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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

5 caças que nunca entraram em serviço

 

Dassault Mirage 4000. Foto: Steve Fitzgerald

Nem sempre basta ter um bom projeto para um caça ser um grande sucesso. Questões políticas, econômicas e até o cenário estratégico acabaram inviabilizando aeronaves que poderiam ter tido uma história operacional espetacular. Abaixo, apresentamos cinco delas que merecem destaque. Confira::

Mirage 4000

Um dia antes de o primeiro voo do Mirage 2000 completar um ano, o Mirage 4000 também ganhava os céus. Era 9 de março de 1979 (o Mirage 2000 voou em 10 de março de 1978) e a aposta da fabricante francesa Dassault era ter um interceptador ainda mais capaz, que também se destacasse como aeronave de ataque.

Além dos dois canhões DEFA de 30mm, podia levar até 8 toneladas de armamentos (o Mirage 2000 leva, no máximo, 6,3t). Para manter a capacidade de superar Mach 2, foi equipado com  dois motores Snecma M53, duplicando a potência do Mirage 2000. O consumo de combustível maior também era compensado por tanques com três vezes mais capacidade, o que garantia um alcance também superior.

O projeto foi inteiramente financiado de forma privada, pela Dassault, sem comprometimento do governo da França. O foco inicial seriam as exportações, e logo a Arábia Saudita e o Irã demonstraram interesse. Foi então que a falta de sorte apareceu. O primeiro país acabou selecionando o Tornado. E o segundo teve uma revolução islâmica que o afastou das fontes ocidentais.

Dassault Mirage 4000 no museu de Le Bourget. Foto: Eric Salard

O desempenho apresentado pelo Mirage 4000 acabou sendo visto em outros modelos, como o F-15E Strike Eagle e a família de jatos russos Flanker. Aos franceses restou colher ensinamentos e desenvolver seu caça Rafale.

F-20

O F-20 Tigershark poderia ter sido um dos caças de maior sucesso, mas o desenrolar dos fatos históricos não ajudou em nada o jato da Northrop. O sucesso obtido com o F-5E Tiger II não se repetiu com essa versão inicialmente chamada de F-5G.

O problema, como dito, foi o calendário. O F-16 voou pela primeira em janeiro de 1974 e um ano depois venceria o então YF-17 (que evoluiria até se tornar o F-18) na concorrência para selecionar o futuro caça da United States Air Force. Já o F-5G começou a ser desenvolvido em 1975 e voou apenas em 30 de agosto de 1982. Nessa época, o F-16 já havia surpreendido o mundo com o desempenho alcançado na Operação Opera, quando os isralenses utilizaram seus então novíssimos F-16A para destruir um reator nuclear no Iraque. O feito ajudou o F-16 a se tornar um sucesso de vendas.

Foto: USAF

A ideia da Northrop, contudo, não era concorrer com o F-16. O foco seria fornecer seu novo caça para países que politicamente não eram autorizados pelos Estados Unidos a receber o F-16. O próprio Pentágono chamou o projeto de FX, que resultaria em uma alternativa mais simples, com menos risco de ver tecnologia moderna cair em mãos soviéticas ou de regimes instáveis. O concorrente da Northrop, curiosamente, era o chamado F-16/79, uma versão que teria menos inovações a bordo e usaria o motor J79, o mesmo do F-4 Phantom.

O acirramento a Guerra Fria, porém, logo acabaria com essa política de “caça light”. A Casa Branca passou a admitir vendas de produtos de primeira linha. Em dezembro de 1979, os soviéticos invadiram o Afeganistão, e em janeiro de 1981 acontecia a posse de Ronald Reagan, disposto a ampliar a disputa. Enquanto Jimmy Carter havia até proibido a venda do F-5G para Taiwan, Reagan já no seu primeiro ano autorizou a venda do F-16 para o Paquistão.

