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segunda-feira, 13 de março de 2017

Fiat G.50 Freccia

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O Fiat G.50 Freccia (Flecha) foi o primeiro caça monoplano italiano totalmente metálico, com trem de aterragem retráctil e cockpit fechado, produzido em serie. 
No inicio de 1938 os Freccia entraram ao serviço da Regia Aeronautica, e do o seu braço expedicionário, a Aviazione Legionaria, em Espanha, onde deram provas de uma espantosa velocidade para a época, alcançando 470 km/h, velocidade ao nível dos seu contemporâneos Messerschmitt Bf-109 e Polikarpov I-16 e, como a maior parte das aeronaves italianas, muito manobráveis. 
Contudo, o seu armamento inadequado não lhe permitia alcançar a performance que os pilotos desejavam em combate. Os designers italianos, preferiam sacrificar poder de fogo e proteção do piloto para ter maior manobrabilidade e velocidade, ao contrário dos alemães, britânicos e americanos que tinham especial preocupação com a protecção do piloto e em equipar as aeronaves com armamento adequado.
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Ano
1937
Pais de Origem
Itália
Função
Caça
Variante
G.50
Tripulação
1
Motor
1 x Motor radial Fiat A.74 R.C.38 de 14 cilindros e 870 cv
Peso (Kg)
Vazio
1963
Máximo
2403

Dimensões (m)
Comprimento
7,80
Envergadura
11,00
Altura
3,22

Performance (Km)
Velocidade Máxima
473
Teto Máximo
10750
Raio de ação
670
Armamento
2 x metralhadora Breda-SAFAT de 12.7mm 


Países operadores
Italia, Alemanha, Espanha, Jugoslavia
Fontes
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GALERIA
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Segundo protótipo do Fiat G.50
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Fiat G.50 em Rhodes Grécia, 1942

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Um G.50bis e um Bf-110 no mediterrâneo
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Na Libia, 1940

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Fiat G.50Bis, Libia, 1940

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 Um Ju-87B e um G.50  nos Balcãs, 1941

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HISTÓRIA
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O Fiat G.50 da foi projetado por Giuseppe Gabrielli, a partir de abril de 1935. A construção de dois protótipos em meados do verão de 1936, foi confiada as oficinas da CMASA (Costruzioni Meccaniche Aeronautiche SA), uma subsidiária da Fiat em Marina di Pisa. O voo do primeiro protótipo ocorreu em 26 de fevereiro de 1937 em Caselle, Turim, no qual a aeronave atingiu uma velocidade máxima de 472 km/h, e subiu aos 6.000 metros em seis minutos, 40 segundos.

O Fiat G.50 era um monoplano de asa baixa de construção metálica, e uma fuselagem semi-monocoque com revestimento de liga leve, e asas com uma longarina em aço e nervuras de alumínio revestidas de liga leve. O motor era um Fiat A.74 R.C.38 de 14 cilindros radial refrigerado a ar que desenvolvia 870cv, movendo uma hélice de três pás de velocidade constante. A carenagem NACA, do motor acomodava na parte superior duas metralhadoras sincronizadas Breda-SAFAT de 12.7 mm com 300 munições por arma, e uma mira refletora. O piloto dispunha de um cockpit totalmente fechado com uma carlinga deslizante. O trem de aterragem era totalmente retráctil. 

Em setembro de 1937, a Fiat recebeu um primeiro pedido de 45 aeronaves.

Antes de colocar uma encomenda maior, o Ministério da Aeronáutica realizou testes comparativos com o novo Macchi MC.200 durante os quais o segundo protótipo se despenhou depois do caça não conseguir sair de um mergulho a alta velocidade. Posteriores testes de voo em Guidonia mostraram que a aeronave entrava facilmente uma rotação descontrolada, característica altamente perigosa, especialmente a baixa altitude de onde era impossível recuperar. Outro acidente aconteceria durante a visita a Guidonia do rei Victor Emmanuel III e primeiro-ministro Benito Mussolini,  onde durante uma passagem a baixa altitude se despenharia outra aeronave Fiat G.50, matando o piloto. 

Apesar dos acidentes, os testes foram considerados satisfatórios e como o G.50 era mais manobrável que o MC.200 a Comissão da Regia Aeronautica decidiu aprovar também para produção o G.50 conjuntamente com o MC.200. 

As estregas a Regia Aeronautica começaram no início de 1938, e como os pilotos não gostaram da carlinga fechada por ser retirar visibilidade e ser difícil de abrir os foi instalada a partir da segunda encomenda (200 aeronaves) uma carlinga aberta. A partir de 1939 a produção passou a ser feita pela CMASA EM Marina di Pisa, Toscânia. 

A Regia Aeronautica pediria uma versão de dois lugares para instrução (Fiat G.50/B), da qual seriam produzidas 106 aeronaves. Uma delas seria adaptada para uma versão naval destinada ao porta-aviões Aquila, que acabaria por não ser construído. 

Em setembro de 1940 surgiria uma versão ligeiramente melhorada, o G.50bis cuja principal melhoria era o maior raio de combate obtido pela instalação de um tanque adicional de 104 litros, que permitiu o aumento do alcance de combate de 645 km para 1.000 km. 

51º Stormo no aeródromo de Ciampino perto de Roma
A derradeira versão G.50/V (Veloce), não passaria de um protótipo. Tratava-se de um Fiat G.50 adaptada a um motor Daimler-Benz DB.601 de 1,075cv, com o que se pretendia obter uma velocidade máxima de 570 km/h (a Fiat tinha obtido uma licença para produção daquele motor). Porém Gabrielli já tinha projetado o Fiat G.55, e por isso o projeto foi abandonado em detrimento da nova aeronave. 

