Mercado de aeronaves militares do porte do C-390 Millennium da Embraer pode movimentar US$ 60 bilhões em duas décadas
Segundo estimativa da Embraer Defesa e Segurança, forças armadas ao redor do mundo devem comprar cerca de 500 aeronaves do porte do C-390 Millennium nos próximos 20 anos. Tal quantidade de aviões pode movimentar em torno de US$ 60 bilhões no período citado. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo.
O mercado do C-390 é um setor com poucas opções de produtos, sobretudo no Ocidente. Nesta parte do planeta, o principal avião dessa categoria é o Lockheed Martin C-130 Hercules, projetado na década de 1950. Uma alternativa ao C-130 é justamente o avião multimissão da Embraer, que supera o Hercules em praticamente todos os quesitos de performance.
A Força Aérea Brasileira (FAB) solicitou o KC-390 (versão com capacidade de reabastecimento aéreo) para substituir os Hercules, que voam no Brasil desde 1964. Outro país que seguiu esse caminho foi Portugal, que é parceiro estratégico do programa da Embraer e encomendou cinco exemplares da aeronave para a Força Aérea Portuguesa.
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Outro cliente com pedidos firmes pelo C-390 é a Força Aérea da Hungria, que encomendou dois aparelhos. A aeronave da Embraer também venceu a disputa promovida pela Força Aérea da Holanda contra o C-130J Super Hercules. É esperado que o governo holandês confirme a compra de cinco aeronaves da fabricante brasileira até o fim deste ano.
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Conforme revelado recentemente pelo Comandante da FAB, o Tenente-Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, a Embraer tem conversas com mais oito países para negociar o C-390/KC-390. São eles a África do Sul, Áustria, Coreia do Sul, Egito, Índia, República Tcheca, Ruanda e Suécia.
500 Super Tucanos
De acordo com a publicação, Bosco da Costa Junior, CEO da Embraer Defesa e Segurança, apontou um mercado potencial de US$ 6,5 bilhões para 500 aviões da categoria do A-29 Super Tucano nos próximos 20 anos.
No mês passado, a Embraer apresentou o A-29N, uma versão do turboélice de ataque com equipamentos compatíveis para operações em países membros da OTAN. O intuito dessa variante é atrair forças armadas da Europa, região onde o Super Tucano ainda não tem clientes.
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