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domingo, 23 de abril de 2023

A resposta norte-americana para superioridade aérea

 Os Estados Unidos precisaram desenvolver rapidamente dois novos caças para enfrentar a ameaça russa no meio de combate aéreo.

Em plena Guerra Fria, com o desenvolvimento de novos aviões de combate russos, os Estados Unidos correram para desenvolver novos jatos de combate para enfrentar a superioridade aérea almejada pela Rússia.

Em 1968, a União Soviética introduzia mais dois novos aviões de combate às suas forças aéreas: o MiG-23 Flogger e o MiG-25 Foxbat.

Uma vista ar-ar de uma aeronave soviética MiG-23 Flogger.

Com o cancelamento do ambicioso projeto do YF-12 (interceptor Mach 3, a partir do qual surgiu o icônico avião de reconhecimento estratégico SR-71 Blackbird), e visando a proximidade da obsolescência dos F-4 Phantom II (o caça padrão da Força Aérea, Marinha e Fuzileiros, à época), os Estados Unidos deram início a um novo (e revolucionário) projeto: o General Dynamics F-111 (a primeira aeronave de geometria variável do mundo), com elevada velocidade (Mach 2.5) e que, mais tarde, daria origem à fracassada versão FB-111 (do qual os EUA só construíram 80 unidades), com o propósito de substituir os bombardeiros supersônicos B-58 Hustler.

General Dynamics F-111A com asas varridas no lançamento da aeronave em 15 de outubro de 1964. (Foto: U.S. Air Force)

O desempenho dessas aeronaves (como substituto do caça F-4E Phantom II), durante a experiência no conflito vietnamita, não foi, todavia, considerado satisfatório, o que fez com que o Departamento de Defesa desse por encerrado o projeto, reclassificando todas as unidades construídas para a missão de “caça-bombardeiro tático”, o que acabou implicando na adoção da aeronave apenas pela USAF (uma vez que a versão naval, F-111B – com características originárias de “caça” -, foi recusada pela US Navy). Ainda assim, foram construídos 556 F-111 (em várias versões) até 1973, – permitindo que a nova aeronave, provida de uma eletrônica embarcada muito mais sofisticada, substituísse, de forma diversa do projeto original, os caça-bombardeiros táticos F-105 Thunderchief, criando um novo desafio para as Forças Armadas estadunidenses em relação à necessária substituição dos seus F-4B e E Phantom II, objetivando impedir os EUA de experimentar, pela primeira vez na história, posicionar-se em relativa inferioridade nas décadas de 1970 e 1980, frente aos soviéticos.

F-111B e F-4 Phantom.

Buscando evitar tal possibilidade, em 1969, – quando já restava evidente o fraco desempenho do F-111 como aeronave padrão de caça -, o Governo norte-americano assinou contratos com a Grumman Aerospace e com a McDonnell Douglas para construírem aviões de caça com elevado desempenho, – ou seja, uma relação empuxo-peso superior a 1:1 (o dobro dos 0.55 apresentados pelos F-111) -, provendo aos mesmos a excepcional qualidade de “superioridade aérea”, considerando que as últimas aeronaves dotadas destas característica foram os F-86 Sabre, construídos 24 anos antes, com absoluto sucesso, particularmente em sua versão aperfeiçoada, F-86F (que iniciou sua operação no último ano do conflito coreano, em 1953, logrando derrubar diversos MiG-15 Fagot sem qualquer perda em “dogfight”).

General Dynamics F-111 durante reabastecimento em voo.

Em um tempo recorde, os fabricantes exibiam os primeiros resultados: os protótipos do Tomcat F-14 (apropriando-se da tecnologia inovadora de asas oscilantes inaugurada com o F-111) e do Eagle F-15 (com asas de sustentação “supercríticas” revolucionárias, projetadas com base no desenho de um pássaro pré-histórico), sendo que o segundo, mais barato e com melhor performance, venceu a concorrência da Força Aérea Americana com uma encomenda (inicial) de 729 unidades, ao preço (original) aproximado de 14 milhões de dólares a unidade.

Primeiro protótipo do F-15A Eagle.

