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terça-feira, 19 de agosto de 2025

Embraer celebra 30 anos do voo inaugural de seu primeiro jato regional, o ERJ-145

 Modelo marcou a entrada do Brasil no mercado global de jatos regionais e acumula mais de 26 milhões de horas de voo desde 1995






A Embraer  comemora os 30 anos do primeiro voo de um avião a jato produzido no Brasil. A data simboliza o início de uma era importante para a companhia e para a indústria da aviação nacional.

O ERJ-145 realizou seu voo inaugural em 11 de agosto de 1995, partindo do Aeroporto de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, após anos de estudos e testes com diferentes configurações. O projeto final adotou motores posicionados na parte traseira da fuselagem, solução que se tornou característica do modelo.

ERJ-145. Foto: Embraer

O voo ocorreu um ano após a privatização da Embraer, período em que a companhia conseguiu capital para impulsionar o projeto ERJ (Embraer Regional Jets), com as versões ERJ-135 e ERJ-140, além das variantes executivas Legacy e militares, como a AEW&C, que possui radar aéreo na fuselagem. Inicialmente, o modelo foi chamado de EMB 145.


Embraer celebra 30 anos do voo inaugural de seu primeiro jato regional, o ERJ-145

Modelo marcou a entrada do Brasil no mercado global de jatos regionais e acumula mais de 26 milhões de horas de voo desde 1995



ERJ-145. Foto: Embraer/

Nesta segunda-feira (11), a Embraer  comemora os 30 anos do primeiro voo de um avião a jato produzido no Brasil. A data simboliza o início de uma era importante para a companhia e para a indústria da aviação nacional.

O ERJ-145 realizou seu voo inaugural em 11 de agosto de 1995, partindo do Aeroporto de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, após anos de estudos e testes com diferentes configurações. O projeto final adotou motores posicionados na parte traseira da fuselagem, solução que se tornou característica do modelo.

ERJ-145. Foto: Embraer

O voo ocorreu um ano após a privatização da Embraer, período em que a companhia conseguiu capital para impulsionar o projeto ERJ (Embraer Regional Jets), com as versões ERJ-135 e ERJ-140, além das variantes executivas Legacy e militares, como a AEW&C, que possui radar aéreo na fuselagem. Inicialmente, o modelo foi chamado de EMB 145.Com três décadas de história, o ERJ-145 acumulou mais de 26 milhões de horas de voo, sendo operado por 36 companhias aéreas em 26 países. Cerca de 1.240 unidades da linha ERJ foram fabricadas, consolidando seu domínio no mercado de jatos regionais. Essa posição foi reforçada pelo sucesso dos E-Jets (E170/175/190/195) e, mais reentemente, pela nova geração E2.


       A ExpressJet foi a primeira cliente do ERJ 


Para compartilhar esse texto utilize o link https://www.airway.com.br/ha-30-anos-o-primeiro-voo-do-erj-145-marcou-a-entrada-da-embraer-no-mercado-de-jatos-regionais/ ou as ferramentas oferecidas no artigo.

Prestigie o trabalho original do autor

Foto: Embraer/Divulgação

Projetados para transportar entre 37 e 50 passageiros, esses pequenos jatos tornaram-se a escolha preferida de companhias regionais nos Estados Unidos, Europa e China. Atualmente, cerca de 40% das unidades fabricadas continuam em operação comercial.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Força Aérea Indiana ativará três esquadrões com caças Tejas Mk1A até o fim de 2026

 

A Força Aérea Indiana (IAF) se prepara para incorporar três novos esquadrões equipados com caças Tejas Mk1A até o final de 2026, à medida que os gargalos no fornecimento dos motores norte-americanos GE F404 começam a ser resolvidos. A medida representa um passo decisivo na modernização da frota indiana e na substituição de aeronaves antigas, como o MiG-21 Bison.

