Bom momento se deve à ajuda do governo, mas trabalhadores não têm melhorias
Confirmando a boa fase que vive, a Embraer fechou mais dois contratos de venda no valor de US$ 3,2 bilhões nesta sexta-feira, dia 18, com duas empresas chinesas. Com isso, já são US$ 8,7 bilhões em contratos fechados somente este mês.
Entretanto, pouco ou quase nada vai se refletir na geração de empregos no Brasil, já que a maior parte da produção será levada para os novos parceiros da Embraer em países europeus e nos Estados Unidos.
A companhia aérea chinesa Tianjin Airlines fechou a compra de 40 aeronaves, sendo 20 da 1ª geração e 20 da 2ª geração de E-Jets. Já a empresa chinesa ICBC Leasing comprou mais 20 jatos E190-E2, em que a maioria dos componentes será fabricada no exterior.
Na terça-feira, dia 15, a Embraer já havia fechado um contrato de venda no valor de US$ 3,1 bilhões com a companhia aérea brasileira Azul. O contrato prevê 30 pedidos firmes de aeronaves E195-E2, e mais 20 opções de compra do mesmo modelo - também fabricados lá fora. O mesmo acontece com os aviões vendidos para a norte-americana Trans States. O negócio, no valor de US$ 2,4 bilhões, prevê 50 pedidos firmes de aeronaves E175-E2, além de 50 opções de compra.
Dinheiro público
Os contratos bilionários fechados pela Embraer se devem, em grande parte à ajuda direta do governo. Além dos financiamentos e empréstimos obtidos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a empresa foi uma das grandes beneficiadas com a desoneração da folha de pagamento.
Outro exemplo de ajuda direta é o desenvolvimento do cargueiro militar KC-390. Além dos R$ 800 milhões liberados pelo governo federal para a produção do projeto, a Força Aérea Brasileira assinou um contrato para produção em série do cargueiro, no valor de R$ 7,2 bilhões.
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