A Marinha, visando as condições econômicas da Grumman (e a eventual possibilidade de fechamento de uma linha de produção em plena Guerra Fria), foi (discretamente) compelida a optar pelos F-14 Tomcat (uma aeronave de desempenho ligeiramente inferior: relação empuxo-peso de 1:0), ao preço unitário (mais elevado) de aproximadamente US$17,8 milhões, encomendando, de imediato, 390 unidades para equipar seus esquadrões baseados em porta-aviões.

Protótipos de caças F-14.

No que se refere ao MiG-251, vale consignar que, a partir dos anos 1970, duas versões básicas encontravam-se operacionais: o Foxbat A, com velocidade de Mach 2.8, para missões de interceptação, podendo carregar quatro mísseis AAM (ar-ar) com raio de ação de 1.130km; e o Foxbat B, com velocidade inferior a Mach 2.4, para missões de reconhecimento e observação.

MiG-25P Foxbat.

O MiG-25A voa (excepcionalmente) até o patamar de 30.000 metros com seus motores R-266, gerando um total de 11,330kg de empuxo. O MiG-25B, por sua vez, atinge a altitude de 25.000 metros levando câmaras e material de reconhecimento. Inicialmente, o MiG-25B, além de ter se tornado operacional no Oriente Médio, foi também baseado no Leste da Alemanha.

MiG-23 Flogger.

O MiG-23 Flogger, por seu turno, foi construído em quatro versões (A, B, C e D), mas apenas as últimas três versões tornaram-se efetivamente operacionais. O Flogger B voa a Mach 2.3 a uma altitude de até 16.000 metros, transportando quatro mísseis AAM (ar-ar), similares aos do MiG-25A, é monomotor e, a exemplo do F-111 (e do F-14), possui asas oscilantes. O MiG-23C é uma versão biplace de treinamento. O MiG-23D voa a Mach 1.7 a até 16.000 metros, transportando diversas combinações de bombas e foguetes, possuindo um empuxo máximo da ordem de 9.300kg.

MiG-23 de piloto sírio que desertou para Israel.

Além da URSS, o MiG-23 foi operado pelas forças aéreas da Síria e do Egito, em número possivelmente superior a 80 unidades, razão fundamental que levou os EUA a venderem um lote inicial de 25 unidades do F-15A Eagle a Israel.

O F-14 Tomcat, retirado do serviço ativo em 2006, em função de seu elevado custo de manutenção (e de uma equivocada percepção, vigente naquele momento, que as ameaças adversárias não mais exigiam uma plataforma aérea tão sofisticada), foi inicialmente baseado nos navios aeródromos USS Enterprise, em serviço no Pacífico, e USS John Kennedy, no Índico. A aeronave atinge uma velocidade máxima de Mach 2.34 e voa a uma altitude de 20.000 metros. A geometria das asas é automática (de forma diversa do mecanismo manual do F-111), podendo sempre, em qualquer velocidade, obter melhores performances. O F-14A (a primeira versão) utilizava dois motores Pratt & Whitney TF-30-P 412A, que lhe conferia um empuxo da ordem de 9.480kg.

Entre seus principais armamentos incluía-se um canhão Vulcan M-61 de 20mm, quatro mísseis ar-ar AIM-7F Sparrow (de médio alcance, como no caso do F-15A) ou os sofisticadíssimos AIM-54 Phoenix (ar-ar)2 (de longo alcance e desenvolvidos originalmente para o YF-12), além de mísseis ar-ar Sidewinder AIM-9L (de curto alcance), ou várias combinações de bombas até 6.577kg (capacidade máxima de armamento externo). De início, foram construídas três versões do F-14: o F-14A, com 390 unidades vendidas à Marinha Americana e 80 unidades vendidas ao Irã (dos quais 79 foram efetivamente entregues); o F-14B versão biplace de treinamento; e o F-14C.

Vista lateral direita de uma aeronave F-14B Tomcat do Esquadrão de Caça 143 (VF-143), o Pukin’ Dogs, lançando uma bomba Mark 83 de 1.000 libras sobre o campo de bombardeio.

Posteriormente, foi desenvolvida a versão “definitiva” de mais alto desempenho: o Super Tomcat F-14D, que, provido de diversas melhorias e com novos motores, conseguiu equiparar-se em desempenho aos F-15C Eagle (a versão que substituiu os F-15A originais a partir de 1979 na USAF).

