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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Lista de aeronaves das Forças Armadas do Brasil

Esta é uma lista das aeronaves em operação pelas Forças Armadas do Brasil, que engloba a Força AéreaExército e Marinha. Atualmente, as Forças Armadas do Brasil possuem a maior frota de aeronaves militares da América Latina, com aproximadamente 715 aeronaves em operação, incluindo aviões de caça, ataque ao solo, transporte, reabastecimento aéreo, treinamento, utilitários, de vigilância e helicópteros.[1]
As principais aeronaves de operação estão concentradas na Força Aérea, que utiliza principalmente o Northrop F-5E/F Tiger II, o AMX, o UH-1 Iroquois e o Embraer EMB 314 Super Tucano. Além das aeronaves em operação, a FAB, como parte do projeto de modernização da frota (Projeto FX-2), encomendou novas aeronaves, incluindo o novo caça sueco Saab Gripen NG, um dos mais modernos e eficientes do mundo,[2][3] as aeronaves de transporte Boeing KC-767[4] e o brasileiro Embraer KC-390[5] e o helicóptero Eurocopter EC 725, desenvolvido em parceria com a França e o Brasil.[6] O Exército opera apenas helicópteros e drones atualmente, como o Eurocopter EC 725, produzido no Brasil em conjunto com a França.[7] A Marinha opera como avião de ataque o McDonnell Douglas A-4 Skyhawk, além de aviões de vigilância e helicópteros.[8]

Força Aérea[editar | editar código-fonte]

