Força Aérea das Filipinas aposenta aeronaves AH-1S ‘Cobra’ e OV-10 ‘Bronco’

 

A Força Aérea das Filipinas (PAF) aposentou oficialmente suas unidades restantes de helicópteros de ataque Bell AH-1S “Cobra” e aeronave de ataque North American Rockwell OV-10 “Bronco”, em uma cerimônia na Base Aérea Major Danilo Atienza em Sangley Point, Cavite City em 28 de dezembro de 2024. (Foto: PAF/ 15th Strike Wing)

No dia 28 de dezembro de 2024, a Força Aérea das Filipinas (PAF) realizou uma cerimônia de aposentadoria de seus helicópteros de ataque Bell AH-1S “Cobra” e das aeronaves de ataque North American Rockwell OV-10 “Bronco”. A retirada destas aeronaves pode estar relacionado com a compra adicional de seis turboélices de ataque A-29 Super Tucano da Embraer.

A 15ª Ala de Ataque da PAF liderou a cerimônia de descomissionamento das unidades restantes dos Cobras e Broncos no Hangar Four-Bay na Base Aérea Major Danilo Atienza, Sangley Point, Cavite City.

A PAF disse que a cerimônia marcou o fim de uma era para as veneráveis aeronaves que “serviram nas forças armadas com distinção”. Estiveram presentes o Maj. Gen Araus Robert Musico, comandante do Comando de Combate Aéreo; Maj. Gen Dennis Estrella, comandante do Comando de Logística Aérea, e pilotos e tripulantes ativos e aposentados de ambas as aeronaves.

Os Cobras, considerados o primeiro helicóptero de ataque dedicado da PAF, chegaram ao país em 26 de novembro de 2019 após serem doados pelo Rei Abdullah II da Jordânia para apoiar a segurança interna e os esforços antiterrorismo. Os pilotos e a equipe de manutenção da PAF foram treinados localmente e no exterior antes da chegada da aeronave para prepará-los para seu uso.

“O Cobra desempenhou um papel vital em várias missões de combate, fornecendo Suporte Aéreo Aproximado (CAS) durante a operação ‘Oplan Polaris II’ em Baggao, Cagayan, e participando de Interdições Aéreas de Campo de Batalha durante a operação ‘Oppord Kilo Uno’ em Pantabangan, Nueva Vizcaya”, disse a Força Aérea Filipina.

“O Cobra também realizou missões CAS adicionais nas regiões de Abra e Cagayan, auxiliando tropas terrestres em operações de contra-insurgência. De sua primeira missão até seu voo final, o Cobra simbolizou força e resiliência, desempenhando um papel crucial na defesa da paz e segurança nas Filipinas”, observou.

Enquanto isso, o Broncos foram introduzidos em 12 de novembro de 1991 e serviram a PAF por 33 anos.

A PAF disse que os Broncos desempenharam um papel fundamental no CAS, operações de contrainsurgência e campanhas contra grupos insurgentes como o New People’s Army (NPA), Moro Islamic Liberation Front (MILF) e Abu Sayyaf Group (ASG).

“O OV-10 foi fundamental na busca do objetivo da Operação Thunder Bolt em 2000, ajudando a desmantelar a fortaleza da MILF e em campanhas subsequentes, incluindo a missão Basilan de 2001 e a ofensiva do Arquipélago Sulu de 2006”, disse a PAF.

Os Broncos também foram fundamentais durante a Batalha de Marawi de 2017, onde realizaram 88 ataques de superfície, fornecendo apoio aéreo aproximado vital às tropas terrestres.

A PAF prestou homenagem ao lote final de Cobras e Broncos, bem como aos seus pilotos e equipe de manutenção.

“À medida que eles encerram sua era nos céus da Força Aérea Filipina, avançamos positivamente, construindo sobre as lições aprendidas e os sucessos alcançados durante as distintas carreiras dessas plataformas respeitáveis. Elas permanecerão símbolos de resiliência, adaptabilidade e compromisso inabalável com a defesa da nação”, disse.

Aeronaves A-29 Super Tucano da PAF.

As Forças Armadas das Filipinas (AFP) estão embarcando em um programa de modernização para atualizar sua frota envelhecida. No final do ano passado, o presidente Marcos Jr. aprovou uma lista de desejos para o programa “Re-horizon 3” da AFP, que inclui a aquisição de “ativos sofisticados”, como novas aeronaves de combate.