O primeiro dos novos esquadrões será o No. 3 ‘Cobras’, atualmente sediado na base aérea de Nal, em Bikaner (Rajastão), que está em transição do MiG-21 para o Tejas Mk1A. Um segundo esquadrão também será instalado no Rajastão, provavelmente próximo à fronteira oeste com o Paquistão. O terceiro será ativado em Srinagar, no território da Caxemira, com o No. 51 ‘Sword Arms’ sendo apontado como o provável operador.

Há ainda especulação sobre uma quarta base: Naliya, no estado de Gujarat, onde o Esquadrão No. 18 ‘Flying Bullets’ já opera variantes do Tejas Mk1 e LCA-T Mk1.

O plano de aquisição da IAF prevê um total de 180 caças Tejas Mk1A. O primeiro contrato, assinado em fevereiro de 2021, contempla 83 aeronaves (73 de combate e 10 treinadores biplaces). Um segundo pedido de 97 unidades já foi aprovado e está em processo de aquisição.

A fabricante estatal Hindustan Aeronautics Limited (HAL) está ampliando sua capacidade de produção. O objetivo é passar das atuais 16 unidades por ano para 24 até 2026-27, com a meta de alcançar 30 caças por ano até 2030. Esse aumento é essencial para cumprir os prazos de entrega das duas encomendas.

Cada esquadrão de combate da IAF opera, em média, entre 16 e 18 aeronaves, além de unidades reservas para treinamento e reposição. Com os dois contratos, a Força Aérea Indiana terá caças suficientes para equipar cerca de dez esquadrões — consolidando o Tejas Mk1A como um dos pilares da defesa aérea indiana para a próxima década.■

Novo museu aeroespacial em São Paulo deve atrair 1 milhão de visitantes e gerar até R$ 600 milhões por ano

 Novo museu em São Paulo reunirá peças raras da aviação brasileira e mundial, com potencial de atrair até 1 milhão de visitantes por ano




Edmundo Ubiratan

O Museu Aeroespacial Paulista (MAPA), que será instalado no Campo de Marte, em São Paulo, reunirá um acervo de cerca de 100 aeronaves raras, preservando a história da aviação e atraindo público estimado em 1 milhão de pessoas por ano e poderá gerar até R$ 600 milhões por ano em movimentação econômica.

O MAPA nasce de uma parceria histórica entre a Força Aérea Brasileira — por meio do desejo, da visão e do comprometimento do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno — e a sociedade civil organizada.

Com apoio da Associação dos Amigos do Museu Aeroespacial Paulista (AMAPA), o MAPA tem como propósito preservar a memória da aviação brasileira e torná-la acessível às gerações presentes e futuras.

Corsair F4U
O Vought F4U Corsair é um dos mais importantes aviões do acervo do futuro Museu Aeroespacial Paulista

O acervo inicial do MAPA contará com cerca de 100 aeronaves históricas, fruto da cessão de 40 aeronaves emblemáticas do Museu Asas de Um Sonho (MAS) — entre elas, raríssimas peças como o Supermarine Spitfire, o F-4 Corsair e o Messerschmitt Bf 109. Soma-se a esse conjunto o P-47 Thunderbolt, pertencente à Força Aérea Brasileira, que representa com destaque a participação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial.

Além disso, o MAPA contará com a doação de outras 60 aeronaves feita pelo MUSAL (Museu da Aeronáutica) no Rio de Janeiro.

O complexo ocupará uma área de mais de 80.000 m² no Campo de Marte, em São Paulo, onde hoje funciona o Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP). Essa área será destinada à implantação e operação do novo museu, que já está em fase inicial de montagem e recebimento das aeronaves.

Para além do seu valor histórico, o MAPA nasce com uma visão ousada: tornar-se um dos principais museus de aviação do mundo. Sua missão é clara e inspiradora — preservar a memória da aviação para motivar cada pessoa a transformar suas dificuldades em superações. Ao resgatar os feitos da engenharia, da coragem humana e da aviação brasileira, o museu será um espaço de memória, educação e inspiração para as futuras gerações.

Spitfire
O Supermarine Spitfire foi o único caça aliado que operou durante todo o conflito e ajudou a defender Londres dos ataques alemães

Nesta primeira fase, estamos mobilizando cerca de R$ 50 milhões para viabilizar a abertura ao público. O projeto total está orçado em aproximadamente R$ 300 milhões, a serem investidos de forma gradual, respeitando a complexidade técnica e histórica envolvida.

