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quarta-feira, 8 de março de 2017

Northrop T-38 Talon

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Northrop T-38 Talon é o primeiro avião supersónico de instrução, que ainda hoje, 50 anos após o seu primeiro voo, continua ao serviço da USAF.
A sua construção deriva do projecto N-156 da Northrop que visava a produção de um caça ligeiro de baixo custo e multifuncional, que mais tarde daria origem ao F-5A Freedom Fighter. No entanto o desinteresse da USAF num caça com essas características levou numa primeira fase, a Northrop a responder a um pedido para uma aeronave de instrução, com uma versão adaptada para instrução do N-156. Realizado o primeiro voo, em março de 1959, a aeronave foi adaptada pela USAF sob a designação de Northrop T-38 Talon.
Desde então, e até 1972, foram construídas 1 187, T-38 Talon, das quais cerca de metade se encontra ainda (2016) em operação nos EUA (508 na USAF, 32 na NASA e 10 na US Navy) e Força Aérea Turca (33), passados mais de cinquenta anos do seu primeiro voo.

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Ano
1959
Pais de Origem
EUA
Função
Instrução
Variante
T-38A
Tripulação
2
Motor
2 x General Electrics J85-5A
Peso (kg)
Vazio
3270
Máximo 
5485

Dimensões (m)
Comprimento 
14,14
Envergadura
7,70
Altura 
3,92
Performance 
(km/h; m; km)
Velocidade
1385
Teto Máximo
15240
Raio de ação
1835
Armamento
--
Países operadores
EUA, Alemanha, Turquia, Republica da Coreia, Portugal
Fontes
Pt.wikipedia.org
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GALERIA
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T-38 BA de Edwards, USAF
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T-38, em uso pela NASA
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T-38, USAF
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T-38A, 560º FTS, USAF
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T-38A, 560º FTS, USAF
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T-38A, 560º FTS, USAF
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HISTÓRIA
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Em 1952 a Northrop começara a trabalhar no projeto de um caça monomotor de asa delta em posição alta. O motor proposto era um General Electric J79, que pesava 1750 quilos, disso resultando uma aeronave de grandes dimensões, e de elevado custo. É então em 1953, por iniciativa do seu recém criado Departamento de Pequenos Motores para Aeronaves, que a General Electric Aviation mostra à Northrop um pequeno motor com pouco mais de 180kg capaz de produzir um empuxo de 11,12 kN. Perante isto o engenheiro Edgar Schmued, projetista chefe do North American P-51 Mustang, vê uma oportunidade para inverter a tendência de projetar e construir caças cada vez maiores e juntamente com o engenheiro chefe da Northrop decide criar um pequeno e manobrável caça bimotor capaz de atingir velocidades supersónicas destinado a operar a partir de porta-aviões. O desenvolvimento do projeto iniciou-se no ano seguinte, 1954, sendo designado por N-156, porém quando a US Navy decide não optar pelo novo conceito de caça leve, a Northrop decide, ainda assim, manter o desenvolvimento do projeto com financiamento interno, reformulando-o para um caça ligeiro (N-156F), fundamentalmente destinado ao mercado de exportação.

YT-38
Paralelamente, durante meados da década de 1950 a USAF começara à procura de uma aeronave de instrução supersónica para substituir os antigos Lockheed T-33. É então que a Northrop decide adaptar o N-156 (internamente designado por N-156T) à função e propô-lo à USAF. O único outro candidato, era a versão de dois lugares do North American F-100 Super Sabre, que no entanto não era considerado adequado à função embora fosse o preferido pela USAF. Perante as dificuldades em fazer a USAF, aceitar uma aeronave com as características do N-156T os responsáveis pela Northrop tomam a iniciativa de a convencer das vantagens que derivavam dos baixos custos de operação e de manutenção previstos para o N-156T, e com isso conseguem um contrato para a construção de 3 protótipos. O primeiro dos protótipos designados por YT-38 realizou o primeiro voo em março de 1959, e a aeronave seria rapidamente adotada pela USAF, com os primeiros exemplares de produção a entrarem ao serviço, oficialmente, em março de 1961, como aeronave complementar aos Cessna T-37. 

O T-38 tem uma configuração convencional, com asas baixas e finas em cuja raiz se localizam as entradas de ar para os dois motores turbojato General Electric J85-5A. A empenagem é também ela convencional com um único estabilizador vertical e superfícies de controlo horizontais totalmente móveis, e o trem de aterragem em triciclo.

