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sábado, 28 de dezembro de 2024

M-346 – Um eficaz e acessível guerreiro multifuncional

 

M-346 Um eficaz e acessível guerreiro multifuncional
O Leonardo M-346, é um avião biturbina e biposto oferecido em dois modelos: treinamento avançado para pilotos (Advanced Jet Trainer — AJT) e de combate (Fighter Attack — FA).




O Leonardo M-346, é um avião biturbina e biposto oferecido em dois modelos: treinamento avançado para pilotos (Advanced Jet Trainer — AJT) e de combate (Fighter Attack — FA).

O aparelho foi testado pelo comandante da Aeronáutica brasileiro, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, no dia 28 de abril, em sua visita ao 61° Stormo, sediado na Base Aérea de Lecce-Galatina. A unidade da Aeronáutica Militar Italiana tem como objetivo dar aos pilotos as capacidades indispensáveis para operar caças de quarta, como o Eurofighter Typhoon, e de quinta gerações, o Lockheed-Martin F-35.

Icônica foto de duas aeronaves em uma: a da esquerda é o M346 Fighter Attack – FA, com algumas de composições de armamentos e PODS que pode levar e a da direita o M346 Advanced Jet Trainer — AJT. Foto Leonardo

DefesaNet teve contato com as duas versões do M-346 na histórica fábrica de Venegono (Ver Nota 1). A planta ainda produz em uma segunda linha de montagem o M-345, um treinador monomotor leve que emprega um turbofan e que concorre na faixa de preço e custo operacional dos treinadores avançados a turboélice, como o Pilatus PC-21.

É preciso ressaltar que as versões de treinamento avançado e de combate leve do M-346 compartilham a mesma célula com sistema de reabastecimento em voo e previsão estrutural para a instalação de pontos duros para carregar armas e combustível. Também estão previstos pontos de passagem para o cabeamento para a instalação do radar Grifo M-346 e equipamentos de alerta contra radar (RWR — Radar Warning Receiver), de aproximação de mísseis (MAW — Missile Approach Warning) e despistador de mísseis guiados por radar ou infravermelho (Chaff & Flare Dispenser). Desta maneira, os custos e tempo necessários para um eventual upgrade são reduzidos.

M-326 FA com mísseis Sidewinder AIM-9L, Bombas guiadas Lizard e tanques de combustivel Foto Alessandro Maggia

O projeto segue a filosofia de operação em rede (netcentric) e as duas versões empregam um sistema de conexão de dados para comunicação em duas vias comandado por computador (datalink). A célula do M-346 está homologada para suportar 8 G (gravidades de força (o F-39 Gripen E/F foi desenhado para uma carga de 9 G). A fuselagem abriga um cockpit com dois postos de pilotagem em tandem. A cabine do instrutor está localizada no posto traseiro em posição elevada, o que permite ampla visibilidade sobre o posto anterior, ocupado pelo aluno. O painel de bordo é digital e está separado em três visores e HUD duplo.

O avião possui dois motores turbofan Honeywell F124-GA-200 com 2.850 kg de empuxo, uma potência superior à do Northrop F-5EM em pós-combustão (dois turbojatosGeneral Electric J85-GE-21B com 2.267 cada) e à do AMX (um Rolls&Royce Spey de 5.009 kg de empuxo).

Economia

Graças ao uso de um software de controle de voo (FCS) e de um sistema de hardware digital (Fly By Wire) de quatro canais, com ampla redundância, o M-346AJT é capaz de emular as características de aviões de combate ou de transporte pesado, o que flexibiliza as operações de instrução, mas esta não é a única vantagem oferecida pelo produto da Leonardo: o avião é parte de um sistema amplo que inclui integração com simuladores de voo.

Um aluno pode participar de uma missão real, como ala, a partir do simulador. Também é possível coordenar vários simuladores entre si e com um avião no ar. Desta forma, ganha experiência sem custo de combustível até estar capacitado a voar o equipamento em ambiente real.

A fábrica em Venegono abriga o centro de desenvolvimento dos simuladores. Os engenheiros optaram por modelos sem movimentação axial por um motivo simples: a mecânica é incapaz de reproduzir a sensação imposta pela gravidade. Desta forma, o piloto não adquire vícios que poderiam ser perigosos em situações reais.

