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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

conheça as armas que equipam os caças AMX da FAB

Display de armamentos do A-1 AMX da FAB. Caça-bombardeiro pode carregar diversas armas e equipamentos, principalmente para atingir alvos em solo. Foto: João Paulo Moralez.

Display de armamentos do A-1 AMX da FAB. Caça-bombardeiro pode carregar diversas armas e equipamentos, principalmente para atingir alvos em solo. Foto: João Paulo Moralez.

Em meados dos anos 1980, Brasil e Itália se juntaram para desenvolver um novo caça-bombardeiro. O resultado do projeto conduzido pela Aeritalia, Aermacchi e Embraer foi o AMX, que permanece em serviço com a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Aeronautica Militare Italiana (AMI), embora já no fim de sua vida operacional. 

Além de investir na criação da aeronave – algo que foi fundamental para o crescimento da Embraer – o governo brasileiro adquiriu um total de 56 A-1 (como o caça foi batizado pela FAB), ainda que o desejo inicial fosse para 79 unidades.

O AMX entrou em serviço no Brasil na década de 1990 com o esquadrão Adelphi (1º/16º GAv) da Base Aérea de Santa Cruz (RJ), mais tarde sendo entregue aos esquadrões Poker (1º/10º GAv) e Centauro (3º/10º GAV) da Base Aérea de Santa Maria (RS). Com a desativação da unidade carioca em 2016, restaram apenas os esquadrões do RS operando o A-1. 

Testado em combate na Europa e Oriente Médio pela Itália e atuando em missões contra o garimpo e tráfico com a FAB, o AMX se provou uma excelente plataforma de ataque ao solo e reconhecimento tático, valendo-se de sua grande autonomia e capacidade para carregar até 3,8 toneladas de bombas, mísseis e sensores. 

E parte dessa carga  foi mostrada em uma foto recente do jornalista João Paulo Moralez, da Hunter Press. A imagem, cedida ao Aeroflap, mostra um display dos armamentos que equipam o A-1 AMX da FAB.

Foto: João Paulo Moralez.

Como explica o autor da imagem em outra matéria, a maior parte do leque de armamentos disponível para o AMX é voltado para atingir alvos em solo.

Na imagem vemos: 

  • Bomba Mk.82 de 500 libras (3). O AMX pode carregar toda a série de bombas de emprego geral Mk.80 (81, 83 e 84 de 250, 1000 e 2000 libras, respectivamente), desenvolvida nos EUA;
  • Bomba Incendiária BINC-300 (5). 
  • Casulo SUU-20 de treinamento (11), podendo carregar seis bombas BEX-11 ou BDU-33 (12) e mais quatro foguetes de 70mm;
  • Bomba Lança Granadas BLG-252 (6). Também conhecida como bomba de fragmentação, a BLG carrega 248 granadas, cada uma pesando 750 gramas; a munição tem um peso total de 324 kg;
  • Bombas BAFG-230 com o kit de orientação por laser Lizard II (7), carregadas em dupla através do twin carrier pod (16). A BAFG (Bomba Aérea de Fins Gerais) é a versão nacional da série Mk.80 norte-americana. Com o kit lizard (similar ao Paveway dos EUA), a BAFG se torna uma arma inteligente.
  • Todo esse material está disposto em cima de um alvo para treinamento de emprego ar-solo (18).
A-1AM armado com quatro bombas BAFG-230. Imagem: FAB/Divulgação.

A-1AM armado com quatro bombas BAFG-230. Imagem: FAB/Divulgação.

Apesar da boa autonomia, o A-1 também é comumente visto com os tanques subalares como o da imagem (10), de 580 litros. O caça também pode usar um modelo maior, com capacidade para 1100 litros. 

Em termos de armamento orgânico, o AMX é equipado com o canhão Mk.164 (8) de calibre 30mm (9). Fabricado no Brasil pela antiga Bernardini (a mesma responsável pelo carro de combate Tamoyo), o Mk.164 é uma versão israelense do DEFA 554, utilizado no Dassault Mirage III. O AMX italiano, designado A-11 Ghibli, usa o canhão rotativo M61A2 Vulcan, de 20 mm.

