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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Lista dos jatos de combate que já voaram ou ainda voam pela FAB

 Desde que trouxe o primeiro jato de combate para a FAB, o Brasil já adquiriu outros 8 e entre eles dois são de produção nacional.

jatos de combate Gripen

Apesar das primeiras patentes de propulsão a jato datarem de meados de 1917, a aquisição de jatos de combate para o Brasil só veio a acontecer em 1953, com a chegada da aeronave de fabricação inglesa Gloster Meteor.

A partir daí, todos os esquadrões de ataque e defesa da FAB passaram a contar com aeronaves de propulsão a jato, o que acabou exigindo a aquisição, ao longo do tempo, de diversos outros equipamentos necessários para a operação dos caças, estimulando ainda mais a indústria nacional.

Extremamente importantes para manter a integridade da soberania dos céus do Brasil, os jatos de combate a serviço da FAB, felizmente, nunca precisaram ser utilizados em situações de combate real, porém, se necessário for, estão sempre a postos para conter qualquer tipo de ameaça.


Conheça agora os jatos de combate que já estiveram em operação pelo Brasil e as que ainda estão na ativa.

Gloster Meteor

Gloster Meteor pertencente a FAB

Um marco para a história da Força Aérea Brasileira, 60 unidades desta aeronave foram enviadas ao Brasil após um estranho acordo: liderado por Vargas, o governo brasileiro trocou 15.000 toneladas de algodão pela frota britânica.

Sendo um dos primeiros aviões com propulsão a jato, o Gloster Meteor acabou sendo o primeiro a compor a força aérea não só do Brasil, mas também de países como Austrália, França e Holanda. Alcançando incríveis (para a época eram incríveis) 900km/h e 15 mil metros de altitude, esta aeronave esteve presente na FAB de 1953 a 1974.

Lockheed Martin T-33 e F-80

Lockheed Martin T-33, da Força Aérea Brasileira

Apenas três anos após a chegada do Gloster Meteor, o espaço aéreo brasileiro passou a contar também com o apoio de 58 unidades do Lockheed Martin T-33 e sua versão para 2 tripulantes, F-80.

Com desempenho não muito distante dos Glosters britânicos, os Lockheed eram fabricados nos Estados Unidos e alcançavam até 970km/h com o auxílio de um único motor, enquanto a primeira aquisição brasileira utilizava-se de dois turborreatores para atingir seu potencial máximo. O modelo permaneceu em atividade até 1975.

Cessna T-37

Cessna T-37 pertencente a Academia da Força Aérea

Presente em combates na Coreia e no Vietnã, o Cessna T-37 acabou se tornando mais uma das aquisições da FAB, que trouxe para a frota brasileira 65 unidades da versão T-37C, a primeira a ser armada com bombas. Equipada com dois turborreatores, em combate sua principal finalidade era o ataque ar-terra.

Com a novidade de proporcionar voo com dois tripulantes lado a lado, serviu ao Brasil, principalmente, na formação de pilotos na Academia da Força Aérea (AFA) e esteve em atividade nas terras tupiniquins entre 1967 e 1981.

Dassault Mirage III

Mirage III da Força Aérea Brasileira

Levamos mais de duas décadas para que nossa força aérea alcançasse a velocidade do som, porém, quando nosso momento chegou não passamos vergonha e o Dassaut Mirage III se mostrou um marco para o Brasil ao superar os 2.400km/h, ou seja, duas vezes a velocidade do som.

Durante sua atividade no Brasil, de 1970 a 2005, os jatos de combate Dassault chegaram a passar por duas revitalizações de estrutura e de sistema, até serem definitivamente aposentados por exaustão.

Além de serem os primeiros jatos de combate de propriedade brasileira a serem equipados com radar de busca e mísseis de orientação térmica, eles também eram armados com dois canhões de 20 mm e suportava uma carga de até 4 toneladas de bombas.

Embraer AT-26 Xavante

AT-26 Xavante, primeiro caça de fabricação brasileira

Incorporados à frota brasileira em 1971, o AT-26 Xavante foi o primeiro caça a jato “Made in Brazil” e foi de extrema importância para os avanços da Embraer. Sua fabricação prosseguiu até 1981, totalizando 166 unidades que alçaram voos em céus do Brasil até 2013, quando foram desativados.

Veja: O dia em que o AT-26 Xavante abateu um F-16 da USAF

Devido a sua alta capacidade de transporte de armamento, o AT-26 tinha como missão, principalmente, o ataque ao solo e bombardeios, porém, em uma país pacífico como o Brasil, foi largamente utilizado em treinamentos com armas.

Northrop F-5E Tiger II

Caça F-5E, da FAB

Segundo caça supersônico a operar no Brasil, o F-5 chegou à FAB apenas dois anos depois dos Mirage III, em 1972, e, apesar de não possui a mesma capacidade de voo do Mirage, sua aquisição se deu em maior quantidade e supriu a necessidade de diversas bases aéreas Brasil a fora. Enquanto isso, a frota de Mirage permaneceu posicionada em Anápolis, Goiás, base responsável por garantir a segurança da capital do país.

