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sábado, 4 de março de 2017

VOCÊ ENTENDE O “AVIONÊS” FALADO POR PILOTOS E FUNCIONÁRIOS NOS AEROPORTOS?

Não entendeu o que o comandante disse? (Malaysia Airlines)
Não entendeu o que o comandante disse? (Malaysia Airlines)
Dependendo da profissão, o uso de termos técnicos, abreviações e mesmo certos apelidos é algo normal para facilitar a comunicação entre o pessoal que trabalha em determinados setores. Mas a aviação é um ambiente onde essa prática é muito mais usada. E, por mais que sejam instruídos, pilotos, comissários e pessoal de terra muitas vezes acabam falando “avionês” com passageiros e visitantes nas aeronaves e aeroportos.
Para ajudar a entender o que acontece do outro lado do balcão, Airway decifrou alguns termos dessa língua tão particular:
Aproximação final: essa é até fácil de entender, mas não custa explicar que se trata da fase em que o avião está descendo já no sentido do aeroporto de destino, em inglês “final approach”.
ATC: Air Traffic Control, ou controle de tráfego aéreo.
CB: Cumulus Nimbus, a temida formação de nuvens de chuva e raios.
Crosscheck: é um pedido do comandante ou do piloto para que a tripulação verifique o que a outra executou e vice-versa. Uma forma de se certificar de que algo foi feito corretamente.
O CB, mais conhecido como Cumulus Nimbus
O CB, mais conhecido como Cumulus Nimbus
Dep: pessoal de terra dizendo que o voo está decolando (departure).
Estol: é a perda de sustentação da aeronave (em inglês ‘stall’). Já foi aportuguesado para o verbo ‘estolar’, em outras palavras, quando o avião perde a capacidade de voar.
O estol, quando o avião perde a capacidade de voar
O estol, quando o avião perde a capacidade de voar
ETA e ETD: essas siglas significa quais são os horários de pouso e decolagem previstos – Estimated Time of Arrival (tempo estimado de chegada) e Estimated Time of Departure (tempo estimado de partida).
Final para pouso: outra forma de explicar que o avião está quase pousando.
Flight deck: não é comum mas pode escapar de um ou outro piloto. Nada mais é do que a cabine de comando ou cockpit do avião.
Na América Latina serão necessários cerca de 97 mil novos pilotos e técnicos em 20 anos (Foto - FAA)
A cabine de comando, também chamada de cockpit ou ‘flight deck’
Mach: é a medida da velocidade do som e foi criada pelo físico austríaco Ernst Mach. Diferentemente do quilômetro por hora, o Mach varia conforme a altitude e a pressão já que o som se propaga de forma diferente dependendo dessas condições. Quando um piloto ou painel de informações mostra um avião voando a Mach 0,87, por exemplo, significa 87% da velocidade do som naquela situação. A 35 mil pés (10.668 m), a velocidade do som é de 1.063 km/h enquanto ao nível do mar com 27ºC é de aproximadamente 1.225 km/h.
Mayday: código internacional de socorro por rádio.
Non-stop: voo sem escalas.
Nível de voo: geralmente os pilotos repassam a informação de altitude para metros, porém, há quem informe também em pés, que é a medida usada na aviação. Um pé é equivalente a 30,5 cm aproximadamente. Ou seja, se um avião voa a 30.500 pés ele está a 10 mil metros de altitude.
Nível de voo, ou 'flight level', é a 'estrada' por onde o avião voa
Nível de voo, ou ‘flight level’, é a ‘estrada’ por onde o avião voa
Nós: o mesmo que milha náutica que é diferente da milha terrestre – Em inglês se escreve ‘knots’. Uma milha náutica equivale a 1.852 metros, portanto, se um avião voa 500 nós está a 926 km/h.
Pax: é uma abreviação para a palavra passageiro.
Primeiro oficial: embora nenhum piloto de companhia aérea seja militar, as tripulações seguem um padrão semelhante de hierarquia. Em inglês o comandante do avião é o ‘capitão’ e seu co-piloto o ‘primeiro oficial’.
Rampa de pouso: embora alguns procedimentos ainda sejam num perfil “escadinha” (quando o avião desce de altitude aos poucos) tem-se uma rampa imaginária ao se aproximar para pouso num aeroporto.
Touchdown: não se trata da mesma explicação do futebol americano, mas não deixa de ser um “touchdown”: é o momento do toque da aeronave no pouso.
Esse trem não é mineiro (foto: Dmirty A. Mottl)
Esse trem não é mineiro (foto: Dmirty A. Mottl)
Trem baixado e travado: não, não se trata de uma brincadeira com os mineiros. De fato, o conjunto de rodas e pneus e sua estrutura (às vezes retrátil, às vezes fixa) é chamado de ‘trem de pouso’. Quando ele está estendido e pronto para o toque na pista podemos escutar um piloto dizer “trem baixado e travado”. Curiosamente, se fosse traduzido literalmente do inglês, seria “engrenagem de pouso”, talvez uma explicação mais objetiva.
Zulu: é quando se fala um horário na fuso de Greenwich, ou seja, 3 horas a mais que no horário de Brasília.

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