Mesmo especializado em ataque terrestre, o A-1 é um caça-bombardeiro e por isso recebeu integração com mísseis ar-ar. Na Itália, o Ghibli foi equipado com o AIM-9L Sidewinder norte-americano. No Brasil, ele recebeu o Mectron MAA-1 Piranha (1) nacional. Os dois modelos são de curto alcance, orientados por infravermelho. Embora não tenha sido usado na aeronave, o AIM-9B (2) também aparece na imagem. Assim como outros aviões, o AMX usa chaffs e flares (17) para se defender de mísseis guiados por radar e calor. Estes são instalados nas laterais traseiras da aeronave. 

A-1BM disparando flares, usados para despistar mísseis guiados por calor. Foto: Luiz Eduardo Perez/DECEA/FAB.

A-1BM disparando flares, usados para despistar mísseis guiados por calor. Foto: Luiz Eduardo Perez/DECEA/FAB.

Ao lado do SUU-20, o casulo SUU-25 (4) para emprego de flares iluminativos. Ao contrário dos flares usados para enganar mísseis guiados por calor, estes são usados para iluminar grandes áreas à noite. Ao ser disparado, um paraquedas se abre e o material pendurado queima de forma lenta e intensa, gerando uma luz forte. 

Saiba mais sobre a história da aeronave com o livro AMX | Brazilian-Italian Fighter-Bomber

Para identificar alvos e orientar suas bombas inteligentes, o AMX recebeu o pod Rafael LITENING III (13). Já para as missões de reconhecimento tático, emprega-se o Reccelite (14), baseado no Litening. Este substituiu uma série de outros casulos usados pelo jato em sua carreira, como Pallet II e III, Vinten e Vicon. Para a guerra eletrônica, o A-1 foi integrado com o casulo de interferência e ataque eletrônico Rafael Sky Shield (15). O Sky Shield seria usado em conjunto com os mísseis antirradar Mectron MAR-1, mas o projeto acabou sendo cancelado. 

As armas do A-1, mas em outros tempos

Se agora observamos os armamentos atuais do AMX A-1, outras duas fotos apresentam o que o jato de ataque da FAB usava debaixo de suas asas há quase 30 anos. As imagens, do fotógrafo Rob Schleiffert, mostram o A-1A 5505 exposto com seus armamentos na Base Aérea de Santa Cruz (RJ) em julho de 1995, ao lado de um prédio do Esquadrão Adelphi (1º/16º GAv). 

Novamente, João Paulo nos ajuda a identificar o material bélico do caça-bombardeiro, alguns dos quais ainda são vistos nas aeronaves modernizadas. 

O A-1 FAB 5505 na Base Aérea de Santa Cruz, em julho de 1995, com suas bombas, mísseis e foguetes. Foto: Rob Schleiffert.

O A-1 FAB 5505 na Base Aérea de Santa Cruz, em julho de 1995, com suas bombas, mísseis e foguetes. Foto: Rob Schleiffert.

O A-1 FAB 5505 na Base Aérea de Santa Cruz, em julho de 1995, com suas bombas, mísseis e foguetes. Foto: Rob Schleiffert.

O A-1 FAB 5505 na Base Aérea de Santa Cruz, em julho de 1995, com suas bombas, mísseis e foguetes. Foto: Rob Schleiffert.

  • Na ponta da asa, o míssil ar-ar AIM-9B Sidewinder (1); 
  • No cavalete, o tanque subalar de 1100 litros (2), com o tanque de 580 litros instalado na aeronave;
  • O AMX da foto está carregado com quatro bombas incendiárias BINC-300 (3), instaladas debaixo das asas, e outras duas BINC-500 (3) na fuselagem. Os dois modelos suspensos com o twin carrier pod;
  • No cavalete ao lado do tanque, novamente o SUU-20 (4) com seis bombas de treinamento BEX-11 (8) e foguetes de 70mm;
  • Casulo LAU-3 com 19 foguetes de 70mm (5). Segundo Moralez, os LAU-3 eram usados no F-5, com o AMX recebendo outro modelo, o LM-70/19, de fabricação nacional;
  • ‘Escondida’ atrás do SUU-20, uma bomba Mk.82/BAFG-230(6) e uma Mk.83/BAFG-460 (7). As duas bombas estão pintadas de azul, indicando que são materiais inertes;
  • A baia do canhão Mk.164 de 30mm (9) aberta, com as fitas de munição (10) expostas no chão;
  • Ao fundo, em vermelho, um pod  de alvo aéreo rebocado (11), o Equipaer NP-AV-1TAS. Este equipamento é usado em missões de treinamento de tiro aéreo;
  • Finalmente, na segunda foto, os lançadores de flare e chaff (12).

