Ministério da Indústria e Comércio aprovou seguro para financiamento da venda de dois cargueiros militares para o país asiático, que no passado fez parte da União Soviética, mas possível acordo ainda não foi divulgado
A Embraer estaria perto de fechar a venda de dois aviões multimissão C-390 Millennium para o governo do Uzbequistão. A informação consta da ata de uma reunião do Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), realizada em 25 de abril.
O pleito envolvia um pedido de cobertura do seguro de exportação das duas aeronaves, cujo financiamento será feito pelo BNDES, banco estadual de fomento. Os valores, garantias e nomes do importador e devedor foram omitidos na versão pública da ata – o pedido foi aprovado.
A possível venda dos dois cargueiros militares ao Uzbequistão surpreendeu já que o país asiático, que já foi parte do Império Russo e da União Soviética, não havia aparecido entre os potenciais clientes da aeronave, que é rival do Lockheed C-130 Hercules.
Com uma força aérea diminuta, o Uzbequistão ainda depende de aeronaves de origem russa e ucraniana como os caças MiG-29 e Su-27 além de aviões de transporte An-12, An-26 e IL-76.
Uma aproximação com o Ocidente foi iniciada graças à encomendas de helicópteros H125 e H215 e turboélices C295, todos da Airbus.
Dependência da Rússia
O governo do país localizado na Ásia Central tem sido fortemente influenciado economicamente e culturalmente pela Rússia, mas desde a invasão militar à Ucrânia, o Uzbequistão tem se distanciado do vizinho e buscado criar laços com o Ocidente, sobretudo a União Europeia.
Em julho do ano passado, uma delegação da Embraer fez uma apresentação no país com um jato E195-E2 em clima quente e elevado para demonstrar sua qualidades.
As companhias aéreas do Uzbequistão como a Uzbekistan Airways não operam jatos com menos de 150 assentos e foi visto nisso uma oportunidade para a Embraer. Porém, até o momento não houve anúncio de pedidos.
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