O F-15A Eagle desenvolve uma velocidade superior a Mach 2.5 e atinge a altitude máxima (em situações excepcionais) de até 30.000 metros, transportando cerca de 7.200kg de armamento (7.300kg na versão F-15C, 10.400kg na variante F-15E Strike Eagle). É impulsionado por dois motores Pratt & Whitney F-100, que desenvolvem até 11.300kg de empuxo (os mesmos que equipam o F-16A), proporcionando ao F-15 uma relação empuxo-peso superior a 1:1 (contra 1:0 do F-14). O comprimento máximo do Eagle é de 19,43 metros, sua estrutura à base de alumínio e titânio pode suportar até 260ºC (500ºF) e seu armamento consiste em um canhão Vulcan M-61 de 20mm, uma variedade de mísseis (ar-ar) incluindo quatro Sidewinder AIM-9L e quatro AIM-7F Sparrow (e, posteriormente, as suas respectivas versões aperfeiçoadas).

Inicialmente, duas versões do F-15 tornaram-se operacionais nos EUA e em Israel: o F-15A, para missões de caça e interceptação, e o TF-15 biplace de treinamento. Além de Israel, dois países manifestaram logo no início interesse em adquirir o F-15: a França e o Japão. Porém, apenas este último o adquiriu, junto com Israel, ainda na década de 1970. Outra força aérea que adquiriu e passou a operar o F-15, na década de 1980, foi a Arábia Saudita.

Atualmente, diversas forças aéreas operam a aeronave (além das já anteriormente citadas), com destaque para Singapura, a Coreia do Sul (ambas tendo adquirido as aeronaves em meados da década de 2000) e o Qatar (cujo acordo de compra de 24 unidades e a opção de adquirir mais 12 foi assinado em novembro de 2016), que operam variantes do F-15E Strike Eagle, sendo certo que a própria Força Aérea Americana encomendou uma nova versão, ainda mais capaz, denominada F-15EX Super Eagle.

F-15 Streak Eagle que bateu recordes de altitude e velocidade.

O F-15A Eagle conquistou, de imediato, ao se tornar operacional em 19763, oito recordes mundiais, inclusive três que se encontravam em poder do MiG-25 Foxbat. Os recordes abaixo descritos são considerados a partir de um ponto fixo na pista de decolagem até ser atingida uma altitude pré-determinada.

Além destes recordes, o F-15A, em 1976, decolou em apenas 120 metros de pista e rompeu a barreira do som em apenas 19 segundos, após a decolagem.

Notas Complementares:

1. A Revelação do MiG-25 Foxbat ao Ocidente em 1976

MiG-25 do piloto russo que desertou e pousou no Japão.

Em 6 de setembro de 1976, logrando iludir dois interceptores F-4J Phantom II e todo o avançado sistema de defesa aérea do Japão, um interceptador soviético MiG-25 Foxbat, conduzido por um piloto desertor, pousou, sem maiores dificuldades, em um aeroporto civil japonês.

Após nove anos de mistério sobre o mais moderno avião de combate da União Soviética (à época), finalmente o Foxbat (como foi batizado o E-266 soviético pela OTAN) revelava todos os seus “segredos” ao Ocidente (e, em particular, aos Estados Unidos).

Naquele momento histórico, as inúmeras dúvidas que existiam sobre o MiG-25 aparentavam ser de suprema importância para os EUA, que, até 1972, – superestimando as especificações e a performance (e, em particular, uma suposta extraordinária “manobrabilidade”) da aeronave -, acreditavam (ainda que equivocadamente) não terem obtido a tecnologia básica suficiente para construírem um caça equivalente.

A aeronave, entretanto, não era propriamente um caça de alta performance (e de elevada manobrabilidade) como se imaginava, constituindo-se, em sentido oposto, apenas em um interceptador de grande velocidade (Mach 2.8), ainda que relativamente inferior, neste quesito, ao projeto do Lockheed YF-12, que acabou não sendo incorporado ao serviço ativo da USAF e que originou o avião de reconhecimento estratégico SR-71 Blackbird, até hoje a aeronave mais veloz do mundo, com velocidade superior a Mach 3.2, ainda que não mais operacional (as últimas unidades foram retiradas do serviço ativo da USAF em 1998).

Lockheed YF-12.

Neste sentido, o Foxbat já não seria tão importante quanto foi até pouco tempo antes do dispendioso desenvolvimento dos novos caças norte-americanos de superioridade aérea. É bem verdade que os EUA ultrapassaram (em muito) a qualidade do Foxbat com o Eagle e o Tomcat, mas isto somente depois de quatro anos de revelada a existência do caça soviético, e de “engolirem” um certo “fiasco” com o projeto do F-111.

