No dia 7 de junho de 1995 a United Airlines realizou o primeiro voo comercial do Boeing 777, entre Washigton e Londres, data que completou 25 anos nessa semana. Neste tempo, o triple-seven, maior avião de dois motores do mundo se revelou um sucesso comercial, sendo a aeronave de fuselagem larga mais vendida da história. Conheça um pouco mais sobre esse projeto inovador e sobre o futuro do Boeing 777.
Boeing 777: um breve histórico
No final dos anos 1980 os modelos de fuselagem larga como DC-10 e L-1011 estavam chegando ao fim de sua vida útil, o que provocou uma corrida dos fabricantes para apresentar opções de substituição. A Boeing chegou a apresentar uma versão alongada do 767 que não agradou às companhias aéreas. Elas queriam um avião ainda maior e com custos operacionais menores. Nascia aí, em 1988, o projeto do Boeing 777.
O triple-seven foi o primeiro projeto de aeronave totalmente desenvolvido em computadores, com gráficos em três dimensões. Isso permitiu à Boeing pular a fase de testes com maquetes em tamanho real (algo também inédito). Foi uma economia de tempo e dinheiro.
O projeto também foi o primeiro da Boeing a ser desenvolvido em conjunto com as companhias aéreas, o que permitiu à fabricante entregar um produto muito mais próximo do que o mercado pedia. Hoje em dia essa interação faz parte de qualquer novo projeto de aeronave.
O primeiro protótipo ficou pronto em 9 de abril de 1994 e voou pela primeira vez no dia 12 de junho de 1994. Menos de um ano depois, o Boeing 777-200 já estava sendo utilizado pelas companhias aéreas.
O 777 foi o primeiro avião de dois motores (ETOPS) a receber aprovação da U.S. Federal Aviation Administration (FAA) para voar longas distâncias. Antes dele, só aviões com 4 motores podiam cruzar o Atlântico.
Outras versões foram lançadas ao longo dos anos como o 777-200ER (1997), 777-300 (1998), 777-300ER (2004), 777-200LR (2006) e o 777F (2009) para atender às diferentes necessidades das companhias aéreas.
Em novembro de 2013 a Boeing anunciou o mais novo modelo da família, o 777X, com duas variantes -8 e -9. O 777X será feito de material composto e terá asas dobráveis. Sua estréia em operações comerciais deve acontecer no ano que vem (falamos dele mais abaixo).
O Boeing 777 em números
O Boeing 777 é o avião de fuselagem larga (wide-body) mais vendido da história. Em todas suas versões registra 2.009 pedidos firmes, sendo 1.634 aviões já entregues.
O maior avião de dois motores do mundo acomoda de 301 a 368 passageiros, e tem um alcance de 5.240 a 9.395 milhas náuticas (9.704 a 17.395 km), dependendo da versão.
A Emirates é seu maior operador, com 140 aeronaves de passageiros em sua frota. No Brasil é operado pela Latam que possui 10 unidades do triple-seven. Nosso editor Leonardo Cassol teve a oportunidade de voar no Boeing 777-200LR da Qatar na classe executiva, confira como foi.
Novo Boeing 777X
Apesar de ser um programa de sucesso, o Boeing 777 passou a enfrentar a competição de modelos mais novos e eficientes como Airbus A350 e também do Boeing 787. Era necessária uma resposta e ela veio com o 777X.
O 777X será maior, mais econômico e terá asas de composto de fibra de carbono dobráveis – talvez sua característica mais curiosa. As asas dobráveis evitam que o 777X seja classificado como aeronave de código ICAO F (como o 747 e A380), o que aumenta consideravelmente o número de aeroportos que podem receber o novo avião.
O 777X terá dois modelos. O 777-8 terá capacidade de transportar 384 passageiros e um alcance de 8.730 milhas náuticas (16.170 km). Já o 777-9 transportará até 426 passageiros, com um alcance de 7.285 milhas náuticas (13.500 km).
O primeiro voo de teste ocorreu dia 20 de janeiro de 2020 e você pode conferir ele no vídeo abaixo:
E você, caro leitor? Já esteve a bordo de um Boeing 777? O que achou da experiência? Comente!
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