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terça-feira, 9 de julho de 2024

Uruguai compra seis Super Tucanos do Brasil para proteger suas fronteiras

 O governo uruguaio investirá mais de US$ 100 milhões para a renovação de sua Força Aérea. Em breve encontro entre Luis Lacalle Pou e Lula da Silva, a operação foi concluída.


O Ministério da Defesa Nacional do Uruguai adquiriu seis aeronaves EMB-314 Super Tucano da fabricante brasileira Embraer com o objetivo de patrulhar e blindar as fronteiras.

A aquisição do modelo Super Tucano implica um investimento de 100 milhões de dólares, que segue os moldes de um plano estabelecido pelo governo de Luis Lacalle para “renovação das forças”, explicou o ministro Armando Castaingdebat em conferência de imprensa.

O chefe da Defesa Nacional compareceu esta semana a uma comissão do Senado para dar detalhes da compra realizada pela Força Aérea Uruguaia.

O governo também adquiriu uma aeronave Brasília, que pretende adaptar a porta traseira para permitir a realização de transferências sanitárias, semelhante ao que o poder uruguaio tinha.

A compra da Embraer, porém, será de seis aeronaves Super Tucano. “Significaria um antes e um depois na Força Aérea Uruguaia, numa política de tentar blindar ao máximo a fronteira uruguaia”, disse o comunicado.

O ministro contatou esta semana os responsáveis ??pela empresa brasileira, que confirmaram que nesta semana a aeronave chegaria ao Uruguai. Porém, ainda existem alguns procedimentos a serem encerrados, relacionados à garantia original.

A compra anunciada este mês também virá acompanhada de um “pacote tecnológico”, já que o governo oferece diversas ofertas de compra de radares. “Caso isso seja possível, é uma bela notícia no terreno para a Força Aérea Uruguaia, mas apenas para o Uruguai, poder avançar no escudo fronteiriço”, afirma.

Em seu site, a Embraer destaca que o modelo A-29 Super Tucano possui “ampla flexibilidade operacional e manobrabilidade” e garante que é a “única aeronave de ataque leve projetada desde o início para satisfazer as demandas do combate aéreo”. A velocidade, altitude e alcance são “excepcionais”, e são “altamente manobráveis” para “interceptar aeronaves”.

Na gestão da compra desses avioes, o ministro interveio junto ao presidente Luis Lacalle Pou e o presidente brasileiro Lula da Silva, informando o país. Encontro-me entre eles, com espaço apenas para alguns minutos de conversa. Neste diálogo chegou-se a um acordo que já vinha sendo negociado há muito tempo.

A conversa entre os presidentes ocorreu entre o final da cúpula e o almoço que os representantes realizaram em Assunção. Nesta breve troca, foi concluída a operação que incluiu a compra por 100 milhões de dólares de seis aeronaves a serem pagas num prazo entre 10 e 15 anos. O governo considera que o investimento será fundamental para melhorar o controle do espaço aéreo e ter mais ferramentas para conter o tráfico de droga.

O novo avião Brasília, porém, custa algo mais de US$ 1 milhão e substituirá o atualmente em uso pela Aeronáutica.

A renovação da frota é uma meta que as autoridades estabeleceram no início da gestão. O ministro anterior, Javier García, administrou a compra de dois aviões Hércules por US$ 24 milhões, helicópteros e acertou a compra de dois navios de patrulha oceânica de um estaleiro espanhol.

Em dezembro de 2020, iniciou-se a renovação dos equipamentos da Aeronáutica com a chegada do primeiro Hércules. “Hoje iniciamos um processo de modernização de equipamentos essenciais. Com esta incorporação há mais soberania, mais segurança humana, mais proteção civil”, destacou então.

A Marinha Nacional, no entanto, também iniciou um processo de renovação da frota que incluiu – além da compra de dois navios oceânicos –, a chegada de novas embarcações de guardas costeiras, barcos de busca e salvamento e um navio de pesquisa científica.

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