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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Lista dos jatos de combate que já voaram ou ainda voam pela FAB

 Desde que trouxe o primeiro jato de combate para a FAB, o Brasil já adquiriu outros 8 e entre eles dois são de produção nacional.

jatos de combate Gripen

Conheça os jatos de combate que já operaram ou ainda operam na Força Aérea Brasileira

Apesar das primeiras patentes de propulsão a jato datarem de meados de 1917, a aquisição de jatos de combate para o Brasil só veio a acontecer em 1953, com a chegada da aeronave de fabricação inglesa Gloster Meteor.

A partir daí, todos os esquadrões de ataque e defesa da FAB passaram a contar com aeronaves de propulsão a jato, o que acabou exigindo a aquisição, ao longo do tempo, de diversos outros equipamentos necessários para a operação dos caças, estimulando ainda mais a indústria nacional.

Extremamente importantes para manter a integridade da soberania dos céus do Brasil, os jatos de combate a serviço da FAB, felizmente, nunca precisaram ser utilizados em situações de combate real, porém, se necessário for, estão sempre a postos para conter qualquer tipo de ameaça.


Conheça agora os jatos de combate que já estiveram em operação pelo Brasil e as que ainda estão na ativa.

Gloster Meteor

Gloster Meteor pertencente a FAB

Um marco para a história da Força Aérea Brasileira, 60 unidades desta aeronave foram enviadas ao Brasil após um estranho acordo: liderado por Vargas, o governo brasileiro trocou 15.000 toneladas de algodão pela frota britânica.

Sendo um dos primeiros aviões com propulsão a jato, o Gloster Meteor acabou sendo o primeiro a compor a força aérea não só do Brasil, mas também de países como Austrália, França e Holanda. Alcançando incríveis (para a época eram incríveis) 900km/h e 15 mil metros de altitude, esta aeronave esteve presente na FAB de 1953 a 1974.

Lockheed Martin T-33 e F-80

Lockheed Martin T-33, da Força Aérea Brasileira

Apenas três anos após a chegada do Gloster Meteor, o espaço aéreo brasileiro passou a contar também com o apoio de 58 unidades do Lockheed Martin T-33 e sua versão para 2 tripulantes, F-80.

Com desempenho não muito distante dos Glosters britânicos, os Lockheed eram fabricados nos Estados Unidos e alcançavam até 970km/h com o auxílio de um único motor, enquanto a primeira aquisição brasileira utilizava-se de dois turborreatores para atingir seu potencial máximo. O modelo permaneceu em atividade até 1975.

Cessna T-37

Cessna T-37 pertencente a Academia da Força Aérea

Presente em combates na Coreia e no Vietnã, o Cessna T-37 acabou se tornando mais uma das aquisições da FAB, que trouxe para a frota brasileira 65 unidades da versão T-37C, a primeira a ser armada com bombas. Equipada com dois turborreatores, em combate sua principal finalidade era o ataque ar-terra.

Com a novidade de proporcionar voo com dois tripulantes lado a lado, serviu ao Brasil, principalmente, na formação de pilotos na Academia da Força Aérea (AFA) e esteve em atividade nas terras tupiniquins entre 1967 e 1981.

Dassault Mirage III

Mirage III da Força Aérea Brasileira

Levamos mais de duas décadas para que nossa força aérea alcançasse a velocidade do som, porém, quando nosso momento chegou não passamos vergonha e o Dassaut Mirage III se mostrou um marco para o Brasil ao superar os 2.400km/h, ou seja, duas vezes a velocidade do som.

Durante sua atividade no Brasil, de 1970 a 2005, os jatos de combate Dassault chegaram a passar por duas revitalizações de estrutura e de sistema, até serem definitivamente aposentados por exaustão.

Além de serem os primeiros jatos de combate de propriedade brasileira a serem equipados com radar de busca e mísseis de orientação térmica, eles também eram armados com dois canhões de 20 mm e suportava uma carga de até 4 toneladas de bombas.

Embraer AT-26 Xavante

AT-26 Xavante, primeiro caça de fabricação brasileira

Incorporados à frota brasileira em 1971, o AT-26 Xavante foi o primeiro caça a jato “Made in Brazil” e foi de extrema importância para os avanços da Embraer. Sua fabricação prosseguiu até 1981, totalizando 166 unidades que alçaram voos em céus do Brasil até 2013, quando foram desativados.


Devido a sua alta capacidade de transporte de armamento, o AT-26 tinha como missão, principalmente, o ataque ao solo e bombardeios, porém, em uma país pacífico como o Brasil, foi largamente utilizado em treinamentos com armas.

Northrop F-5E Tiger II

Caça F-5E, da FAB

Segundo caça supersônico a operar no Brasil, o F-5 chegou à FAB apenas dois anos depois dos Mirage III, em 1972, e, apesar de não possui a mesma capacidade de voo do Mirage, sua aquisição se deu em maior quantidade e supriu a necessidade de diversas bases aéreas Brasil a fora. Enquanto isso, a frota de Mirage permaneceu posicionada em Anápolis, Goiás, base responsável por garantir a segurança da capital do país.