Curiosamente, tanto o avião quanto o esquadrão foram desativados. Em julho de 2022, os restos do AMX FAB 5505 foram colocados para venda como sucata. Já o Esquadrão Adelphi, criado para implantar o AMX no Brasil, foi desativado em dezembro de 2016 em Santa Cruz. 

Em 2019, o então Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, que voou na unidade, confirmou que o Adelphi seria reativado na Base Aérea de Anápolis com os caças multimissão F-39 Gripen.

A modernização, que contemplou apenas 11 dos 44 aviões originalmente planejados, deu uma bela sobrevida ao principal avião de ataque do Brasil. Mesmo assim, as luzes para o pequeno mas potente AMX já estão se apagando. Sua operação com a FAB se aproxima do fim, com o modelo devendo dar baixa entre 2025 e 2028. 

Arábia Saudita deve substituir 42 Lockheed C-130 por 33 Embraer C-390

 


Há indicações de que a Arábia Saudita está considerando uma medida que pode não ser um bom presságio para o futuro do setor de defesa dos EUA, particularmente da Lockheed Martin. Fontes internas sugerem que Riad tem como objetivo comprar aeronaves de transporte brasileiras para a Real Força Aérea Saudita (RSAF).

O acordo envolve a aquisição de 33 aeronaves de transporte Embraer C-390 Millennium. A negociação por parte do reino é feita pelo fundo de investimento SAMI. O âmbito do acordo vai além da mera aquisição de aeronaves, uma vez que inclui também a criação de uma infra-estrutura abrangente na Arábia Saudita. Essa infraestrutura garantirá o treinamento completo do pessoal e proporcionará a manutenção adequada da aeronave.

As sugestões são de que estejam em andamento negociações sobre o estabelecimento de um centro de reparo e revisão (MRO) e uma linha de montagem final (FAL) para a aeronave de transporte Embraer C-390 Millennium na esfera pública saudita.

BRICS

Pela primeira vez, ficou claro que as negociações entre Brasil e Arábia Saudita ocorreram em novembro de 2023. Hoje, porém, fala-se delas novamente, especialmente depois que o reino saudita se tornou membro oficial do BRICS.

A organização intergovernamental BRICS é composta por dez países, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A criação do grupo ocorreu em 2010, quando a África do Sul se juntou ao grupo BRIC anteriormente existente, composto por Brasil, Rússia, Índia e China. Mais tarde, a aliança expandiu-se em 1 de janeiro de 2024, para acolher o Egito, a Etiópia, o Irã, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Compreendendo cerca de 30% do território terrestre do planeta e albergando 45% da população mundial, os países BRICS detêm uma influência global significativa. Entre estes, Brasil, Rússia, Índia e China destacam-se como algumas das nações líderes do mundo em termos de população, área territorial e PIB com base na Paridade de Poder de Compra (PPP).

Todos os cinco países fundadores são membros do G20, o que ilustra a sua potência econômica. Coletivamente, o seu PIB nominal é de quase 28 trilhões de dólares – aproximadamente 27% do produto bruto global. O seu PIB total, baseado em PPC, é de aproximadamente 57 trilhões de dólares, representando 33% do PIB PPC global. Em 2018, detinham em conjunto cerca de 4,5 trilhões de dólares em reservas estrangeiras.

Substituição

Relatos da mídia espanhola indicam que a compra planejada de aviões de transporte brasileiros tem como objetivo substituir a atual frota de aviões de transporte dos EUA.

A Força Aérea Real Saudita, atualmente, gerencia um esquadrão de 33 aeronaves de reabastecimento Lockheed Martin C-130H Hercules mais antigas e 7 KC-130H Hercules. Ao lado deles, há também dois Lockheed Martin KC-130J Super Hercules que atendem a dupla finalidade – transporte e reabastecimento em voo.

A proposta em questão envolve uma troca faseada de 42 aeronaves existentes, juntamente com 168 motores/hélices. Em seu lugar, seriam 33 aeronaves de última geração equipadas com 66 motores a jato. Estes motores, nomeadamente o turbofan IAE V2500-E5, são produzidos pela International Aero Engines AG e são uma escolha comum na aviação comercial global.

