As imagens divulgadas dos primeiros caças JF-17 Block III recém produzidos indicam que os novos aviões devem entrar em serviço em breve na Força Aérea do Paquistão (PAF).
A nova versão do caça sino-paquistanês traz as seguintes melhorias:
1- Radar AESA
2 – Suite de Guerra Eletrônica (EW)
3 – Aviônicos modernizados
4 – Novo HUD
5 – HMD
6 – Pilones duplos
7 – Pilone extra
8 – Novos mísseis ar-ar (PL-10, PL-15)
O primeiro protótipo Block III voou em 15 de dezembro de 2019. A PAF busca adquirir pelo menos 50 JF-17 Block III. Deverão ser produzidas 12 unidades por ano entre 2021 e 2024.
A nova variante parece ser uma virada de jogo para as capacidades de guerra área do Paquistão, integrando recursos stealth limitados, um motor mais potente, um radar AESA e o primeiro sistema IRST em um caça paquistanês.
Junto com a compra recentemente anunciada de caças J-10C da China, o JF-17 Block III introduzirá tardiamente os radares AESA no serviço paquistanês, proporcionando uma maior consciência situacional e imunidade à guerra eletrônica, enquanto abre mais opções para a guerra eletrônica ofensiva.
Como o JF-17 é um dos caças mais leves do mundo, ocupando uma faixa de peso semelhante ao Gripen sueco e ao F-20 americano, a integração de um radar mais sofisticado para compensar o tamanho relativamente pequeno dos radares que pode acomodar é particularmente importante. Essas aeronaves leves são consideradas adequadas para o orçamento de defesa do Paquistão, pois seus custos operacionais e de manutenção são extremamente baixos, enquanto que a sua taxa de disponibilidade é alta, o que significa que a maior parte da frota pode ser mantida pronta para o combate.
Este design de baixo custo vem às custas do desempenho de voo, no entanto, com o caça não sendo particularmente manobrável, mas compensando isso com o lançamento de mísseis PL-10 de curto alcance que podem atingir alvos em ângulos muito extremos.
Além de seu conjunto de sensores e outras melhorias na aviônica, a integração dos mísseis ar-ar PL-15 de longo alcance são considerados os recursos mais notáveis do novo caça.
Com um alcance estimado de 200 a 300 km, o PL-15 ultrapassa confortavelmente a maioria dos mísseis ar-ar existentes na Índia, como o MICA (alcance de 80 km) usado pelos Rafale e Mirage 2000, e o R-77 (alcance de 110 km) usado pelo MiG-21, MiG-29 e Su-30MKI. As únicas exceções são o antigo míssil K-100 do Su-30MKI, que representa pouca ameaça aos caças e é projetado para neutralizar aeronaves de apoio pesado em intervalos de 300 km, e o Meteor adquirido para o caça Rafale, que tem um alcance estimado de 200 km. O PL-15 não só vai muito mais longe do que seus predecessores, mas usa seu próprio radar AESA para orientação, proporcionando uma vantagem sobre os designs ocidentais e russos.
Espera-se que os recursos avançados do JF-17 Block III o tornem muito mais atraente para exportação do que as versões anteriores, que eram projetos de quarta geração relativamente básicos, e representam talvez a maneira mais econômica de adquirir caças equipados com radar AESA.
A grande maioria dos países, incluindo quase todas as potências europeias e a Rússia, ainda não implantou aeronaves com tais capacidades. Com o Paquistão potencialmente colocando em campo mais de 100 desses novos caças, incluindo variantes de mono e biplece, o JF-17 Block III deverá revolucionar sua capacidade de proteger seu espaço aéreo.
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