Foto: USAF

Era o início do fim do F-5G. Em 82, a Venezuela foi autorizada a comprar o F-16. Em 83, a Turquia. No ano seguinte, a Grécia. Enquanto o caça da Lockheed Martin deixava de ser um produto apenas para os Estados Unidos e seus aliados próximos, o F-5G perdia a sua razão de existir: os países não queriam optar por um caça um pouco menos capaz se podiam ter acesso ao F-16.

Uma tentativa de reverter o drama foi atuar no marketing. Ao invés de F-5G, a Northrop mudou a designação para F-20, no fim de 1982. No ano seguinte viria o nome Tigershark. As tentativas de venda se ampliaram, indo até para países latino-americanos, entre eles, o Brasil.

Nada foi fechado. Mesmo com 60% mais de potência que o F-5E, controles fly-by-wire, painel com displays multifuncionais, capacidade de atingir Mach 2, radar multimodo APG-67, head up display e suíte de armamentos que incluía os mísseis AIM-7 Sparrow e AGM-65 Maverick, o F-20 Tigershark acabou nunca encontrando seu mercado. Até a venda para a Guarda Aérea Nacional dos EUA e para os esquadrões agressores foram preteridas em prol dos F-16, que se tornou um imenso sucesso comercial.

Enquanto isso, tradicionais operadores do F-5E continuaram com seu caça por mais algumas décadas, incluindo processos de modernização para ampliar suas capacidades, ainda quem uma nova motorização. Foi o caso do próprio Brasil, que ainda hoje tem o F-5 como seu principal jato de combate.

Avro CF-105 Arrow

Aqui está um dos maiores exemplos de como a política pode determinar o fim de projetos destacados. O Avro CF-105 Arrow seria um dos melhores caças do seu tempo. Criado para ser o principal interceptador do Royal Canadian Air Force a partir da década de 60, conseguiria fazer frente a qualquer bombardeiro soviético da Guerra Fria.

CF-105 Arrow. Foto: Robert Lansdale

Quando o CF-105 Arrow foi apresentado ao mundo, em 1957, o nível de inovação do jato canadense era impressionante. Criado para enfrentar a ameaça dos então novos bombardeiros soviéticos Tu-95 e Tu-16, o supersônico seria o meio mais avançado para a proteção da América do Norte.

Para se ter uma ideia, nem o F-4 Phantom II norte-americano nem o Mirage III francês haviam sequer voado, e o CF-105 Arrow já apresentava um desempenho superior. Até um sistema precursor dos atuais fly-by-wire estava instalado. Porém, o CF-105 nunca passou de um sonho: por conta da política, a Royal Canadian Air Force jamais recebeu o interceptador. E tudo envolvendo o projeto, os protótipos, a linha de montagem e até os desenhos foram destruídos… por conta de política!

O primeiro voo aconteceu em março de 1958. E impressionou. Com dois motores J75, equipados com pós-combustão, alcançava Mach 1,98 em voo nivelado. Isso na versão inicial: os planos de instalar motores mais modernos possivelmente transformariam o CF-105 Arrow em um jato comparável ao MiG-25 Foxbat, aproximando-se de Mach 3.

Mas até hoje o dia 20 de fevereiro de 1959 é lembrado com tristeza pelos canadenses. Naquela data, o Primeiro Ministro John Diefenbaker decidiu, de surpresa, cancelar o desenvolvimento do caça, dos novos motores e dos sistemas de aviônica.

A própria Arrow foi surpreendida. Carca de 30 mil trabalhadores ficaram desempregados. Dois meses depois, o governo deu a ordem para que todos os documentos, protótipos, motores, material técnico e informações fossem destruídos.

Em 1961, os canadenses compraram caças Mc Donell CF-101 Voodoo, que já haviam sido recusados anteriormente. A polêmica e as acusações de pressões dos EUA ajudaram a derrubaram o Primeiro Ministro Diefenbaker. Houve até quem, em pleno século XXI, tentou dar nova vida ao projeto. Mas o CF-105 nunca mais decolou.

FAB: Dia da Aviação de Busca e Salvamento


Assista ao vídeo e leia a Ordem do Dia da FAB em homenagem ao Dia da Aviação de Busca e Salvamento, comemorado em 26 de junho. Há 55 anos, com a missão de localizar, socorrer e resgatar os militares que atuam para que outros possam viver.

