A Japan Airlines (JAL) pretende fechar uma encomenda de jatos regionais em 2025, afirmou Yuji Saito, CEO da empresa aérea, à Aviation Week.
Segundo o chefe da companhia, as entregas das aeronaves terão início no ano fiscal de 2028, ou seja, a partir de abril daquele ano.
Embora não tenha citado uma fabricante, a Embraer surge como praticamente a única alternativa já que não há outros fabricantes atuando no segmento até 100 assentos.
A Airbus poderia oferecer o A220-100, mas que possui uma capacidade de passageiros mais elevada.
A Swiss e a ITA Airways, por exemplo, voam com o modelo em classe única com 125 assentos enquanto a Delta Air Lines possui uma cabine com 12 assentos na executiva e 97 na econômica.
A J-Air, subsidiária do Grupo JAL, opera o Embraer E190 como sua maior aeronave. O jato regional leva 15 passageiros na executiva e 80 na econômica, portanto, 14 lugares a menos.
Questão demográfica
Mas é a questão demográfica do Japão que joga contra aviões maiores. A população do país está encolhendo e a tendência é que as rotas regionais não cresçam nos próximos anos.
Nesse cenário, a Embraer tem o E175, que pode acomodar mais do que os 76 assentos em classe única dos E170 hoje operados pela J-Air.
Além dele, há o E190-E2, aeronave com desempenho mais eficiente, mas que é configurada para cerca de 114 lugares em classe única.
Há dois anos, a Embraer demonstrou a família E2 no Japão para operadoras locais, aproveitando o fim do programa SpaceJet, da Mitsubishi.
Os jatos japoneses M100 e M90 seriam rivais diretos dos E-Jets e tinham pedidos da All Nippon e Japan Airlines. Mas o projeto sucumbiu em meio a enormes atrasos e custos exorbitantes.
O Grupo JAL opera também turboélices ATR, porém, Saito afirmou claramente que o plano é receber novos jatos regionais.
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