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terça-feira, 20 de maio de 2025

Mais um lote de Gripen para FAB está próximo de ser embarcado na Suécia

 


A Força Aérea Brasileira (FAB) deve receber em breve mais um lote de seus modernos caças F-39E Gripen, em mais uma etapa do processo de entrega que vem sendo realizado desde 2020. Em novembro deve ser entregue outro caça para FAB, com maior significado no programa.

Segundo informações exclusivas do site Aviação em Floripa e também do acompanhamento em tempo real de sites de rastreamento de navios, a embarcação de carga geral MV Fagelgracht, de bandeira holandesa e operado pela renomada empresa de navegação Spliethoff, deve atracar ainda nesta semana no porto de Norrköping, na Suécia, para realizar a tarefa de transporte da Saab para o Brasil.

O navio de bandeira holandesa MV Fagelgracht.

A Spliethoff já foi responsável por cinco das seis missões anteriores de transporte dos caças Gripens, consolidando-se como a principal parceira logística nesse processo.

Neste momento, o Fagelgracht está navegando pelo Mar Báltico, com chegada prevista ao porto sueco na quarta-feira, 21 de maio, de acordo com dados de rastreamento marítimo. Após o carregamento, o navio seguirá viagem rumo ao Porto de Navegantes, em Santa Catarina, onde a entrega deve ocorrer em meados de junho. O tempo estimado de travessia é de aproximadamente três semanas, considerando a rota habitual que contorna a Europa, cruza o Atlântico e segue pela costa brasileira.

O último caça que chegou no Brasil foi o FAB 2108 em setembro de 2024.

Embora ainda não haja confirmação oficial sobre quantas aeronaves estarão a bordo, as evidências sugerem que esta remessa incluirá apenas um único caça, seguindo o padrão das últimas entregas. Conforme o site brasileiro, a expectativa é que se trate do exemplar com matrícula FAB 4109, o próximo da sequência de unidades adquiridas pelo Brasil no contrato com a Saab.

Além dessa entrega, a FAB está preparando-se para receber ainda em 2025 um segundo Gripen, mas este terá um significado especial: será o primeiro F-39E produzido integralmente na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP), marcando um avanço na transferência de tecnologia e no programa de nacionalização da aeronave. Sua entrega está programada para novembro, reforçando a capacidade operacional da FAB e consolidando o Brasil como um polo estratégico na manutenção e produção do caça sueco na América Latina.

Com essas novas incorporações, a frota de Gripens da FAB continuará a se expandir, reforçando a defesa aérea nacional e substituindo gradualmente os antigos F-5M. Até o momento, o Brasil já recebeu 9 unidades do Gripen E (incluíndo o FAB 4100 que está sendo usado para testes e desenvolvimento em Gavião Peixoto), com previsão de que a frota total chegue a 36 caças até o final do programa.

Os Gripens brasileiros estão sediados na Base Aérea de Anápolis (BAAN), localizada em Goiás, o principal centro de operações dos caças F-39E Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB), junto do 1º GDA (Grupo de Defesa Aérea). Desde a chegada das primeiras unidades em 2020, a BAAN tem sido a base estratégica para a implantação, treinamento e missões de defesa aérea com os novos caças, consolidando-se como um pilar fundamental na modernização da aviação de combate brasileira.

Luxair escolhe assentos Recaro para novas aeronaves Embraer

 



A companhia aérea Luxair será a primeira operadora do mundo a instalar as novas poltronas Recaro R2 disponíveis no catálogo SFE (Seller Furnished Equipment) da Embraer.

O anúncio foi feito pela Recaro, conhecida empresa global em soluções premium de assentos para aeronaves e carros. Este é o primeiro contrato baseado no novo catálogo de assentos Recaro-Embraer, marcando a entrada da Recaro no competitivo mercado de equipamentos fornecidos diretamente pela fabricante.

A Embraer, por mais de 20 anos, ofereceu apenas um fornecedor de assentos no catálogo SFE. Desde 2023, passou a contar com a Recaro como parceira para desenvolver um portfólio exclusivo para as aeronaves Embraer E-Jets E1 e E2, incluindo os modelos Recaro R1 e R2. A escolha da Luxair simboliza o lançamento oficial deste novo catálogo de poltronas voltado para conforto e inovação a bordo.