“Há exatos 55 anos, no dia 26 de junho de 1967, essa emblemática frase ficou eternizada ao ser ouvida por uma equipe de resgate. Um dos sobreviventes do trágico acidente do FAB 2068 a expressou no momento em que avistou um dos homens de resgate daquela equipe.

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A missão de Busca do C- 47 ficou marcada na história da Força Aérea Brasileira, sendo que, na data do seu avistamento, é celebrado o dia da Aviação de Busca e Salvamento. O SA-16 Albatroz matrícula FAB 6539 localizou os destroços do C-47 que estava desaparecido na selva amazônica há nove dias. Durante esse tempo, foram voadas mais de mil horas, com o envolvimento massivo de 35 aeronaves, cujo esforço foi recompensado com o resultado de cinco vidas salvas.

Voltando no tempo, mais precisamente na segunda guerra mundial, quando muitas aeronaves foram abatidas, foi percebido que a perda material era insignificante se comparada às perdas humanas. As grandes fábricas trabalhavam arduamente produzindo centenas de aeronaves, a fim de repor as que eram abatidas ou danificadas, no entanto, as vidas das tripulações não eram substituíveis. Nesse ínterim, a salvaguarda da vida humana ganhou relevância estratégica e, por conseguinte, a ideia de resgate.

Nascia assim o embrião, ainda no imaginário coletivo da época, de uma missão em que tripulações corajosas passariam a sobrevoar céus hostis com o objetivo de salvar uma vida humana, a despeito de sua própria, sendo isso o início de uma nova aviação que passaria a ser conhecida como Aviação de Busca e Salvamento. Em sua gênese, seus equipamentos de comunicação e sobrevivência eram modestos e o preparo das tripulações, precário. No entanto, a vontade, a coragem, a abnegação e o espírito de corpo de seus tripulantes foram bases sólidas para a superação de obstáculos e a consolidação de missões bem sucedidas.

Ao passar dos anos, as lições aprendidas foram sendo incorporadas à doutrina de emprego, contribuindo sobremaneira para a evolução dessa nova aviação. Equipamentos foram modernizados, técnicas aprimoradas e doutrinas sedimentadas. As tripulações foram capacitadas e formadas para executar com excelência a nobre missão de Busca e Salvamento.

De forma estratégica, a Força Aérea Brasileira tem acompanhado o avanço tecnológico, investindo de forma inteligente na aquisição e modernização de seus vetores e buscando um contínuo aprimoramento doutrinário. Nossa Força, operacionalmente moderna, atua de forma integrada utilizando os vetores SC-105, P-3M, P-95M, KC-130, KC-390, H-50, H-60L e H-36, estando pronta para cumprir, com perfeita eficiência, missões que exijam grandes desafios, colocando o estado brasileiro em condições de honrar os acordos internacionais de Busca e Salvamento com eficiência e maestria, aumentando, consequentemente, a segurança da atividade aérea e marítima, no que concerne à salvaguarda da vida humana.

Para permitir a prontidão de 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias por ano, as aeronaves e tripulações especializadas em Busca e Salvamento dos Esquadrões Pelicano, Falcão, Harpia, Pantera, Puma, Gavião, Phoenix, Netuno, Orungan, Zeus, Gordo e Para-Sar atuam de forma harmônica e coordenada com as organizações de nível normativo e de execução. Destaca-se assim o papel de três grandes comandos que atuam no adequado alinhamento estratégico-operacional: o DECEA, responsável pela normatização; o COMPREP que estabelece o preparo de suas unidades e o COMAE responsável pelo emprego dos meios.

A sinergia desses três grandes comandos permite, no mais alto nível de profissionalismo, o cumprimento da missão em qualquer ponto de nossa área de responsabilidade, seja atuando sobre o oceano, ou sobre a imensa extensão continental, inclusive com condições meteorológicas desfavoráveis, mantendo a prontidão diuturna.

