Janelas são um empecilho para aviões: elas acrescentam peso extra, deixam o corpo menos resistente, e em geral reduzem a velocidade da aeronave. É por isso que o novo jato supersônico Spike S-512 não terá janelas. Em vez disso, os passageiros poderão ver seus arredores em tempo real através de telas panorâmicas no interior do avião.
O jato terá, na parte externa, diversas “micro-câmeras” que irão capturar o céu azul e as nuvens ao redor. As câmeras serão ligadas a monitores curvos, que se expandem por toda a extensão da aeronave, e darão aos passageiros uma vista sem precedentes. O brilho das telas pode ser reduzido se alguém quiser tirar um cochilo.
O jato S-512 foi proposto pela startup Spike Aerospace. Ele tem 40 m de comprimento e possui uma ampla cabine que transporta até 18 passageiros. Voltado para altos executivos, que precisam se deslocar com rapidez, o avião custará US$ 80 milhões. Uma viagem de Los Angeles para Tóquio, que normalmente dura 16 horas, levaria apenas 8 horas no novo jato.
O avião ultrapassa a barreira do som: sua velocidade de cruzeiro é de Mach 1.6, ou cerca de 2.000 km/h, mas ele pode chegar a até 2.200 km/h. Isso é mais rápido que o jato mais rápido do mundo, o Gulfstream G650 (que chega a Mach 0,875).
Este não é o primeiro conceito de um jato executivo supersônico. O Aerion SBJ, por exemplo, foi proposto em 2007 e promete chegar a até 1.900 km/h. No entanto, o primeiro modelo deve chegar ao mercado em 2021.
Por sua vez, a Spike Aerospace – criadora do S-512 – espera começar a entregar seu jato de luxo para clientes em dezembro de 2018. Por isso, ele deve ser o primeiro jato privado supersônico do mundo. Você pode ajudar a torná-lo realidade nesta campanha do Indiegogo.
Curiosamente, a ideia de substituir janelas por telas está se tornando uma tendência. Este mês, a Royal Caribbean revelou que, no seu mais recente navio de cruzeiro, os quartos mais baratos e sem janelas terão displays HD, fazendo parecer que há uma varanda.
Mas no futuro, será que essas mesmas telas poderiam ser usadas para mostrar não apenas o céu e as nuvens, como também filmes feitos especialmente para telas imersivas? Ou talvez estes displays também possam trazer conteúdo personalizado, fazendo passageiros verem um céu limpo durante turbulências, ou um nascer do sol depois de um longo voo internacional.
De qualquer forma, esta tendência de telas realmente não é muito drástica. Afinal, já passamos a maior parte das nossas vidas olhando para telas. Por que não torná-las maiores e mais onipresentes?
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