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terça-feira, 6 de abril de 2021

FAB recebe primeiro ‘Bandeirulha’ modernizado



Com a revitalização, os Bandeirulhas podem continuar voando até 2014 (Divulgação)
Com a revitalização, os Bandeirulhas podem continuar voando até 2014 (Divulgação)
Com a revitalização, os Bandeirulhas podem continuar voando até 2014 (Divulgação)
Com a revitalização, os Bandeirulhas podem continuar voando até 2014 (Divulgação)

A AEL Sistemas, empresa de Porto Alegra (RS) que desenvolve sistemas de defesa, entregou, na última semana, o primeiro dos oito P-95M à Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave, conhecida como “Bandeirulha”, passou por um intenso processo de modernização no Parque de Material de Aeronáutica dos Afonsos, no Rios de Janeiro, que incluiu revitalização da estrutura e a instalação de novos equipamentos eletrônicos e um radar atualizado.

No programa de modernização, o avião de patrulha marítima trocou o antigo painel analógico do final da década 1970 por quatro modernas telas digitais. Já o radar, modelo Seaspray 5000E, pode detectar uma embarcação de grande porte a até 370 km de distância e seguir 200 alvos ao mesmo tempo. Segundo a AEL, o equipamento pesa apenas 48 kg.

O sistema de navegação da aeronave modernizada agora funciona com dados via satélite, o que aumenta a precisão dos voos e vigilância, e também foram introduzidos novos equipamentos de comunicação, mais confiáveis.

O programa de modernização das aeronaves também contempla a reforma de outros 42 Embraer C-95 Bandeirante, avião de transporte e suporte aéreo que deu origem ao Bandeirulha.

Os primeiros Bandeirulha modernizados vão operar com os esquadrões Phoenix e Netuno, baseados em Florianópolis (SC) e Belém (PA). Com a revitalização, as aeronaves devem seguir em operação até meados de 2034.

O painel do P-95M agora conta com telas digitais multifunção (Divulgação)
O painel do P-95M agora conta com telas digitais multifunção (Divulgação)

Embraer dos mares

O Bandeirulha está operação com a FAB desde 1977 e a frota atual conta com 12 aparelhos, que dividem a vigilância marítima com os P-3 Orion, de maior alcance. O avião da Embraer pode carregar foguetes para atacar embarcações hostis ou lançar ao mar sonoboias para encontrar submarinos inimigos.

Além de vigiar regiões costeiras, o modelo bimotor também atua em ações de busca e salvamento de náufragos e combate à pirataria, pesca ilegal e crimes ambientais.

O novo radar do Bandeirulha pode seguir 200 alvos e encontrar um navio a 370 km de distância (Divulgação)
O novo radar do Bandeirulha pode seguir 200 alvos e encontrar um navio a 370 km de distância (Divulgação)

O Bandeirulha também é utilizado pelas forças armadas do Chile e do Gabão. A aeronave de patrulha da Embraer também foi utilizada pela Argentina por um breve período e chegou até a participar de ações militares reais durante a Guerra das Malvinas, em 1982. Após o conflito contra a Inglaterra, os aviões foram devolvidos ao Brasil.

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