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sábado, 21 de junho de 2025

Embraer segue na briga por encomenda de 100 aeronaves regionais da AirAsia

Fotomontagem

Tony Fernandes, CEO do grupo Capital A, que opera a AirAsia, anunciou que está em negociações para adquirir entre 50 a 70 jatos Airbus A321 XLR nos próximos meses. Contudo, ele enfatizou que a prioridade imediata da companhia é concluir o processo de reestruturação financeira.

A maior companhia aérea de baixo custo da Ásia também está em conversações para a compra de 100 jatos regionais, entre eles o Airbus A220 e o Embraer E2, embora Fernandes tenha descartado a possibilidade de um anúncio de pedido durante o Salão Aéreo de Paris.

“Estamos ainda trabalhando bastante com a Airbus e outros fabricantes, e espero que possamos fazer algo nos próximos um a três meses”, afirmou Fernandes em entrevista à Reuters. Ele destacou a importância de finalizar a reestruturação da empresa antes de se comprometer com novas aquisições, mencionando que a AirAsia está “de volta à fase de crescimento”.

A AirAsia opera uma frota totalmente composta por aeronaves Airbus e é um dos maiores clientes da fabricante, tendo passado por uma série de reestruturações em seus pedidos devido às dificuldades financeiras enfrentadas durante a pandemia.

A empresa não fez novos pedidos desde o início da crise, mas recebeu quatro jatos Airbus em agosto, marcando um novo marco em sua trajetória de crescimento.

A companhia, que foi severamente impactada pelas restrições de viagem da pandemia, foi classificada em 2022 como financeiramente em dificuldades pela bolsa de valores da Malásia.

A AirAsia espera sair dessa classificação até meados deste ano, enquanto busca uma recuperação. Fernandes planeja vender o negócio de aviação da AirAsia para a unidade de longa distância AirAsia X, consolidando as operações de voos de curta e longa distância sob uma única marca.

O CEO mencionou que a empresa precisa de cartas de consentimento dos credores, dos quais “praticamente todos” já foram obtidos, além de aprovação da Bolsa de Valores da Tailândia e de levantar novo capital. Ele expressou esperança de que todo o processo seja concluído até o final de julho, comentando que está “cada vez mais próximo do dia da libertação”, em referência a um retorno à estabilidade financeira.

Fernandes afirmou que novos investidores já estão “confirmados”, embora tenha se recusado a fornecer detalhes específicos antes de um anúncio formal. Informações da Bloomberg em março indicaram que o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) estaria prestes a investir na AirAsia.

“Nunca confirmamos (o PIF) ou não, mas temos todo o nosso capital garantido e assim que obtivermos as cartas de consentimento e a aprovação da Bolsa da Tailândia, anunciaremos quem é o novo capital”, disse Fernandes.

Além disso, ele mencionou que ainda está em discussões com a fabricante chinesa COMAC sobre um possível pedido de aeronaves C919, embora tensões comerciais entre os EUA e a China possam representar um obstáculo, especialmente em relação à entrega de motores. “Recebemos uma oferta da COMAC. A geopolítica não ajuda… precisamos ter confiança de que isso vai funcionar, mas é uma boa aeronave e certamente vamos analisá-la”, concluiu. 

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