Força Aérea detêm o maior número de aeronaves militares brasileiras, incluindo aviões de caça, treinamento, transporte e helicópteros.[1]
AeronaveOrigemDesignaçãoMissãoQuantidadeNotasImagemRefs
Aviões de caça
Northrop F-5E Tiger II Estados UnidosF-5EM/FMDefesa aérea einterceptação57Modernizados, serão retirados de serviço e substituídos pelo Saab Gripen NG até 2025.F-5EM (31547570846).jpg[9][10][11][12]
Aviões de ataque
AMX A-1 Brasil
 Itália
A-1BAtaque ao solo53Serão modernizadas 43 unidades para o padrão A-1M pela Embraer e Elbit Systems. Previsão de retirada de serviço em 2030, quando serão substituídos por um novo lote de Saab Gripen NG.Brazilian Air Force AMX air-to-air refuelling.jpg[13][14]
Aviões de ataque leve e treinamento
Embraer EMB-312
Tucano
 BrasilT-27Caça leve e treinamento109Utilizado pela Esquadrilha da Fumaça, grupo de demonstração aérea da FAB, entre 1983 e 2013.Embraer T-27 Tucano (EMB-312), Brazil - Air Force AN0965742.jpg[15][16][17]
Embraer EMB-314
Super Tucano
 BrasilA-29Caça leve e treinamento avançado99Utilizado principalmente para treinamentos e ataques leves. Sete destas aeronaves estão em uso pela Esquadrilha da Fumaça.Aeronave A-29 Super Tucano em voo sobre a Floresta Amazônica.jpg[18][19]
Neiva T-25 BrasilT-25Treinamento básico27Utilizado para treinamento de novos pilotos.Neiva T-25... Universal (621), Brazil - Air Force AN0889750.jpg[20]
Aviões de transporte
Airbus A319CJ FrançaVC-1AAvião Presidencial1Transporte do Presidente do Brasil em viagens longas.FAB 001 (exterior 2).jpg[21][22]
Embraer Lineage 1000 BrasilVC-2Transporte de autoridades2Transporte do Presidente e outras autoridades em viagens curtas.Embraer 190 for the Brazilian Government.jpg[23]
Boeing KC-767 Estados UnidosKC-767Transportes gerais1Utilizados para transporte de tropas e cargas entre as bases da FAB.Boeing 767 (Forca Aerea Brasileira) Rafael Luiz (28938052151).jpg[24][25][26]
EADS CASA C-295Flag of Spain.svg EspanhaC-105AEmergências15
(8 pedidos)
Utilizados principalmente para emergências médicas e operações de busca e salvamento.CASA C-105A Amazonas (C-295), Brazil - Air Force AN1976288.jpg[27][28]
Embraer EMB-110
Bandeirante
 BrasilP-95Transporte e patrulha88Transporte e patrulha marítima. 44 aeronaves serão modernizadas e 44 serão desativadas.Embraer EMB 110 (Forca Aerea Brasileira) (9028199498).jpg[29]
Embraer EMB-120
Brasília
 BrasilC-97Transporte17Transporte para aeroportos dotados de pista curtas ou sem pavimentação.Embraer EMB 120 (Forca Aerea Brasileira) 2014@CGH 18AUG14 (15422477730).jpg[30]
Embraer EMB-121
Xingu
 BrasilVU-9Transporte8Sendo desativado gradativamente e substituído pelos Embraer EMB-110 Bandeirante e Embraer EMB 120 Brasilia.EMB-121 marine.JPG[30]
Embraer ERJ BrasilVC-99Transporte11Transporte de cargas, apoio a missões do Exército e Marinha e auxilio médico.Embraer VC-99B Legacy (EMB-135BJ), Brazil - Air Force AN1985535.jpg[31]
Learjet 35 Estados UnidosVC-35Transporte e fotografias12Transporte de autoridades e fotografias aéreas.2714 Learjet 35 ( VU-35A ) Forca Aerea Brasileira (7375931058).jpg[32]
Cessna 208 Estados UnidosC-98Utilitário17Transporte de autoridades, tropas ou cargas para aeroportos dotados de pouca infraestrutura.Cessna 208 Caravan (Forca Aerea Brasileira) EXPOAER-2015-SBCO (30579053321).jpg[33]
Lockheed C-130 Hercules Estados UnidosKC-130HTransporte e reabastecimento em voo23Transporte de tropas e cargas e reabastecimento em voo.C-130E (828758697).jpg[34][35]
Helicópteros
Bell 206 Estados UnidosH-4BUtilitário4Utilizados principalmente para transporte, reconhecimento e treinamento.Bell JetRanger Brazilian Navy 2003.jpg[36][37]
Sikorsky UH-60 Estados UnidosH-60LCombate16
(15 pedidos)
Utilizados em combates, buscas e salvamentos.UH-60 Black Hawk (Forca Aerea Brasileira) EXPOAER-2015-SBCO (30578990361).jpg[38]
Eurocopter EC135 Brasil
 França
VH-35Transporte2Transporte de autoridades e tropas.EC135Bundespolizei.jpg[39]
Eurocopter Ecureuil Brasil
 França
H-50Utilitário e ensaios em voo40Utilizado principalmente para transporte e treinamento.29.10.08 vôo SJC 036.jpg[40]
Eurocopter EC725 Brasil
 França
H-36Combate e transporte16Transporte de autoridades e uso em combate.EC-725 (7809825224).jpg[6]
Mil Mi-24 RússiaAH-2Ataque12Ataque ao solo.Ministro da Defesa, Jaques Wagner, visita a Base Aérea de Porto Velho - RO (16918252115).jpg[41]
Aviões de vigilância aérea
Lockheed P-3 Orion Estados UnidosP-3MPatrulha marítima9Patrulha do litoral brasileiro.Orion.usnavy.750pix.jpg[42]
Embraer EMB-145
AEW&C
 BrasilE/R-99Alerta aéreo8Alerta aéreo e sensoriamento remoto.R-99a-fab6704.jpg[43]
Elbit Hermes 450 IsraelRQ-450Vigilância e reconhecimento4Drones utilizados para reconhecimento.Hermes 450.jpg[44]
Elbit Hermes 900 IsraelRQ-900Vigilância e reconhecimento1Drone utilizado durante grandes eventos, como a Copa do Mundo FIFA de 2014 e os Jogos Olímpicos de Verão de 2016.Elbit Hermes 900s.JPG[45]
Futuras aeronaves
Embraer KC-390 BrasilKC-390Transporte e reabastecimento em voo30 pedidosAeronave em desenvolvimento e testes em voo. Previsão para entrar em serviço a partir de 2018.Apresentação KC-390 (15576572716).jpg[46][47]
Saab JAS-39 Gripen SuéciaFX-2Multifunção110 pedidosForam encomendados um total de 108 caças, que substituirão todos os Mirage 2000 (já desativados), F-5M (desativados até 2025) e AMX (modernizados, desativados até 2030).Exibição do Caça Gripen NG para comitiva Brasileira na SAAB (13701555025).jpg[48][49]

Exército[editar | editar código-fonte]