Luxair aposta em conforto, tecnologia e eficiência


Divulgação – Recaro

A escolha das poltronas Recaro R2 se baseou em diferenciais como conforto premium, leveza e design, além da reputação da marca Recaro no setor aeronáutico. Outro fator decisivo foi a integração com o mais recente sistema de energia de bordo da Astronics: o Ultralite Generation 2, com portas USB-C de 60W, garantindo mais conveniência aos passageiros.

A Luxair optou pelo pacote de conforto R2, que inclui:

  • Apoio de cabeça ajustável em seis direções com suporte cervical;
  • Almofadas adicionais;
  • Suporte para tablets;
  • Sistema de energia embarcado de última geração.

As primeiras entregas das aeronaves E195-E2 equipadas com os novos assentos Recaro estão previstas para novembro deste ano, com entrada em operação comercial a partir de dezembro.

Temos orgulho de ser a primeira companhia aérea a selecionar o assento Recaro R2 do catálogo SFE da Embraer”, declarou Gilles Feith, CEO da Luxair. “Essa escolha reforça nosso compromisso com a experiência de bordo, combinando qualidade, inovação e conforto.

Fernando Antonio Oliveira, vice-presidente de Programas da Embraer Aviação Comercial, comentou: “Os assentos Recaro agregam valor ao nosso portfólio, oferecendo mais conforto aos passageiros e menor peso para as companhias aéreas.”

Já Dr. Mark Hiller, CEO da Recaro Aircraft Seating e da Recaro Holding, celebrou a conquista: “Estamos muito orgulhosos com a seleção da Luxair. Este é um passo decisivo para consolidar nossa presença no mercado SFE da Embraer, com uma oferta moderna, eficiente e focada na experiência do passageiro.”



Com Informações da Recaro




segunda-feira, 19 de maio de 2025

4 principais helicópteros militares do Brasil

 Os helicópteros são equipamentos importantíssimos para várias áreas do mercado. Para além disso, em órgãos governamentais é muito comum vermos veículos de asas rotativas empregando funções essenciais. Como é o exemplo das aeronaves, águia, ou até mesmo dos helicópteros usados por hospitais, ou pelo corpo de bombeiros. Contudo, uma das instituições que mais utilizam esse método de transporte são as Forças Militares Brasileiras, que além de ser a vanguarda em várias tecnologias, é responsável por veículos exclusivamente brasileiros. Nesse texto falaremos sobre isso, conheça os 4 principais helicópteros militares do Brasil.

Fennec

 

Tendo suporte para disparo de diversos tipos de armas, e sendo muito usado em vários tipos de missões. O Fennec é uma das aeronaves mais conhecidas das forças militares brasileiras. Sendo inclusive, uma figura icônica para quem não é dessas instituições.

Super Lynx

Utilizado pela Marinha, seu uso está muito ligado a missões sobre o mar, onde seu poderio bélico pode combater submarinos, navios e até mesmo patrulhar grandes áreas no mar. Um dos destaques dessa aeronave é seu alcance, podendo atingir alvos profundos no mar.

MH-16 Seahawk

Assim como o helicóptero anterior, o Seahawk é especializado em combater submarinos e navios. Porém, diferente do Super Lynx, seu alcance é mais limitado às superfícies. Além disso, ele ainda conta com um radar 360 graus que ajuda na patrulha de grandes áreas. Ele ainda conta com laser e lançamento de torpedos.

AH-2 Sabre

 

Talvez o mais poderoso dessa lista, o AH-2 Sabre é um monstro da engenharia. Utilizado na amazônia, ele tem o poder bélico capaz de fazer obstrução de pequenas aeronaves, fazer ataques ao solo e também pode ser armado com metralhadoras, misseis, canhões e bombas. Ademais, uma curiosidade sobre essa aeronave, foi que ela foi a aeronave utilizada durante o primeiro voo por uma mulher, em um helicóptero de ataque.

domingo, 18 de maio de 2025

Primeiro Concorde supersônico ‘Sierra Bravo’ ganha status de monumento histórico francês

 


A aeronave supersônica Concorde registada com o número F-WTSB, conhecida como ‘Sierra Bravo’, que desempenhou papel crucial no processo de certificação do Concorde, agora integra o patrimônio histórico francês.

