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segunda-feira, 6 de março de 2017

Cessna A-37 Dragonfly

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O Cessna A-37 Dragonfly , ou Super Tweet , foi um avião ligeiro norte americano desenvolvido a partir do Cessna T-37 Tweety Bird entre em 1960 e 1970 pela para missões de contra-insurgência e apoio proximo.
O escalar do envolvimento Norte Americano no sudeste asiatico e as crescentes perdas de aeronaves de apoio próximo Douglas A-1 Skyraider dos EUA e do Vietnã do Sul criou na USAF a necessidade de uma aeronave mais moderna para aquele tipo de missão e o Cessna T-37C parecia ser o candidato adequado para o efeito.
Como resultado, a USAF contratou a Cessna para a construção de três prototipos e posteriormente para a construção de um lote de 39 aeronaves de pré-produção inicialmente designadas AT-37D, para serem testadas em ambiente de combate no Vietname.
Apesar do sucesso dos testes a aeronave revelou algumas deficiencias colmatadas na versão de produção A-37B, que seria largamente implantada no Vietname do Sul e após o final do envolvimento americano no Vietname, nas forças aereas de varios paises da America Latina. 

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Ano
1967
Pais de Origem
EUA
Função
Ataque e apoio próximo
Variante
A-37B
Tripulação
1 ou 2
Motor
2 × turbojatos General Electric J85-GE-17A
Peso (kg)
Vazio
2817
Máximo 
6350

Dimensões (m)
Comprimento 
10,92
Envergadura
8,62
Altura 
2,70
Performance 
(km/h; m; km)
Velocidade
816
Teto Máximo
12730
Raio de ação
1480
Armamento
1 x metralhadora GAU-2B de 7,62mm  no nariz
8 x suportes sob as asas para 1230 kg de armas:
 - SUU-11 / A (metralhadora M134 de 7,62mm
 - GPU-2 / A (canhão M197 de 20mm, ou  DEFA de 30mm)
 - pods, cada um com sete foguetes de 70 mm
 - misseis AIM-9 Sidewinder
 - bombas Mk.82 de 241 kg
 - pods de bombas de fragmentação (SUU-14)
 - tanques de Napalm, (SUU-25)
Países operadores
EUA, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, Peru, Uruguai, Chile, Equador, Coreia do Sul, Tailândia
Fontes
En.wikipedia.org
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GALERIA
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A-37A, Edwards AFB, California
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A-37A sobre o Vietname
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A-37B, FA Uruguaia
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A-37B e T-37, USAF
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A-37B, FA El Salvador (FAS)
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A-37B, FA Peruana
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HISTÓRIA
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O crescente envolvimento militar americano no Vietname na década de 1960 criou á USAF uma forte necessidade de aeronaves de ataque e apoio próximo. Consequentemente no final de 1962, o Air Force Special Operations Air Warfare Center  usou dois aviões T-37, para avaliação do seu uso em operações de contra-insurgência (COIN). Os resultados demonstraram que a aeronave tinha potencial de desenvolvimento, sendo que para isso teria que ser modificada  para que pudesse transportar uma carga maior, ter maior resistência e melhor desempenho. 

YAT-37D armado com misseis Sidewinder
Em 1963, a Cessna é contratada para a construção de dois protótipo baseados no T-37C, com especificações que exigiam uma aeronave mais pesada e consequentemente com motores mais poderosos. As especificações incluíam, asas mais fortes, com três três suportes cada, para transporte de armamento ou combustível, tanques de combustível auto selantes nas pontas das asas com 360 ​​litros de capacidade, uma metralhadora General Electric GAU-2B/A de 7,62 milímetros (estilo Gatling), trem de aterragem mais resistente, preparado para pistas irregulares, aviónicos (comunicações, navegação e orientação) compatíveis com missões de ataque e apoio próximo, e contra-insurgência (COIN), e blindagem do cockpit.

Estas alterações significaram um aumento drástico no peso da aeronave e por isso foram instalados dois motores General Electric J85-J2/5 de 10.7 kN de empuxo cada, em substituição dos antigos Continental J-69. 

O primeiro prototipo, YAT-37D, voou em outubro de 1964, seguido, um ano depois, pelo segundo que tinha quatro suportes sob cada asa, em vez de três (o primeiro protótipo foi também atualizado para essa configuração).

Teste de tiro da metralhador do YAT-37D, 
Os resultados dos testes foram bons, mas o interesse USAF pela aeronave abrandou até ao momento que a guerra no Sudeste Asiatico em crescendo começou a provocar um aumento das perdas do Douglas A-1 Skyraider, aeronave de apoio próximo usada pela USAF e USN. Este problema renovou o interesse pelo YAT-37D, que parecia ser um candidato promissor á substituição do A-1 e por isso a  USAF  decidiu avaliar a aeronave em combate.

Foi então encomendado um lote de 39 YAT-37D de pré-produção, com pequenas alterações em relação aos protótipos. Essas aeronaves foram inicialmente designado AT-37D , mas a designação foi rapidamente alterado para A-37A .

