Desde o último sábado (07) as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão conduzindo a Operação Espadas de Ferro, como resposta aos intensos ataques do grupo fundamentalista Hamas. O país oficialmente declarou guerra aos militantes da Faixa de Gaza, algo que não era visto há 50 anos. O mundo tirou os olhos do conflito entre Ucrânia e Rússia e voltou o foco para o Oriente Médio. Neste contexto, as redes sociais foram inundadas por imagens da guerra, incluindo a ação da Força Aérea de Israel (IAF), que bombardeia Gaza usando seus aviões de caça.
Reconhecida por ser uma das forças aéreas mais experientes em combate, a IAF também está entre as mais bem equipadas da região. A maior parte da frota de caças é formada pelos F-15 e F-16 , presentes em diversas variantes. A ponta da lança está no stealth F-35, que no país é chamado de Adir.
Os três modelos vem sendo empregados exaustivamente contra os jihadistas, com suporte de outras aeronaves de inteligência, carga e os helicópteros de ataque e transporte.
F-16 – O mais numeroso
Historicamente, Israel é um dos maiores operadores do F-16, tendo adquirido 362 unidades do modelo desde a primeira compra em 1978. Desde então, o F-16 tem sido um cavalo de batalha, atuando nas arenas ar-ar e ar-terra. Foi na mão de Israel que o caça norte-americano protagonizou uma das mais ousadas operações da história, o ataque ao reator Osirak.
Os israelenses também são conhecidos por personalizar seus equipamentos, e com o F-16 não seria diferente. Atuando nas operações contra o Hamas estão os F-16C/D Barak e F-16I Sufa. As variantes receberam uma série de aviônicos de origem local, incluindo computadores de missão e sistemas de guerra eletrônica. Também foram adicionados armamentos fabricados no país, como os mísseis Python e Derby, casulos de interferência da ELTA e bombas SPICE, usados em conjunto com armas dos Estados Unidos.
Atualmente a IAF possui cerca de 224 F-16 Sufa e Barak em operação.
F-15 – Caça-bombardeiro pesado
Israel foi o primeiro cliente de exportação do lendário F-15 Eagle, operando o modelo desde 1977. Localmente chamado de Baz (Águia), foi nas mãos de pilotos da IAF que o caça obteve o primeiro de 104 abates da carreira.
A IAF também é a única operadora do F-15 que emprega as versões legado (A, B, C e D) em ações de ataque ao solo, ao passo que outros países usam essas versões apenas para missões de combate aéreo. Ainda assim, no final da década de 1990 Israel adquiriu o F-15E Strike Eagle, batizado de Ra’am (trovão). Assim como os F-16, os F-15 também receberam integração de armamentos e aviônicos produzidos localmente.
São 84 aviões em serviço, divididos entre três esquadrões: Spearhead, Hammers e Twin-Tail Knights, além do Centro de Ensaios em Voo. Em 2020 a IAF assinou a compra de 25 jatos F-15EX, versão mais nova do Eagle, e também planeja atualizar seus F-15I para o novo padrão.
F-35 – Estado da arte
O caça mais moderno e capaz em todo o Oriente Médio está no inventário da Força Aérea Israelense desde 2017. Israel é parceiro do programa F-35 há 20 anos e em 2018 tornou-se o primeiro país a usar o polêmico jato americano em combate.
Da mesma forma que os modelos mencionados acima, a IAF também fez suas próprias customizações no F-35, além de ser a única operadora fora dos Estados Unidos que recebeu um modelo para testes, justamente pela tradição em modificar seus aviões. Os 36 F-35I Adir são operados na base aérea de Nevatim pelo 117 Squadron.
Bônus: bombas JDAM
Joint Direct Attack Munitions. Este é o acrônimo para JDAM, um dos principais armamento utilizado pelos jatos de Israel na contraofensiva ao Hamas. Desenvolvido pela McDonnell Douglas, trata-se de um kit que transforma uma bomba convencional em um armamento inteligente, orientado por GPS.
O JDAM pode ser adaptado em todas as bombas da série Mk.80, sendo a maior delas a Mk.84, que quando equipada com o JDAM vira a GBU-31. Este é o modelo usado pela IAF para derrubar prédios em Gaza, como visto no vídeo abaixo.
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