Maeve Aerospace havia apresentado um avião com oito motores elétricos e 44 lugares, mas agora mudou projeto para uma aeronave bimotor de 80 lugares e alcance de até 1.480 km
A startup holandesa Maeve Aerospace reviu seus planos para uma aeronave sustentável de passageiros menos de um ano após revelar o primeiro projeto.
Em vez de um avião 100% elétrico com oito motores e 44 assentos, conhecido como Maeve 01, agora a empresa propõe um modelo com propulsão híbrida-elétrica e capacidade para até mais de 80 passageiros.
A autonomia também será bem maior: em vez de apenas 460 km do modelo a bateria, o avião híbrido poderá voar até 1.482 km.
Segundo o CEO e co-fundador, Jan Willem Heinen, o M80, como foi batizado o avião, foi uma resposta aos requerimentos dos potenciais clientes, que queriam o dobro da capacidade de passageiros e o triplo do alcance.
Assim como o Maeve 01, o M80 possui asa alta e cauda em T, mas sua envergadura foi reduzida de 36 para quase 30 metros enquanto a fuselagem cresceu de 20 para 27 metros.
O intuito é fazer a aeronave ser tão veloz quanto um jato (400 nós ou 740 km/h), mas capaz de reduzir o consumo de combustível em 40% comparado a aeronaves atuais.
Os motores, segundo a empresa, serão fornecidos por um grande fabricante (Pratt & Whitney, GE ou Rolls-Royce são as cotadas), mas o nome não foi revelado.
O diretor técnico da Maeve, Martin Nuesseler, foi enigmático ao detalhar como a escolha do motor foi feita. Segundo disse à Flight Global, o fornecedor possui uma nova tecnologia e procurava um projeto novo para aplicá-la.
Curiosamente, a Embraer, que pretendia concorrer no segmento com um turboélice de porte semelhante, argumentou meses atrás que não existia tecnologia promissora de propulsão para tornar seu projeto viável.
Dados técnicos preliminares do M80 mostram uma aeronave com com cabine com fileiras de quatro assentos, peso máximo de decolagem de 28,9 toneladas e nível de cruzeiro de 35.000 pés.
A capacidade de passageiros máxima em clase única é de 84 lugares ou 76 assentos em duas classes.
Apesar do otimismo da Maeve, o M80 ainda depende de um grande financiamento, de cerca de US$ 2 bilhões, para sair do papel, e que busca encontrar parceiros para dividir o investimento.
Até o momento, duas empresas mostraram interesse no M80, a holandesa Lucy e a neozelandesa Air Napie
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