As vantagens do ‘brasileiro’

O C-390 Millennium, um produto de design e engenharia de aeronaves especializadas, é um novo concorrente nos céus que deixa o comparativamente antiquado quadrimotor C-130J para trás. Este avião brasileiro oferece valor superior e maior eficiência, além de exigir menos manutenção e, ao mesmo tempo, proporcionar maior tempo de operação em voo.

Quando comparadas com o C-130J, as métricas falam por si; o C-390 Millennium, desenvolvido no Brasil, pode transportar uma carga 37% mais pesada, ou impressionantes 15 toneladas. Além disso, ele consegue esse feito em uma distância 50% maior que seu concorrente, e 32% mais rápido para acionar. Apesar dessas estatísticas impressionantes, ele não economiza na versatilidade, mantendo a capacidade de alterar rapidamente os modos de missão, com reabastecimento em voo, carga e tropas entre suas operações cruciais.

São dignas de nota as múltiplas áreas em que o C-390 Millennium supera o C-130J Super Hercules. Seu alcance operacional, aceleração para a área de interesse, capacidade de sobrevivência, maior capacidade de carga útil e requisitos reduzidos de manutenção contribuem para um ciclo de vida geral melhorado. Em essência, o C-390 Millennium é uma melhoria robusta e eficiente do antigo modelo Super Hercules.

Lockheed C-130J Super Hercules.

Conforme descrito num documento oficial do Parlamento Holandês, que se baseia em propostas e relatórios da Real Força Aérea Holandesa, a aeronave C-390 Millennium demonstra uma diminuição substancial nas necessidades de manutenção. Especificamente, afirma que o C-390 Millennium pode atingir mais horas de voo por aeronave e requer menos manutenção em comparação com o Lockheed Martin C-130J Super Hercules.

Os menores requisitos de manutenção do C-390 podem ser atribuídos a vários fatores. Por exemplo, muitos de seus sistemas, como os aviônicos e motores da cabine de comando, são montados com materiais comerciais prontos para uso (COTS) e materiais modificados ou militares prontos para uso (MOTS). Isto não só garante que as peças de reposição estejam prontamente disponíveis, mas também reduz consideravelmente o custo, ao contrário dos materiais aeroespaciais militares exclusivos usados em aeronaves como o C-130 Hercules.

Também importante destacar que o alcance operacional do Embraer C-390 é impressionante. Ele pode voar distâncias de até 2.590 milhas náuticas com uma carga útil de 20.000 kg, e seu alcance de translado é de 5.290 milhas náuticas. Este longo alcance o torna uma aeronave versátil para diversas missões militares e humanitárias.

O Embraer C-390 está equipado com aviônicos de última geração. Possui sistema de controle fly-by-wire, que reduz a carga de trabalho do piloto e aumenta a segurança. O cockpit está equipado com um moderno glass cockpit com três displays multifuncionais e um head-up display para cada piloto.

Além disso, a aeronave está equipada com um sistema abrangente de autodefesa. Isso inclui receptores de alerta de radar, receptores de alerta a laser, sistemas de alerta de aproximação de mísseis e dispensadores de chaff e flare para combater ameaças que chegam. Também possui um avançado sistema de movimentação de carga que permite rápida carga e descarga de carga.

Além disso, o Embraer C-390 foi projetado com uma rampa traseira, que permite o lançamento aéreo de cargas e paraquedistas, além de permitir que a aeronave realize missões de evacuação médica. O design robusto e os sistemas avançados da aeronave tornam-na um recurso valioso para qualquer força aérea

FAB quer desativar caças AMX em 2025 e os F-5 até 2029

 Jatos de ataque e interceptação serão substituídos por uma frota homogênea de caças F-39 Gripen

O AMX e o F-5 são as principais aeronaves de defesa e ataque do Brasil (FAB)
O AMX e o F-5 são as principais aeronaves de defesa e ataque do Brasil; jatos serão substituídos pelos novos F-39 Gripen (FAB)

Com a chegada e ativação dos primeiros jatos de combate Saab F-39E Gripen no Brasil, a Força Aérea Brasileira (FAB) deu início ao processo de renovação da frota de aviação de caça. Com isso, a instituição militar já tem previsões de quando deve retirar de serviço os caças-bombardeiros A-1M (Embraer AMX) e os Northrop F-5EM/FM Tiger II.

