S7, a segunda maior aérea russa, tem 16% da frota nos aviões brasileiros usados em rotas regionais
A Embraer anunciou nesta quarta-feira (2) que, diante das sanções aplicadas à Rússia, suspendeu serviços de manutenção e venda de peças para clientes russos. A medida segue idêntica decisão das concorrentes Airbus e Boeing.
Na Rússia, a S7, a segunda maior aérea do país, usa modelos Embraer 170 nas rotas regionais.
“A Embraer está monitorando de perto a evolução da ação e vem cumprindo, e continuará cumprindo, as sanções internacionais impostas à Rússia e a certas regiões da Ucrânia”, cita comunicado enviado ao CNN Brasil Business.
Com a decisão, segundo a empresa brasileira, estão suspensos “serviços de peças, manutenção e suporte técnico para clientes afetados pelas sanções”.
A segunda maior empresa aérea russa, a S7, tem 17 modelos Embraer 170 na frota, segundo o site Plane Spotters que monitora a frota de companhias aéreas. O modelo é usado em rotas regionais e tem capacidade para 78 passageiros.
Na frota da empresa, 15 Embraer 170 estão em serviço e dois não estão em uso. Os modelos brasileiros representam 16% da frota da empresa que tem 105 aviões. Todos os outros modelos da frota da S7 são da Airbus ou Boeing – fabricantes que também suspenderam manutenção e venda de peças para os russos.
Entre as demais grandes empresas, a Aeroflot, a maior aérea russa, tem 94% da frota em modelos Airbus ou Boeing. Já a terceira, a Pobeda, tem 100% da frota em modelos Boeing.
A Airbus e a Boeing também estão entre uma lista crescente de empresas ocidentais, desde Apple e Exxon Mobil até BP, Shell e Equinor ASA da Noruega, que interromperam os negócios ou anunciaram planos de abandonar suas operações na Rússia.
As medidas punitivas dos EUA, UE e de diversos países estão atingindo duramente a economia russa. Mas eles não impuseram sanções às indústrias de energia e commodities da Rússia, que são essenciais para a economia global. A Rússia está entre os maiores produtores mundiais de petróleo e produtos naturais como gás, além de níquel, alumínio, paládio, cobalto, cobre, trigo e cevada.
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