Como treinador de caça avançado (Lead-in fighter training — LIFT), o M-346AJT utiliza aviônicos e capacidade de gerenciamento de armazenamento que emulam aviões de combate operacionais. Por meio de um datalink, recebe informações compartilhadas por outras aeronaves ou estações localizadas em terra, o que inclui imagens de radar em tempo real. Situações como ataques por mísseis guiados por infravermelho ou radar, ar-ar ou antiaéreos, podem ser respondidos por contramedidas eletrônicas simuladas.

As vantagens econômicas são expressivas. O custo da hora/voo corresponde a menos de 25% por cento do custo de operação de um de caça ou aparelho de combate. Recentemente, na oferta feita ao governo da Áustria, a SAAB estipulou a hora/voo do Gripen C/D em 28 mil euros. A Leonardo constatou que o valor correspondente do M-346AJT é entre US$ 5 mil a US$ 6 mil. Com base nestes valores, a Força Aérea da Alemanha decidiu transferir uitas de suas atividades de treinamento avançado para a Aviação Militar Italiana enviando muitos de seus pilotos, apesar de não ter comprado o avião. Um M-346FA pode ser adquirido por menos de 30% do preço de um Gripen E.

Ataque ao solo e combate aéreo

A versão armada, batizada de M-346FA, é equipada com um radar Grifo M-346. Trata-se de um aperfeiçoamento do modelo empregado pelos F-5EM/FM modernizados pela Força Aérea Brasileira. Além de realizar as missões de treinamento realizadas pela versão básica, o aparelho é capaz de cumprir missões em modos de ataque ao solo, de policiamento do espaço e de defesa aérea a um custo bastante reduzido e uma carga útil respeitável: 3 toneladas, equivalente à do Gripen C/D adotado pelas forças aéreas da Suécia, África do Sul, Chéquia (ex-República Checa), Hungria e Tailândia.

A versatilidade do M-346FA é exemplificada nesta imagem. Com mísseis Ar-Ar Iris-T (também serão usados no Gripen F-39 E/F) e bombas guiadas Lizard e bombas MK-82 Foto Leonardo

Uma grande lista de armas e sistemas foi integrada ao modelo incluindo equipamentos de guiagem; canhão de 20 mm; mísseis de combate aéreo e de ataque ao solo; bombas guiadas a laser e por GPS; bombas burras e lançadores de foguete (Nota 2). As duas versões do M-346 estão capacitadas e homologadas para levar três tanques de combustível de 630 litros e para realizar operações de reabastecimento em voo. . Leonardo detém toda a propriedade intelectual do software e pode adaptar a configuração às necessidades do cliente.

Um jato de baixo custo

O modelo de treinamento da Aeronáutica Militar Italiana emprega o SF-260, um clássico aparelho monomotor a pistão, como treinador primário. No Brasil, este papel cabe ao T-25 Universal. O aluno, então, parte para o M-345 (no Brasil, o T-27 Tucano) antes de finalizar o curso no M-346AJT. Na Força Aérea Brasileira, a fase final de adestramento é realizada no AT-29 Super Tucano, um avião turboélice extremamente bem sucedido como aeronave de ataque, mas que, devido ao torque excessivo em virtude do motor Pratt & Whitney Canada PT6A-68C de 1.600 shp de potência, apresenta alguns problemas como treinador avançado.

O M-345 está equipado com um motor turbofan Williams FJ44-4M-34 com 1.540 kg de empuxo. O cockpit segue o mesmo padrão do M-346AJT. O modelo foi adotado pela Aeronáutica Militar Italiana também como substituto do MB-339 no Freccia Triccolore, o esquadrão nacional de demonstração de acrobacias. Apesar de ser uma solução de baixo custo, o aparelho, por meio de datalink, usufrui do mesmo modelo de integração com os simuladores empregado pelo M-346 e possui cinco pontos duros para tanques subalares e armamento. A capacidade de carga é superios à 1 tonelada. Uma metralhadora de 20 mm pode ser instalada sob as asas. O mesmo ponto pode ser empregado para casulos de guerra eletrônica ou de aquisição de alvos.

High-low

A Força Aérea Brasileira persegue, há alguns anos, a filosofia de emprego de apenas um vetor de combate. Em teoria, isto facilitaria o fluxo de manutenção por meio de uma linha de suprimento única. Por outro lado, aumenta o risco do corte de peças de reposição em uma crise. O SAAB F-39 Gripen E/F foi adquirido pelo baixo custo operacional (que precisa se confirmar na prática).