O impacto previsto do MAPA transcende o campo da cultura e da memória: estima-se que o museu possa receber até 1 milhão de visitantes por ano. Considerando a média de impacto econômico por visitante entre R$ 300 e R$ 600, isso representa um potencial de R$ 300 a R$ 600 milhões/ano em movimentação para a cidade de São Paulo, especialmente na região no entorno do Campo de Marte.

Além de ícones como o Lockheed Constellation e o lendário Fokker 100, símbolo do sucesso da companhia TAM nos anos 1990 — então considerada a melhor companhia aérea regional do mundo — o MAPA valorizará o ecletismo do acervo e agradece a todos os que contribuíram para preservar esse patrimônio, reconhecendo o empenho de stakeholders, doadores, voluntários e entusiastas que participaram ativamente da manutenção desse acervo até os dias de hoje.

P-47
O Republic P-47 Thunderbolt foi empregado pela Força Aérea Brasileira em combates na Itália, quando era o maior, mais caro e mais pesado caça equipado com motor radial

O MAPA é uma missão que une civis e militares em torno de um ideal comum: preservar a história da aviação e torná-la acessível e inspiradora. Um projeto com valor educativo e cultural, que busca despertar em jovens de todo o país — especialmente em realidades desiguais — o desejo de conhecer, sonhar e voar mais alto.

A história por trás do Air Force On

 Conheça como o avião presidencial dos Estados Unidos se transformou em um ícone global de poder, segurança e diplomacia




O Boeing 747-200B é o atual avião presidencial dos Estados Unidos - USAF

A designação Air Force One, que se tornou sinônimo de avião presidencial dos Estados Unidos, foi criada em 1954 para identificar qualquer aeronave que transporte o presidente. O callsign nasceu após um incidente de tráfego aéreo envolvendo um voo oficial e um avião comercial.

Contudo, a necessidade de aviões dedicados ao transporte presidencial surgiu ainda na Segunda Guerra Mundial, levando à adaptação de modelos como o Douglas C-54 Skymaster e, posteriormente, à incorporação do Super Constellation, seguido do Boeing 707 e do Boeing 747-200B. Hoje, o Air Force One representa muito mais do que o avião que o presidente voa, sendo símbolo de poder, segurança e mobilidade — além de uma estrutura aérea completa a serviço da Casa Branca.

O primeiro avião presidencial: Sacred Cow

VC-54A
VC-54A foi o primeiro avião criado para servir ao transporte presidencial dos Estados Unidos | Foto: Edmundo Ubiratan

O presidente Franklin D. Roosevelt foi o primeiro a viajar oficialmente em uma aeronave presidencial. Antes disso, já havia voado em alguns aviões, como o Boeing 314 Dixie Clipper, em sua viagem para a Europa, e o Consolidated C-87 Liberator Express.

Porém, oficialmente, o primeiro avião a ser dedicado de forma exclusiva ao presidente foi o Douglas C-54 Skymaster – a versão militar do DC-4 – que foi designado como VC-54A e ficou conhecido como Sacred Cow.

O VC-54A contava com área de descanso, radiotelefone e até um elevador para cadeira de rodas, adaptado especialmente para Roosevelt. Porém, acabou utilizando o avião apenas uma vez, em fevereiro de 1945, quando viajou à Conferência de Yalta, que discutiu a reorganização da Europa após a guerra. Com sua saúde debilitada, o presidente Roosevelt faleceu em 12 de abril do mesmo ano.

O avião: Douglas C-54 Skymaster

O Douglas C-54 Skymaster, versão militar do DC-4, fez seu primeiro voo em 1942 e foi amplamente usado nas guerras da Coreia e Segunda Guerra Mundial. Com mais de 1.100 unidades produzidas até 1947, tinha capacidade para 26 passageiros e, em versões posteriores, recebeu melhorias como portas de carga e tanques adicionais de combustível.