Atualmente, o Exército Brasileiro utiliza apenas aeronaves de asas rotativas, mas há planos para a aquisição de aeronaves com asas fixas.[50]
AeronaveOrigemDesignaçãoMissãoQuantidadeNotasImagemRefs
Helicópteros
Eurocopter EC725 Brasil
 França
HM-4Transporte4
(14 pedidos)
Transporte de autoridades e uso em combate.Brazilian helicopters conduct deck landing qualifications aboard PCU America 140804-N-LQ799-090.jpg[6][51]
Eurocopter AS532 Cougar Brasil
 França
HM-3Transporte8Apto para emprego em missões de combate, apoio ao combate e apoio logístico.Brazilian AS332 Super Puma 2012.jpg[52]
Sikorsky UH-60 Estados UnidosHM-2Transporte4Há planos de se adquirir mais unidades. Helicóptero de transporte tático.Brazilian military helicopter underway, 2012.jpg[53]
Eurocopter Panther Brasil
 França
HM-1Multiuso34Helicóptero multifunções, pode realizar o transporte de tropas, cargas e auxílio em combate.Eurocopter AS565SB Panther ‘192’ (21762752939).jpg[54]
Eurocopter Ecureuil Brasil
 França
HA-1Multiuso35Utilizados em evacuações aeromédicas, transportes de carga externa, infiltração de pessoal, combate e reconhecimento.29.10.08 vôo SJC 036.jpg[55]
Veículos aéreos não tripulados (VANT)
VANT VT-15 BrasilFT-200Drone3Utilizados para missões de reconhecimento e patrulhamento.VT-15 em Vôo - Batalhão de Aviação do Exército - Taubaté.jpg[56]
Horus FT-100 BrasilFT-100Drone4Utilizados para missões de reconhecimento e patrulhamento.Horus 1 - Passagem Baixa.jpg[57]

Marinha[editar | editar código-fonte]

Marinha do Brasil utiliza majoritariamente helicópteros em suas operações, porém também possui aeronaves de ataque e transporte.[58]
AeronaveOrigemDesignaçãoMissãoQuantidadeNotasImagemRefs
Aviões de ataque
McDonnell Douglas A-4 Skyhawk Estados UnidosTA-4MBInterceptação e ataque20Em processo de modernização pela Marinha.Aniversário da Aviação Naval (9599483401).jpg[59][60]
Aviões de transporte
Grumman C-1 Estados UnidosTF-1Transporte8Modernizados, empregados no transporte de tropas e cargas.Grumman C-1A Trader (TF-1), USA - Navy AN0823655.jpg[61]
Helicópteros
Sikorsky SH-3 Sea King Estados UnidosSH-3BAtaque4Ataque a submarinos e navios.SH-3B Sea King Brazil (23362547549).jpg[62]
Eurocopter AS332 Super Puma FrançaUH-14Busca, salvamento e transporte7Utilizados para transporte de autoridades, além de missões especiais de busca e salvamento.Brazilian AS332 Super Puma 2012.jpg[63]
Westland Lynx Reino UnidoAH-11BAtaque e reconhecimento12Empregados para treinamentos, ataques e reconhecimento de áreas.Helicopter of the Brazilian Navy.jpg[64]
Eurocopter Ecureuil Brasil
 França
UH-12Utilitário26Diversas funções, principalmente apoio aéreo aos navios e fuzileiros navais.Navy squirrel helicopter acrobatics display.jpg[65]
Eurocopter EC725 FrançaUH-15ATransporte16Transporte de autoridades e tropas.EC725 Super Cougar in the Brazilian Navy - 7103 (1).jpg[66]

Ver também[editar | editar código-fonte]

    ILUSTRAÇÕES DA AVIAÇÃO BRASILEIRA E MUNDIAL



    A-29 Super Tucano em operação na Força Aérea dos EUA


    Em 2016, as aeronaves A-29 realizaram 320 surtidas de combate e empregaram armamento em 138 delas. (Foto: Kaiser Konrad, Diálogo)

    No 81º Esquadrão de Caça da Força Aérea dos EUA, em Moody, Georgia, pilotos americanos e afegãos voam a avançada aeronave de contrainsurgência A-29 Super Tucano