Incluindo os três protótipos, seriam produzidos até 1972 (ano de encerramento da produção) em total de 1187 Northrop T-38, a maioria na variante T-38A, e um pequeno número em aeronaves para treino de armas designadas por AT-38B, equipados com uma mira e poderiam levar a um casulo de foguetes ou bombas num suporte central sob a fuselagem.

Em 2015, os EUA dispunham ainda de 540 T-38 em operação.Tratando-se de uma aeronave já com cerca de 40 anos de serviço, decidiu-se proceder à sua modernização para um padrão que se designou por T-38C. As melhorias incluem a adição de um HUD, GPS, INS (Inertial Navigation System), e TCAS (Traffic Collision Avoidance System), modernização dos motores para melhorar o seu desempenho a baixa altitude, e para as unidades com maior uso operacional, reforço ou substituição de estruturas incluído as asas, pretendendo-se estender sua vida útil até 2029.

Desde a sua introdução, estima-se que mais de 75000 pilotos militares treinaram neste avião, que acumula mais de 13000000 horas de voo, com uma média de 15000 horas por aeronave. 

Além da USAF, da USN e da NASA, o T-38 foi também operado pelas forças aéreas da Alemanha (Luftwaffe), de Portugal (FAP), da Turquia e da Republica Popular da China (Taiwan).

# Revisto em 2016-12-16 #
# Publicado em 2015-05-12 #
EM PORTUGAL
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Em meados dos anos 70, a Força Aérea Portuguesa (FAP) não tinha em operação nenhum avião com características supersónicas. O North American F-86F Sabre era o avião mais rápido que tinha no seu inventário, mas o peso da idade impunha a sua substituição. 

Northrop T-38A da FA Portuguesa
Vários países da NATO tinham substituído os seus F-86 Sabre pelo Lockheed F-104 ou então pelo Northrop F-5, um pequeno caça táctico que parecia ser a melhor opção para substituir o velho Sabre. 

O F-5 não era um avião muito sofisticado, mas tinha capacidade supersónica e excelentes qualidades gerais, além de custos de operação e manutenção baixos e armamento versátil. A FAP estava seriamente interessada em receber este aparelho e para começar a preparar os seus pilotos e técnicos recebeu por empréstimo seis Northrop T-38A Talon. Os aviões chegaram em 1976, desmontados a bordo de um C-5 Galaxy com matrículas americanas e foram integrados na Esquadra 201 dos falcões que operava os últimos F-86 Sabre.

Como o processo de aquisição dos F-5 continuava em vista de se concretizar, a FAP recebeu mais 6 T-38A em Janeiro de 1980, destinados à BA de Monte Real e à Esquadra 201 "Falcões". Só que nessa altura já se equacionava a compra dos Vought A-7P Corsair, pois eram mais aptos para operações antinavio e a opção pelos Northrop F-5 foi sendo adiada até finalmente ser preterida. O T-38 perdia assim a sua razão de ser, mas ficaria na mesma ao serviço da FAP por cedência norte-americana. 

T-38 e AlfaJet da FA Portuguesa
Nessa altura, os 12 aparelhos são transferidos para a Esquadra 103 "Caracóis" juntamente com os Lockheed T-33A, continuando a operar em Monte Real. Como se tratavam de aviões com características diferentes, a 103 foi dividida em duas esquadrilhas independentes cada um com um tipo de aparelho. Em Janeiro de 1987, toda a Esquadra 103 foi transferida para a Base Aérea nº11, em Beja, onde o T-38 começou a ser usado em 1990 no curso de Introdução Operacional (CIO), que visava o treinamento avançado para as esquadras de combate e depois em substituição dos T-33 no Curso de Instrução Complementar de Pilotagem de Aviões de Combate (CICPAC).

O T-38 acabaria a sua vida operacional em Beja em Junho de 1993, sendo substituído nos meses seguintes pelos Alpha Jet da Luftwaffe cedidos à FAP como contrapartida pelo uso desta base.

Durante os 17 anos de atividade na FAP, seriam os únicos aparelhos supersónicos a operar em Portugal, estatuto que conservariam até ao fim dos seus dias em Beja e sem registo de qualquer acidente.
DESENHOS
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PERFIL
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FONTES

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