Ainda assim, em 1976, os segredos do MiG-25 ainda eram reconhecidamente de grande importância. Os modernos computadores e os mísseis AAM, tanto quanto o seu tão decantado desempenho próximo de Mach 3, finalmente (com a deserção do piloto russo) encontravam-se em mãos ocidentais, que tanto esperaram por esta oportunidade.

Nesse fabuloso e complicado jogo, um trunfo valioso quase foi dado aos soviéticos: enquanto japoneses e americanos desmontavam e analisavam o Foxbat, um moderno caça naval F-14A Tomcat caiu no mar em setembro de 1976, durante manobras da OTAN no Atlântico Norte, nas proximidades de uma frota soviética que seguia os exercícios. O Tomcat escorregou do navio-aeródromo USS Kennedy e foi ao fundo a uma profundidade de 650 metros. Um grupo especializado tentou o resgate, enquanto aviões baseados no Kennedy patrulharam continuamente o local do acidente para evitar a aproximação dos soviéticos.

O Tomcat guardou no fundo do mar seis mísseis AIM-54 Phoenix de longo alcance (e guiados por radar ativo), de uma certa maneira, os mais modernos fabricados pelos EUA. Segundo o Departamento de Defesa, se o F-14 fosse resgatado pelos soviéticos, seria um desastre total, pois os seus segredos (e, especialmente, o de seus mísseis Phoenix) seriam muito mais importantes para a URSS do que o MiG-25 para os EUA.

Na verdade, o caso Tomcat não passou de um susto baseado em hipóteses, enquanto o MiG-25 se constituiu em um prejuízo real para a URSS.

Após o alerta dado pelo MiG-25, quando foi comprovada a inferioridade, em muitos aspectos, dos F-4E Phantom II, técnicos japoneses rumaram para os EUA com o objetivo de proceder um estudo comparativo entre os caças F-14 Tomcat, F-15 Eagle, F-16 Falcon e YF-17 Cobra (posteriormente reprojetado como F-18 Hornet) como possíveis substitutos de seus Phantom II, optando por adquirir o icônico F-15 Eagle (muito provavelmente o caça mais bem sucedido de todos os tempos).

Todos esses fatos que ocorreram quase que simultaneamente, deixando muitos chefes militares sufocados, faziam (rotineiramente) parte de um jogo que aconteceu (com muita intensidade) durante a chamada Primeira Guerra Fria (1947-91), mas que, em última análise, sempre ocorrerá, pendendo ora para um lado ora para o outro. Hoje, os EUA têm as melhores cartas, mas não podemos esquecer que, no passado, a URSS possuiu, para muitos estudiosos (ao menos no terreno das hipóteses), um suposto “ás de ouro”.

2. O Míssil AIM-54C Phoenix

O míssil de longo alcance AIM-54C Phoenix, desenvolvido pela Hughes Aircraft Company a pedido da Marinha norte-americana a partir do míssil AIM-54A Phoenix (e este, baseado no AIM-47, desenvolvido para equipar o interceptador YF-12), foi utilizado operacionalmente nos F-14 Tomcat e em outras aeronaves na década de 1990.

Em relação ao original, considerado à época o melhor míssil de interceptação, as principais diferenças consistiam em uma nova unidade eletro-digital, – bem mais eficiente que a anterior -, no alcance ampliado e em uma melhor precisão.

3. As Principais Aeronaves de Combate Ativas em 1976

F-15 Eagle – EUA:

Era, em 1976, o mais moderno e sofisticado caça do mundo. Durante combates simulados realizados na Base Aérea de Eglin, na Flórida, conseguiu “derrubar” dois Foxbat, empregando dois mísseis Sparrow voando a Mach 2.7. Além de ser mais manobrável, pode atingir a sua velocidade máxima mais rápido que o Foxbat. Seus armamentos e sistemas de ataque e defesa eram, na oportunidade, os mais modernos e sofisticados. Custava aproximadamente 14 milhões de dólares por unidade quando de seu lançamento.