As previsões mais otimistas apostam em uma hora/voo de US$ 20 mil, cerca do dobro da apresentada pelo Northrop F-5EM, que, aos 50 anos, se aproxima da hora da aposentadoria. A aquisição de um aparelho de treinamento de caça avançado implica em um menor uso do vetor principal, o que implica em aumento da disponibilidade e da expectativa de vida dos principais meios de uma força aérea, além das óbvias vantagens econômicas apresentadas por uma hora/voo de somente US$ 5 mil dólares.

A disposição do dos tripulantes permite uma ampla visão Foto Leonardo

Apostar em um vetor também implica em alguns riscos. Quando ocorre um acidente, toda a frota do mesmo modelo é obrigada a permanecer no solo enquanto a investigação das causas não é fechada. Ou seja: é bom ter uma alternativa nestes momentos. Por último, o emprego do AT-29 Super Tucano como LIFT não é adequado em virtude dos vícios inerentes a uma célula turboélice com forte torque, o que pode resultar em reflexos inadequados no processo de transição para um caça supersônico de 4,5 geração.

A versão M-346FA, além disto, soma todas as vantagens de um sistema de treinamento com forte suporte de simuladores com as de um avião de combate bem armado, capaz de reabastecimento em voo e com alta consciência situacional, o que é indispensável para missões de proteção do espaço aéreo, apoio a forças de terra ou marítimas. A aquisição de um vetor adicional de baixo custo para suplementar o F-39 Gripen E/F traria novas capacitações à FAB e não inviabiliza a compra de um segundo lote do caça sueco. Traria a possibilidade de um maior número de aeronaves para aumentar a cobertura do território nacional, o mesmo papel ocupado pelo AT-26 Xavante no passado. Barato não é antônimo de sofisticado.


Nota 1: Sob a direção do engenheiro Mario Castoldi, a Macchi projetou e fabricou aviões de recorde e de corrida que marcaram as décadas de 1920 e 1930. O hidroavião MC72 bateu o recorde de velocidade em 1934. A empresa foi responsável pela fabricação de caças durante a Segunda Guerra Mundial. Os caças Macchi MC202 Folgore e MC205 Veltro, junto com o FIAT G.55, foram considerados os melhores aviões de combate italianos durante o conflito. Um exemplar do MC205 está exposto na entrada do prédio administrativo em Venegono.

Entre os anos de 1960 e 1970, já rebatizada de Aermacchi, sob a orientação do engenheiro Ermanno Bazzocchi, desenvolveu o treinador avançado a jato MB-326, que teve um grande sucesso no mercado por suas qualidades de voo e baixo custo operacional. Ao todo, foram construídos em Venegono 778 aparelhos, vendidos para treze países. Ele deu origem ao primeiro avião de combate construído em série pela EMBRAER, o AT-26 Xavante, que formou a base da Força Aérea Brasileira (FAB) nos anos 1970 e 1980 e criou um forte laço entre Brasil e Itália. A planta de São José dos Campos produziu 176 unidades para o Brasil, dez para a Força Aérea Paraguaia e seis para a Força Aérea Togolesa. O aparelho também foi fabricado sob licença na África do Sul e na Austrália. Um MB-326 guarda o portão de entrada em Venegono.

MB 326 na FAB – AT-26 4478, 1º Grupo de Aviação de Caça (foto Base Aérea de Santa Cruz via Arquivo A. Camazano A.)

O MB-339 é um desenvolvimento direto do MB-326. Uma nova fuselagem foi construída para aumentar o campo de visão do instrutor sobre o aluno. Ao todo, 260 unidades equiparam cinco forças aéreas, inclusive a Aeronáutica Militar Italiana.

Atualmente a FAB opera o AMX que é um produto ítalo-brasileiro e que tem dado excelentes resultados operacionais  e foi um fator de excelente impulso para a indústria aeronáutica brasileira.

AMX em operação na FAB

O M346FA pode ser considerado um sucessor natural do AMX, que está chegando ao final de sua vida útil. A comunallidade entre o M346AJT e o M346FA pode criar no futuro uma comunidade de frotas entre AJT e FA com otimização de recursos financeiros e manutenção da formação de pilotos em excelente nível de eficiência, com impacto no desempenho de ambos CAS / operações de COIN e para a gestão de rentabilidade e treinamento para Gripen F-39E/F

Nota 2: A versão M-346FA está equipada com um radar de uso múltiplo Grifo-M346, fabricado pela Leonardo Electronics, otimizado especificamente com um IFF (Identification Friend or Foe — identificação amigo ou inimigo) para missões de combate aéreo ou ataque ao solo. A FA Version pode ser equipado com um Datalink Tático (Tactical Datalink) que pode ser tanto  integrado ao sistema LINK 16, padronizado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN); uma versão Non-NATO também está disponível. Casulos externos para reconhecimento, contramedidas eletrônicas, para designação de alvos e para simulação de combate estão disponíveis. O aparelho possui sete pontos duros para cargas externas.

