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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Azorra entrega primeiro Embraer E190-E2 para a Virgin Australia

 


A Azorra entregou hoje à Virgin Australia seu primeiro jato Embraer E190-E2. A entrega marca tanto a nova parceria entre a empresa de leasing e a companhia aérea, quanto o início da operação do E190-E2 na Austrália.

A entrega do jato foi celebrada hoje em uma cerimônia na sede da Embraer em São José dos Campos, que reuniu representantes seniores da Azorra, da Virgin Australia e da Embraer. Com 1.900 entregas desde 2004, o E-Jet é o terceiro avião mais entregue na história da indústria.

Os jatos narrowbody de nova geração apoiarão os esforços de modernização da frota da Virgin Australia Regional Airlines, que prevê a substituição da frota atual de Fokker 100s. Entregues a partir da carteira de pedidos firmes da Azorra com a Embraer, outras três aeronaves têm entrega estimada ainda este ano e ao longo de 2026. A Virgin Australia tem um total de oito pedidos firmes para os jatos E2.

O novo E190-E2 de 100 assentos proporcionará uma economia de combustível de até 30% em comparação com a frota atual de Fokker 100 da Virgin Australia, reduzindo as emissões e os custos operacionais em rotas importantes na Austrália Ocidental. Equipado com motores Pratt & Whitney GTF, o E190-E2 oferece maior eficiência, alcance e desempenho superior, enquanto sua cabine silenciosa e espaçosa com configuração 2×2 garante uma viagem mais confortável para os passageiros.

“Receber a Virgin Australia como um novo cliente é um marco para nossa equipe, à medida que entregamos o primeiro E2 a ser operado por um grande grupo de companhias aéreas na Austrália e expandimos nossa presença na Oceania. O E190-E2 oferece excelente eficiência com menor consumo de combustível, tornando-o o avião ideal para o programa de modernização da frota da Virgin Australia. Equipado com os motores GTF da Pratt & Whitney, esta aeronave moderna apoia o compromisso da Virgin Australia com um serviço confiável e de alta frequência, ao mesmo tempo em que aprimora o seu desempenho operacional geral”, afirma John Evans, CEO e fundador da Azorra.

“Estamos entusiasmados com a chegada dos E190-E2s na frota da Virgin Australia Regional Airlines. A substituição de nossos Fokker 100s por esses jatos de próxima geração nos permitirá conectar melhor os clientes da indústria e as comunidades regionais em toda a Austrália Ocidental com maior confiabilidade, menos ruídos e menores emissões. Essas aeronaves são projetadas para os climas e ambientes desafiadores nos quais operamos, além de oferecer uma experiência de voo espaçosa e confortável aos nossos clientes”, afirma Nick Rohrlach, Diretor Executivo do Grupo Virgin Australia Regional Airlines.

“A entrega do primeiro E190-E2 para a Virgin Australia, juntamente com nosso parceiro de leasing Azorra, é um marco significativo para a evolução e crescimento da Embraer na região. Com sua eficiência excepcional, baixo perfil de ruído e emissões, e maior conforto para o passageiro, o E190-E2 será um salto revolucionário em relação à frota de Fokker da companhia aérea, complementando perfeitamente os maiores narrowbodies da Virgin Australia”, completa Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Embraer supera Boeing em entregas previstas para a American Airlines

 

Avião Embraer E175 da American Eagle
Divulgação – Piedmont Airlines

A American Airlines divulgou a projeção de crescimento de sua frota para os próximos anos e pretende receber, até o final de 2026, pelo menos 30 novos aviões fabricados no Brasil pela Embraer.

A companhia aérea americana celebrou o marco de 1.000 aeronaves em sua frota principal, além de contar com mais de 560 jatos regionais. A maioria deles (388) são modelos E145, E170 e E175 produzidos pela Embraer em São José dos Campos (SP).

Durante a celebração, foi apresentada a previsão de entregas entre 2025 e 2028. Dois jatos E175 já foram entregues neste ano, e outros 10 ainda serão recebidos até dezembro. Para 2026, a previsão é maior: estão planejadas 20 novas aeronaves E175-E1, o que representa uma média de 1,6 novos jatos brasileiros por mês.