Adquirido em lotes diferentes, sendo dois dos EUA, nos anos 70 e 80, e um da Jordânia, nos anos 2000, a frota brasileira de F-5 chegou a contar com 60 aeronaves, porém, o número desses aviões que permanecem em operação não é conhecido.


Contando com um sistema de reabastecimento aéreo, os F-5 possuem um alcance diferenciado em relação ao tempo de voo e chegam a entregar 1.700 km/h em voo livre, além da capacidade de carregar até 2,8 toneladas de mísseis, bombas e foguetes.

Após a desativação dos caças Mirage 2000, em 2013, os F-5 passaram, então, a desempenhar o papel de principal caça do Brasil e, mesmo após a chegada dos Gripen, não possuem previsão para aposentadoria.

AMX A-1

Caça AMX A-1, da Força Aérea Brasileira

Também de produção brasileira, o AMX é um caça-bombardeiro leve desenvolvido pela Embraer em parceria com a Aeritalia e a Aermacchi, fabricantes italianas, e é o avião militar de fabricação brasileira mais avançado, até o momento.


Seu primeiro voo se deu em 1984 e, após a conclusão dos testes, cinco anos depois, passou a compor a frota brasileira, onde permanece em atividade até os dias de hoje. Seu potencial de voo alcança a velocidade máxima de 1.020km/h e sua capacidade de carga bélica chega a 3 toneladas.

Atualmente, 53 exemplares do A-1 seguem sob domínio da FAB, sendo que 43 deles fazem parte de um programa de modernização guiado pela Embraer, onde deverão ser instalados equipamentos mais avançados e um radar com um updrade no alcance.

Mirage 2000

Caças Mirage 2000, da Força Aérea Brasileira

Pode até parecer brincadeira ou coincidência, mas o melhor dentre os caças a jato que já fizeram parte da frota brasileira foi posto em atividade apenas como um improviso diante de uma grande necessidade. Isso porque após a aposentadoria dos Mirage III a FAB se viu em uma verdadeira sinuca de bico por conta de atrasos do Projeto FX-2, que visava selecionar o novo caça supersônicos da FAB.

Devido a isso, o Brasil acabou adquirindo do governo francês 12 unidades de segunda mão do Mirage 2000 como tapa buraco, enquanto as negociações do Projeto FX-2 não progrediam. Passando de incríveis 2.500km/h, o Mirage possuía sensores com eficácia de até 100 km, além de ser equipado com armas inteligentes. Sua operação se deu de 2008 a 2013.

Saab JAS 39 Gripen

JAS 39E Gripen da Força Aérea Brasileira

Designado no Brasil como F-39 Gripen, este foi o caça definido pelo Projeto FX-2 para ocupar a posição de principal avião a jato da FAB. De produção sueca, estas aeronaves são capazes de alcançar uma velocidade duas vezes maior que a velocidade do som, cerca de 2.460 km/h, além de possuírem um alcance de combate próximo de 1000 km, com possibilidade de ampliação com o auxílio do reabastecimento aéreo.

Em outubro de 2021, quatro das 36 unidades adquiridas pelo governo brasileiro foram entregues pela companhia sueca Saab à FAB. A entrega de todas as aeronaves está prevista para ser concluída somente em 2024.

Duas versões deste jato farão parte da Força Aérea Brasileira, a F-39E e F-39F, para um e dois tripulantes, respectivamente. A longo prazo, o Gripen será o marco da aposentadoria do F-5 e do AMX, ainda em operação na frota nacional, uma vez que junto às 36 unidades da aeronave o Brasil também adquiriu a transferência de tecnologia, possibilitando a fabricação do avião em território brasileiro.

Bônus: Douglas A-4 Skyhawk (Marinha do Brasil)

AF-1M Falcão, da Marinha do Brasil

Ledo engano de quem pensa que somente em embarcações se sustenta a Marinha do Brasil. Nossa marinha também possui jatos de combate, mais especificamente, o caça-bombardeiros Douglas A-4 Skyhawk.

Sua aquisição data de 1998, com a finalidade de incorporá-los a operações navais fazendo-os decolar do porta-aviões NAe São Paulo, hoje desativado. Na FAB, sua designação era AF-1 Falcão, passando para AF-1M Falcão após sua revitalização.

Amplamente utilizado em ações no Vietnã e no Oriente Médio, pelos EUA e por Israel, respectivamente, as aeronaves agora pertencentes ao Brasil eram de propriedade do Kuwait, que por sua vez os utilizou em ações contra o Iraque, no decorrer da Guerra do Golfo, em 1991.

Apesar de antigo, de 1950, e de ser um tanto quanto obsoleto quanto ao seu poder de voo, apenas 1.080km/h, o AF-1 Falcão surpreende por sua grande capacidade de carga, podendo transportar até 5 toneladas de equipamento

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