Anteriormente foi divulgado que a PAF estava adquirindo seis novas aeronaves de ataque leve A-29 Super Tucano para impulsionar as missões de vigilância e contrainsurgência dos militares após a aposentadoria das duas últimas aeronaves de ataque leve OV-10 e dois helicópteros de ataque Cobra. Na semana passada, a Embraer divulgou um comunicado informando a venda de 6 aviões A-29 Super Tucano para um cliente não identificado.

O A-29 Super Tucano é o líder global em sua categoria, com mais de 290 encomendas, ultrapassando 570.000 horas de voo, sendo 60.000 delas em combate.

Hunnu Air, da Mongólia, planeja operar um Embraer E195-E2

 Companhia aérea voa atualmente com dois E190 de primeira geração arrendados

Um dos dois E190 da Hunnu Air

A Hunnu Air, uma pequena companhia aérea da Mongólia, deverá adicionar um Embraer E195-E2 em março de 2025, segundo o CH-Aviation citando o analista de aviação Brendon Sobie.

A aeronave deverá ser fornecida por meio de leasing, mas o arrendador não foi revelado.

A empresa aérea sediada em Ulaanbaatar voa com dois E190 de primeira geração recebidos em 2019 e 2023 da CDB Aviation e da ACIA Aero Leasing, respectivamente.

E195-E2 Tech Eagle (Redes sociais)

A Hunnu Air já chegou a voar com aeronaves maiores como dois A319 entre 2013 e 2014 além de turboélices como o Fokker 50. Atualmente há um ATR 42 em sua frota.

Com o E195-E2, a companhia aérea poderá expandir suas rotas e atender destinos mais distantes. Além disso, o jato pode levar mais de 130 passageiros contra 98 assentos do E190.

Hoje sua malha de voos consiste em rotas para a China, incluindo Pequim, e Almaty, no Cazaquistão.

 Companhia aérea baseada em Fort Lauderdale é uma rara operadora de turboélices ATR no país e mantém malha de voos na Flórida, além de uma base operacional em Porto Rico

ATR 72-600 da Silver Airways (ATR)

A companhia aérea regional Silver Airways anunciou em 30 de dezembro ter dado entrada no pedido de falência de forma voluntária.

Fundada em 2010, a empresa aérea sediada em Fort Lauderdale opera uma frota de 14 turboélices ATR, aeronave raramente vista em voos regionais nos EUA.

“Hoje, entramos voluntariamente com um pedido de proteção do Capítulo 11 no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul da Flórida”, disse Silver em comunicado aos clientes.

A empresa aérea reforçou que o pedido permitirá que ela consiga capital adicional para passar por uma restruturação financeira.

“Prevemos concluir esse processo até o primeiro trimestre de 2025, emergindo mais fortes e prontos para continuar atendendo você com a mesma dedicação que mantemos há mais de 13 anos”, acrescentou a Silver Airways.

Os aviões da ATR dominam mais de 80% do segmento dos turboélices comerciais (ATR)

Base em San Juan

A Silver Airways estreou seus voos em 2011 após assumir o espólio da Gulfstream International Airlines, incluindo uma numerosa frota de turboélices Beechcraft 1900D.

Após manter o Saab 340 como sua aeronave principal por muitos anos, a transportadora regional passou a adicionar aeronaves ATR 42-600 e 72-600, maiores e mais eficientes.

Atualmente a frota é formada por oito ATR 42 e seis ATR 72 que voam para destinos como Orlando, Tampa, Pensacola e Bahamas.

A Silver mantém ainda uma base operacional em San Juan, Porto Rico, de onde voa para vários destinos no Caribe.

Em 2023, a empresa encerrou uma parceria com a Amazon além de passar por problemas com a administração do Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale pelo não pagamento de taxas aeroportuárias

Total Linhas Aéreas reserva matrículas para três aeronaves Embraer E195 que eram da Breeze

 

Imagem: Divulgação – Total Linhas Aéreas

Em uma movimentação relevante, a Total Linhas Aéreas reservou matrículas para três novas aeronaves Embraer E195-E1. Essa estratégia de crescimento havia sido antecipada ao AEROIN pelo proprietário da companhia, Paulo Almada.

