Um intenso confronto aéreo entre cerca de 125 caças indianos e paquistaneses durou mais de uma hora, configurando-se como um dos maiores embates aéreos registrados nas últimas décadas, conforme relatado por uma fonte de segurança paquistanesa à CNN. Caso o número de aeronaves envolvidas seja confirmado, este episódio entrará para a história como uma das batalhas aéreas mais significativas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O combate, ocorrido na quarta-feira (07/05), evidencia a gravidade das tensões entre os dois países, ambos potências nucleares e detentores de forças militares convencionais entre as mais poderosas do mundo. O incidente também ressalta os riscos de uma possível escalada caso os esforços diplomáticos não consigam conter a crise desencadeada após um ataque contra turistas na região da Caxemira administrada pela Índia.
Autoridades paquistanesas afirmaram que seus caças abateram cinco aeronaves indianas durante o embate, descrevendo-o como um dos mais extensos e prolongados da aviação militar recente. No entanto, essas alegações não foram imediatamente verificadas por fontes independentes, e a CNN não conseguiu confirmar os detalhes do confronto.
Segundo a rede de notícias americana, os caças de ambos os lados permaneceram em seus respectivos espaços aéreos durante o conflito, trocando mísseis de longo alcance a distâncias superiores a 160 quilômetros. Enquanto os pilotos indianos realizaram múltiplas incursões sobre alvos estratégicos, o Paquistão emitiu alertas em áreas potencialmente vulneráveis para reduzir danos civis. A fonte paquistanesa destacou que nenhum dos lados atravessou a fronteira, evitando um cenário semelhante ao de 2019, quando um piloto indiano foi abatido, capturado e exibido na mídia paquistanesa — um episódio constrangedor que ambos os exércitos prefeririam não repetir.
Os combates aéreos têm sido um elemento decisivo nos conflitos desde o início do século XX, moldando alguns dos momentos mais críticos da história militar. Embora seu auge tenha ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial, batalhas anteriores, como a Batalha Aérea de St. Michel em 1918, já demonstravam o poder da aviação em larga escala, com cerca de 500 aeronaves alemãs enfrentando aproximadamente 1.500 aliadas, segundo registros da Universidade de Norwich.
Entre os maiores embates aéreos da história, destaca-se a Batalha de Kursk (1943), em que a Alemanha nazista mobilizou 2.000 aviões contra 2.792 da União Soviética, em um confronto que marcou a virada da guerra no front oriental.
Outro momento crucial foi a Batalha da Grã-Bretanha (1940), quando a Royal Air Force, com apenas 675 caças, resistiu a uma força alemã de até 2.800 aeronaves, evitando uma invasão nazista ao território britânico.
No Pacífico, a Batalha do Mar das Filipinas (1944) consolidou a supremacia aérea americana, com cerca de 1.000 aviões dos EUA derrotando aproximadamente 700 japoneses em um massacre que ficou conhecido como o “Great Marianas Turkey Shoot”.
No pós-guerra, os combates aéreos diminuíram em escala, mas não em importância. Durante a Guerra da Coreia, o episódio conhecido como “Quinta-feira Negra” (1951) expôs a letalidade dos caças a jatos, quando cerca de 30 MiG-15, pilotados por soviéticos, enfrentaram uma esquadrilha americana numericamente superior.

Décadas depois, em 1982, Israel demonstrou sua superioridade tática na Operação Mole Cricket 19, no Líbano, eliminando a maior parte da força aérea síria sem sofrer baixas, em um confronto que opôs 90 aeronaves israelenses contra 100 sírias.
Já em 1973, durante a Batalha de El Mansoura, entre Egito e Israel, até 164 aviões israelenses enfrentaram 62 egípcios em um combate que durou menos de uma hora, resultando em pesadas perdas para Israel, embora o país tenha se recuperado posteriormente na Guerra do Yom Kippur.

O recente confronto entre Índia e Paquistão, portanto, insere-se nesse histórico de grandes batalhas aéreas, reforçando a importância da aviação militar nos conflitos modernos e os riscos de uma escalada entre duas potências nucleares.
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