F-14 Tomcat – EUA:

Dois Grumman F-14D Tomcats do esquadrão de caças da Marinha dos EUA VF-213 voam com asas oscilantes totalmente estendidas na Estação Aérea Naval Oceana de Virginia Beach em 2004. (Foto: Eric Hildebrandt)

Possuía, à época, em sua primeira versão, desempenho ligeiramente inferior ao Eagle. A sua velocidade máxima é de Mach 2.34. Transportava um sistema sofisticadíssimo de ataque: o computador de bordo selecionava os alvos, analisava o tipo de arma a ser empregada e classificava por ordem de importância, além de alertar e instruir contra interceptores que pudessem vir a derrubá-lo. A geometria das asas era automática, propiciando ao Tomcat, em qualquer velocidade, sempre o melhor desempenho. Possuía aceleração, desempenho e manobrabilidade superiores ao Foxbat. Cada F-14 custava cerca de 17,8 milhões de dólares no lançamento.

F-16 Falcon – EUA:

Construído pela General Dynamics, é similar, em desempenho, ao F-18 Hornet, mas substancialmente menor que o F-14 e o F-15, mais simples, mais leve, ainda que com desempenho próximo ao deles (razão empuxo-peso da ordem de 1:0). Cerca de 1.050 F-16 haviam sido vendidos à USAF e à OTAN até 1976. A aeronave voa a Mach 2 a 15 mil metros de altitude. Embora com pequeno raio de ação, graças à sua manobrabilidade, pode executar várias tarefas, entre elas, a interceptação de caças pesados como o F-4 Phantom II ou o MiG-25 Foxbat, assim como apoiar e atacar alvos em terra. O custo unitário era de 6 milhões de dólares à época do lançamento.

F-4 Phantom II – EUA:

Cerca de 4.500 Phantom encontravam-se em operação, em diversas forças aéreas do mundo, em 1976. Antes do surgimento do Foxbat, o F-4 era considerado o melhor caça do mundo. Voava a Mach 2.2 e podia atingir (extraordinariamente) até 30.000 metros de altitude, transportando até 7,0 toneladas de armamento. Dentre as suas variadas versões destacam-se a de interceptor, caça de ataque, bombardeiro e aeronave de reconhecimento tático. A estimativa de seu custo em 1976 oscilava entre 8 e 11 milhões de dólares cada um.

MRCA Tornado – Europa Ocidental:

O Tornado foi resultado de um consórcio europeu formado com o objetivo de construir um caça de emprego múltiplo. É, no aspecto exterior, aparentemente semelhante ao F-111 americano e ao MiG-23 soviético. Sua velocidade Mach 2.2 é inferior à do F-111 e similar à do MiG-23 e a sua relação empuxo-peso de 0.9 é superior aos dois. Mais de 800 foram encomendados pelas forças aéreas dos países que compunham o consórcio: a Alemanha, a Itália e o Reino Unido.

MiG-25 Foxbat – URSS:

Era em 1976 o mais veloz caça em operação do mundo. Possui velocidade máxima de Mach 2.8 e ostenta um sistema especial de alerta que limita o seu desempenho além desta velocidade. Transporta quatro mísseis AAM, dois guiados por infravermelho e dois guiados por radar. Dois mísseis são disparados com intervalo de um segundo contra o mesmo alvo, com o objetivo de confundi-lo: o primeiro por comando infravermelho e o segundo por radar. Existem duas versões do MiG-25: interceptação e reconhecimento. Na versão de reconhecimento a velocidade máxima é de Mach 2.4. É dotado de dispositivo de autodestruição, detonável pelo piloto ou automaticamente, quando violado. O seu custo foi estimado em 12 milhões de dólares de 1976 por unidade.

MiG-23 Flogger – URSS:

Foi construído em quatro versões, entre elas: caça interceptor, treinamento avançado e bombardeiro leve. Desenvolve velocidade máxima de Mach 2.3 e, como o Tornado e o F-111, possui asas oscilantes.

SU-24 Fencer – URSS:

Aparentando ser uma versão reduzida do F-111, era, em 1976, um dos mais novos caças soviéticos. Foi utilizado como interceptor de longo alcance e como bombardeiro leve. Tem velocidade máxima de Mach 2.4, inferior à do F-111 e superior à do Tornado. Já a sua relação empuxo-peso de 0.8 é superior à do F-111, porém inferior à do Tornado. Calcula-se que o seu custo em 1976 oscilasse na faixa de 10 milhões de dólares por unidade

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