Acordo com a França também envolveria parceria no programa FCAS.
De acordo com uma importante publicação francesa, a Real Força Aérea Saudita está se preparando para uma encomenda de mais de 100 caças Rafale F4.
Segundo o jornal francês “La Tribune”, a Arábia Saudita está interessada em adquirir de 100 a 200 caças Rafale F4 e participar do programa europeu conjunto para desenvolver um novo caça, chamado FCAS.
Isso faria da Arábia Saudita o maior cliente estrangeiro do avião construído pela Dassault Aviation em Mérignac.
No entanto, o jornal francês relata que “a assinatura de um contrato ainda é muito hipotética”.
Atualmente, a Força Aérea Saudita está equipada com os F-15 americanos e o Eurofighter Typhoon, o avião europeu desenvolvido pelos britânicos com Alemanha, Itália e Espanha. O interesse saudita no Rafale começou em 1986, quando voou pela primeira vez o demonstrador do Rafale.
A compra de caças Rafale, acima de tudo, visa substituir efetivamente os Panavia Tornado IDS de origem europeia adquiridos na década de 1980 e agora em vias de obsolescência. As reconhecidas capacidades ar-ar do Rafale também podem ser eficazes para aposentar os mais antigos McDonnell-Douglas F-15C/D Eagle atualmente usados na Arábia Saudita para interceptação e superioridade aérea.
Segundo o La Tribune, a Arábia Saudita gostaria de se distanciar dos Estados Unidos e da Alemanha e se aproximar da França equipando-se com o Rafale.
A reação alemã e americana ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018 criou desconfiança em Riad. O contrato de 80 Rafale assinado pelos Emirados Árabes Unidos em abril passado no valor de 36 bilhões de euros é outro motivo de interesse saudita.
O Rafale F4 permitiria que a Real Força Aérea Saudita se protegesse das restrições americanas relacionadas à lei CAATSA, a famosa Countering America’s Adversaries Through Sanctions Act, evitando ao mesmo tempo em comprar jatos de combate da Boeing ou Lockheed Martin.
Sobre o FCAS, os sauditas não estão interessados em um contrato, mas sim em uma parceria. Além disso, de acordo com o La Tribune, a Arábia Saudita consideraria participar do projeto europeu de aeronaves do futuro se o acordo com a Alemanha fracassasse.
No Oriente Médio, o Egito provou seu apego ao avião francês enquanto o Catar o usa e o Iraque também se prepararia para adquiri-lo.
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