Por fim, ao celebrarmos os 55 anos dessa valorosa aviação, no mesmo ano em que comemoramos o bicentenário de nossa independência, podemos afirmar que nossos vetores estarão sempre prontos para o emprego, com homens e mulheres motivados na arte de salvar vidas. Ao “toque da sirene”, certamente decolarão, independente da hora, colocando a missão acima de seus interesses pessoais e do próprio bem-estar. E, o farão com coragem, dedicação, espírito de corpo e perseverança, valores inerentes a esses militares que mantém viva a chama dessa nobre missão…”

“..Para que outros possam viver.”

HISTÓRIA: 25 de janeiro de 1959: A “Era do Jato” inicia na American Airlines



25 de janeiro de 1959: A “Era do Jato” começou quando a American Airlines iniciou o primeiro serviço transcontinental regular de passageiros com seu novíssimo Boeing 707-123 Astrojet. O capitão Charles A. Macatee voou  o “Flagship California” , registro N7503A, do Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX), na costa oeste, para o Aeroporto Internacional de Nova York na cidade de Nova York, costa oeste,  em “apenas” 4 horas e 3 minutos.

Outros membros da tripulação do voo inaugural foram o capitão Lou Szabo, o engenheiro de voo William J. Duncan, o engenheiro de voo Norman S. Rice, as aeromoça Claire Bullock, Edna Garrett, Argie Hoskins e Marilyn Rutkowski. Cyrus Rowlett Smith, presidente da companhia aérea, também estava a bordo como passageiro.

O voo partiu de LAX pela pista 25 às 9h05, horário padrão do Pacífico. As cerimônias no aeroporto, com até 25 mil espectadores, atrasaram o voo em vinte minutos, mas um vento favorável de 150 nós (278 quilômetros por hora) permitiu que o voo recuperasse o tempo perdido e eles chegaram ao aeroporto de Idlewild no horário previsto.

A Flagship California retornou a Los Angeles no mesmo dia. Pilotado pelo capitão Hamilton C. Smith, o 707 partiu de Idlewild às 18h26, horário padrão da costa leste, chegando ao LAX 6 horas e 33 minutos depois.

Este voo foi tão significativo que companhias aéreas rivais, como BOAC e Pan Am, publicaram anúncios de página inteira em jornais parabenizando a American Airlines por seu voo inaugural a jato.

Os preços das passagens só de ida, Primeira Classe, eram de US$ 198,88 e US$ 124,40 para classe econômica. Os passageiros no voo em direção a costa leste incluíam a atriz Jane Wyman e o piloto de caça da Segunda Guerra Mundial, Brigadeiro General Robert Lee Scott Jr., autor de God is My Co-Pilot . O poeta Carl Sandburg voou no voo de volta para a costa oeste.

Antes do primeiro voo de passageiros, o Capitão Macatee e o Capitão Smith voaram no Boeing 707 por 200 horas. Numa entrevista trinta anos depois, Macatee comentou: “Mas aquelas quatro horas e três minutos foram as mais importantes para mim. E elas sempre serão”.

Tripulação de voo inaugural da American Airlines com Boeing 707 Flagship California, em LAX, 25 de janeiro de 1959. Da esquerda para a direita: engenheiro de voo Norman Rice, aeromoça Marilyn Rutkowski, aeromoça Edna Garrett, capitão Charles A. Macatee, aeromoça Argie Hoskins, capitão Lou Szabo , Aeromoça Claire Bullock, Engenheiro de Voo Bill Duncan. Foto American Airlines via “American Airlines 707 Jet Stewardess” , Srta. Argie Hoskins.

O Boeing 707 foi desenvolvido a partir do modelo anterior 367-80, o “Dash Eighty”. É um avião “a jato” quadrimotor com “asas e cauda em V”. O bordo de ataque das asas possui um ângulo de 35°. O avião tinha uma tripulação de quatro pessoas: piloto, copiloto, navegador e engenheiro de voo. O avião poderia transportar até 189 passageiros.