Adquirido em lotes diferentes, sendo dois dos EUA, nos anos 70 e 80, e um da Jordânia, nos anos 2000, a frota brasileira de F-5 chegou a contar com 60 aeronaves, porém, o número desses aviões que permanecem em operação não é conhecido.

Veja: Os caças F-5 da FAB são sucateados?

Contando com um sistema de reabastecimento aéreo, os F-5 possuem um alcance diferenciado em relação ao tempo de voo e chegam a entregar 1.700 km/h em voo livre, além da capacidade de carregar até 2,8 toneladas de mísseis, bombas e foguetes.

Após a desativação dos caças Mirage 2000, em 2013, os F-5 passaram, então, a desempenhar o papel de principal caça do Brasil e, mesmo após a chegada dos Gripen, não possuem previsão para aposentadoria.

AMX A-1

Caça AMX A-1, da Força Aérea Brasileira

Também de produção brasileira, o AMX é um caça-bombardeiro leve desenvolvido pela Embraer em parceria com a Aeritalia e a Aermacchi, fabricantes italianas, e é o avião militar de fabricação brasileira mais avançado, até o momento.

Veja: 7 aeronaves militares produzidas pela EMBRAER

Seu primeiro voo se deu em 1984 e, após a conclusão dos testes, cinco anos depois, passou a compor a frota brasileira, onde permanece em atividade até os dias de hoje. Seu potencial de voo alcança a velocidade máxima de 1.020km/h e sua capacidade de carga bélica chega a 3 toneladas.

Atualmente, 53 exemplares do A-1 seguem sob domínio da FAB, sendo que 43 deles fazem parte de um programa de modernização guiado pela Embraer, onde deverão ser instalados equipamentos mais avançados e um radar com um updrade no alcance.

Mirage 2000

Caças Mirage 2000, da Força Aérea Brasileira

Pode até parecer brincadeira ou coincidência, mas o melhor dentre os caças a jato que já fizeram parte da frota brasileira foi posto em atividade apenas como um improviso diante de uma grande necessidade. Isso porque após a aposentadoria dos Mirage III a FAB se viu em uma verdadeira sinuca de bico por conta de atrasos do Projeto FX-2, que visava selecionar o novo caça supersônicos da FAB.

Devido a isso, o Brasil acabou adquirindo do governo francês 12 unidades de segunda mão do Mirage 2000 como tapa buraco, enquanto as negociações do Projeto FX-2 não progrediam. Passando de incríveis 2.500km/h, o Mirage possuía sensores com eficácia de até 100 km, além de ser equipado com armas inteligentes. Sua operação se deu de 2008 a 2013.

Saab JAS 39 Gripen

JAS 39E Gripen da Força Aérea Brasileira

Designado no Brasil como F-39 Gripen, este foi o caça definido pelo Projeto FX-2 para ocupar a posição de principal avião a jato da FAB. De produção sueca, estas aeronaves são capazes de alcançar uma velocidade duas vezes maior que a velocidade do som, cerca de 2.460 km/h, além de possuírem um alcance de combate próximo de 1000 km, com possibilidade de ampliação com o auxílio do reabastecimento aéreo.

Em outubro de 2021, quatro das 36 unidades adquiridas pelo governo brasileiro foram entregues pela companhia sueca Saab à FAB. A entrega de todas as aeronaves está prevista para ser concluída somente em 2024.

Duas versões deste jato farão parte da Força Aérea Brasileira, a F-39E e F-39F, para um e dois tripulantes, respectivamente. A longo prazo, o Gripen será o marco da aposentadoria do F-5 e do AMX, ainda em operação na frota nacional, uma vez que junto às 36 unidades da aeronave o Brasil também adquiriu a transferência de tecnologia, possibilitando a fabricação do avião em território brasileiro.

Bônus: Douglas A-4 Skyhawk (Marinha do Brasil)

AF-1M Falcão, da Marinha do Brasil

Ledo engano de quem pensa que somente em embarcações se sustenta a Marinha do Brasil. Nossa marinha também possui jatos de combate, mais especificamente, o caça-bombardeiros Douglas A-4 Skyhawk.

Sua aquisição data de 1998, com a finalidade de incorporá-los a operações navais fazendo-os decolar do porta-aviões NAe São Paulo, hoje desativado. Na FAB, sua designação era AF-1 Falcão, passando para AF-1M Falcão após sua revitalização.

Amplamente utilizado em ações no Vietnã e no Oriente Médio, pelos EUA e por Israel, respectivamente, as aeronaves agora pertencentes ao Brasil eram de propriedade do Kuwait, que por sua vez os utilizou em ações contra o Iraque, no decorrer da Guerra do Golfo, em 1991.

Apesar de antigo, de 1950, e de ser um tanto quanto obsoleto quanto ao seu poder de voo, apenas 1.080km/h, o AF-1 Falcão surpreende por sua grande capacidade de carga, podendo transportar até 5 toneladas de equipamentos.

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