D O U G L A S D C - 1 0
História:
O McDonnell Douglas DC-10, foi um novo marco na aviação de larga escala. Um trijato, ultramoderno, seguro e confortável para a sua época. A maioria das grandes empresas aéreas que se utilizavam de rotas transatlânticas, operaram o DC-10, também de muitos prestígio junto as operadoras de turismo e empresas cargueiras.
A produção do primeiro modelo foi iniciada em Janeiro de 1968 e, em 1971 foi feita a primeira entrega dessa aeronave para rotas comerciais. A produção continuou até o ano de 1989, com 386 entregas na versão comercial e mais 60 na versão militar chamada de KC-10, para uso como cargueiro e avião-tanque de reabastecimento aéreo, totalizando com isso 446 aeronaves. As aeronaves militares foram todas para a Força Aérea dos Estados Unidos.
A produção era na sede da Douglas, em Long Beach, Califórnia, e foram construídas 06 (seis) versões - DC-10/10, DC-10/15, DC-10/30, DC-10/40, DC-10/30F e DC-10 Conversível, para as séries 10, 30 e 40.
A série 10, tinha autonomia para 6.112km, utilizava turbinas GE CF6-6 com 17.144kg. de empuxo cada e foi lançada em 29 de Agosto de 1970 e certificada pelo FAA em 29 de Julho de 1971. American Airlines e United Airlines iniciaram os vôos com essa aeronave em 05 de Agosto de 1971. A versão original era para 270 passageiros, 15 tripulantes, consumia 10.800 litros de combustível por hora e sua produção em série iniciou-se em Agosto de 1971.
No ano seguinte foi lançada a série 40, com turbinas JT9D turbofan da Pratt Whitney (única versão que utilizava esse motor com 53.000 libras de empuxo), 9.265km de autonomia e peso máximo de decolagem de 251,7 toneladas. No mesmo ano já estava em serviço regular.
Em 1973 foi lançada a série 30, com turbinas CF6-50 da GE e raio de ação de 10.010km e 259,4 toneladas de peso máximo de decolagem. Nesse mesmo ano foi introduzida a versão conversível, podendo ser transformada em exclusivamente cargueira ou exclusivamente de passageiros em poucas horas. A versão "Convertible" poderia ser utilizada nas versões 10, 30 ou 40 - as disponíveis à época. Tinha capacidade para 453 metros cúbicos de carga ou acima de 380 passageiros em classe única. O DC-10/30 na sua versão original, levava 260 passageiros, 15 tripulantes e consumia 10.800 litros de combustível por hora de vôo e a versão ER (Extended Range), idem, mas com maior autonomia. O seu valor à época do lançamento era de US$ 49,25 milhões (DC-10-30ER) e US$ 43,70 milhões (DC-10-30).
A série 15 foi lançada em 1979 e era uma aeronave mista (menor, de tamanho equivalente ao DC-10/10 e mais potente como o DC-10/30). Era ideal para operar a grandes altitudes, com capacidade total de carga e em aeroportos mais altos ou muito quentes, quando em geral as aeronaves não podem operar com sua capacidade máxima. Sua autonomia era de 7.010km.
Em Maio de 1984, foi lançada a versão DC-10/30F - exclusivamente cargueira -, a pedido da Federal Express (FEDEX - maior empresa de carga aérea do mundo à época). A primeira entrega foi em 24 de Janeiro de 1986. Ela transportava 79.380 Kg de carga e tinha autonomia para 6.115 Km com carga máxima. Faz muito sucesso até hoje e várias aeronaves de passageiros foram convertidas em cargueiras, pois opera muita carga, com baixo custo operacional e em rotas mais longas, possuindo ainda, um valor agregado menor - com isso as prestações de financiamentos ou leasing se tornam menores - viabilizando o seu uso.
Dos 17.144kg de empuxo da primeira turbina até 24.494kg para a última das versões, muitas modificações nesses motores foram efetuados. Apesar do aumento da potência, o consumo se manteve praticamente inalterado. Assim as aeronaves puderam voar a maiores distâncias ou transportar mais peso com o mesmo custo.
O DC-10, foi a primeira aeronave certificada pelo FAA a atingir o "stage 3", de poluição sonora e do ar, demonstrando com isso a alta tecnologia das suas turbinas. As exigências internacionais nesse sentido também eram atendidas pelo DC-10. A VARIG foi a única empresa brasileira a operar essa aeronave. O primeiro voo desse avião com a bandeira brasileira, foi do Rio de Janeiro a Porto Alegre, transportando o então presidente da companhia, Sr. Rubel Thomas, empresários, políticos e convidados. Imediatamente depois ela entrou em serviço internacional, voando para Nova York, Tóquio, Paris e, posteriormente para toda Europa, América do Norte e Japão. No Brasil o DC-10/30 da VARIG operou durante muitos anos a rota São Paulo-Brasília-Manaus.
DC-10/15 DA EMPRESA HOLANDESA SKYJET, PREFIXO V2-SKY, AQUI FOTOGRAFADO EM PALMA DE MALLORCA (ESPANHA), EM JUNHO DE 1989.
Os modelos vendidos foram, ma ordem: DC-10/30 (166); DC-10/10 (123); DC-10 militar "KC-10" (60); DC-10/40 (42); DC-10/30CF (25); D-10/30F (11); DC-10/10C (08); DC-10/15 (07); DC-10/30ER (03); e DC-10/30C (01). Os maiores clientes da Douglas - depois absorvida pela Boeing - foram: U.S. Air Force (60), United (47); American Airlines (35), Northwest (22), Japan Airlines (20); Continental (18), National - EUA (16), Swissair (13), Western Airlines (13), Fedex (11), KLM (11), Laker Airways - Bahamas (11), Lufthansa (11) e VARIG (10). A VARIG operou outros sete alugados de terceiros chegando, em determinado momento a utilizar 17 aeronaves desse tipo. Hoje várias delas foram transformadas em aeronaves cargueiras e a Força Aérea Holandesa adaptou algumas para uso cargueiro militar (DC-10/30F).
Especificações | DC-10/10 | DC-10/15 | DC-10/30 | DC-10/40 |
Assentos (2 classes) | 250 | 250 | 250 | 250 |
Capacidade de carga | 130,7 m³ | 130,7 m³ | 130,7 m³ | 130,7 m³ |
Turbinas - empuxo em kgs. | PW - 18.144 | PW - 21.092 | PW - 23.133 | PW - 24.494 |
Capacidade do tanque | 82.134 Litros | 100.859 Litros | 138.720 Litros | 138.720 Litros |
Peso máximo de decolagem | 195.045 Kg | 206.385 Kg | 259.459 Kg | 251.701 Kg |
Velocidade máxima | 965 Km/hora | 965 Km/hora | 965 Km/hora | 965 Km/hora |
Comprimento | 55,5 m | 55 m | 55 m | 55 m |
Largura entre as asas | 47,3 m | 47,3 m | 50,4 m | 50,4 m |
Altura | 17,7 m | 17,7 m | 17,7 m | 17,7 m |
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