Os registros solicitados à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) incluem as marcas PS-TLL (msn 19000196, ex-N137BZ), PS-TLM (19000244, ex-N140BZ) e PS-TLN (19000281, ex-N145BZ), que correspondem a aeronaves anteriormente pertencentes à Breeze, uma empresa aérea dos Estados Unidos.

A aquisição das aeronaves demonstra o compromisso da Total em modernizar e ampliar sua frota, reforçando sua presença no competitivo mercado de aviação brasileiro.

Entretanto, a companhia ainda não divulgou uma data específica para a chegada desses novos modelos. Antes que a totalidade das aeronaves seja incorporada à operação, a empresa precisa formatar e garantir que os equipamentos respeitem as Especificações Operativas exigidas pelo setor. Esse passo é fundamental para que a Total Linhas Aéreas possa garantir não apenas a eficiência operacional, mas também a segurança das operações, elemento crucial em qualquer atividade ligada ao transporte aéreo.

A expectativa gerada em torno dessa expansão é alta, uma vez que a Total Linhas Aéreas vem se destacando nos últimos meses, e este aumento na frota pode significar a possibilidade de novos destinos, horários e, consequentemente, um elevação na qualidade dos serviços oferecidos aos passageiros. A movimentação do setor aéreo, especialmente em um cenário pós-pandêmico, mostra um resgate das operações normais, e as novas aquisições da Total podem ser o passo que faltava para consolidar sua posição no mercado.

Com tais avanços, a Total Linhas Aéreas caminha para um futuro promissor, e o mercado espera ansiosamente as novidades e os desdobramentos que a chegada dessas aeronaves trará para o setor de aviação brasileiro.

Aviação de transporte na CRUZEX 2024

 

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Até o dia 15 de novembro, Forças Aéreas de vários países estão envolvidas em uma série de missões de treinamento focadas em interoperabilidade e aprimoramento de capacidades de combate. Esta é a 9ª edição do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX), que acontece na Base Aérea de Natal (BANT), que é o maior exercício de treinamento de guerra aérea da América Latina.

Entre os destaques desta edição estão as aeronaves de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB): o KC-390 Millennium — que participa do Exercício pela primeira vez — e o C-105 Amazonas.

Durante a CRUZEX 2024, as aeronaves de carga multimissão da FAB realizaram missões críticas, incluindo reabastecimento aéreo (REVO), reabastecimento aéreo, assalto aéreo — destacando tropas do Exército Brasileiro — bem como infiltração e exfiltração de tropas. Segundo o Tenente-Coronel Bruno Américo Pereira, Comandante do Primeiro Grupo de Transporte de Tropas (1º GTT) — Esquadrão Zeus, a presença do KC-390 neste exercício é crucial, pois permite que as forças envolvidas maximizem sua capacidade de resposta em um ambiente controlado, mas realista, preparando as tropas para enfrentar desafios reais em operações combinadas.

“O REVO permite que outras aeronaves estendam seu alcance, um fator-chave para operações prolongadas e para o sucesso de missões em áreas remotas e de difícil acesso. A capacidade de reabastecimento aéreo do KC-390 demonstra sua eficiência e seu papel indispensável na extensão do alcance das operações. O KC-390 Millennium prova ser uma aeronave ‘de última geração’, mostrando sua capacidade de atender às demandas de um exercício desafiador como o CRUZEX”, disse o Comandante do Esquadrão.

Ele acrescentou que participar do Exercício oferece uma experiência única para a FAB. “Além disso, fortalece nossa integração e interoperabilidade com as forças aliadas, o que é essencial para a prontidão operacional em cenários reais de combate”, enfatizou.

Para o Tenente-Coronel Umile Coelho Rende, Comandante do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, o papel do KC-390 na CRUZEX também é crucial. Ele observou que a aeronave já foi usada em vários cenários da vida real, incluindo combate aéreo a incêndios, entrega de suprimentos à comunidade Yanomami e transporte de equipamentos essenciais para apoiar a Marinha do Brasil na Antártida, entre outras missões. Assim, o Exercício ajuda a estabelecer o treinamento tático e operacional para o KC-390 em um cenário de conflito simulado.

