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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Rússia pretende restaurar a produção de aeronaves A-50 AWACS

 

Perdas durante a guerra contra a Ucrânia tem afetado as operações de alerta antecipado e controle da Rússia.


O diretor do conglomerado russo Rostec informou que a Rússia deve retomar a produção de aeronaves A-50 de detecção e controle de radar de longo alcance, “pois elas são necessárias para as Forças Armadas da Federação Russa e têm um alto potencial de exportação”.

O Diretor Geral da Corporação Estatal “Rostec”, Sergei Chemezov falou sobre o assunto antes do início da mensagem anual do Presidente da Federação Russa à Assembleia Federal, que ocorreu em 29 de fevereiro em Gostiny Dvor.

“Claro, precisamos restaurar a fabricação deste avião. Claro, vamos fazer isso, é necessário não apenas para o nosso exército, mas também para a exportação”, disse a agência de notícias russa TASS citando a resposta do chefe da Rostec à pergunta do jornalista sobre os planos de retomar a produção do A-50.

As aeronaves A-50/A-50U são usadas para detectar, rastrear e identificar alvos aéreos, terrestres e de superfície, transmitir dados para centros de comando, bem como para direcionar jatos de combate para atingir caças e aeronaves de linha de frente.

Todas as aeronaves de combate A-50 fazem parte do grupo aéreo do 610º Centro de Uso de Combate e Retreinamento de Pessoal de Voo do 4º Centro Estadual de Treinamento de Pessoal de Aviação e Testes Militares. No total, em janeiro de 2024, haviam 15 aeronaves A-50M e A-50U na Força Aérea Russa, de acordo com o Ministério de Defesa da Rússia. As Forças de Defesa da Ucrânia disseram que havia nove aviões AWACS russos em operação – três modelos A-50 e seis A-50U. Um deles foi abatido sobre o Mar de Azov em 14 de janeiro, outro foi destruído em 23 de fevereiro e um terceiro foi danificado em Belarus no final de fevereiro de 2023.

Posteriormente, os ucranianos acrescentaram que a perda de outro A-50 impediria a Rússia de manter operações aéreas 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Em 25 de fevereiro, o porta-voz da Força Aérea Ucraniana, Yuriy Ihnat, afirmou que a destruição de outro A-50 russo não afetaria os ataques russos na Ucrânia. No entanto, as capacidades da aviação russa seriam reduzidas com a perda de mais um A-50.

Os A-50U são os “olhos” das Forças Aeroespaciais Russas, é um componente importante para o uso efetivo de mísseis de aviação, bombas de alta precisão, bem como mísseis de cruzeiro Kalibr, Kh-101 e Kh-555 em instalações de defesa aérea, infraestrutura de transporte e outros alvos militares no interior da Ucrânia. Essas aeronaves também são de importância fundamental nas tarefas de interceptação oportuna de longo alcance dos jatos MiG-29 e Su-27 ucranianos antes de chegarem à beira do uso de mísseis anti-radar AGM-88B HARM nos radares dos sistemas de defesa aérea russos.

Os sistemas de radar Bumblebee-M instalados em aeronaves A-50U detectam caças ucranianos a uma distância de até 500 km, emitindo designações de alvo para as tripulações de interceptadores MiG-31BM e caças Su-35 e Su-57. De muitas maneiras, graças às aeronaves A-50, os Su-27 e os MiG-29 ucranianos são abatidos a uma distância de até 250 km por mísseis ar-ar R-37M, de acordo com informações do Ministério de Defesa da Rússia.

Beriev A-100 Premier.

Em 2003-2008, começou o trabalho na modernização do A-50, o que resultou em uma versão do A-50U. Atualmente, uma nova aeronave A-100 Premier está sendo criada, que usa a plataforma de aeronaves IL-76MD-90A e um moderno complexo de engenharia de radar.

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