Em 2027, o ritmo de entregas deve cair para 15 aviões. Já a partir de 2028, a companhia espera receber mais 45 aeronaves, com datas de entrega a serem confirmadas pela Embraer e pela empresa aérea.

O volume de jatos da Embraer contratados pela American até 2027 supera as encomendas feitas à Boeing no mesmo período: estão previstas 45 entregas da fabricante brasileira contra 37 da fabricante americana.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Por que o DC-10 só existiu devido às regras da aviação internacional

 Projetado nos anos 1960, o DC-10 nasceu como trijato para atender às restrições que impediam bimotores de operar em rotas de longa distância




Projetado como trijato para cumprir regras que limitavam os bimotores, o DC-10 ajudou a abrir caminho para os grandes jatos de longo alcance - Boeing

Concebido em uma era de regulamentações rígidas e motores ainda pouco confiáveis, o McDonnell Douglas DC-10 surgiu como resposta ao crescimento do mercado e à demanda por voos de longo e ultralongo alcance, ajudando a redefinir os rumos das viagens intercontinentais.

A história desse trijato revela como a combinação entre regras internacionais e limitações tecnológicas moldou um dos projetos mais emblemáticos da indústria aeronáutica.

A regra mais restritiva era a chamada 60-minute rule, criada nos anos 1950 e que deu origem ao ETOPS. Ela limitava jatos bimotores a voar no máximo 60 minutos de um aeroporto alternativo. Assim, apenas aviões com três ou quatro motores eram viabilizados para rotas intercontinentais. Com essa regra, era praticamente impossível realizar voos de longas distâncias.


Um relatório técnico publicado pela agência de aviação civil dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) afirmava que “a opção pelo terceiro motor garantia viabilidade imediata para voos internacionais, sem depender de mudanças regulatórias”.

Limitação dos motores

Além da regulamentação, a potência e a confiabilidade dos motores a jato ainda não eram suficientes para sustentar aviões de grande porte nem operações de longa distância com apenas dois propulsores. A inclusão de um terceiro motor aumentava a potência disponível e ainda gerava maior margem de segurança, permitindo ao avião manter o voo em caso de perda de um dos propulsores.

O projeto do DC-10 Twin




A McDonnell Douglas chegou a estudar uma versão de dois motores do DC-10, conhecida informalmente como DC-10 Twin. A proposta previa um avião mais leve e eficiente, em conceito semelhante ao Airbus A300, lançado em 1972. No entanto, as restrições regulatórias ainda existentes durante a década de 1970, somadas a questões internas da McDonnell Douglas, inviabilizaram o modelo.


O projeto foi apresentado a algumas companhias aéreas, incluindo a norte-americana North Central, mas não obteve adesão. “Sem garantias de certificação para voos internacionais, o DC-10 Twin não avançou”, segundo registros da associação Northwest Airlines History.




Comparações e mercado

Enquanto a Airbus encontrou espaço com o A300 em rotas regionais e de médio alcance, o DC-10 se consolidou como aeronave de longo curso, rivalizando com o Lockheed L-1011 TriStar e algumas variantes do Boeing 747.

A partir de 1985, com a introdução da regulamentação ETOPS (Extended-range Twin-engine Operations), o cenário mudou. O Boeing 767, o Airbus A300B4-600 e o A310 inauguraram a era dos bimotores intercontinentais, superando trijatos e quadrimotores em eficiência de combustível e custo operacional. Dez anos após a criação do ETOPS, o Boeing 777 iniciou seus voos regulares, selando o fim dos trimotores na aviação comercial.



Legado do DC-10

Apesar de acidentes marcantes nos anos 1970, que impactaram sua imagem pública, o DC-10 seguiu em operação por décadas, sendo nos últimos anos empregado principalmente no transporte de carga. No final da década de 1980 surgiu o MD-11, uma variante de maior capacidade e alcance do DC-10, mas seu projeto de três motores, somado ao surgimento do 777 e do Airbus A330, tornou-se obsoleto, e o avião foi descontinuado em 1999.