Armamentos integrados (Nota DefesaNet – itens marcados compem o arsenal do Gripen F-39E/F)

Nota DefesaNet

Mísseis para combate aéreo

• AIM-9L ou IRIS-T. Possível integração de mísseis de médio alcance.

Míssil de ataque ao solo:

• Brimstone

Bombas guiadas

• GBU-12/16 (500/1000 libras) Paveway II LGB

 Lizard 2 LGB (500 libras)

• GBU-38/32 (500/1000 libras) JDAM

• GBU-49 (500 libras) Enhanced Paveway II GPS/LGB

• Lizard 4 (500 libras) GPS/LGB

• Small Diameter Bomb (SDB)

• TEBER (250 libras) GPS/LGB

• SPICE (250 libras) EO/GPS

Sistemas tradicionais de ataque ao solo:

• Casulo para canhão de 20 mm ou 30 mm

• MK.82FF (500 libras) general-purpose bomb

• MK.82HD Snakeye/MK.83 (500/1000 libras) GPB

• Lançadores de foguete

PODS

M-346 pode carregar os pods de designação de alvos Litening. Também está integrado o pod Reccelite de reconhecimento.

Compa

Força Aérea Uruguaia recebe adicional aeronave Embraer C-120 Brasília

 


Na madrugada de quinta-feira, 26 de dezembro, foi apresentado à I Brigada Aérea o novo Embraer C-120 Brasília, recentemente adquirido pela Força Aérea Uruguaia.

A cerimônia de recepção contou com a presença do Subsecretário de Defesa Nacional, General do Exército (R) Marcelo Montaner, do Comandante em Chefe da Aeronáutica, General da Aeronáutica Luis De León, e do Comandante do Comando de Operações Aéreas, Brig. Gen. (Av.) José Medina.

Esta aeronave adicional de origem brasileira foi projetada para transporte de médio porte e se destaca pela velocidade, segurança e conforto. Por este motivo, será atribuído ao Esquadrão Aéreo nº 3 (Transportes) sob a matrícula FAU 551, tendo como principais funções o transporte de passageiros e a realização de transferências médicas, graças à possibilidade de incorporar uma maca que facilita este tipo de missões no país e na região.

Esta aeronave, além das funções típicas de transporte, vem preparada para receber a bordo uma maca, que é instalada na parte traseira e facilita a sua utilização em evacuações médicas. Este condicionamento e pintura que caracteriza a aeronave uruguaia, foi realizada anteriormente na empresa ATM, localizada em Campo Grande, Brasil.

A aeronave foi transladada para o Uruguai por uma tripulação da Força Aérea Uruguaia, que também realizou voos de teste nas instalações da empresa ATM antes do translado.

Nigéria confirma aquisição de jatos M-346 Master

 


A Nigéria deve receber vinte e quatro aeronaves M-346 Master da fabricante italiana Leonardo. Ainda não está certa a variante exata do M-346 encomendada pela Nigéria, seja a versão básica M-346FT (Fighter Trainer) ou as variantes M-346FA (Fighter Attack).

O negócio está avaliado em um valor estimado de € 1,2 bilhão e verá os jatos italianos substituindo os antigos jatos Dassault Alpha Jet A/E em uso pela Força Aérea Nigeriana (NAF).

A Força Aérea Nigeriana confirmou o acordo durante uma entrevista à mídia concedida ao Sr. Ashibel P. Utsu, o Diretor de Assuntos da NAF, ao Ministério Federal da Defesa na quinta-feira, 26 de agosto.

Doze aeronaves chegarão este ano e o restante em 2022. A empresa de defesa SecPro Africa, com sede na Nigéria, fornecerá armas, munições e peças sobressalentes.

O M-346 foi desenvolvido pela Alenia/Aermacchi em conjunto com o Yakolev Design Bureau como YAK-130 antes que a co-fabricante italiana desenvolvesse separadamente o M-346 Master.

Em 2016, a Alenia Aermacchi se fundiu na nova Finmeccanica e posteriormente rebatizada como Leonardo em 2017.