Em resposta ao website Tecnodefesa, a FAB informou que os A-1M deverão seguir em operação até 2025, embora “ajustes poderão ocorrer, tendo em vista as capacidades que este vetor possui”. O caça-bombardeiro produzido pela Embraer em parceria com fabricantes italianos foi introduzido na frota brasileira a partir de 1989. A Aeronáutica recebeu um total de 56 aviões do tipo, dos quais apenas os modelos modernizados seguem ativos (em torno de 11 células).

Operados pela FAB há quase 50 anos, os F-5EM/FM (M de modernizado, pela Embraer) continuarão em serviço ao lado dos novos Gripen até o fim desta década. Questionada pelo portal de temas militares, a força aérea mencionou que “o planejamento é para que estes operem até 2029”.

Entre 1975 e 2008, a FAB adquiriu um total de 75 caças F-5 nas versões E e F. Essas aeronaves foram adquiridas em três lotes diferentes, sendo os dois primeiros vindos dos Estados Unidos. O primeiro lote era composto por jatos novos de fábrica e o segundo, de modelos de segunda mão da força aérea americana. A terceira leva também era de modelos usados, comprados da Jordânia. Por questões estratégicas, a Aeronáutica não informa a quantidade de aeronaves ativas.

SAAB F-39E Gripen - Força Aérea Brasileira
Caça multifunção: o Gripen é capaz de executar as mesmas missões dos A-1 e F-5 (FAB)

Com a desativação dos caças Dassault Mirage 2000, em 2013, os jatos da Northrop assumiram o posto de principal aeronave de defesa do espaço aéreo brasileiro. Em meio a essa mudança de tarefas, os F-5 foram modernizados pela Embraer e receberam equipamentos de voo e armamentos mais avançados. O processo foi efetuado em 43 células, hoje designadas como F-5EM e F-5FM (na versão para dois pilotos).

Até o momento, a FAB recebeu quatro caças F-39E Gripen e outros dois aparelhos devem chegar ao Brasil em maio. Os caças entregues são parte de uma encomenda de 36 aeronaves da Saab, sendo 28 modelos na versão E (para um piloto) e outros oito na variante F (para dois pilotos), que ainda está na fase inicial de desenvolvimento. O acordo com a Saab também envolve a transferência tecnologia para produzir o jato de combate em território nacional. A linha de montagem do Gripen brasileiro, na sede da Embraer em Gavião Peixoto (SP)

Brasil e Itália debatem possíveis parcerias no setor aeronáutico

 Parcerias anteriores com os italianos já renderam ao Brasil importantes aeronaves

O A-1M é a versão mais recente do AMX, projeto criado em parceria com empresas italianas (FAB)
A-1 no Brasil e A-11 Ghibli na Itália: a FAB e a Aeronautica Militares são os únicos operadores do AMX (FAB)
O A-1M é a versão mais recente do AMX, projeto criado em parceria com empresas italianas (FAB)
O A-1M é a versão mais recente do AMX, projeto criado em parceria com empresas italianas (FAB)

O Comando da Aeronáutica (COMAER) recebeu, na última sexta-feira (17), uma comitiva italiana composta pelo Secretário Geral da Defesa e Diretor Nacional dos Armamentos da Itália, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Magrassi; pelo Embaixador da Itália, Antonio Bernardini; pelo Adido de Defesa, Coronel Aviador Paolo Cianfanelli, entre outras autoridades. O objetivo da reunião foi estabelecer contatos para realizar possíveis parcerias no setores aeronáutico e aeroespacial.

O tema da discussão foram os aparelhos de pilotagem remota que, no futuro, vão estar vinculados aos satélites. Segundo comunicado da Força Aérea Brasileira (FAB), a ideia da Itália é desenvolver tecnologias para realizar o controle por satélite de Veículos Aéreos Não tripulados (VANTs) e criar uma rede de parceiros, na qual o Brasil pode ser um deles, devido à sua importância na América do Sul.

“Temos interesse em nos aprofundar nesses assuntos e a Itália poderá ser um parceiro futuro do Brasil”, ressaltou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato.

