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quarta-feira, 31 de maio de 2023

Aeronaves históricas, o Douglas DC-9

 


Há 50 anos ocorria o primeiro voo do DC9, jato de médio porte, projetado e fabricado pela Douglas Aircraft Company (posteriormente McDonnell Douglas). Um bimotor de corredor único, cauda em T, um tremendo sucesso. Ficou em produção entre 1965 e 1982 quando foi sucedido pelo MD80 que nada mais é do que um DC9 esticado. Se formos considerar o Douglas DC-9 e todas suas variantes ou aviões baseados nele (Boeing 717, por exemplo), chegamos a quase 2.500 aviões do tipo em 41 anos.

A aviação nos anos 1950/60 era baseada em diversos aviões a pistão ou até turboélice, tais como Vickers Viscount, Lockheed Electra II, YS11 Samurai, DC3, DC4, DC6 e DC7. A aviação “a jato” já existia porém para longas distâncias com o 707 e DC8. Se era possível efetuar um Rio – Nova York de jato, o mesmo não poderiamos dizer de um simples Rio – Belo Horizonte ou outra rota curta.
Os fabricantes então se debruçaram a criar algo rápido, com menor estrutura aeroportuária. A Boeing entrou de cabeça no 727, que por sua vez compartilhava de diversas coisas do 707. Já a Douglas partiu para o DC9 sem nenhuma similaridade com o DC8. O avião era um desenho totalmente novo, com motores JT8, tripulação de 2 pilotos, fileira 2-3 de assentos levando então entre 80 a 135 paxs, incluindo motorização turbofan, com mais de 2.400 unidades produzidas em todo mundo.

New_York_Air_DC-9_Detroit_-_16_August_1983A ideia do avião era operar rotas curtas, pouco tempo de solo (incluindo escadas próprias na cauda e porta 1L). A configuração em T e motores na cauda facilitava também a questão dos aeroportos, pois um motor lá atrás dificilmente sugaria detritos, os famosos F.O.D.. O avião virou sucesso, seu tipo DC9-10 entrou em serviço em 8 de Dezembro de 1965 pela DELTA (que até hoje possui modelos derivados deste avião) e logo alastrou pelo mundo, a variante DC9-30 entrou em serviço e a SAS pediu um DC9-20 (fuselagem do 10 com motores e asa do 30). Surgiram ainda as séries 40 e 50, sendo que esta última entrou em serviço em 1974.

A produção do DC9 puro encerrou-se em 1982. A partir de 1982, surgiu o DC9-81/82/83 que são bem mais longos e com outra tecnologia, mas o desenho básico é o mesmo. Os Americanos sabem cultuar seu passado e história e por isso naquele país temos o N675MC, um DC9-50 ex-DELTA preservado no museu da empresa em Atlanta e o N779NC, igualmente DC9-50 preservado no “Carolinas Aviation Museum” em Charlotte, este exemplar foi o último DC9 a voar na DELTA.

Já aqui no país não conseguimos sequer preservar o primeiro 737 do país. No Brasil, esses aviões não operaram, ainda que a VASP tenha cogitado o tipo no meio dos anos 1960, mas acabou em 1969 recebendo o 737-200, com o qual fez história e foi até os dias finais de sua existência. Operadores de países vizinhos usaram DC9 no Brasil, principalmente os Argentinos com a Austral e Dinar. Como sabemos, um exemplar singular de MD82 foi utilizado por meses na Cruzeiro e esta é a única presença de um “DC9″ com matricula nacional.

O DC9 é um marco na história da aviação e foi o meio de transporte mais rápido para muitas cidades que viram o tempo entre dois pontos reduzir-se drasticamente ao embarcar na aeronave, em voo anteriormente operado por um “lento e velho” DC6, Viscount ou similar. Parabéns ao DC9 pelos seus 50 anos!


Descrição
TipoAvião comercial
FabricanteDouglas Aircraft Company (EUA)
Primeiro voo25 de fevereiro de 1965
Capacidade de passageiros90 passageiros
Dimensões
Comprimento31,82 metros
Envergadura27,25 metros
Altura8,38 metros
Pesos
Peso máx. decolagem41.100 kg
Performance
Velocidade máxima903 km/h

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