Ainda assim, o DC-10 foi fundamental para a transição entre os quadrimotores do início da era a jato e os bimotores de longo alcance que dominam a aviação atual. O projeto oferecia uma capacidade intermediária entre os Boeing 707 e Douglas DC-8 e o Boeing 747. No Brasil, a Varig encomendou o DC-10 justamente por suas características operacionais e de capacidade, tendo operado o modelo por quase três décadas.

Primeiros A-29N Super Tucano da Força Aérea Portuguesa chegam nas instalações da OGMA

 

Aeronaves fazem parte de um contrato para a aquisição de 12 A-29N Super Tucano pela Força Aérea Portuguesa.




A Embraer, uma das líderes globais na indústria aeroespacial, realizou o voo de translado dos primeiros A-29N Super Tucano para a OGMA, em Portugal.

As três primeiras aeronaves, que pousaram ontem nas instalações de Alverca do Ribatejo, distrito de Lisboa, receberão os equipamentos necessários para operarem de acordo com os requisitos operacionais da OTAN e de Portugal.

“A aquisição dos A-29N Super Tucano reforça a confiança da FAP nos produtos Embraer. Temos certeza de que estas aeronaves contribuíram ainda mais para a modernização da frota portuguesa e para uma cooperação mais ampla com a indústria local”, afirma Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

As primeiras três aeronaves aterrissaram em Portugal apenas oito meses após a assinatura do contrato entre o Portugal e a Embraer, evidenciando o foco inigualável no cliente e na flexibilidade das entregas que a Embraer oferece.

O Super Tucano é líder global em sua categoria com mais 600.000 horas de voo. Atualmente, 22 forças aéreas já selecionaram o Super Tucano e outras nações já mostraram seu interesse pela plataforma devido à combinação incomparável de capacidades, tornando-o a opção mais eficiente do mercado.

Para forças aéreas que buscam uma solução comprovada, abrangente, eficiente, confiável e econômica em uma única plataforma, juntamente com grande flexibilidade operacional, o A-29 Super Tucano oferece uma ampla gama de missões, como Treinamento Avançado de Pilotos, CAS, Patrulha Aérea, Interdição Aérea, Treinamento JTAC, IVR Armado, Vigilância de Fronteiras, Reconhecimento e Escolta Aérea.

O A-29 Super Tucano é a aeronave multimissão mais eficaz em sua categoria, equipada com tecnologia de ponta para identificação precisa de alvos, sistemas de armas e um conjunto abrangente de comunicações. Sua capacidade é aprimorada por sistemas aviônicos HMI avançados integrados a uma estrutura robusta, capaz de operar em pistas não pavimentadas, em ambientes austeros e com pouca infraestrutura. Além disso, a aeronave tem requisitos de manutenção reduzidos, oferece altos níveis de confiabilidade, disponibilidade e integridade estrutural, com baixos custos operacionais.

domingo, 31 de agosto de 2025

Embraer anuncia venda do Super Tucano para o Panamá

 Embraer anunciou a venda de quatro aeronaves Super Tucano para o Serviço Nacional Aeronaval do Panamá

O anúncio foi feito durante a LAAD 2025, no Rio de Janeiro - Divulgação


A Embraer anunciou nesta quarta-feira (2), durante a LAAD Defence & Security 2025, no Rio de Janeiro, a seleção do A-29 Super Tucano como a nova plataforma de vigilância e proteção do Serviço Nacional Aeronaval do Panamá.

A aquisição de quatro aeronaves do modelo faz parte do programa de estruturação e expansão da capacidade operacional da entidade e visa fortalecer a segurança nacional do país, que se tornou o oitavo da América Latina a incorporar o modelo em sua frota. Outros países da região que já utilizam a aeronave incluem Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e República Dominicana.




Projetado para atender forças aéreas que necessitam de uma solução eficiente e econômica, o Super Tucano pode ser empregado em uma ampla gama de operações, incluindo patrulha aérea, operações especiais, coordenador aéreo e tático (CAT), ISR, vigilância de fronteiras, reconhecimento, escolta aérea e treinamento de pilotos em diferentes níveis.



sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Embraer promove aeronave multimissão KC-390 na MSPO, Exposição de Defesa na Polônia

 

Embraer cria ecossistema em torno do KC-390 na Europa, a fim de aprimorar as capacidades operacionais e a interoperabilidade de seus usuários finais.