Além disso, a Leonardo fornecerá aeronaves, treinamento, suporte e munições para a Nigéria como parte de um contrato de fonte única. A Leonardo, em parceria com a Força Aérea Italiana, treinará os pilotos da Força Aérea Nigeriana na Escola Internacional de Treinamento de Voo de Galatina (Lecce) e na base aérea de Decimomannu (Sardenha).

A empresa também verá a Elbit Systems e a Rafael Advanced Defense Systems no fornecimento de aviônicos, radar PESA e munições.

A nova aquisição do M-346FA faz parte da iniciativa de modernização da NAF e será usada como instrutor de voo (LIFT) para o novo avião de combate Chengdu PAC JF-17 que foi recentemente adquirido e substituirá o venerável Alpha Jet A/E em uma base um a um. Os alunos pilotos da NAF passarão do recém-entregue A-29 Super Tucano para o M-346 e, em seguida, para o JF-17 Thunders.

Cockpit do M-346 Master.

Os jatos Alpha da Força Aérea Nigeriana, que voam há várias décadas, começaram a mostrar sua idade, com vários caindo em rápida sucessão. Embora amplamente atualizados, os Alpha Jets não são projetados para apoio aéreo tático próximo, uma vez que precisam voar perto do solo e dentro do envelope de tiro de armas antiaéreas baseadas no solo para lançar bombas não guiadas. Um Alpha Jet apoiando as tropas com apoio aéreo aproximado foi abatido por terroristas em julho deste ano.

A Nigéria adquiriu 24 treinadores avançados Alpha Jet, co-fabricados pela Dassault da França e Dornier da Alemanha na década de 1980.

A Força Aérea Nigeriana está alavancando suas excelentes relações bilaterais com a fabricante italiana Leonardo após pedidos anteriores de helicópteros C-27J Spartan, AW109, AW139 e AW189.

Doze M-346FA Masters para a Áustria

 

M-346 FA

Quatro anos após a aposentadoria da frota Saab J105Ö, a Österreichische Luftstreitkräfte (Força Aérea Austríaca) decidiu adquirir o modelo M-346 Fighter Attack (M-346FA) do fabricante italiano Leonardo.

Em 28 de dezembro de 2024, a Ministra da Defesa da Áustria, Klaudia Tanner, anunciou que o país irá adquirir doze jatos M346FA Master de treinamento avançado transônicos e de combate leve, equipados com dois motores. A compra será realizada em colaboração com a Itália sob um acordo “governo a governo” (G2G).

O Ministério da Defesa segue a recomendação do Estado-Maior do Bundesheer. O financiamento para a compra já estava incluído no plano financeiro plurianual de 2022 e no plano de desenvolvimento “ÖBH 2032+”.

As negociações estão atualmente em andamento com o governo italiano. Um aspecto chave das discussões envolve a cooperação industrial, para incluir empresas austríacas no processo, agregando valor à economia e fortalecendo a indústria nacional.

M-346FA

A Ministra da Defesa Klaudia Tanner declarou: “Com a compra destes jatos, estamos preenchendo uma lacuna significativa nas capacidades de nossa força aérea. Isso nos permite trazer 100% do treinamento de pilotos de volta para a Áustria, ao mesmo tempo que reforça consideravelmente a defesa aérea. Fortalece a proteção da Áustria, de sua população e da nossa neutralidade contra ameaças aéreas.”

As novas aeronaves serão alocadas na Base Aérea de Hörsching, próxima a Linz. O M346FA Master é um jato subsônico de dois lugares e equipado para combate. Será utilizado para o treinamento de pilotos, apoio a forças terrestres e operações de defesa aérea.

Em 31 de agosto de 2024, a Scramble Magazine noticiou pela primeira vez que a Áustria considerava a proposta de adquirir novos M346 Advanced Jet Trainers (AJT).

Farnborough, Hampshire – 26 de julho de 2024: Leonardo Alenia Aermacchi M-346 Master

Lockheed P-3 Orion: do deserto para uma nova vida operacional

 

O vídeo abaixo mostra o processo notável de renascimento de uma aeronave P-3 Orion. Retirado do Aerospace Maintenance and Regeneration Group (AMARG), conhecido como o “Cemitério de Aviões” em Tucson, Arizona, esse veterano da aviação militar é modernizado pela Lockheed Martin para ganhar uma nova vida operacional.

