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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Uruguai avalia compra de novos caças leves e o M-346 está na frente

M-346 em voo.

O Ministério da Defesa do Uruguai está considerando a aquisição de um caça a jato leve para substituir a antiga frota de aeronaves de ataque ao solo Cessna A-37 Dragonfly da Força Aérea Uruguaia (FAU).

O ministério uruguaio tem atualmente três opções em jogo, incluindo o italiano M-346FA, o chinês L-15B e uma terceira opção a ser definida entre o coreano FA-50 e o sueco Gripen C (ainda não definida).

O país impôs aos fabricantes duas condições essenciais: a aeronave deve ser nova e estar equipada com radar. Até hoje a FAU nunca teve aeronaves com radar – capaz de oferecer a capacidade de conduzir missões BVR (Beyond Visual Range), pelo menos.

M-346FA.

A preferência de Montevidéu é pelo M-346FA devido à avançada tecnologia embarcada da aeronave, baixo custo por hora de voo, longa vida útil da fuselagem e do motor. A vida da célula é estimada em aproximadamente 8.000 horas, e a do motor de 4.000 horas com TBO (tempo entre revisões) aproximado a cada 2.000 horas. Significa ter um jato com 40 anos de vida útil com apenas uma troca de motor durante todo o período (considerando aproximadamente 180/200 horas de voo por ano).

Hongdu L-15.

Já o L15, por exemplo, tem um ciclo de vida útil não muito esclarecido de não mais de 4.000hs, além de vir equipados com motores Ivchenko-Progress AI-222 (ucranianos) com uma vida útil comprovada de não mais do que 1.500hs e um TBO a cada 700-800hs. O que se traduz em uma vida útil 50% inferior ao M-346 LFFA. Naturalmente que é possível realizar programas de extensão da vida útil que somariam de 2.000 a 3.000 horas extras, mas isso significaria um custo adicional importante, sem falar que isso vai requerer de cinco trocas de motores ao longo da sua vida útil.

De todas formas tudo isto agora está na órbita do Ministério da Defesa e do Poder Executivo que terá que tomar junto a Comissão de Defesa do Parlamento (acordo de defensa interpartidário para que seja uma política de longo prazo) e tem como ingredientes acordos comerciais compensatórios (China pode levar muita vantagem nisso) e também o fato que a Marinha está procurando 3 OPVs novos para patrulla de águas azuis. Então pode vir um pacote aviões-navios.

O plano do Ministério prevê a compra de um primeiro lote de 6 jatos, com opção de mais 6. Além disso, o país também busca um moderno turboélice que complementará os atuais Pilatus PC-7s na função de treinador e COIN (COunter INsurgency). Necessita pelo menos 6 em uma primeira instância.

Aeronaves A-37 da Força Aérea Uruguaia.

Em dezembro estarão chegando os 2 aviões de transporte KC-130H comprados da Espanha é a previsão de que início do ano estejam chegado 2 Bell 212 modificados para complementar os 4 que atualmente são usados pela FAU (2 deles estão a serviço da ONU no Congo). Existem estudos para substituir todos os UH-1H pelos Bell UH-1N ou por algum outro.

A introdução de uma aeronave moderna como o M-346 permitiria à FAU dar um passo decisivo em sua modernização. A frota de caças FAU consiste atualmente no antigo Cessna A-37 Dragonfly, um jato leve da década de 1960 equipado com sistemas desatualizados.

Atualmente o A-37 permanece em serviço com poucas forças aéreas no mundo e com custos operacionais muito elevados. A idade de suas células e motores, aliada à crescente complicação na obtenção de peças de reposição, principalmente cartuchos para assentos ejetáveis, tem comprometido a capacidade operacional do tipo, tornando-o cada vez mais caro. Alguns de seus usuários afirmam que hoje ele só pode voar em velocidade reduzida, entre outras limitações.


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