“É muito importante consolidar o que temos treinado nos últimos anos: assalto aéreo, navegação tática de baixa altitude e reabastecimento aéreo com aeronaves de caça. Colocar isso em prática é essencial, mostrando a versatilidade do KC-390 em operações multicenários. Além disso, as plataformas tecnológicas de bordo aumentam a consciência situacional da tripulação, juntamente com os sistemas de autoproteção da aeronave sendo testados. Isso aprimora nossas capacidades de tripulação, consciência situacional, posicionamento e tomada de decisão em situações complexas”, disse o Tenente-Coronel Umile.

O KC-390 é equipado com dois pods de reabastecimento montados em suas asas, dos quais mangueiras se estendem, com cestas nas bordas. A aeronave receptora — normalmente um jato de caça ou outra aeronave com um sistema de sonda — alinha sua sonda com a cesta no tanque de combustível do Millennium.

Essa capacidade de reabastecimento aéreo permite que aeronaves de combate, transporte ou vigilância permaneçam operacionais por períodos mais longos, o que é vital para missões de longo alcance ou áreas onde pouso e decolagem não são viáveis. Essa flexibilidade operacional é crucial em missões de defesa aérea, evacuação aeromédica, transporte de carga em áreas remotas e resposta rápida a emergências.

O KC-390 também pode reabastecer mais de uma aeronave durante um único voo, dependendo das condições operacionais, aumentando sua eficiência e utilidade em operações militares ou humanitárias.

O reabastecimento aéreo exige treinamento intensivo para as tripulações, que devem estar preparadas para vários cenários climáticos e possíveis falhas de conexão entre as aeronaves. Simuladores e exercícios práticos são usados ??para treinar pilotos e operadores do KC-390, garantindo que eles possam executar o procedimento com segurança.

A operação exige alta precisão dos pilotos, pois ambas as aeronaves voam em altas velocidades e precisam manter uma formação estável. Assim que a sonda da aeronave receptora se conecta à cesta, o combustível começa a fluir automaticamente. A tripulação do KC-390 monitora o processo em tempo real, usando sensores e sistemas para garantir um fluxo seguro e estável.

Junto com o KC-390, o C-105 Amazonas é um componente essencial do treinamento de Aviação de Transporte na CRUZEX 2024. Conhecido por sua durabilidade e capacidade de pousar em pistas desafiadoras, o C-105 desempenha um papel crucial em missões de transporte. Durante o Exercício, ele realiza missões de transporte de tropas e suprimentos para áreas remotas com lançamentos de carga, ressaltando a importância da logística em cenários de combate e humanitários.

Na perspectiva do Major Kleber Aurélio Saugo, Oficial de Operações do Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1º/15º GAV) – Esquadrão Onça, o C-105 Amazonas é um participante vital devido às suas capacidades de autodefesa contra ameaças aéreas e terrestres. “A versatilidade da plataforma C-105 a torna ideal para operações diversas, contribuindo significativamente para a projeção de poder e mobilidade logística da FAB”, explicou.

Na edição de 2024 da CRUZEX, a presença do KC-390 da Força Aérea Portuguesa (FAP) é um marco. Este é o primeiro ano em que a aeronave portuguesa se junta ao Treinamento, simbolizando não apenas o fortalecimento da cooperação militar entre Brasil e Portugal, mas também a crescente importância do KC-390 dentro das forças armadas globais.

A Tenente Ana Filipa Mota Pires Alves Ferreira, piloto da FAP, destacou a importância dessa participação para sua carreira e para sua equipe. Segundo ela, a presença do KC-390 representa não apenas uma oportunidade de aprimoramento técnico e tático, mas também um meio de estreitar os laços entre as forças aéreas. “Estamos aqui para compartilhar conhecimento e aprender com nossos colegas brasileiros e internacionais. Essa é uma experiência única que aprimora nossas capacidades operacionais e nos prepara para missões complexas em ambientes desafiadores”, afirmou.

Com suas capacidades multimissão, o KC-390 se destaca no Exercício pela versatilidade, realizando transporte logístico e reabastecimento aéreo. A Tenente Ana Filipa enfatizou que o treinamento com a aeronave em um ambiente multinacional como a CRUZEX permite que ela seja testada em vários cenários e adapte procedimentos em tempo real. “Essa experiência é enriquecedora porque cada país tem sua abordagem para as operações. Podemos explorar toda sua capacidade de integração e adaptabilidade”, concluiu.