A produção total de Fiat G.50 seriam 740 aeronaves, 426 produzidas pela Fiat Aviazione e 358 pela CMASA. Dessas foram exportadas 13 para Espanha, 35 para a Finlândia e 10 para a Croácia. 

A primeira atividade operacional do G.50 foi em Espanha para onde a Regia Aeronautica enviou 12 aeronaves em 1938 para reforçar a Aviazione Legionaria que apoiava as forças rebeldes de Franco. Aí a aeronave demonstrou ser extremamente manobrável e um dos melhores caças italianos, no entanto, quando começou a segunda guerra mundial, estava já ultrapassado, para além de deficientemente armado. 

Quando em 10 de junho de 1940 a Itália entrou na segunda guerra mundial, declarando guerra a França, apenas estavam operacionais 118 Fiat G.50, a maioria deles afetos ao 51º Stormo (grupo) sediado no aeródromo de Ciampino perto de Roma e ao 52º Stormo em Pontedera

Fiat G.50Bis na Libia
O Fiat G.50, entrou em acção pela primeira vez na segunda guerra mundial em 28 de outubro de 1940 sobre os Balcãs e o mar Egeu, operando a partir de aeródromos localizados em Berat, Devoll e Grottaglie, quando a Itália atacou a Grécia através da Albânia.

Durante a campanha grega, as condições meteorológicas adversas dificultaram as operações aéreas durante a maior parte do tempo. Apesar disso aconteceram vários combates aéreos, cujos resultados foram claramente exagerados por ambos os beligerantes. A partir do inicio de fevereiro de 1941, caças Hawker Hurricane entraram em combate nesta frente da guerra operando a partir de Paramythia como escolta aos bombardeiros da RAF e no final de fevereiro unidades da RAF intercetaram um grupo de bombardeiros italianos e respetivas escoltas reclamando o abate de 27 aeronaves. Após esta batalha a Regia Aeronautica deixou de operar neste teatro da Guerra.
Durante a Batalha de Inglaterra os G.50 estacionados na Bélgica ocupada, como parte do Corpo Aereo Italiano, voaram 429 missões mas nunca entraram em combate com qualquer aeronave. 

As experiências com os G.50, sobre Grã-Bretanha mostraram que a aeronave era inadequada ou mesmo inútil em qualquer missão uma vez que o seu curto alcance não lhe permitia atingir qualquer alvo em Inglaterra. Quando em 5 de novembro de 1940 alguns Fiat G.50 avistaram alguns Hawker Hurricane sobre o continente e foram incapazes de efetuar a interceção ficou demonstrada a sua inadequação ao combate. O mesmo aconteceu mais tarde quando um Bristol Blenheim atacou o aeródromo de Maldegem, e os G.50 foram incapazes de o interceptar. 

Fiat G.50Bis na Libia
Os Fiat G.50bis com um maior raio de combate foi usada principalmente em África, na segunda metade da guerra onde operou como um caça multi-função e ataque ao solo. O G.50 não transportava bombas mas disparava balas incendiarias e explosivas, e apesar de mais lento e menos armado conseguia por vezes surpreender os Hurricane e P-40 britânicos, graças a sua superior capacidade de manobra. 

No inicio da invasão aliada da Sicília, o G.50 era a aeronave mais numeroso da Regia Aeronautica para contra-atacar o desembarque dos aliados. Uma unidade de ataque solo especializados, o 50º Stormo, foi equipada com caças Fiat G.50 bis mas apena foi deslocada para o sul de Itália quando começou a invasão, em 10 de julho de 1943, a que se seguiram mais unidades levado às pressas para a área para atacarem os navios de desembarque, as tropas e os reabastecimentos aliados. Porém esta unidades nada puderam fazer contra a superioridade aérea aliada em número e qualidade de aeronaves, tendo sido completamente destruídas. 

Após a rendição Italiana apenas algumas aeronaves Fiat G.50 tinham sobrevivido, a maioria das quais foram integradas na Aeronautica del Sud, que se juntou aos aliados contra a Alemanha. 

O Fiat G.50 teria no entanto algum sucesso nas duas guerras finlandesas contra a União Soviética, a Guerra de Inverno de 1939 a 1940 e a Guerra da Continuação entre 1941 e 1944.

No final de 1939, antes da eclosão das hostilidades, a Finlândia adquiriu 35 Fiat G.50 os primeiros dos quais entregues antes de fevereiro de 1940 e os restantes recebidos no dia anterior as tréguas da Guerra de Inverno a 12 de Março de 1940 (dois deles seriam destruído no transporte). 

Embora tenham chegado tarde para serem utilizados na Guerra de Inverno tiveram uma participação ativa na Guerra da Continuação logo no seu inicio em 25 de Junho de 1941, tendo abatido 13 de uma formação de 15 bombardeiros Tupolev SB soviéticos. 

Durante a Guerra da Continuação, os Fiat G.50 foram ainda bem sucedidos durante a ofensiva finlandesa de 1941, reclamando 52 vitórias com a perda de apenas 2 aeronaves. Após esta ofensiva os soviéticos, trouxeram para a região novos caças mais capazes pelo que entre 1942 e 1943, os Fiat Finlandeses degradados e com falta de peças de reposição, passaram a efetuar um reduzido número de ações. Esta situação não apaga o facto de entre 30 de novembro de 1939 e 4 de setembro de 1944, os 33 Fiat G.50 da «HLeLv 26» terem abatido 99 aviões inimigos, incluindo aeronaves mais modernas. No mesmo período, os esquadrões finlandeses perderam 41 aeronaves de vários tipos, mas desses apenas três eram Fiat G.50.
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DESENHOS
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PERFIL
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