conta com 37 empresas brasileiras, além de seu Centro de Engenharia próprio que desenvolve sistemas de missão específicos para os diferentes helicópteros de cada Força.

Outro importante marco do H225M neste ano inclui a qualificação da versão naval H225M, prevista para o segundo semestre.

H225M da FAB

Como é feito um helicóptero? Conheça a Helibras, única fábrica do Hemisfério Sul

 

Como é feito um helicóptero? Conheça a Helibras, única fábrica do Hemisfério Sul
Helicópetro feito pela Helibras Foto: Divulgação/ SCBR Defesa Nacionalgraphic_eq_outline

Descubra a Helibras, o orgulho da aviação brasileira: Saiba como é feito um helicóptero na única fabricante de helicópteros do Hemisfério Sul, localizada em Itajubá, MG, revelando sua contribuição essencial para a defesa, serviços públicos e inovação tecnológica no Brasil.

No coração de Itajubá, sul de Minas Gerais, encontra-se a Helibras, a única fabricante de helicópteros do Hemisfério Sul, desempenhando um papel crucial na aviação brasileira. Com cerca de 80% dos helicópteros em serviço público no Brasil provenientes da Helibras, a empresa destaca-se não apenas pela produção, mas também pela manutenção e modernização destas aeronaves essenciais.

A linha de montagem da Helibras revela um panorama da engenharia aeronáutica, com modelos como o H130 e o robusto H225, este último servindo nas três forças armadas brasileiras. A fábrica de Itajubá não apenas expõe o processo de fabricação, mas também a importância da Helibras na indústria aeronáutica nacional e internacional, com a empresa fazendo parte de um seleto grupo de oito países capazes de realizar um espectro completo de operações aeronáuticas.

Como é feito um helicóptero?

COMO É FEITO um HELICÓPTERO? Visitamos a HELIBRAS, ÚNICA FÁBRICA do Hemisfério Sul

Para saber como é feito um helicóptero, vamos começar no estágio de projeto e simulação, onde aerodinâmica e estrutura são meticulosamente planejadas. Engenheiros utilizam software de CAD para criar designs que otimizem a eficiência em voo, enquanto consideram a disposição de componentes vitais como cabine e motor. A aerodinâmica é essencial para garantir controlabilidade e estabilidade, e a estrutura precisa ser robusta para suportar as tensões do voo.

Na fase de fabricação de componentes, a fuselagem é construída para ser tanto leve quanto resistente, frequentemente empregando materiais compósitos avançados. As pás do rotor, fundamentais para a sustentação do helicóptero, são projetadas com materiais como fibra de carbono para combinar força e leveza.

Montagem e motor

Durante a montagem e integração, a fuselagem toma forma a partir do esqueleto, com a adição de painéis externos, portas e janelas. Sistemas mecânicos como o de transmissão, que conecta o motor aos rotores, e os sistemas hidráulicos e de combustível são cuidadosamente instalados, assegurando a funcionalidade essencial do helicóptero.

O processo de motorização envolve a seleção e instalação de motores que atendam às necessidades de potência do helicóptero. A transmissão é crucial para transferir a potência do motor para os rotores, exigindo uma engenharia precisa para assegurar a eficiência e segurança.

Tecnologia e segurança na Helibras

Nos sistemas de aviônicos e eletrônicos, o cockpit é equipado com instrumentos avançados para navegação e comunicação, além de controles de voo que permitem ao piloto manobrar o helicóptero. Estes sistemas são fundamentais para o gerenciamento efetivo das operações de voo.

Testes rigorosos são realizados para garantir a segurança e o desempenho do helicóptero. Incluem testes de solo para verificar os sistemas mecânicos e eletrônicos, e voos de teste que avaliam a manobrabilidade e a resposta do helicóptero sob diversas condições para finalizar como é feito um helicóptero.

Sabe como surgiu a Helibras?

Sabe como surgiu a Helibras?

A Helibras, fundada em 1978 e operando em Itajubá desde 1980, tem produzido mais de 850 helicópteros, contribuindo significativamente para o desenvolvimento tecnológico e industrial do Brasil. Além de atender ao mercado interno, a Helibras exporta tecnologia, componentes e helicópteros, reforçando sua posição como um jogador global.

