O caça americano Grumman F-14 Tomcat já foi um dos aviões mais poderosos do arsenal dos Estados Unidos e inclusive ganhou status de astro de cinema no filme “Top Gun” original, de 1986. Pois este símbolo americano segue como um dos caças mais poderosos do Irã, país que tem uma relação conflituosa com os EUA desde o final do anos 1970.
De acordo com o anuário World Air Forces 2023, a Força Aérea da República Islâmica do Irã tem um total de 41 F-14 em seu inventário, todos eles das versões iniciais A/B e adquiridos novos de fábrica. Mas como um sistema de armas tão poderoso foi parar nas mãos de uma nação adversária dos Estados Unidos?
Os aviões foram comprados em 1974, quando o Irã era governado pelo xá Mohammad Reza Pahlavi e era um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. Na época, o país fechou um contrato para a compra de 80 unidades do Tomcat, em um pacote que incluía até os moderníssimos mísseis de longo alcance AIM-54 Phoenix, capaz de atingir alvos aéreos a cerca de 190 km.
Em 1979, o governo do xá foi derrubado por uma revolução quando 79 aviões já haviam sido entregues ao país. O contrato do entrega dos aviões e de manutenção dos F-14 foi suspenso, mas desde então os iranianos tem sido capazes de manter a sua frota do Tomcat por vários meios, incluindo o contrabando de sobressalentes originais.
Foi essa compra ilegal de componentes do F-14 por parte do Irã que levou os Estados Unidos a sucatearem boa parte da sua frota desativada do caça após a retirada de serviço da aeronave, em 2006. Além do contrabando, os iranianos foram capazes de copiar diversos componentes originais do Tomcat, incluindo criando uma reprodução local do míssil AIM-54 Phoenix.
O F-14 está longe de ser o único avião americano em uso pelo Irã. Além do F-5E/F, o país tem como o seu caça mais numeroso o McDonnell Douglas Phantom II, com 63 exemplares ainda em operação
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