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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Japan Airlines vai comprar jatos regionais em 2025 e Embraer surge como favorita

Companhia aérea pretende renovar frota de aviões de até 100 assentos a partir de 2028, mas não há (quase) opções no mercado além da empresa brasileira
Um dos 18 E190 da J-Air, subsidiária da Japan Airlines
Um dos 18 E190 da J-Air, subsidiária da Japan Airlines (Alan Wilson)

 


A Japan Airlines (JAL) pretende fechar uma encomenda de jatos regionais em 2025, afirmou Yuji Saito, CEO da empresa aérea, à Aviation Week.

Segundo o chefe da companhia, as entregas das aeronaves terão início no ano fiscal de 2028, ou seja, a partir de abril daquele ano.

Embora não tenha citado uma fabricante, a Embraer surge como praticamente a única alternativa já que não há outros fabricantes atuando no segmento até 100 assentos.

A Airbus poderia oferecer o A220-100, mas que possui uma capacidade de passageiros mais elevada.

A 1.500° aeronave da ATR, um modelo ATR 72-600, foi entregue a Japan Air Commuter (ATR)
Um ATR 72-600 da Japan Air Commuter (ATR)

A Swiss e a ITA Airways, por exemplo, voam com o modelo em classe única com 125 assentos enquanto a Delta Air Lines possui uma cabine com 12 assentos na executiva e 97 na econômica.

A J-Air, subsidiária do Grupo JAL, opera o Embraer E190 como sua maior aeronave. O jato regional leva 15 passageiros na executiva e 80 na econômica, portanto, 14 lugares a menos.

O E195-E2 Tech Lion em Tóquio
O E195-E2 Tech Lion em Tóquio (Tatsuyuki TAYAMA/Aviation Wire)

Questão demográfica

Mas é a questão demográfica do Japão que joga contra aviões maiores. A população do país está encolhendo e a tendência é que as rotas regionais não cresçam nos próximos anos.

Nesse cenário, a Embraer tem o E175, que pode acomodar mais do que os 76 assentos em classe única dos E170 hoje operados pela J-Air.

Além dele, há o E190-E2, aeronave com desempenho mais eficiente, mas que é configurada para cerca de 114 lugares em classe única.

Um dos protótipos do SpaceJet M90 sendo destruído nos EUA
Um dos protótipos do SpaceJet M90 sendo destruído nos EUA (Wade Sackett)

Há dois anos, a Embraer demonstrou a família E2 no Japão para operadoras locais, aproveitando o fim do programa SpaceJet, da Mitsubishi.

Os jatos japoneses M100 e M90 seriam rivais diretos dos E-Jets e tinham pedidos da All Nippon e Japan Airlines. Mas o projeto sucumbiu em meio a enormes atrasos e custos exorbitantes.

O Grupo JAL opera também turboélices ATR, porém, Saito afirmou claramente que o plano é receber novos jatos regionais.

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