O Independence e a viagem inaugural para o Brasil

VC-118A
Derivado do Douglas DC-6 o VC-118A recebeu o primeiro interior realmente VIP nos Estados Unidos | Foto: Edmundo Ubiratan

Após Roosevelt, o presidente Harry S. Truman continuou utilizando o Sacred Cow até 1947, quando foi substituído pelo Douglas VC-118A Liftmaster – versão militar do Douglas DC-6 – que foi batizado de Independence, em homenagem à cidade natal do presidente.

O VC-118A apresentava inicialmente uma pintura com a cabeça de uma águia-careca e interior adaptado com sala privativa e cabine principal para 24 passageiros em voo diurno ou doze em configuração de leito. Posteriormente, recebeu a pintura em branco e azul claro, utilizada até hoje pela frota VIP dos Estados Unidos.

Interior VC-118A
Interior do VC-118A contava com escritório, espaço privativo, cozinha completa, entre outros 

O Independence foi formalmente comissionado em 4 de julho de 1947, e o presidente Truman realizou o primeiro voo oficial no novo avião presidencial em 31 de agosto, para uma conferência internacional no Rio de Janeiro.

O VC-118A serviu como o Air Force One até a gestão do presidente Lyndon B. Johnson, sendo o último modelo com motor radial a ser designado como o principal transporte presidencial.

Após a chegada dos Boeing VC-137, o modelo passou a ser empregado apenas em viagens para localidades cujos aeroportos eram limitados para operação com jatos. Além disso, o VC-118 também foi usado como avião reserva e para transportar funcionários do segundo escalão do governo federal.

Após a chegada dos Boeing VC-137, o modelo passou a ser empregado apenas em viagens para localidades cujo os aeroportos eram limitados para operação com jatos. Além disso, o VC-118 também foi usado como avião reserva e para transportar funcionários do segundo escalão do governo federal.

O avião: Douglas C-118A

O C-118 é a versão militarizada do Douglas DC-6. A principal diferença entre as versões militar e civil é a instalação de uma grande porta de carga no lado esquerdo da aeronave. No caso da versão VIP, um confortável interior foi instalado, incluindo poltronas que podiam ser convertidas em camas. O avião é equipado com quatro motores Pratt & Whitney R-2800-52W de 2.500 hp cada. Pouco mais de cem C-118 foram adquiridos para uso pela Força Aérea como transporte de passageiros e carga.

Surge o Air Force One

Columbine III - VC-121E
O VC-121E foi o primeiro avião a voar com o presidente com o designativo Air Force One

Na década de 1950, o presidente Dwight D. Eisenhower adicionou ao serviço presidencial dois Lockheed VC-121E, batizados como Columbine II e Columbine III. O nome é uma referência à flor oficial do estado do Colorado, sendo uma homenagem à primeira-dama Mary Geneva "Mamie" Eisenhower. O batismo do Columbine III foi feito com uma garrafa de água do Colorado em vez da tradicional garrafa de champanhe.

O Columbine II foi o primeiro a usar oficialmente o indicativo Air Force One, em 1954. A frota de VC-121E voou em missões VIP até 1966, atendendo, nos últimos anos, principalmente funcionários do segundo escalão.

O avião: Lockheed Constellation

O VC-121E era a versão militarizada do Lockheed L-1049 Super Constellation, que difere dos primeiros Constellations principalmente por possuir uma fuselagem alongada em 5,5 metros e ter sido equipado com motores mais potentes, maior capacidade de combustível, maior alcance e maior velocidade. Na aviação civil, eram popularmente conhecidos como "Super Connies".

O Air Force One ganha identidade

VC-137C SAM 26000
O SAM 2600 realizou o transporte do corpo do presidente John F. Kennedy enquanto o vice-presidente Lyndon Johnson tomava posse a bordo | Foto: Edmundo Ubiratan

Com a evolução dos aviões a jato, a Força Aérea dos Estados Unidos incorporou o Boeing 707-320B para a missão de transporte oficial. Os aviões foram designados como VC-137C e, a pedido do presidente John F. Kennedy, um novo esquema de pintura foi desenvolvido. O projeto foi liderado pela primeira-dama Jacqueline Kennedy e pelo famoso designer industrial Raymond Loewy.

