A Avianca Brasil recebeu seus dois primeiros Mk-28 em 2005, ainda quando voava como Oceanair. A empresa decidiu renomear o modelo de Fokker 100 para Mk-28 por conta de uma repercussão negativa do bimotor entre os passageiros no Brasil devido a acidentes e incidentes recorrentes principalmente na década de 90.
De matrículas PR-OAK e PR-OAH, os jatos chegaram no Brasil em dezembro de 2005 e abriram um novo capítulo na história da empresa. Até 2008, a Oceanair recebeu 16 exemplares do modelo, todos haviam voado anteriormente na American Airlines e estavam armazenados em um deserto nos Estados Unidos.
Em 2010, a Oceanair passou a se chamar Avianca Brasil e, dos 16 Mk-28s que voavam na empresa, dois deixaram a frota e foram voar na divisão colombiana da Avianca, incluindo o PR-OAH. Os 14 restantes permanceram e ganharam os novos títulos da companhia.
Ainda em 2010, a Avianca começou a receber aviões da Airbus, como o A319. Em 2011, a divisão brasileira da Avianca passou também a incorporar o A318 e A320. Um ano mais tarde, em 2012, retirou dois F100s de serviço e, a partir de 2014, começou a estacioná-los gradualmente, até novembro de 2015, quando aconteceu o último voo do modelo na companhia.
A última decolagem
Era manhã de terça-feira, 24 de novembro de 2015, quando o Mk-28 de matrícula PR-OAU partiu pela última vez com passageiros. O voo era de despedida e a bordo estavam dezenas convidados.
A decolagem aconteceu por volta das 9h pela pista 35L do Aeroporto de Congonhas. O bimotor curvou então a esquerda e seguiu rumo ao litoral norte paulista. Próximo de Ubatuba, realizou algumas órbitas.
“Ainda que a meteorologia não estivesse boa, o voo foi tranquilo, sem turbulências.”
Comentou Rodrigo Cozzato que estava a bordo
José Efromovich, então presidente da Avianca Brasil, também estava presente no voo e realizou um discurso emocionado, enfatizando a importância do Fokker 100 no crescimento da companhia.
Os comissários de bordo ofereceram aos passageiros champagne, sucos, água e também docinhos.
Após cerca de 45 minutos de voo, o PR-OAU regressou a São Paulo e pousou no Aeroporto de Congonhas, onde foi recebido com batismo. Assim foi colocado o ponto final na trajetória do modelo na empresa e também no Brasil, após décadas de serviços ininterruptos no País, em companhias como a TABA, TAM, Avianca e MAIS.
Meses antes, Flávio Marcos de Souza, Editor-Chefe na Flap International, visitou as instalações da companhia em Congonhas para registrar alguns dos Mk-28s que já estavam sendo devolvidos aos proprietários. Confira as fotos:
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