O 707-123 tinha 145 pés e 1 polegada (44,221 metros) de comprimento e envergadura de 130 pés e 10 polegadas (39,878 metros). O topo da empenagem vertical tinha 42 pés e 5 polegadas (12,929 metros) de altura. O 707 é anterior aos aviões comerciais de “corpo largo”, tendo uma largura de fuselagem de 3,759 metros (12 pés e 4 polegadas). O peso vazio do avião é de 122.533 libras (55.580 kg). O peso máximo de decolagem é de 257.000 libras (116.573 kg).

Boeing 707-123 N7503A da American Airlines em LAX, 1960. (Coleção Ed Coates)

As primeiras versões eram movidas por quatro motores turbojato Pratt & Whitney Turbo Wasp JT3C-6, produzindo 11.200 libras de empuxo (49.820 quilonewtons) e 13.500 libras (60,051 quilonewtons) com injeção de água. Este motor era uma variante civil da série militar J57. Era um motor turbojato de fluxo axial com um compressor de 16 estágios e uma turbina de 2 estágios. O JT3C-6 tinha 11 pés e 6,6 polegadas (3.520 metros) de comprimento, 3 pés e 2,9 polegadas (0,988 metros) de diâmetro e pesava 4.235 libras (1.921 kg).

No MTOW, o 707 exigiu 11.000 pés (3.353 metros) de pista para decolar.

O 707-121 tinha velocidade máxima de 540 nós (1.000 quilômetros por hora). Seu alcance era de 2.800 milhas náuticas (5.186 quilômetros).

O primeiro Boeing 707 da American Airlines foi este 707-123B, N7501A, fotografado por Jon Proctor em Chicago O’Hare, 30 de julho de 1961. (Jon Proctor/Wikipedia)

Em 1961, o N7503A foi atualizado para o padrão 707-123B. Isso incluiu uma mudança dos motores turbojato para Pratt & Whitney JT3D-1 mais silenciosos, potentes e eficientes. Este motor foi avaliado em 14.500 libras de empuxo estático (64.499 quilonewtons) ao nível do mar, e 17.000 libras (75.620 quilonewtons), com injeção de água, para decolagem (limite de 2 minutos e 30 segundos). Quase metade do impulso do motor era produzido pelos “fans”. A rotação máxima do motor foi de 6.800 rpm (N1) e 10.200 rpm (N2). Tinha 11 pés e 4,64 polegadas (3,471 metros) de comprimento, 4 pés e 5,00 polegadas (1,346 metros) de largura e 4 pés e 10,00 polegadas (1,422 metros) de altura. Pesava 4.165 libras (1.889 quilogramas). O JT3C pode ser convertido para a configuração JT3D durante a revisão.

Um Boeing 707-123B da American Airlines, N7523A, com as cores originais Astrojet, em LAX, 26 de dezembro de 1962. Foto Jon Proctor.

O N7503A foi avariado durante pouso de emergência na Base Aérea de Dyess, Texas, em 9 de maio de 1965. Ele passou por uma violenta tempestade logo após deixar Dallas e enfrentou uma “chuva” de granizo tendo seu radar e para-brisas danificados. Durante o pouso, o 707 teve seu trem de pouso arrancado. Foi reparado e voltou ao serviço em seguida.

O piloto, capitão E.V. Cook, disse que o granizo danificou o para-brisa e prejudicou sua visão. As equipes de emergência da Força Aérea aguardaram, mas não foram necessárias.

Boeing 707-123B N7503A da American Airlines. Foto Srta. Argie Hoskins.

O avião realizava o voo 33 da American Airlines, de Dallas para Los Angeles. Cook disse que enfrentou um clima turbulento a cerca de dez minutos de Dallas. O céu estava parcialmente nublado em Abilene quando o avião pousou.

Os 87 passageiros e sete tripulantes não ficaram feridos, embora o grande jato tenha sofrido sérias avarias durante o pouso. Os passageiros foram levados ao clube dos Oficiais de Dyess para aguardar outro avião.

Após 28 anos, o Astro Jet inaugural da American Airlines foi “finalmente” aposentado.