O avião passou a ostentar um então moderno esquema de cores, com predominância do azul claro e branco, com a inscrição "Estados Unidos da América" em destaque ao longo da fuselagem, e a bandeira do país foi colocada no estabilizador vertical. A proposta era refletir a importância do Gabinete do Presidente e servir como um símbolo do poder norte-americano.

Durante os 36 anos de carreira, os VC-137C transportaram oito presidentes em exercício e inúmeros chefes de Estado, diplomatas, dignitários e autoridades em diversas viagens históricas conhecidas como Missões Aéreas Especiais (SAM). O último avião foi retirado de serviço em 2001.

O avião: Boeing 707-320C

O VC-137C é a versão militarizada e destinada a missões presidenciais, derivada do Boeing 707-320C. O avião é uma versão de alcance intercontinental do 707-120, com capacidade de voar por até 9.600 quilômetros sem escala, sendo equipado com quatro motores Pratt & Whitney TF33 (JT3D-3B) de 18.000 lbf cada. A cabine podia acomodar até 40 pessoas, incluindo o presidente em uma suíte dedicada..

Boeing 747: O Air Force One como símbolo global

VC-25A
Por seu grande porte o Boeing 747 deu um status de poder ainda maior ao Air Force One

Durante o governo Ronald Reagan, nos anos 1980, foram encomendados dois Boeing 747-200B para assumirem as missões de transporte presidencial. Além da maior capacidade, o 747 ainda era visto como símbolo de poder, graças ao seu porte quase duas vezes maior que qualquer avião da época.

Designados VC-25A, os aviões foram entregues a partir de 1990 e logo se tornaram os aviões mais famosos da frota presidencial. Até então, os VC-137C tinham uma visibilidade bastante discreta, sendo pouco explorada pela Casa Branca e pela mídia.

Os VC-25A possuem três níveis, sendo o piso inferior destinado ao transporte de carga e equipamentos; no piso principal estão as instalações do gabinete presidencial, suíte, sala de reunião, área de convidados, comitiva e imprensa; já no piso superior (upper deck) foram instalados os sistemas de comunicação e controle.

A ala conhecida como “Casa Branca Aérea” inclui uma confortável e ampla suíte, banheiro privativo do presidente, além de ala médica e escritório. A tripulação pode chegar a 26 membros, incluindo membros do Serviço Secreto e equipe médica.

O avião: Boeing 747-200B

O 747-200B era a versão mais recente do Jumbo quando o governo dos Estados Unidos encomendou os novos aviões presidenciais. Contudo, ainda nos anos 1980 surgiram versões aperfeiçoadas, como as séries -300 e -400, sendo esta última a primeira com amplo uso de tecnologia digital embarcada.

Por já estar em desenvolvimento, era inviável a troca para o 747-400, tornando assim o Air Force One derivado de um modelo que saiu de linha logo após a entrada em serviço do VC-25A. Porém, suas capacidades e tecnologias embarcadas seguem como uma das mais avançadas da atualidade, com melhorias constantes sendo adicionadas ao longo dos últimos 30 anos.

O futuro do Air Force One

Há mais de uma década está em desenvolvimento um novo Air Force One, designado como VC-25B. Derivado do Boeing 747-8, os novos aviões prometem elevar as capacidades do Air Force One. Entretanto, atrasos constantes, dificuldades no projeto e orçamento fora de controle têm sido barreiras para o início das operações. A previsão é que o primeiro seja entregue em meados de 2028. Até lá, os Estados Unidos poderão usar um 747-8VVIP doado pelo Qatar, como um presente para a Casa Branca. Seu recebimento é polêmico e sua transformação em um VC-25 poderá demorar tanto quanto os dois originalmente contratados.

domingo, 17 de agosto de 2025

Os 56 anos da Embraer: modelos de aeronaves que fizeram da empresa referência mundial

 