A empresa não apenas fabrica helicópteros, mas também desempenha um papel vital em missões de serviço público e operações de resgate, como visto durante a tragédia de Brumadinho e outros desastres naturais. A capacidade de modernização da Helibras garante que aeronaves como o Pantera do Exército Brasileiro sejam revitalizadas com tecnologia de ponta, prolongando sua vida útil e eficiência operacional.

Com uma força de trabalho altamente qualificada e instalações que incluem a única oficina de helicópteros da América Latina homologada pela Airbus, a Helibras simboliza a inovação e a competência técnica no cenário aeronáutico mundial. Seu impacto transcende a fabricação de helicópteros, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a soberania tecnológica do Brasil. A Helibras não apenas fabrica helicópteros, mas também molda o futuro da aviação, destacando-se como um pilar da indústria aeronáutica brasileira e global.

Os 10 aviões de combate mais populares em operação no mundo

 

Aviões de combate são legais. O sucesso da mídia, como filmes e videogames que os retratam, reflete o amor do público pelo tipo de aeronave. Mas qual avião de combate é o melhor? Mais especificamente, qual avião de combate os militares de todo o mundo preferem pilotar? Afinal, o avião de combate de uma nação precisa fazer mais do que ficar bem na tela.

Além da velocidade e manobrabilidade, os custos de manutenção e a versatilidade devem ser considerados. Usando dados do Cirium, a FlightGlobal publicou seu diretório das Forças Aéreas Mundiais de 2023, detalhando as frotas de aeronaves militares em todo o mundo, incluindo os aviões de combate mais populares.

Confira a classificação dos jatos de caça mais populares:


10º) Northrop F-5 Tiger 

O F-5 é um dos aviões mais antigos desta lista. Apesar de seu primeiro voo ter ocorrido em 1959, ainda existem 403 exemplares em serviço ativo. Curiosamente, muitos civis estão familiarizados com o F-5 por seu papel como o fictício MiG-28 em Top Gun.

A Marinha dos EUA e o Corpo de Fuzileiros Navais continuam a pilotar o F-5 como treinadores adversários. No entanto, a aeronave leve multimissão ainda é utilizada como caça de linha de frente por países como Brasil, Taiwan e Suíça.


9º) Chengdu J-7

O J-7 é uma versão chinesa sob licença do MiG-21 soviético. Enquanto o J-7 fez seu primeiro voo em 1966, o MiG-21 voou pela primeira vez 11 anos antes. Apesar de sua idade, o J-7 continua extremamente popular com 444 exemplares no serviço ativo.

Embora seja pilotado principalmente pela Força Aérea do Exército de Libertação Popular na China, o J-7 é uma aeronave de exportação popular sob a designação F-7. O Paquistão e a Coreia do Norte são dois dos maiores operadores de aeronaves fora da China.


8º) Sukhoi Su-25 “Frogfoot”

O Su-25 é a versão soviética do A-10; subsônico, bimotor e projetado para apoio aéreo aproximado. Voado pela primeira vez em 1975, 480 Su-25s continuam a servir em frotas ativas, incluindo a Força Aérea Russa.

Na verdade, os Su-25 russos passaram por um programa de modernização para manter a aeronave atual no século XXI. Fora da Rússia, o Su-25 é predominantemente pilotado por ex-estados soviéticos. Isso resultou na aeronave servindo em lados opostos do mesmo conflito, incluindo a Guerra de Nagorno-Karabakh de 2020 entre a Armênia e o Azerbaijão e a Guerra Russo-Ucraniana.


7º) Eurofighter Typhoon

O Typhoon começou como uma colaboração multinacional entre Itália, França, Alemanha, Espanha e Reino Unido para projetar um caça de superioridade aérea durante a Guerra Fria.

No entanto, desentendimentos e o colapso da União Soviética atrasaram o primeiro voo da aeronave para 1994. Mesmo assim, o Typhoon não entrou em serviço até 2003. Hoje, 522 Typhoons estão em serviço ativo, inclusive com todos os países colaboradores originais, exceto a França. Também foi adotado pela Áustria. O Typhoon também foi extensivamente exportado para o Oriente Médio e está em serviço nas forças aéreas do Kuwait, Omã, Catar e Arábia Saudita.


6º) Lockheed Martin F-35 Lightning II

Como o Eurofighter, o desenvolvimento do F-35 foi um esforço colaborativo multinacional. Embora tenha sido financiado principalmente pelos Estados Unidos, a OTAN e nações aliadas contribuíram para o programa, incluindo Reino Unido, Austrália, Canadá, Noruega e Dinamarca.

