A empresa privada francesa, ARES (Advanced REDAIR European Squadron), adquiriu 12 caças Mirage 2000-5 do Catar para fornecer treinamento a pilotos de caça da Marinha francesa.
A francesa ARES acredita no negócio com o Catar para aquisição dos doze caças “usados”. O negócio foi possível pois em breve o emirado terá os 36 Rafales encomendados (em 2015 e 2017) e portanto está revendendo um esquadrão da geração anterior dos caças da Dassault, informou o jornal francês Les Echos.
Terceirizar missões de treinamento aéreo para empresas privadas para simular combates aéreos (Red Air) se tornou comum nas Forças Armadas dos Estados Unidos, que estimam cerca de 60 mil horas de voo para esta tarefa.
Assim como a Força Aérea dos Estados Unidos, que recentemente concedeu US$ 6,4 bilhões em contratos para treinamento de adversários privados, as forças aéreas europeias precisam de mais treinamento de combate do que pode ser gerado internamente.
A Agência Europeia de Defesa avaliou as necessidades das forças aéreas europeias em cerca de 22.000 horas de voo ao longo de cinco anos, um mercado potencial de 300 milhões de euros. A Força Aérea Francesa e a Aviação Naval não são exceção a esta regra.
O Marine Nationale, a Marinha francesa, está particularmente interessado em preservar a fuselagem de seus 42 caças Rafale com capacidade para porta-aviões. Eles foram os primeiros Rafales a serem entregues pela Dassault no início dos anos 2000. Embora tenham sido modernizados ao longo dos anos, nenhum novo jato de combate foi recebido desde então.
Assim, as horas de treinamento nesses caças são reservadas para missões mais críticas, como decolagem assistida por catapulta e aterrissagem no porta-aviões nuclear Charles de Gaulle.
Além disso, eles poderiam em breve contribuir para as missões da Força Aérea Francesa, que pode perder suas metas de expansão da frota estabelecidas para 2025 em 12 caças.
Estes caças Mirage 2000-5 ex-Força Aérea do Catar chegaram a ser oferecidos para Força Aérea Argentina, mas sem resultado satisfatório.
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