Arruinada financeiramente, companhia aérea indiana operou seus últimos voos nesta quarta
Uma das maiores companhias aéreas indianas, a Jet Airways não resistiu à falta de dinheiro e anunciou a suspensão de suas operações na quarta-feira, quando pousou o último voo da companhia.
Com uma dívida de US$ 1,2 bilhão, a Jet Airways não tinha mais condições de pagar combustível e serviços nos aeroportos. Para continuar operando, a empresa aguardava um empréstimo dos bancos estatais, mas isso não foi confirmado.
Fundada em 1992 pelo empresário Naresh Goyal , que deixou o cargo de CEO em março, a Jet Airways experimentou um rápido crescimento nos últimos anos. Sua frota saltou de 80 para 123 aeronaves em uma década e o número de passageiros mais que dobrou para 27 milhões no ano passado.
Mas embora tenha um bom fator de carga, a empresa começou a sofrer com a concorrência de novas empresas de baixo custo como IndiGo e SpiceJet .
De uma rede de quase 1.000 voos, 380 deles internacionais, a Jet Airways operava apenas algumas dezenas com cinco jatos ativos.
Com a suspensão dos voos, a situação da companhia aérea ficou mais dramática, principalmente para seus 23 mil funcionários. Dona de 24% da Jet Airways, a Etihad teria demonstrado interesse em assumir a companhia aérea.
A empresa tem uma frota relativamente moderna concentrada nos 737, de onde recebe cinco unidades do modelo MAX , hoje proibidas de voar. Nos voos intercontinentais, a Jet utilizou 10 Boeing 777-300ER e nove A330 da primeira série.
Sem aviões
O drama da Jet Airways é compartilhado por outra companhia aérea em um país em desenvolvimento. A Avianca, quarta maior empresa do setor no Brasil, segue um caminho semelhante ao da indiana.
Ao tentar leiloar seus principais ativos , a companhia aérea perde seus aviões todos os dias, tomados por locadores que não recebem há meses.
A Avianca deve terminar abril com apenas cinco aviões em sua frota, ante mais de 50 em 2018.
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