    Por Kaiser Konrad/Diálogo
    A Base Aérea de Moody está localizada no estado da Geórgia, nos Estados Unidos. Desde 2006, é a casa da 23ª Ala Aérea do Comando de Combate da Força Aérea dos EUA (USAF, por sua sigla em inglês). Ali estão baseadas suas três principais unidades: o 23º Grupo de Caça, que reúne dois esquadrões e a maior frota de A-10C Thunderbolt II da USAF, com mais de 90 pilotos, sendo esta uma unidade de pronto emprego capaz de ser desdobrada para qualquer lugar do mundo em pouco tempo; o 347º Grupo de Resgate, composto por três esquadrões, um equipado com aeronaves HC-130P Combat King, outro com helicópteros HH-60G Pave Hawk e um terceiro formado por Anjos da Guarda, sendo a mais antiga unidade da USAF, exclusivamente dedicada a missões de Busca e Resgate em Combate (C-SAR, por sua sigla em inglês). Esta base aérea foi escolhida em 2014 para receber o 81º Esquadrão de Caça (81st FS, por sua sigla em inglês), sendo sede do programa Light Aircraft Support (Apoio de Aeronaves Leves, ou LAS, por sua sigla em inglês) e das novas A-29 Super Tucano, aeronaves turboélice de ataque leve e treinamento.
    81st Fighter Squadron
    As atividades começam cedo na Base Aérea de Moody. Reunidos no auditório do 81st FS, os pilotos da Força Aérea do Afeganistão são sabatinados por experientes pilotos de combate da USAF. Naquela manhã, eles deveriam saber identificar nas imagens aéreas a localização exata de um alvo passado pela tropa em solo, mas que não era designado por laser. Não seria uma tarefa fácil, pois ele estava numa zona urbana e, vistas de cima, as construções são muito parecidas umas às outras. Era como encontrar uma agulha no palheiro, mas os pilotos que cumprem missões de ataque ao solo devem conseguir identificar isso, pois deles dependem as vidas dos colegas lá embaixo, que sob fogo inimigo, requisitam imediato apoio aéreo aproximado. Esses pilotos também precisam evitar os danos colaterais e saber escolher o armamento correto e utilizá-lo da forma mais precisa possível, pois as tropas que requisitam o apoio aéreo, assim como os civis que vivem ao redor, são seus compatriotas ou de forças aliadas, cuja proteção precisa ser assegurada.
    O 81st FS foi criado em 15 de janeiro de 1942, participando ativamente da Segunda Guerra Mundial. Em 1988, ao receber os aviões F-16 Fighting Falcon, se tornou a primeira unidade da USAF a utilizar duas diferentes aeronaves no mesmo elemento de combate. Os “Panteras”, como é conhecido o 81st FS, foi a primeira unidade de combate da USAF a receber para um programa de treinamento a versátil e poderosa aeronave de contrainsurgência A-29 Super Tucano, que havia sido selecionada pelos americanos para o programa LAS. O objetivo era o fornecimento inicial de 20 aeronaves para a Força Aérea do Afeganistão.
    O programa LAS tinha como requerimento uma aeronave leve e de alta resistência e confiabilidade, uma plataforma madura genuinamente de combate, mas que tivesse um custo operacional significativamente inferior aos caças em operação. Essa aeronave deveria ser capaz de executar missões de inteligência, vigilância e reconhecimento, realizar ataques empregando uma grande variedade de armamentos convencionais e inteligentes, operar em terrenos acidentados e em condições extremas, sendo capaz de lutar e vencer em cenários de conflitos de baixa intensidade e de contrainsurgência.
    No Afeganistão, os A-29 estão sendo equipados com bombas guiadas a laser GBU-58 e GBU-12 Paveway II, ou são equipados com até 40 foguetes de saturação ou um pod com metralhadora de 20 mm sob a fuselagem, além das duas metralhadoras orgânicas de 12.7 mm. (Foto: Kaiser Konrad, Diálogo)
    Formação de pilotos afegãos
    A rotina diária em Moody é composta por aulas teóricas, atividades no simulador de voo e a realização de pelo menos 10 surtidas por dia entre os pilotos. Cada piloto faz uma no período da manhã e outra à tarde. Geralmente são necessários seis meses para um piloto realizar a conversão de uma aeronave a outra, mas com o Super Tucano isso é bem suave e somente 19 surtidas são suficientes. A aviônica do A-29 é muito parecida com a do F-16. O painel tem três grandes telas multifuncionais coloridas e um sistema é muito amigável, permitindo ao piloto e copiloto acessar informações de vários sensores. A USAF está aprendendo muito com a aeronave e todas as suas capacidades.
    O “treinamento pressupõe a realização repetitiva de tarefas de modo a alcançar o padrão de desempenho esperado”, disse o Coronel João Alexandro Vilela, piloto de caça da reserva da Força Aérea Brasileira. “Assim, como aeronave de treinamento, o turboélice Super Tucano permite operacionalizar as tarefas de treinamento de caça com menor custo. Adicionalmente, sua sofisticada cabine cria um ambiente tecnológico de modo a aprimorar a capacidade de julgamento e processo decisório do piloto, em tempo real, juntamente com as habilidades de coordenação motora exigida por caças com cabines de 4ª geração. Como aeronave de ataque leve, respeitando as condições do cenário operacional, ele permite empregar seu sistema de armas com eficácia e alta precisão”.