Quinhentos e quarenta e cinco F-35 estão em serviço ativo, com mais a caminho à medida que os pedidos existentes são atendidos e pedidos adicionais são feitos. O F-35 fez seu primeiro voo em 2006 e marcou seu batismo de fogo em 2018 com a Força Aérea de Israel. Notavelmente, a Suíça fez um pedido para o F-35 em setembro de 2022 para substituir sua frota de F-5s e F/A-18s.


5º) Mikoyan MiG-29 “Fulcrum”

O MiG-29 é um ícone da Força Aérea Soviética. Voado pela primeira vez em 1977, a aeronave continua em produção. 822 MiG-29 servem em frotas ativas.

Além da Rússia e dos antigos estados soviéticos, o MiG-29 foi exportado para países como Argélia, Índia, Coréia do Norte e Peru. Curiosamente, o MiG-29 agora serve na OTAN com a Força Aérea Polonesa. Foi também a aeronave pilotada pelo mítico ás ucraniano, o “Ghost of Kyiv”, durante a invasão russa da Ucrânia em 2022.


4º) McDonnell Douglas/Boeing F/A-18 Hornet/Super Hornet

O relatório FlightGlobal lista 828 jatos F-18 em frotas ativas. Dado esse número, pode-se supor que os dados do Cirium incluam o legado McDonnell Douglas F/A-18 Hornet e o atual Boeing F/A-18 Super Hornet. O primeiro voou pela primeira vez em 1978 e o último voou em 1995.

Embora a Marinha dos EUA tenha atualizado sua frota ativa para o Super Hornet, o Legado Hornet permanece em serviço com alguns esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais. Pequenas quantidades de Legacy Hornets ainda são operadas pela Suíça, Finlândia e Canadá (como o CF-18). Além da Marinha dos EUA, o Super Hornet é pilotado pela Austrália e Kuwait.


3º) McDonnell Douglas/Boeing F-15 Eagle

Outro produto da McDonnell Douglas agora propriedade da Boeing, o F-15 fez seu primeiro voo em 1972. Seu desempenho em conflitos da década de 1990, como a Guerra do Golfo e a Guerra do Kosovo, o tornou um ícone do poderio aéreo americano.

Graças a um robusto mercado de exportação e programas de modernização, o F-15 ocupa o terceiro lugar nesta lista com 961 unidades em serviço ativo. Com sua fuselagem versátil, o F-15 foi convertido em um caça de ataque multifunção e para qualquer clima no F-15E. Juntamente com variantes específicas para exportação e países, o F-15 é pilotado pelos Estados Unidos, Japão, Israel, Coreia do Sul, Catar, Arábia Saudita e Cingapura.


2º) Sukhoi Su-27/30/34/35 “Flanker”

A FlightGlobal lista especificamente essas variantes da família de aeronaves Su-27 e credita a ela 1.187 aeronaves em serviço. Decolando em 1977 e projetado para competir com o americano F-14 Tomcat e F-15 Eagle, o Su-27 foi posteriormente desenvolvido em outras aeronaves.

O Su-30 é um caça aprimorado para qualquer clima, de dois lugares, capaz de missões ar-ar e ar-superfície.

O Su-34 é uma variante de ataque/caça-bombardeiro do Su-27, notável por seu arranjo de assentos lado a lado.

Voltando às variantes de caça, o Su-35 é um caça multifunção e superioridade aérea aprimorado. Há também a variante do interceptor de defesa naval Su-33 desenvolvida a partir do Su-27K, embora não tenha sido especificamente listada no relatório FlightGlobal.

Além da Rússia e dos antigos estados soviéticos, a família de aeronaves Su-27 foi exportada e ainda é operada por países como China, Índia, Venezuela e Vietnã.


1º) General Dynamic/Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon

No topo da lista como o avião de combate mais popular do mundo, com 2.184 jatis em frotas ativas, está o icônico F-16. Voado pela primeira vez em 1974, o caça multimissão ainda está em serviço na Força Aérea dos EUA.

Embora os EUA não estejam mais comprando novos F-16, versões atualizadas da aeronave ainda estão sendo encomendadas sob vendas militares estrangeiras (FMS).

Dos quatro parceiros originais da OTAN, a Bélgica foi o maior comprador do F-16. Fora da OTAN, o F-16 e suas muitas variantes foram amplamente exportados para países como Israel, Marrocos, Cingapura, Coreia do Sul e Venezuela.