AMX

O Brasil já desenvolveu em parceria com a Itália o projeto AMX, que originou o caça ítalo-brasileiro conhecido aqui como A-1. O acordo determinava que as fabricantes italianas, na época a Macchi e Aeritali, fossem responsáveis por cerca de 70% do programa, enquanto a Embraer assumiu os 30% restantes. O caça A-1 entrou em operação na Força Aérea Brasileira (FAB) em 1989. Em setembro de 2013, o então Esquadrão Adelphi recebeu o primeiro A-1M, versão modernizada pela Embraer.

O Embraer Xavante é a versão brasileira do Aermacchi MB-326G, desenvolvido na Itália (Embraer)
O Embraer Xavante é a versão brasileira do Aermacchi MB-326G, desenvolvido na Itália (FAB)

Outro importante avião da FAB que nasceu de uma parceria com a Itália foi o jato de treinamento e ataque AT-26/EMB-326 Xavante. O modelo fabricado sob licença pela Embraer entre as décadas de 1970 e 1980 era a versão nacional do Aermacchi MB-326G. O Xavante, retirado de serviço em 2015, foi o primeiro avião com motor a jato construído em série no Brasil.

Fonte: FAB

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Anchorage será a base da frota de aviões Embraer da Alaska Airlines

 

Embraer E-Jet SkyWest
Foto - Alaska Airlines

A Alaska Airlines começará a utilizar aviões Embraer 175 no estado do Alasca a partir de outubro, como forma de retomar seus voos.

Operada pelo parceiro Horizon Air, a aeronave dará à companhia aérea a capacidade de aumentar os serviços em todo o estado. Essa decisão ocorre quando a Alaska está avaliando suas futuras necessidades de frota em meio à atual crise.

“Este jato nos dá a flexibilidade de aumentar a frequência diária entre Anchorage e Fairbanks em até sete vezes por dia e de fornecer voos durante todo o ano para King Salmon e Dillingham. Com o tempo, o novo mix de aeronaves abrirá outros mercados no estado para serviços futuros”, disse a empresa em comunicado.

O Embraer 175 voará junto com o Boeing 737, que possuem Wi-fi a bordo e uma configuração confortável em 3 classes. Os Boeings 737 utilizados são da versão clássica, a divisão cargueira da empresa está utilizando a versão 700NG. 

Frota

Ontem (22/06), a companhia aérea divulgou uma previsão atualizada de frota e ocupação.

A companhia espera que sua contagem de passageiros em junho fique entre 650 e 850 mil, isso representa uma queda de 80% a 85% em relação ao ano passado.

Espera-se que o transporte de cargas esteja em torno de 50 a 55%, acima dos 40% em maio e 15% em abril.

Além disso, a empresa espera que a receita caia cerca de 80% em relação ao ano passado.

Em termos de frota, em março e abril, a Alaska estocou 156 aeronaves, sendo que 12 aviões da Airbus foram permanentemente retirados da frota. Isso incluiu toda a frota de aviões A319, 13 aeronaves da Horizon e oito aeronaves operadas pela SkyWest, que também estavam estocadas.

Desde então, 21 aviões retornaram aos voos comerciais, sendo 11 das 13 aeronaves Horizon e todos os oito aviões SkyWest. A Alaska possui 322 aeronaves no total.

 

Austrian Airlines já transportou mais de 2 milhões de passageiros em aviões da Embraer

 

Foto - Austrian Airlines

Em janeiro a Austrian Airlines recebeu o primeiro E-Jet de sua frota, atualmente a companhia já opera com 16 aeronaves da Embraer, que fazem rotas para mais de 60 aeroportos.

Com toda essa operação de aeronaves da Embraer, a Austrian Airlines conseguiu atingir a significativa marca de dois milhões de passageiros transportados em aviões da fabricante brasileira, a rota que a empresa completou esse feito não poderia ser melhor, um voo de Viena para Oslo, de numeração OS335.

Foto – Austrian Airlines

Feliz com a superioridade do jato da Embraer, a Austrian Airlines ainda planeja colocar mais uma aeronave na frota até o próximo mês. Na Austrian o E-Jet substitui com sucesso os aviões Fokker 100 e 70, na companhia a aeronave brasileira consome 18% a menos em comparação com o Fokker, além de oferecer maior conforto para o passageiro, como na pesquisa realizada pela companhia e listada no final dessa notícia.



Os E195 da Austrian são configurados com 120 assentos, em configuração 2-2, e têm idade média de 4 anos.