    O programa LAS vai treinar 30 pilotos de ataque afegãos e entregar 20 aeronaves A-29, sendo que a maior parte delas já foi entregue ao Afeganistão. “Os alunos vêm de diversas origens, mas eles são os melhores em seus locais de origem”, afirmou o Tenente-Coronel da USAF Ryan Hill, comandante do 81st FS. “Alguns receberam treinamento inicial no T-6 aqui nos EUA, enquanto outros treinaram no Afeganistão. Muitos dos nossos alunos têm experiência anterior no Cessna 208, voando CASEVAC (evacuação de acidentes, por sua sigla em inglês) e missões de transporte em todo o Afeganistão”.
    Pelo menos 17 instrutores da USAF apoiam a formação dos pilotos afegãos, a maior parte deles capitães e majores com experiência em combate e provenientes de esquadrões de A-10, F-16 e F-15E. A fase de treinamento inclui voo em formação, navegação à baixa altura, manobras táticas, modalidades de ataque com diversos tipos de armamento, com foco em missões de apoio aéreo aproximado. Enquanto se preparam em Moody, os alunos usam munição de treinamento, incluindo as bombas BDU-33, foguetes com cabeça de guerra inerte e munição de metralhadora de 12.7 mm não-incendiária. Quando chegam ao Afeganistão, os pilotos vão para o estande de tiro nas cercanias de Cabul treinar com armamento real antes de empregá-los em combate.
    Simulador do A-29: A moderna aviônica do Super Tucano composta por três telas multifuncionais coloridas é um dos importantes diferenciais da aeronave e que permite ampliar a consciência situacional dos pilotos em complexas missões de combate. (Foto: Kaiser Konrad, Diálogo)
    O Super Tucano em combate
    Os primeiros quatro Super Tucano chegaram ao Afeganistão em janeiro de 2016, tendo sua base de operações no Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul, a capital afegã. Sua primeira surtida de combate não demorou a acontecer. No dia 15 do mesmo mês, na província de Badakhsan, no nordeste do país, três ataques aéreos noturnos foram conduzidos no vale de Khostak. Desde então, começaram a executar de duas a quatro missões por semana. Durante todo o ano de 2016 as aeronaves realizaram 320 surtidas de combate e empregaram armamento em 138 delas. O Super Tucano tem fornecido poder aéreo estratégico ao governo afegão e à renascida Força Aérea do país. Essas aeronaves possuem maior alcance, capacidade de resposta e potência de fogo do que outros sistemas de armas.
    Graças à sua flexibilidade, baixo custo e precisão, ao A-29 recai a responsabilidade de executar duas das principais modalidades de ataque no teatro afegão, o Close-Air Support (apoio aéreo aproximado), que é conduzido quando um controlador aéreo avançado de um comboio ou patrulha sob ataque direto ou emboscada, requisita e coordena fogo imediato sobre o inimigo localizado muito próximo da sua posição, sendo o controlador responsável pela ação; e o Close-Combat Attack (ataque de combate aproximado), similar ao anterior, no entanto, quando o piloto é requisitado para fornecer o apoio aéreo aproximado ele realiza um ataque deliberado contra o alvo em questão com o armamento e modo de livre escolha, sendo responsável pela ação e suas consequências. Os A-29 têm sido usados para atacar alvos pré-selecionados, veículos, bases de treinamento e para matar lideranças insurgentes e terroristas, tal qual foi feito com sucesso na Colômbia.
    Outra tarefa importante é a escolta de comboios, e as aeronaves se mostraram mais eficientes do que os helicópteros armados ou genuinamente de ataque. Neste caso, os aviões fazem o reconhecimento da rota dentro de um raio de quatro a seis milhas para depois manter o comboio na condição visual entre 25 e 30 graus, na posição da metralhadora da asa esquerda. No caso de perder contato com os veículos o piloto deve fazer um rasante sobre eles para ser visto. O importante é sempre pensar como o inimigo. Se o comboio for atacado ou sofrer uma emboscada o A-29 deve escalar a força mostrando sua presença. O objetivo é fazer com que o inimigo abandone sua intenção hostil, por isso a aeronave precisa ser vista e ouvida.
    “Os pilotos têm sido muito bem-sucedidos. Eles trabalham em coordenação direta com as forças terrestres e têm conseguido extrema precisão no seu emprego de armas contra as forças inimigas”, declarou o Ten Cel Hill.
    O Afeganistão possui 407 distritos, 133 deles estão sendo contestados e 41 estão sob controle do Talibã, o que tem dado muito trabalho às forças de segurança do país. Para agravar ainda mais a situação, existe o avanço do Estado Islâmico naquela região, por isso os Super Tucano têm sido cada vez mais requisitados. Eles podem responder a um ataque a comboio a uma velocidade três vezes maior do que a de um helicóptero e carregam uma maior quantidade e variedade de armas de precisão e saturação, o que tem sido um fator decisivo.