Aeronave Profit Hunter, da Embraer, um E195-E2, é exposto na pista durante o Singapore Airshow, em Cingapura, em 11 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2025
A Embraer completa 56 anos em 2025. A empresa é a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, atrás apenas da Boeing e da Airbus. Fonte de orgulho nacional, ela é superavitária e gera cerca de 18 mil postos de trabalho.
Ao longo dos anos, ela já superou várias tentativas de desmonte e lobbies pela privatização e venda a agentes estrangeiros.
Recentemente, ela se tornou a empresa mais afetada em potencial pelo tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente estadunidense, Donald Trump, já que desde abril exporta metade de sua produção para os EUA, já com a tarifa de 10% aplicada por Washington nesse mês. O temor, no entanto, se dissipou após Trump isentar do tarifaço aeronaves, motores e peças e componentes de aviação.
Confira abaixo algumas aeronaves exportadas pela Embraer em suas quase seis décadas de existência, que fizeram dela uma referência mundial.
O modelo EMB-110 Bandeirante, da Embraer - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2025
O modelo EMB-110 Bandeirante, da Embraer

Bandeirante

Em 9 de fevereiro de 1973, a Embraer lançou o primeiro EMB-110 Bandeirante, consolidando um marco na aviação brasileira. Em 15 de agosto de 1975, há exatamente 50 anos, a empresa exportou para o Uruguai a primeira versão militar da aeronave, e dois anos depois, para a França. Nos anos seguintes, o modelo se tornou referência no mercado norte-americano.
Ao longo da década de 1970, a empresa lançou o monomotor EMB-200 Ipanema, o EMB-326 Xavante e o EMB-121 Xingu. E, na década de 1980, foram lançados os modelos EMB-120 Brasília, o EMB-312 Tucano, voltado para defesa e treinamento militar, e o caça AMX.
Funcionários da Embraer trabalham na montagem de jatos executivos Legacy 600 na fábrica da empresa em São José dos Campos, no estado de São Paulo. Brasil, 27 de junho de 2007 - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2025
Funcionários da Embraer trabalham na montagem de jatos executivos Legacy 600 na fábrica da empresa em São José dos Campos, no estado de São Paulo. Brasil, 27 de junho de 2007

Legacy 600

Foi no início dos anos 2000 que a Embraer se consolidou como uma das maiores exportadoras do país, com o lançamento dos jatos da família Legacy 600/650, Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000 e Legacy 450/500, além do EMB-314 Super Tucano, modelo turboélice de ataque leve.
Avião do modelo E-175, da Embraer - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2025
Avião do modelo E-175, da Embraer

Embraer E-170 e E-175

Líder na fabricação de jatos comerciais, a Embraer ostenta uma frota de mais de 200 Embraer E-170 e E-175, que oferece serviços regulares para passageiros em 900 voos diários, em mais de 80 cidades nos EUA e no Canadá. Eles operam nesses países sob as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express.
Avião do modelo A-29 Super Tucano, da Embraer - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2025
Avião do modelo A-29 Super Tucano, da Embraer

A-29 Super Tucano

A partir da década de 2010, o processo de internacionalização da Embraer ganhou novo impulso, com a abertura de indústrias nos EUA, no México e em Portugal. Em 2013, a empresa lançou o A-29 Super Tucano, equipado com a última geração de sensores de monitoramento, que atualmente é usado por Colômbia, Equador e Paraguai, e que já foi adquirido também por México, Índia e Grécia.
O avião C-390 Millennium, da Embraer - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2025
O avião C-390 Millennium, da Embraer

C-390 Millennium

Recebido oficialmente pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 2019, o KC-390 Millennium, posteriormente rebatizado de C-390 Millennium, é uma aeronave militar multimissão, capaz de lançar cargas em voo, transportar até 64 paraquedistas, abastecer durante o voo, combater incêndios e fornecer resposta rápida para ajuda humanitária.
Atualmente, ele é usado pelas Forças Armadas de Portugal, Hungria, Suécia e Eslováquia, e a Embraer vem atuando para colocar a aeronave no mercado norte-americano.