O ‘Sierra Bravo’ foi oficialmente classificada como monumento histórico pelo Ministério da Cultura francês. A decisão, anunciada a 5 de maio, reconhece a importância histórica do Concorde no desenvolvimento da aviação supersônica comercial, destacando a sua contribuição para o transporte aéreo internacional.

A aeronave, que nunca operou comercialmente, teve um papel fundamental no processo de certificação do Concorde, contribuindo para a obtenção do certificado de aeronavegabilidade e garantindo a sua segurança operacional. O ‘Sierra Bravo’ foi um dos primeiros modelos produzidos após os dois protótipos iniciais e as duas aeronaves de pré-produção que agora estão expostas no Aeroporto de Paris Orly e no Imperial War Museum, em Duxford, no Reino Unido.

A classificação do ‘Sierra Bravo’ como monumento histórico é o culminar de um processo iniciado após uma investigação detalhada das suas características técnicas, que concluiu que a preservação da aeronave é de interesse público. A decisão sublinha a importância do desenvolvimento do Concorde, que resultou do acordo franco-britânico de 29 de novembro de 1962, com o objetivo de criar o primeiro avião de transporte civil supersônico.

“Esta decisão marca um momento histórico na preservação de um símbolo da força industrial e capacidade de inovação da França na aviação. O Concorde ‘Sierra Bravo’ será lembrado como um pioneiro do voo supersônico e como um ícone da cooperação internacional”, afirmou Rachida Dati, Ministra da Cultura francesa.

A aeronave ‘Sierra Bravo’, atualmente preservada e exposta no Aéroscopia em Blagnac, Toulouse, é propriedade da Toulouse Air and Space Academy (AAE), uma associação fundada por André Turcat, o primeiro piloto do Concorde. Desde 2014, a aeronave tem sido uma parte importante da coleção de aeronaves preservadas na região, que inclui outras peças raras do património aeronáutico.

Com a nova classificação, ‘Sierra Bravo’ junta-se a monumentos icónicos como o Château de Chambord e o Palácio de Versalhes, passando a ser elegível para receber financiamento estatal destinado à sua conservação. A preservação da aeronave é vista como uma oportunidade única para transmitir às futuras gerações um exemplo marcante do savoir-faire aeronáutico francês e da visão futurista que caracterizou o projeto Concorde.

Comparação padronizada de custos de caças ao longo da vida útil

 

O estudo “Fighter Aircraft Through Life Costs” feito para a Saab pela Aviation Week Network, de maio de 2023, apresenta uma análise comparativa dos custos totais de propriedade de oito aviões de caça: Boeing F-15EX, Boeing F/A-18E/F, Lockheed Martin F-16V, Lockheed Martin F-35A, Dassault Rafale, Eurofighter Typhoon, Saab Gripen C/D e Saab Gripen E/F. O estudo visa fornecer estimativas padronizadas, utilizando uma metodologia consistente e dados de fontes públicas, para uma comparação mais precisa entre as aeronaves.

Metodologia

A análise concentra-se em três categorias principais de custos: Aquisição, Manutenção e Operações. O estudo considera um cenário hipotético de frota, com a aquisição de 100 aeronaves com uma vida útil de 37 anos e uma utilização média de 200 horas de voo por ano por aeronave, totalizando 596.000 horas de voo para a frota.

Custos ao Longo da Vida Útil

Os custos de ciclo de vida (TLC) abrangem todos os custos associados à aquisição, operação e manutenção de uma aeronave militar ao longo de sua vida útil, desde o projeto e desenvolvimento até a aposentadoria e descarte. Eles fornecem aos governos e operadores avaliações baseadas em evidências dos custos totais de propriedade associados à decisão de adquirir uma aeronave específica.

O estudo revela que os custos totais de propriedade de um caça são significativamente maiores do que o investimento inicial de aquisição. De acordo com a análise do Departamento de Defesa dos EUA, “mais de 60% dos custos das aeronaves militares são incorridos durante a fase de operação e suporte”.

