Exercício aéreo envolverá 24 nações e 220 aeronaves no que deverá ser a maior manobra militar em toda a história da OTAN
O Exercício Air Defender 2023 (AD23) é um exercício multinacional liderado pela Alemanha com foco em voos reais de nível operacional e tático e ocorrerá em toda a Alemanha de 12 a 24 de junho de 2023.
O AD23 envolve Forças Aéreas de 24 Nações e 220 aeronaves. A Força Aérea Alemã garante o comando e controle das operações aéreas durante o exercício. Será combinado no tempo e no espaço com o Exercício do Grupo Aéreo Multinacional liderado pela Alemanha (MAGDAYS 23) e vinculado a dois exercícios da OTAN (RAMSTEIN DUST 23 e RAMSTEIN GUARD 23).
“Nossos objetivos para este maior exercício de implantação desde a fundação da OTAN são abrangentes”, disse o tenente-general Ingo Gerhartz, chefe da Força Aérea Alemã.
“Queremos demonstrar a agilidade e rapidez das Forças Aéreas como socorristas e mostrar o Poder Aéreo da OTAN. Além disso, nós, como Luftwaffe, mostramos que podemos planejar, organizar e executar um exercício tão grande. Assumimos a responsabilidade. A colaboração de 24 nações aprimora nossa interoperabilidade e permite uma dissuasão confiável contra um potencial agressor. A dimensão transatlântica – teremos 100 aeronaves da Guarda Aérea Nacional dos EUA voando na Europa – é uma prova sólida da coesão e solidariedade da OTAN”, concluiu o tenente-general Gerhartz, sublinhando a importância da Alemanha como um centro para as operações defensivas aliadas na Europa.
As Forças Aéreas participantes serão expostas a cenários de treinamento simulando um cenário do Artigo 5 da OTAN, ou seja, defesa coletiva do território da Aliança. Após a chegada e acomodação de reforços dos EUA e outras aeronaves aliadas em três centros na Alemanha Jagel/Hohn em Schleswig-Holstein, Wunstorf na Baixa Saxônia e Lechfeld na Baviera, bem como Spangdahlem na Rhineland-Palatinate, Volkel na Holanda e Cáslav, na República Tcheca, os participantes praticarão Operações Aéreas Compostas (COMAOs) em áreas de treinamento sobre a Alemanha e conduzirão as chamadas missões de ida e volta nos Estados Bálticos e na Romênia.
Ativos da Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Alemanha, Estônia, Finlândia, França, Itália, Japão, Croácia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Polônia, Romênia, Suécia, Eslovênia, Espanha, República Tcheca, Turquia, Hungria, Reino Unido, e os Estados Unidos estarão voando em AD23.
As áreas de treinamento no leste, sul e norte da Alemanha usadas durante o AD23 são baseadas em áreas que a Força Aérea Alemã usou para treinamento de rotina por décadas. No entanto, para acomodar atividades de voo abrangentes de grande força, eles foram expandidos e parcialmente conectados uns aos outros por corredores.
“Com o AD23, praticamos um amplo espectro de operações aéreas por meio de grandes COMAOs diários e destacamos a capacidade da Alemanha de garantir o comando e controle das Forças Aéreas multinacionais”, disse o tenente-general Gerhartz. “Outro aspecto importante é facilitar o treinamento continuado das unidades da Força Aérea Alemã e reforçar nosso vínculo cooperativo com o flanco leste da OTAN, realizando missão de Defesa Aérea no espaço aéreo da República Tcheca para reforçar o vínculo cooperativo com o leste”, acrescentou.
Embora o treinamento em larga escala seja essencial para manter a capacidade de dissuasão e defesa credível das Forças Aéreas Aliadas, a Força Aérea Alemã está fazendo esforços para minimizar o impacto do AD23 na população. As três áreas de exercícios aéreos serão utilizadas apenas de duas a quatro horas por dia em horários diversos e, por questões de segurança, fechadas para o tráfego aéreo civil durante essas janelas de tempo. Em estreita cooperação com as autoridades responsáveis pela segurança de voo, os processos e procedimentos estão sendo otimizados para minimizar ao máximo os efeitos no tráfego aéreo civil
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