Menos de cinco anos após o lançamento do programa E2, a Embraer recebe nesta quarta-feira uma “certificação tripla” para operação comercial do jato E190-E2. As certificações recebidas foram tanto da brasileira Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), quanto da americana Federal Aviation Administration (FAA) e da européia European Aviation Safety Agency (EASA). No dia 17 de junho de 2013, a Embraer anunciou o lançamento da segunda geração da família de E-Jets de jatos comerciais. Após testes com quatro protótipos, o E190-E2 receberá as certificações da ANAC, FAA e EASA e começa a operar a partir de abril de 2018 podendo, então, voar tanto no Brasil quanto nos EUA ou Europa.
Os E-Jets E2s representam o melhor da nova tecnologia em uma plataforma comprovada. A aplicação de tecnologias avançadas para motores, asas e aviônicos diferencia os E-Jets E2, oferecendo às companhias aéreas os aviões mais eficientes nesta categoria, ao mesmo tempo em que mantém a comunalidade com os E-Jets atuais. As melhorias incluem uma nova asa aerodinamicamente avançada, de formato único e com maior alongamento, além de aprimoramentos de sistemas e aviônicos, incluindo a quarta geração de comandos de voo fly-by-wire, e os motores de alto desempenho da Pratt & Whitney PurePowerTM Geared Turbofan (PW1700G no E175-E2 , PW1900G no E190-E2 e E195-E2). Esta combinação resulta na mais eficiente família de corredor único, com redução de dois dígitos no consumo de combustível, emissões, ruído e custos de manutenção, além de aumento de produtividade devido ao menor tempo de inatividade em manutenções agendadas. Os E-Jets E2 serão capazes de ter custo por assento semelhante ao de aeronaves narrow-body maiores remotorizadas, com um custo por viagem significativamente menor, criando oportunidades de desenvolvimento de novos mercados com risco reduzido e o dimensionamento correto da frota.
Em janeiro deste ano, foi confirmado que o E190-E2 é melhor do que a especificação original e ainda mais eficiente do que outras aeronaves de corredor único. Com relação ao consumo de combustível, o avião provou ser 1,3% melhor do que originalmente esperado, o que representa uma melhoria de
17,3% em relação ao E190 de geração atual e quase 10% melhor que seu concorrente direto. Operando com o menor nível de ruído e emissões externas, o E190-E2 torna-se, assim, o avião mais ecológico do segmento.
O E190-E2 será também a aeronave com os intervalos de manutenção mais longos no mercado de aviões de corredor único, de 10 mil horas de voo, para checagem de rotina, e sem limite de calendário para utilizações típicas de E-Jets. Isso representa 15 dias adicionais de utilização da aeronave em um período de dez anos em comparação com os E-Jets da geração atual. Ainda, a aeronave proporciona lucros até 50% maiores se comparada a jatos de maior porte. O E2 terá operação full fly-by-wire, sistema até então não integrado aos E-Jets.
Os resultados dos testes em voo também confirmaram que o desempenho de decolagem do E190-E2 também é melhor que a especificação original. O alcance da aeronave a partir de aeroportos com altas temperaturas e grandes altitudes (Hot and High, no termo em inglês), como Denver e Cidade do México, aumenta 600 milhas náuticas em comparação com aeronaves de geração atual. Já o alcance a partir de aeroportos com pistas curtas, como London City, na Inglaterra, também aumenta em mais de 1.000 milhas náuticas, permitindo que a aeronave alcance destinos como Moscou, na Rússia, e no norte da África sem paradas.
Outro objetivo-chave do programa no qual o E190-E2 obteve melhores resultados do que as expectativas iniciais é o tempo de treinamento de transição dos pilotos. Os pilotos de E-Jets de geração atual precisarão de apenas 2,5 dias de treinamento e sem necessidade de simulador de voo completo para voar o E2.
A Embraer é líder mundial na fabricação de jatos comerciais com até 150 assentos. A companhia conta com 100 clientes em todo o mundo operando os jatos das famílias ERJ e E-Jets. Apenas para o programa de E-Jets, a Embraer registrou mais de 1.800 pedidos firmes e 1.400 entregas, redefinindo o conceito tradicional de aeronaves regionais por meio da operação em uma vasta gama de aplicações de negócios.
A Embraer confirmou em 2017 que a primeira entrega do E190-E2 será para a Widerøe, maior companhia aérea regional da Escandinávia. A Widerøe iniciará operações regulares com a aeronave em abril de 2018.
A Widerøe assinou um contrato com a Embraer para até 15 jatos E2 que consiste em três pedidos firmes para o E190-E2, primeiro integrante da segunda geração da família de E-Jets, além de direitos de compra para 12 E2s. O pedido tem um preço de lista potencial de até USD 873 milhões, se todos os direitos de compra forem exercidos. A companhia aérea vai configurar o E190-E2 em um confortável layout de classe-única com 114 assentos.
Já a Azul Linhas Aéreas Brasileiras será a primeira operadora do E195-E2. A companhia conta com 30 pedidos firmes e 20 direitos de compra do jato.
Demais contratos já firmados:
➢ AerCap (Holanda – antiga ILFC): E190-E2 (25 Firmes + 25 Opções) e E195-E2 (25 Firmes + 25 Opções);
➢ AirCastle (EUA): 25 E-Jets E2 firmes (15 E190-E2 e 10 E195-E2). 25 pedidos de compra, na mesma proporção;
➢ Air Costa (Índia): E190-E2 (25 Firmes + 25 Opções) e E195-E2 (25 Firmes + 25 Opções);
➢ Azul (Brasil): 30 E195 firmes e 20 direitos de compra;
➢ ICBC (China): 10 E190 firmes
➢ Skywest (EUA): 100 E175-E2 Firmes + 100 Opções
➢ Tianjin (China): 2 jatos E190-E2 firmes;
➢ Wideroe (Noruega): 3 E190-E2 firmes e 12 direitos de compra
Cliente não-divulgado: 10 E195-E2 firmes e 10 direitos de compra
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