O A-37A tinha um peso bruto de descolagem de 5.440 kg, dos quais 1,230 kg eram munições. Retinha os controlos duais de seu antepassado T-37, permitindo que fosse também usado como um avião de treino operacional. Em combate, o segundo assento era ocupado por um navegador, mas normalmente a aeronave era tripulada por apenas um piloto nas missões de apoio próximo, permitindo um ligeiro aumento do material bélico.

A-37A, sobre o Vietname  1972
Em 1967, 25 A-37As foram enviados para a Base Aérea de Bien Hoa, no Vietname sob o programa de avaliação "Combat Dragon", de onde voaram em missões de apoio aéreo proximo, escolta de helicópteros, controle aéreo avançado (FAC) , e interdição nocturna.

Durante este período, os A-37A voou em milhares de operações sem que nenhum fosse  perdido em combate, embora dois fossem destruídos em acidentes de aterragem. O A-37A foi formalmente chamado de "Dragonfly", embora a maioria dos pilotos o chamasse de "Super Tweet". O programa "Combat Dragon" foi um sucesso, mas sem surpresa a avaliação de combate revelou algumas das deficiências do A-37A, falta de raio de combate, o "peso" dos controlos mecânicos e a vulnerabilidade do sistema de controle de vôo não redundante da aeronave.

Consequentemente em 1967 a USAF contrata à Cessna para um novo desenvolvimento do Super Tweet, o A-37B. A encomenda inicial de 57 aeronaves, foi rapidamente aumentada para 127, parte deles destinados à Força Aérea Sul-Vietnamita (VNAF) como substitutos para os seus A-1 Skyraiders.
A-37B da Força Aérea de El Salvador (FAS)
O protótipo A-37B foi lançado em setembro de 1967, e as entregas iniciaram-se em 1968.

O A-37B foi equipado com motores General Electric J85-GE-17A, com 12,7 kN de empuxo cada e incluia melhorias na proteção dos tripulantes, como os assentos ejetáveis blindados, o cockpit protegido com cortinas de nylon à prova de bala e os tanques de combustível foram protegidos com espuma auto-selante.

A carga bélica, passível de ser instalada nos oito suportes disponíveis sob as asas, incluía bombas com alto poder explosivo, bombas de fragmentação, packs de foguetes, tanques de napalm, pods externos SUU-11 / A, (metralhadora M134 7.62x51mm), e tanques externos de combustível.

Acabariam por ser produzidos um total de 577 A-37B, dos quais 254 foram entregues à Força Aérea Sul-Vietnamita.
A-37B da Força Aérea Uruguaia no Cruzex IV, 2008
No fim da guerra, o A-37 tinha voado mais de 160.000 missões de combate com apenas 22 perdas. Aproximadamente 187 A-37B estavam no sul do Vietname em serviço quando o país caiu, destes, 92 foram recuperados pelos EUA, enquanto os outros 95 foram usadas mais tarde pelos vietnamitas comunista em missões sobre Camboja e durante o conflito com a China em 1979. Essas aeronaves terão sido retiradas de serviço no final de 1979 ou início de 1980, com toda a probabilidade, devido à falta de peças de reposição.

Algumas das aeronaves foram enviadas para os aliados comunistas do Vietname como Checoslováquia , Polónia , a União Soviética e Alemanha Oriental . Outros foram vendidos a proprietários privados estrangeiros. Seis exemplos de A-37B tornaram-se propriedade de americanos, enquanto quatro A-37B são agora propriedade de privados em Austrália e Nova Zelândia .

Os remanescentes A-37 da USAF foram transferidos para a Air National Guard tendo começado a ser abatidos ao efetivo a partir da decada de 1980 até 1990, sendo substituídos pelo muito mais formidável A-10 Thunderbolt II. Os últimos A-37 foram abatidos ao serviço no ano de 1992.

A-37B  (318E), FA Uruguaia
O A-37B também foi exportado para a América Latina, principalmente durante a década de 1970. Era adequado ás necessidades daqueles países devido à sua simplicidade, baixo custo e eficácia contra movimentos de guerrilha insurgentes. As suas asa retas permitiam-lhe voar sobre os alvos a velocidades muito baixas o que melhorava a sua precisão no ataque a alvos no solo. Por outro lado o A-37 tinha necessidades e tempos de manutenção relativamente baixos, em comparação com outras aeronaves, isto focou a dever-se em grande parte aos vários painéis de acesso aos sistemas da aeronave em locais estratégicos e de fácil acesso. Como tal foram amplamente utilizados pela Força Aérea Salvadorenha contra os guerrilheiros rebeldes da FMLN durante a guerra civil salvadorenha. Fornecidos pelos Estados Unidos em 1983 como um substituto dos Dassault Ouragans, permaneceram em condição operacional até ao final da guerra em 1992.

Em 2016 os A-37B continuam em operação, nos ativos das forças aéreas da Colômbia (7), El Salvador (15), Guatemala (3), Honduras (9), Peru (24), Uruguai (12).

# Revisto em 2017-03-05 #
# Publicado em 2015-05-21 #

DESENHOS
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