Ainda que esteja enfrentando problemas na cadeia de suprimentos, a Boeing planeja aumentar a cadência de produção do 737 MAX, seu principal produto, para 50 aviões ao mês até meados de 2025.
Segundo dados da Boeing, o programa do 737 MAX está estabilizado em uma taxa de produção de 31 unidades por mês. A retomada da atividade econômica no mundo levou a uma maior exigência das linhas de sumprimentos globais, que acumulam uma série de atrasos.
Justamente por esses consecutivos problemas nas linhas de montagem das aeronaves, a Airbus e a Boeing têm efetuado entregas com até seis meses de atrasos. Os entraves operacionais impactam diretamente nos números de entregas realizadas durante o ano fiscal, que postergadas também atingem os ganhos e as receitas.
A frente da cadeia de suprimentos, Mounir tem uma missão que envolve várias frentes. A vulnerável cadeia de suprimentos, o ritmo de produção atual, o ajuste das linhas de montagem frente a falta de componentes e peças, e até mesmo problemas com recebimento de maquinários e suporte, que são indispensáveis para construção dos aviões.
Até 2025, a Boeing prevê produzir cerca de cinquenta unidades mensais do 737 MAX, mas também planeja aumentar a taxa média de produção do 787 para dez unidades mensais, que ainda registram uma média abaixo de cinco unidades por mês.
O novo chefe da cadeia de suprimentos da Boeing terá que negociar e rastrear fornecedores, ampliar a atuação da própria fábrica de peças da empresa, além de realizar os ajustes entre produção e o setor de vendas. Fatores ‘fora do controle’ como a guerra na Ucrânia e a crise macroeconômica afetam diretamente a já fragilizada cadeia de suprimentos global, em especial do setor aeroespacial.
A Airbus tem enfrentado o mesmo problema, com a meta de entregas do ano que previa 700 aeronaves sendo revista. O ritmo de produção do A320 foi ajustado para uma taxa média de 65 unidades por mês, frente projeção inicial de setenta aeronaves. O fabricante europeu espera alcançar a meta original de produção da família A320 ainda nesta década.
Com a procura por viagens aérea aumentando após a crise sanitária, os fabricantes terão que encontrar novas soluções na indústria e na cadeia de suprimentos. Neste caso em especial, somado ao aumento de custos, a Boeing registrou prejuízo de US$ 663 milhões no quarto trimestre do ano passado e US$ 5,1 bilhões no ano de 2022.
Ao longo do ano passado a Boeing entregou 480 aeronaves e obteve 774 pedidos, alta de 40% em relação a 2021. Foram entregues 374 unidades do 737 MAX, treze 737 na versão militar; além de 93 jatos de fuselagem larga (widebody); sendo cinco 747, trinta e três 767, vinte e quatro 777 e trinta e um 787 Dreamline
Nenhum comentário:
Postar um comentário