A Embraer, uma das líderes globais na indústria aeroespacial, tem o orgulho de anunciar sua primeira participação na MSPO, principal exposição internacional da indústria de defesa da Polônia, que acontece em Kielce de 2 a 5 de setembro.

Como parte de sua crescente presença na Europa, a Embraer promoverá a sua aeronave multimissão de última geração, o KC-390 Millennium, para a Polônia e principais stakeholders da região no Hall 1 (Estande E18).

“Estamos entusiasmados em participar da MSPO pela primeira vez. Este reconhecido evento representa uma valiosa oportunidade para fortalecer os laços de parceria e cooperação que nos unem aos poloneses. Consideramos a Polônia uma nação com uma rica e distinta tradição aeroespacial, além de um membro importante da OTAN”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “A Embraer segue comprometida em promover uma colaboração significativa com a indústria de defesa polonesa, e acreditamos que o KC-390 Millennium pode desempenhar um papel fundamental no aprimoramento das capacidades regionais e da interoperabilidade”.

A participação da Embraer na MSPO reafirma seu compromisso de desenvolver uma cooperação de longo prazo com a indústria de defesa e aeroespacial polonesa. A empresa está construindo ativamente um ecossistema europeu robusto em torno do KC-390, promovendo sinergias em áreas como treinamento, manutenção, reparo e revisão (MRO em inglês) e pesquisa e desenvolvimento. Esta iniciativa não só fortalece as capacidades de defesa em toda a Europa, mas também promove a interoperabilidade estratégica entre as nações aliadas.

A presença da Embraer na Polônia ressalta sua visão estratégica para a Europa, onde o KC-390 rapidamente tem se tornando a plataforma de transporte tático preferido entre os países da OTAN. Ao investir em parcerias e inovação, a Embraer busca contribuir para um cenário de defesa europeu mais integrado e resiliente.

Desde que entrou em operação com a Força Aérea Brasileira em 2019, com a Força Aérea Portuguesa em 2023 e, mais recentemente, com a Força Aérea Húngara em 2024, o KC-390 Millennium provou sua capacidade, confiabilidade e desempenho. A frota atual em operação demonstrou uma taxa de capacidade de missão de 93% e taxas de conclusão de missão acima de 99%. Até o momento, a aeronave do século 21 foi escolhida por 11 Forças Aéreas em todo o mundo, incluindo oito países europeus e sete membros da OTAN.

O KC-390 Millennium pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe, sendo capaz de realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de carga e tropas, evacuação médica, busca e salvamento (SAR), combate a incêndios e missões humanitárias operando em pistas temporárias ou não pavimentadas, como terra batida, solo e cascalho. A aeronave também pode ser configurada com equipamento de reabastecimento aéreo (AAR), tanto como reabastecedora quanto como receptora, neste caso recebendo combustível de outro KC-390, utilizando pods instalados sob as asas

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Sanções ocidentais e problemas de produção deixam caças Su-57 da Rússia sem sistemas críticos e com custos inflacionados

 


Novos documentos revelam que os caças Su-57 da Rússia estão sendo entregues sem sistemas essenciais e com custos significativamente inflacionados, em grande parte devido às sanções ocidentais que limitam o acesso a componentes eletrônicos avançados. Essas restrições comprometem as capacidades operacionais do Su-57 e geram atrasos na produção, afetando a expansão planejada da frota russa.

O Su-57, primeiro caça furtivo de quinta geração da Rússia, depende fortemente de tecnologia ocidental, especialmente em sensores, radar e sistemas de aviônicos.

Documentos obtidos pelo grupo ucraniano Frontelligence Insight, referentes a 2021 e 2022, mostram que muitas aeronaves foram entregues sem o sistema eletro-óptico de mira 101KS-N, fundamental para vigilância e detecção passiva em qualquer condição climática. A ausência desse sistema limita diretamente a capacidade de ataque e reconhecimento do caça.

A Frontelligence Insight escreveu: “Essas práticas deixaram o programa Su-57 atormentado por custos inflacionados. Mais significativo, no entanto, é a evidência de que atrasos na produção e aeronaves entregues de forma incompleta foram causados por sanções ocidentais, que privaram o Su-57 de componentes eletrônicos”.