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sábado, 7 de julho de 2018

Embraer deve participar do 797 após acordo com a Boeing

O dia de hoje foi tomado por uma das grandes notícias do ano na aviação mundial: a consolidação da parceria oficial entre a Boeing e a Embraer.


Apesar dos detalhes não terem sido revelados, a Boeing deixou claro que as instalações da Embraer Aviação Comercial serão “centros de excelência da Boeing para o desenvolvimento de projetos, fabricação e manutenção de aeronaves comerciais de passageiros, e será totalmente integrada à cadeia geral de produção e fornecimento da Boeing.”
E para muitos aí está o outro principal motivo da compra da divisão de jatos comerciais da Embraer pela Boeing. Inicialmente a negociação se deu como resposta à compra do projeto Bombardier C Series pela Airbus, compra que foi concluída dias atrás. A fabricante americana não quer perder de vez o mercado de aviões de corredor único para a Airbus.
Porém, o outro motivo seria algo a longo prazo: a Embraer possui um seleto time de engenheiros e designers, reconhecidos por todo o mundo. E a Boeing vê esta função para a Embraer no futuro, desenvolvendo novas aeronaves grandes, não apenas jatos regionais, segundo o repórter de aviação do Seattle Times, Dominic Gates.
Como já reportamos aqui anteriormente e algo que já era um rumor, segundo fontes na Boeing consultadas pelo AeroIN, o futuro NMA da Boeing, ou 797, está entrando numa fase crítica: definição do design, especificações, futuro mercado e se realmente será construído.
E é aí que a Embraer entra: os engenheiros da empresa brasileira serão parte essencial do time do 797, liderado pelo antigo chefe do programa 787 Dreamliner. Segundo fontes, a Boeing está com importante limitação de pessoal, tendo que deslocar pessoal do programa 737 MAX para ajudar a Rolls-Royce nos problemas nos motores do 787, e ao mesmo tempo lidar com a certificação do próprio 737 MAX e a construção do 777X.
Substituto do legendário 737
Dominic lembrou que, logo antes de anunciar os jatos E2, a Embraer avaliou entrar no mercado de aviões maiores como o Boeing 737 e o Airbus A320. A decisão tomada pela empresa na época, de se manter no mercado regional, valeu e muito: a Bombardier não seguiu o mesmo caminho com o C Series e ficou vulnerável para compra.
O MAX, apesar de ser uma nova geração do 737, ainda utiliza a mesma fuselagem, painel superior e muitas outras peculiaridades dos 737s anteriores, inclusive dos Originals (-100 e -200), ou seja, o design da aeronave já está praticamente no seu limite máximo de melhoria. Para ir além disso, grandes modificações teriam que ser implementadas, o que acarretaria um maior custo e a necessidade de uma certificação a partir do zero, e não apenas uma complementar.

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