  • Custo de Ciclo de Vida (CCV): Representa a totalidade dos custos associados à aquisição, operação e manutenção de um ativo militar durante todo o seu ciclo de vida, desde a concepção até o descarte.
  • Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): Fase inicial do ciclo de vida de uma aeronave, abrangendo custos de projeto, desenvolvimento de sistemas e testes.
  • Aquisição: Fase que engloba os custos de produção da aeronave e dos equipamentos associados para sua operação.
  • Operações e Manutenção (O&M): Custos diários de operação da aeronave, incluindo pessoal, manutenção, combustível e suporte.
  • Descarte: Fase final, com custos relacionados ao descarte ambientalmente correto da aeronave.
  • Custo por Hora de Voo (CPFH): Métrica que divide o custo total de operação de uma aeronave pelo número de horas de voo.
  • Modernização: Processo de atualização de aeronaves para estender sua vida útil e aprimorar capacidades.
  • Obsolescência: Processo pelo qual um sistema ou componente se torna desatualizado e precisa ser substituído.

Comparação de Custos

O estudo fornece uma análise detalhada dos custos por aeronave, incluindo custos de aquisição, custos de manutenção por hora de voo e custos operacionais por hora de voo. Os gráficos comparativos ilustram as diferenças significativas entre as aeronaves em termos de custos totais de ciclo de vida, custos de O&M e estrutura de custos.

Custos ao Longo do Ciclo de Vida
Atualizações e Modificações

  • Melhoria de capacidade
  • Extensão do ciclo de vida
  • Gestão de obsolescência
Descarte

  • Custos ambientais
  • Remoção de peças
  • Armazenamento
Operações

  • Tripulação
  • Técnicos
  • Pessoal de apoio
  • Combustível
  • Consumíveis
  • Gestão do programa
Manutenção

  • Manutenção de aeronaves
  • Manutenção de motores
  • Manutenção de software
  • Consumíveis
  • Peças sobressalentes
  • Trabalhos de reparo
  • Suporte de engenharia
  • Publicações técnicas
  • Suporte de contratantes
Custos de Aquisição
Aquisição

  • Compra de aeronaves
  • Compra de motores
  • Compra de sistemas
  • Equipamentos de suporte
  • Peças sobressalentes iniciais
Infraestrutura

  • Bases
  • Instalações
  • Infraestrutura necessária
P&D&T (Pesquisa, Desenvolvimento e Testes)

  • Desenvolvimento de conceitos
  • Desenvolvimento de sistemas
  • Desenvolvimento de software
  • Teste e avaliação


Principais Conclusões

  • F-35A: Com o maior custo de aquisição por unidade (US$ 110,2 milhões), o F-35A apresenta o maior custo total de ciclo de vida (US$ 38,6 bilhões), impulsionado pelos altos custos de manutenção (US$ 29.283 por hora de voo).
  • Gripen C/D: O Gripen C/D destaca-se como a aeronave mais econômica, com um custo total de ciclo de vida de US$ 18,5 bilhões e custos de manutenção e operação relativamente baixos.
  • Importância da Fase de Operação e Manutenção: O estudo destaca a crescente importância da fase de Operação e Manutenção (O&M), que representa mais de 60% dos custos totais. Com o aumento da vida útil das frotas de caças, a gestão eficiente dos custos de O&M torna-se crucial para a viabilidade a longo prazo.

Limitações

É importante notar que o estudo representa uma estimativa de ordem de grandeza e exclui elementos de custo variáveis, como aquisição de armas e atualizações. Os custos reais podem variar dependendo de fatores específicos do operador.

Conclusão

O estudo “Fighter Aircraft Through Life Costs” fornece uma valiosa análise comparativa dos custos totais de propriedade de caças de combate modernos. As conclusões do estudo destacam a necessidade de uma avaliação abrangente dos custos ao longo da vida útil durante o processo de aquisição, com especial atenção aos custos de operação e manutenção. A escolha da aeronave mais adequada deve considerar não apenas o preço de compra, mas também os custos a longo prazo para garantir a sustentabilidade e a viabilidade da capacidade.