    “O Super Tucano foi a escolha certa para o Afeganistão”, disse o Ten Cel Hill. “Os pilotos que treinamos aqui no 81º FS alcançaram sucesso imediato no campo de batalha. A aeronave tem se comportado bem no ambiente hostil, fornecendo uma plataforma de armas confiável e eficaz para os militares afegãos. Foi uma oportunidade maravilhosa para nós treinar os afegãos nessa plataforma e ajudá-los a construir sua Força Aérea de combate. Também, como aprendemos mais sobre o emprego do Super Tucano, tivemos a oportunidade de trocar conhecimentos com os brasileiros e colombianos. Esses relacionamentos são importantes para nós e nos fornecem algumas ótimas ideias e técnicas. Planejamos continuar esses relacionamentos no futuro”, concluiu.

    Embraer e American Airlines assinam contrato para dez jatos E175


    São José dos Campos, Brasil, 31 de outubro, 2017 – A Embraer e a American Airlines Inc., assinaram um pedido firme para dez jatos E175. A American Airlines está exercendo direitos de compra (purchase rights) do contrato original assinado com a Embraer em 2013. O novo pedido é um acréscimo ao acordo firmado em abril para quatro aeronaves; o valor é de USD 457 milhões, com base nos atuais preços de lista, e será incluído na carteira de pedidos firmes da Embraer (backlog) do quarto trimestre. As entregas começarão em 2018, continuando até meados de 2019.
    Combinado com dois pedidos anteriores de E175 da companhia aérea, este novo contrato resulta em um pedido total de 74 aeronaves deste modelo pela American Airlines.
    A American Airlines selecionou a Envoy, subsidiária integral da American Airlines Group Inc., para operar as dez aeronaves, que serão configuradas com 12 assentos de Primeira Classe, 20 de classe econômica Extra e 44 lugares na classe econômica, em um total de 76 assentos.
    “Pelo excelente desempenho operacional, o E175 provou ser a solução correta para a American. Esse novo pedido demonstra a confiança que a companhia deposita na Embraer e no E175”, disse Charlie Hills, Vice-Presidente de Vendas e Marketing para a América do Norte da Embraer Aviação Comercial. “Estamos orgulhosos em ser parte da visão de frota da American Airlines Inc., e estamos dedicados a servir suas necessidades de negócios”.
    Incluindo este novo contrato, a Embraer vendeu mais de 390 jatos E175 para companhias aéreas na América do Norte desde janeiro de 2013, com mais de 80% do total de pedidos no segmento de jatos de até 76 assentos.
    Desde sua entrada em serviço, a família de E-Jets recebeu mais de 1,8 mil pedidos e mais de 1,3 mil aeronaves foram entregues. Atualmente, os E-Jets estão voando em frotas de 70 clientes em 50 países. Esta versátil família de 70 a 150 assentos voa em companhias aéreas de baixo custo, regionais e de linha principal.
    FONTE: Embraer