O primeiro jato Embraer E195-E2, o maior da nova série E-Jets 2, está na fase final de montagem na fábrica em São José dos Campos (SP). A empresa completou neste mês a junção das asas na fuselagem e a instalação de parte dos sistemas. Segundo a fabricante, a aeronave será apresentada ainda no primeiro semestre de 2017 e o primeiro voo está programado para acontecer após a segunda metade do ano. Já a estreia comercial é prevista para 2019.
Comparado ao E195 atual, em operação há 10 anos, o modelo da série E2 ganhou mais 3 metros de comprimento (de 38,65 m para 41,5 m). Com esse porte, o E195-E2 será o maior avião já produzido no Brasil, considerando apenas sua extensão – o cargueiro militar KC-390 é mais curto (com 35,2 m), mas ganha no peso (81.000 kg contra 60.700 kg do E195-E2). Será também o avião mais largo do Brasil, com envergadura de 35,1 m.
De acordo com a Embraer, o E195-E2 terá alcance de 4.537 km transportando 132 passageiros, configurado em classe única. A velocidade máxima será igual a do E190-E2, atualmente em fase de testes de voo, de 870 km/h.
O “jatão” fabricado no Brasil também tem novos motores, o Pratt & Whitney PW1900G, mais potente e com menor consumo de combustível. Em relação a geração atual, o novo motor do E195-E2 tem um custo por assento 24% inferior. Já comparado ao CS 100, concorrente da Bombardier, o modelo da Embraer é até 10% mais eficiente e transporta mais passageiros – a capacidade padrão do CS 100 é de 110 ocupantes
Outro destaque do E195-E2 são os comandos de voo computadorizados “full fly-by-wire”. Ou seja, todos os controles da aeronave são eletrônicos, e não por meio de sistemas manuais, como cabos ou atuadores hidráulicos. Essa é quarta geração de fly-by-wire desenvolvida pela Embraer: a primeira surgiu nos E-Jets, a segunda nos jatos executivos Legacy e a terceira no cargueiro militar KC-390 – a primeira geração dos E-Jets combinam comandos manuais e eletrônicos.
O primeiro E-Jet 2 a entrar em operação será o modelo intermediário E190-E2, cujas primeiras entregas estão programadas para 2018. A nova família ainda inclui o “caçula” E175-E2, que já está sendo fabricado e deve estrear na aviação comercial em meados de 2020.
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