A Embraer está no epicentro de uma transformação na aviação regional nos Estados Unidos, com a Mesa Airlines, dando mais detalhes do avanço de sua fusão com a Republic Airways para dar origem a uma companhia aérea que contará com mais de 300 aeronaves Embraer 170 e 175, consolidando os modelos brasileiros como a espinha dorsal da nova operação conjunta.
A Mesa concluiu sua transição para operar exclusivamente com a aeronave Embraer E175, aposentando os modelos CRJ da Bombardier. Essa alteração não apenas simplificou as operações, mas também aumentou a eficiência, resultando em um crescimento de 15,4% na utilização diária das aeronaves em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A companhia já iniciou o treinamento de mais tripulações para o E175, com operações previstas para começar até o final de agosto.
Sobre os resultados financeiros, apesar de uma queda de 16,3% na receita operacional, totalizando US$ 92,8 milhões, e da redução de contratos com a United Airlines, a Mesa apresentou um lucro líquido de US$ 20,9 milhões, revertendo o prejuízo de US$ 19,9 milhões registrado no terceiro trimestre de 2024. A dívida total da empresa foi reduzida de US$ 366,4 milhões para US$ 113,7 milhões, fortalecendo ainda mais sua posição financeira para a fusão.
A união com a Republic Airways criará uma empresa com uma receita anual estimada entre US$ 1,8 bilhão e US$ 2 bilhões. A frota conjunta, composta exclusivamente por aeronaves Embraer, será ampliada com a entrega de nove novos E175 até dezembro de 2025, além de 26 unidades adicionais entre 2026 e 2028.
Essa escala permitirá uma maior eficiência operacional e um melhor aproveitamento de recursos humanos, consolidando o E175 como o modelo preferido pelas grandes companhias aéreas parceiras.
Com a fusão, a Mesa firmará um novo contrato de compra de capacidade com a United Airlines, com validade de dez anos. Esse acordo proporcionará estabilidade e previsibilidade de receita, alinhando-se ao modelo já bem-sucedido da Republic Airways.
Jonathan Ornstein, CEO da Mesa, afirmou que a fusão representa uma transformação radical e que a Embraer é uma peça-chave na nova estrutura operacional. “Teremos a maior frota do modelo regional mais desejado do mercado, com força financeira e excelência operacional para sermos a escolha número um de nossos parceiros e passageiros”, declarou.
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