O processo começa com a seleção criteriosa dos P-3 Orion armazenados no AMARG. Essas aeronaves, protegidas das intempéries pelo clima árido da região, são avaliadas minuciosamente para determinar sua viabilidade estrutural. Após a aprovação, os aviões são transportados para as instalações da Lockheed Martin, onde inicia-se um programa de modernização abrangente.

Substituição de Asas e Estruturas Críticas
Um dos aspectos mais significativos da revitalização é a instalação de novas asas. Este processo substitui componentes estruturais críticos, incluindo a longarina principal da asa, que é submetida a intensos ciclos de carga durante operações marítimas. As novas asas são fabricadas com ligas de alta resistência e técnicas modernas, garantindo a longevidade e confiabilidade das aeronaves.

Motores Renovados para Melhor Desempenho
Os motores turboélice T56 também são atualizados, ou em alguns casos, substituídos por versões modernizadas, como o T56-A-427A. Essas atualizações melhoram a eficiência de combustível e reduzem custos operacionais, além de oferecerem maior confiabilidade para operações prolongadas sobre oceanos e ambientes remotos.

Avançados Sistemas de Aviônicos e Sensores
Os aviônicos dos P-3 Orion passam por uma transformação tecnológica completa. Sistemas analógicos obsoletos são substituídos por avançados cockpits digitais, equipados com glass displays, navegação por satélite e sistemas de controle de missão integrados. Além disso, novos sensores de busca marítima, como radares de longo alcance e sistemas de detecção de anomalias magnéticas (MAD), são instalados, ampliando as capacidades de vigilância e guerra antissubmarino.

Novos Clientes, Novas Missões
Após a modernização, os P-3 Orion estão prontos para serem entregues a novos clientes, incluindo forças aéreas e marinhas de países que necessitam de uma solução comprovada e econômica para patrulha marítima, vigilância e resposta a desastres. Muitos destes clientes aproveitam a robustez da plataforma P-3, agora revitalizada, para missões que vão desde controle de fronteiras marítimas até combate à pesca ilegal e ao narcotráfico.

Um Novo Ciclo de Serviço para um Clássico
A modernização conduzida pela Lockheed Martin estende significativamente a vida útil dos P-3 Orion, permitindo que essas aeronaves continuem a desempenhar papéis fundamentais em cenários operacionais globais. A combinação de novos sistemas, motores mais eficientes e asas modernizadas garante que esse veterano continue a voar com nas próximas décadas, servindo a uma nova geração de operadores com excelência e confiabilidade. Para conhecer a situação dos P-3 Orion ao redor do mundo, clique aqui.

Babcock adquire 11 jatos L-39 Albatros para academia de treinamento de pilotos de forças aéreas

 


A empresa de engenharia de defesa Babcock expandiu suas capacidades de treinamento com a aquisição de 11 aeronaves L-39 Albatros da Apache Aviation.

Esses jatos são uma adição à academia internacional de treinamento de pilotos de caça da Babcock em Dijon, França. Os detalhes financeiros do acordo permanecem não divulgados.

Situada em uma instalação militar reaproveitada, a academia está pronta para fornecer uma variedade de programas de treinamento adaptados às exigências das forças aéreas ao redor do mundo.

O currículo, elaborado por ex-membros da Força Aérea e Espacial Francesa, seguirá os padrões da OTAN e incluirá treinamento em cenários de combate nos L-39s.

Babcock disse que sua última mudança visa reforçar o suporte para missões de treinamento militar em esquadrões aéreos, embarcações navais e unidades do exército na França e na Europa.

O L-39s, anteriormente fazia parte da Breitling Jet Team, a “única” equipe acrobática civil do mundo a pilotar aeronaves a jato.

O presidente-executivo e CEO da Babcock Aviation, France Pierre Basquin, disse: “O treinamento de pilotos militares é um componente crítico das capacidades de defesa de nossos clientes. Expandir nossa atividade de treinamento militar se alinha com nossa ambição de dar suporte às necessidades de nossos clientes, tanto no curto quanto no longo prazo.

“Com nossa experiência e infraestrutura, oferecemos um sistema de treinamento completo que fornece aos pilotos militares uma experiência de treinamento abrangente que reflete um ambiente de voo militar real.

“Nossos programas desenvolverão habilidades técnicas e incutirão atitudes essenciais para enfrentar os desafios de campo. Ao colaborar de perto com nossos clientes, garantiremos a adaptação contínua de nossos métodos e ferramentas para garantir um treinamento que permaneça na vanguarda da inovação.”